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Disciplina:

Álgebra Linear e Vetorial


Docente:

Luiz Carlos Pitzer


Unidade 2: Espaços Vetoriais
Esta unidade está dividida em três tópicos:

 Tópico 1 – Vetores

 Tópico 2 – Operações Vetoriais

 Tópico 3 – Espaços Vetoriais

Um bom vídeo, que mostra algumas aplicações de vetores:


https://www.youtube.com/watch?v=cZgDniTcJgI
(assistir apenas os primeiros 7 min)
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: definição e representações
Geometricamente, vetores são representados por segmentos de retas
orientados no plano ou no espaço.
A ponta da seta do segmento orientado é chamada ponto final ou
extremidade (B) e o outro ponto extremo é chamado de ponto inicial ou
origem (A) do segmento orientado.
O seu comprimento indica a magnitude do vetor e sua seta orienta a
direção e o sentido.
Ao referenciar um vetor, devemos
representá-lo:
 Utilizando uma letra minúscula do nosso
alfabeto.
 Quando for tratado de dois pontos em
um plano denotamos por
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: definição e representações
Na forma algébrica, um vetor é uma lista de números reais ordenados de
elementos que podem ser relacionados com os sistemas de eixos
cartesianos do plano e espaço. A denotação de um vetor pode ser dada
por: .
O número de elementos pode ser compreendido com a quantidade de
dimensões onde o vetor está contido

Exemplo: para um vetor , este, por conter três elementos em sua lista,
trata-se de um vetor contido num plano de três dimensões, ou seja, em .
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: definição e representações
Como comentado anteriormente, um vetor pode ser relacionado com sistemas de
eixos cartesianos, referíamos a vetores em ² e ³.
São vetores contidos do plano e no espaço que obedecerão às coordenadas dos
eixos x, y e z nos seus respectivos elementos.
As representações destes vetores devem ser apresentadas por:

Dado um vetor:

Nesta representação temos um vetor em ³ que apresenta sempre na mesma


ordem as coordenadas dos eixos x, y e z.
O mesmo acontece para um vetor em ² que apresentará
coordenadas nos eixos x e y.
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: definição e representações
A representação cartesiana no plano (²) e espaço (³) está apresentada a seguir.
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: definição e representações
Exemplo: Demonstre geometricamente o vetor
Resolução: devemos encontrar os valores para x = 2 e y = 3 ligando-os por
linhas tracejadas e perpendiculares aos eixos do plano.

Ligue o ponto inicial com a intersecção do


ponto do vetor com uma reta e uma seta
na intersecção.
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: definição e representações
Exemplo: Demonstre geometricamente o vetor.
Resolução: devemos encontrar os valores para x = 1, y = 2 e z = 3 ligando-os
por linhas tracejadas e perpendiculares aos eixos do plano.
Desenhe o restante de um paralelepípedo
que se forma com linhas tracejadas.

Por fim, com o paralelepípedo formado, o


vetor já pode ser desenhado a partir da
origem do plano até o vértice oposto do
paralelepípedo.
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: definição e representações
Vetor definido por dois pontos:
Dados dois pontos distintos no plano ou espaço pelo sistema de coordenadas
cartesianas, podemos definir um vetor para este intervalo.
Exemplo: Seja os pontos A(1, 1) e B(3, 2). Ao ligarmos estes pontos temos um
segmento de reta. Se representar ele por , esta representação nos informa
que o vetor tem sua origem no ponto A e extremidade em B.

Importante: Se denotássemos este indicaria


um vetor inverso do representado ao lado, pois,
terá início em B e extremidade em A.
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: definição e representações
Vetor definido por dois pontos:
Exemplo: Seja os pontos A(1, 1) e B(3, 2), determine o vetor .
Resolução: Certamente há infinitos vetores iguais a este, possuindo mesmo
módulo, sentido e direção.
Podemos escrever o vetor como a diferença entre as coordenadas da
extremidade pela sua origem, ou seja, . Logo,
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: definição e representações
Vetores na forma matricial:
Uma outra forma de representar um vetor é por meio da notação matricial no
formato , ou seja, uma matriz coluna com elementos em sua coluna.
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: igualdade
Já vimos que um vetor precisa ter magnitude (comprimento), sentido e
direção; se estes três quesitos forem iguais, teremos vetores equivalentes ou
equipolentes. Observe os exemplos e posteriormente a constatação da
equivalência ou não dos vetores

