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Perfil clínico do uso de

Substâncias Psicoativas

2
• Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS):

Qualquer substância não produzida no organismo que


tem propriedade de atuar em um ou mais de seus
sistemas, produzindo alterações em seu
funcionamento.
SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

- agem no Sistema Nervoso Central


(SNC) produzindo alterações de
comportamento, humor e cognição.

4
Classificação das
Substâncias Psicoativas
• Drogas Depressoras drogas que diminuem a
velocidade neural no cérebro;

• Drogas Perturbadoras - São substâncias cujo efeito principal

é provocar alterações no funcionamento cerebral;

• Drogas Estimulantes - Aumentam a atividade cerebral;

4
5
• Os efeitos de uma droga dependem de
3 elementos:

1) Propriedades farmacológicas;

2) A pessoa que usa; suas condições físicas


psíquicas; suas
e expectativas;

3) O ambiente e o contexto de uso dessa droga, tais


como as companhias, o lugar de uso e o que
representa esse uso socialmente.

6
Conceitos

 É o consumo em geral de forma experimental, esporádico


ou episódico.

 É o que, muitas vezes, consideramos ser o uso


„social‟.
o USO NOCIVO

 Padrão mal- de uso com


adaptativo repetidas e/ou
problemas
complicações
legais entre outros
psicossociais,
(restritas ao
período
clínicas de consumo);

 Distingue da dependência pela ausência


de tolerância e síndrome de abstinência.
Conceitos
o DEPENDÊNCIA
 Padrão de consumo compulsivo, voltado para o
alívio ou evitação de sintomas de abstinência;

 Interfere na execução de atividades e


compromissos sociais os quais são abandonados
ou negligenciados em função do uso;

 Resulta em tolerância e síndrome de abstinência.


Conceitos
o TOLERÂNCIA

 Perda ou diminuição da sensibilidade aos efeitos


iniciais das substâncias psicoativas.

 Levando a necessidade de usar a substância em


maior quantidade para alcançar o efeito
desejável
o ABSTINÊNCIA

 Sinais e sintomas e psíquicos


físicos aparecem que diminuição
decorrentes
interrupção da
do uso ou

(DIEHL, et al,
210211)
Drogas
“naturais” Ações mais

derivadas específicas:

da papoula analgesia e
do inibição do
oriente (Papaver reflexo da
somniferum), tosse.
sintéticas e
As drogas mais conhecidas:
semissintéticas
. morfina, heroína e codeína.
Opióides
o Histórico:
 Indícios há 4.000 a.C.
 1776 - Usada na Guerra civil americana – Aliviar
a dor
 1814 – Morfina
 1874 – Heroína
 1924 – Fabricação e posse de heroína tornou-
se ilegal.

o Hoje:
 Aproximadamente 1,3% da população
brasileira faz uso.
 Predomínio de uso na vida por mulheres 1
3
• Efeitos dos Opióides:

-Contração pupilar importante (Pupila


puntiformes);
- Visão borrada;
-Diminuição da motilidade do trato
gastrintestinal;
- Deprime o centro da tosse;
- Efeito sedativo (prejudica a
concentração);
- Torpor e sonolência;
- Bradicardia
- Bradipnéia
- Hipotensão arterial
FASE ...APÓS O SINAIS E SINTOMAS
USO
Antecipatória 3 a 4 Medo da falta do
horas Comportamento opióide;
Ansiedade e Fissura. de
Inicial 8 a 10 busca;
Ansiedade; Inquietação; Bocejos e
horas espirros; Sudorese; Lacrimejamento;
Rinorreia; Náuseas e Pupilas
aumentadas
Tota 1a3 Ansiedade severa; Tremor
l dias Inquietação Piloereção ;
;
Diarreia; Espasmos
; e dor muscular;
Vômitos
Aumento da PA; Taquicardia;; Febre
e Calafrios
Tardi Até 6 meses Hipotensão; Bradicardia; Perda
a energia; Inapetência; de Insônia
Fissura e
45
• Dependência dos Opióides:

 Instala com facilidade

 Tratamento – Terapia de
substituição
Recebe diariamente um
agonista dos opiáceos
(Metadona) que é menos
intenso e vai retirando
aos poucos
1
6
• Abstinência dos Opióides:

- náuseas; - cólicas intestinais; -lacrimejamento;

- piloereção (arrepio),podendo durar até 12 dias;


- corrimento nasal;

- cãimbra; - vômitos; -
diarreia.
Barbitúricos
São substâncias Capazes de
quimicamente diminuir a
derivadas do atividade cerebral.
ácido
barbitúrico.

Era usado
inicialmente para
tratar a insônia.
Contudo teve o
uso suspenso
Barbituricos
o Histórico:
 1864 – Sintetizadas artificialmente
 1903 – Lançado o 1º medicamento
► No Brasil
 Uso irresponsável - Vários
medicamentos continham um
barbitúrico.
 O uso abusivo – Modificaram as