EXEMPLO 1 EXEMPLO 2 EXEMPLO 3 EXEMPLO 4


Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: igualdade
• Exemplo 1: possuem mesmo comprimento, mesma direção, mas em sentidos
opostos.
• Exemplo 2: apresentam mesma direção e mesmo sentido, mas seus comprimentos
são diferentes.
• Exemplo 3: a única igualdade está em seu comprimento, pois, direção e sentido são
diferentes.
• Exemplo 4: possuem mesmo comprimento, mesma direção e sentido iguais.

EXEMPLO 1 EXEMPLO 2 EXEMPLO 3 EXEMPLO 4


Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: módulo ou norma do vetor
O módulo ou norma de um vetor nada mais é do que o seu comprimento e é
calculado com base nas coordenadas do vetor.

A dedução desta fórmula se dá através da utilização do Teorema de Pitágoras


nos casos de duas e três dimensões.

Observação: Chamamos de vetor nulo o vetor que apresenta apenas


coeficientes zero, e representamos este vetor por . Um ponto no espaço é um
vetor nulo.
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: módulo ou norma do vetor
Exemplo:
Determine a norma para os vetores
 
Resolução:
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: vetor unitário e normalização
São chamados de Vetores Unitários aqueles que apresentam seu comprimento
igual a 1.
Há casos em que há a necessidade de transformar um vetor () em unitário ().
Para isso basta aplicar a seguinte fórmula:

(exceto o nulo).
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: vetor unitário e normalização
Exemplo: Determine um vetor unitário que esteja na direção de .
Resolução: A primeira coisa a ser feita é descobrir seu comprimento.

Como ele não é unitário, aplicaremos a fórmula:


Este novo vetor
terá mesma direção
e sentido com seu
Fazendo as multiplicações: comprimento igual
a 1 u.c.
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: operações
Adição: Ao fazer a soma de vetores podemos observar geometricamente de
duas formas o que acontece:
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: operações
Adição: A soma algébrica acontece da seguinte forma:
Sejam os vetores, e , então

Exemplo: Dados os vetores e , determine :


Resolução:
= (3, 2) + (-2, 3) Visão geométrica da
= (3+(-2), 2+3) soma pela regra do
= (1, 5) Paralelogramo
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: operações
Subtração: A subtração acontece analogamente como adição de vetor no que
diz respeito à parte algébrica:
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: operações
Subtração: A subtração algébrica acontece da seguinte forma:
Sejam os vetores, e , então

Exemplo: endo os vetores e determine a subtração entre eles.


Resolução:
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: operações
Multiplicação por um escalar: A multiplicação por um escalar nada mais é que
a multiplicação de um vetor por um número real.
Na visão algébrica utilizaremos (alfa) para representar um número real e como
um vetor. Acompanhe o processo da multiplicação.
Seja: um escalar
 

 
Fazendo a distributiva em todos os coeficientes do vetor
 
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: operações
• Multiplicação por um escalar:
Como todos os elementos do vetor serão multiplicados pelo escalar, o
resultado será um vetor que apresentará as características geométricas abaixo:
• Sempre terá mesma direção (exceto quando multiplicado por 0, pois teremos
um vetor nulo).
• Pode mudar seu sentido quando multiplicado por um número negativo.
• Será alterado seu comprimento quando multiplicado por um número
diferente de 1 ou -1
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 1 – Vetor: operações
• Multiplicação por um escalar:
Exemplo:
Dado o vetor determine
Resposta:
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Introdução:
Com os conceitos estudados no tópico anterior, começamos agora o estudo de
outras operações envolvendo vetores.
Estas operações nos ajudarão a dar entendimento do comportamento dos
vetores no que se refere às suas relativas posições.
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Produto Escalar:
O produto escalar (ou produto interno) é a multiplicação entre dois vetores
cujo resultado é um escalar (um número real), podendo ser denotado por:

Sendo:
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 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Produto Escalar:
Exemplo: Dado o vetor determine

Resposta:
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Ângulo entre Vetores:
A utilização do produto escalar está ligada à parte geométrica dos vetores,
mais precisamente ao cálculo do ângulo formado entre eles.
 
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Ângulo entre Vetores:
O produto escalar entre vetores pode nos trazer algumas visões geométricas
do seu resultado, analogamente se: 
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 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Ângulo entre Vetores:
Exemplo: Verifique se os vetores são perpendiculares.
Resposta:
Para que dois vetores sejam perpendiculares, basta que o produto escalar
entre eles seja zero.

Portanto, os vetores são perpendiculares.


Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Ângulo entre Vetores:
Exemplo: Calcule o ângulo formado pelos vetores .
Resposta:
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Produto Vetorial:
O produto vetorial é de grande utilidade para a física para analisar o
comportamento no eletromagnetismo, mecânica de corpos rígidos e dos
fluidos.
Na matemática, o produto vetorial aplica-se a vetores em R³ resolvendo
problemas na geometria, onde o produto entre dois vetores tem como solução
um novo vetor, simultaneamente ortogonal aos outros dois.
A representação do produto vetorial entre dois vetores é denotada por
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Produto Vetorial:
O produto vetorial é definido como sendo:
Dados dois vetores:

Como isso, o produto vetorial, produz como solução um vetor.


Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Produto Vetorial:
O produto vetorial é definido como sendo:
Dados dois vetores:
Observe que as coordenadas
de x, y e z foram trocadas pelos
vetores unitários ( e ) e que o
  determinando pode ser
resolvido por qualquer uma das
técnicas já conhecidas.

Como isso, o produto vetorial, produz como solução um vetor.


Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Produto Vetorial:
Exemplo: Sejam os vetores determine o produto vetorial entre eles.
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Cálculo de Área:
Uma aplicação do produto vetorial é o cálculo de área de triângulos e de
paralelogramos.
A norma do produto vetorial é exatamente a área de um paralelogramo que
tem como medida o comprimento dos vetores.
Para o cálculo da área do triângulo, bastaria apenas dividir o resultado por dois,
já que o paralelogramo tem o dobro da área do triângulo. Observe a imagem
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Cálculo de Área:
A explicação é que uma das formas de se calcular a área de um triângulo é
multiplicando sua base pela sua altura e dividindo por dois.
Por outro lado, a do paralelogramo é simplesmente sua base multiplicada por
sua altura.
Note que na imagem anterior, a altura do suposto triângulo ou paralelogramo
é definida com a utilização do seno pelo ângulo formado entre os vetores.
Com isso podemos definir o seguinte:
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 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Cálculo de Área:

Área do Triângulo Área do Paralelogramo


Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Cálculo de Área:
Exemplo: Calcule a área do paralelogramo definida pelos vetores .
Resposta: A área do paralelogramo é definida:
Primeiramente, calculamos o produto vetorial e em seguida a norma.
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Produto Misto:
O produto misto tem este nome por envolver duas operações entre vetores ao mesmo
tempo, o escalar e o vetorial.
O resultado obtido sempre será um número real e a denotação é feita por:
ou (.
Então:

Com isso definimos que: .


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 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Produto Misto:
Exemplo: Determine o produto misto formado pelos vetores
e
Resposta:

Aplicando Sarrus temos:


Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Cálculo de Volumes:
Com o auxílio do módulo do produto misto de vetores é possível calcular o
volume de paralelepípedos que terá suas arestas definidas pelos vetores
Um tetraedro definido pelos mesmos vetores também será possível calcular, já
que o paralelepípedo é equivalente a dois prismas triangulares iguais e estes
equivalem a três tetraedros.
Seguem as definições dos cálculos dos volumes:
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Cálculo de Volumes:

Paralelepípedo Tetraedro
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Paralelismo de dois Vetores:
Dois vetores serão paralelos (ou colineares) quando existir um número k tal
que
Ou seja, quando suas coordenadas forem proporcionais, teremos a condição
de paralelismo, que podemos denotar por
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 2 – Operações Vetoriais
• Paralelismo de dois Vetores:
Exemplo: Verifique se os vetores e são paralelos.
Resposta:

Ou seja:
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Definição:
Espaços como e estão bem definidos e podemos facilmente entender sua
dimensão em operações que realizamos.
Estas operações, como igualdade, soma, multiplicação por escalar, se
aplicarão também para espaços em dimensões em .
Seja um conjunto V, não vazio, sobre o qual estão definidas duas operações:
adição e multiplicação por escalar, isto é:
(Para todo vetor u e v pertencente ao conjunto V, a soma dos vetores u e v
deve pertencer ao conjunto V).
(Para todo escalar pertencente aos números reais, para todo vetor u
pertencente ao conjunto V, o escalar multiplicado pelo vetor deve
pertencer ao conjunto V).
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Definição:
Para os conjuntos que obedecerem a estas duas operações e seus axiomas,
chamaremos de Espaço Vetorial Real.
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Subespaços Vetoriais:
Podemos pensar nos subespaços vetoriais como os subconjuntos.
Os subconjuntos possuem elementos que estão contidos num determinado
conjunto; por outro lado, subespaços vetoriais são espaços contidos num
determinado espaço.
Por esse motivo, os subespaços devem seguir a regra dos oito axiomas para serem
definidos como espaços vetoriais, mas sendo eles Subespaços, haverá a
necessidade de verificar apenas as condições:
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Subespaços Vetoriais:
De fato: Seja um vetor qualquer em .
Pela condição II, para todo .
Fazendo vem ou seja, (axioma ).
Fazendo segue (axioma ).
Os demais axiomas , de espaço vetorial são verificados em pelo fato de ser
um subconjunto não vazio de .
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Combinações Lineares
Determinar novos vetores a partir de vetores dados é uma das características
mais importantes de um Espaço Vetorial.

Para isso, dizemos que um vetor é a combinação linear de outros vetores


de um Espaço Vetorial , se existem os números reaistais que:
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 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Combinações Lineares
Exemplo: Escrever o vetor como combinação linear (CL) dos vetores e
Resolução:

Pela igualdade de dois vetores temos o seguinte sistema:


Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Combinações Lineares
Exemplo: Escrever o vetor como combinação linear (CL) dos vetores e
Resolução:
Pela igualdade de dois vetores temos o seguinte sistema:
Resolvendo o sistema acima encontramos uma solução:

Portanto:
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Dependência e Independência Linear:
Um Espaço Vetorial em (por exemplo) pode ser gerado por três, quatro,
cinco ou mais vetores.
Para este exemplo o número mínimo de vetores geradores do seria três, os
demais vetores seriam combinações vetoriais dos outros.
É de grande serventia para nossos estudos identificar a quantidade mínima
de geradores.
O estudo da dependência ou independência linear nos ajudará a determinar
o menor conjunto gerador de um Espaço Vetorial verificando a dependência
de vetores.
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Dependência e Independência Linear:
Definição: Sejam um Espaço Vetorial e
Considere a equação
Sabemos que essa equação admite pelo menos uma solução:
chamada solução trivial.
(Única resposta possível é zero)
O conjunto diz-se linearmente independente , ou os vetores são caso a
equação admita apenas a solução trivial.
Se existirem soluções , diz-se que o conjunto é linearmente dependente , ou
que os vetores são .
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Dependência e Independência Linear:
Exemplo: No Espaço Vetorial , os vetores
e - mostre que é um conjunto linearmente dependente.
Resolução:
Como já aprendemos em combinação linear, verificamos que há uma solução
além da trivial:

Portanto, os vetores são .


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 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Dependência e Independência Linear:
Uma outra forma de verificar a dependência ou não dos vetores é pelo
determinante de uma matriz constituída das coordenadas dos vetores.
Esta forma só é válida para um conjunto de vetores, onde o número de vetores
é igual à dimensão em que ele está contido, ou ainda, só é válido para matrizes
quadradas.
Quando o determinante da matriz for zero, temos que os vetores serão , caso
possua valor diferente de zero os vetores serão .
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Dependência e Independência Linear:
Exemplo: No Espaço Vetorial , os vetores formam um conjunto ou .
Resposta:

 
Portanto
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Subespaços Gerados:
Definição: Seja um Espaço Vetorial e um subconjunto
,.
O conjunto de todos os elementos de que são combinação linear dos vetores
de é um Subespaço Vetorial de .
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Subespaços Gerados:

Todos os vetores que podem ser escritos como combinação linear dos vetores
formam também um Espaço Vetorial que é chamado Subespaço gerado. Os
vetores são chamados geradores do Subespaço de, enquanto é o conjunto
gerador de .
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Subespaços Gerados:
Pode-se perceber que o vetor de possui duas letras. Por esse motivo
escreveremos ele como sendo a soma de dois vetores, uma em função de e a
outra em função de .
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Dimensão de um Espaço Vetorial:
Seja um Espaço Vetorial:

• Se possui uma base com n vetores, então tem dimensão e anota-se


• Se não possui base,
• Se tem base com infinitos vetores, então a dimensão de é infinita e anota-se
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Dimensão de um Espaço Vetorial:
Exemplo: Determine a quantidade de dimensões para cada item:
 
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Base:
Um conjunto é uma base do Espaço Vetorial se:
 
• (linearmente independentes)
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Base:
Um conjunto importante de vetores que constituem uma base como a
apresentada a seguir é chamado de base canônica:
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Base:
Exemplo: Verifique se é base de
Resposta: Testando as condições:

Pela igualdade:

Como a única solução possível é a trivial então:


Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Base:

Pela igualdade: , onde temos:


Portanto:

Isto é:

Portanto, concluímos que é base de


Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Base Ortogonal:
Diz-se que uma base de é ortogonal se os seus vetores são dois a dois
ortogonais.
Exemplo: No o conjunto é uma base. Verifique se é uma base ortogonal.
Resposta: Usando o produto escalar para verificar

Como todos os vetores são ortogonais uns com os outros, é uma base
ortogonal de .
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Base Ortonormal:
Uma base de um Espaço Vetorial euclidiano é ortonormal se é ortogonal e
todos os seus vetores são unitários , isto é:
 
• Um vetor multiplicado por outro é sempre igual a zero.
• Um vetor multiplicado por ele mesmo é um.

O nome ortonormal vem da simples combinação de ortogonal com


normalização, duas operações que já foram aprendidas no primeiro e no
segundo tópico desta unidade.
Uma base canônica sempre será uma base ortonormal.
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 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Base Ortonormal:
Exemplo: Dada uma base: Verifique se é uma base ortonormal.
Resposta:
Pelo produto interno podemos ver que são ortogonais:
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Base Ortonormal:
Verificando também que os vetores são unitários:
 

Com isso, temos uma base que é ortonormal.


Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Processo de Ortogonalização de Gram-Schmidt:
Dado um Espaço Vetorial euclidiano e uma base qualquer desse espaço, é
possível, a partir dessa base, determinar uma base ortogonal de V.
Sejam que os vetores não são ortogonais, os vetores ortogonais ficaram
definidos por:
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Processo de Ortogonalização de Gram-Schmidt:
Exemplo: Seja uma base , onde e formam uma base não ortogonal. Usando o
processo de Gram-Schmitd, determine uma base ortogonal de .
Resposta:
Primeiramente, definimos o primeiro vetor como sendo
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Processo de Ortogonalização de Gram-Schmidt:
O segundo vetor é definido como
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Processo de Ortogonalização de Gram-Schmidt:
O terceiro vetor é definido como
Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Processo de Ortogonalização de Gram-Schmidt:

Com isso nossa base ortogonal ficará:


Unidade 2: Espaços Vetoriais
 Tópico 3 – Espaços Vetoriais
• Processo de Ortogonalização de Gram-Schmidt:

Caso necessitemos que uma base, além de ser ortogonal, seja ortonormal,
basta pegar os vetores encontrados no processo de ortogonalização de Gram-
Schmidt e normalizar, como visto anteriormente.
“ Obrigado

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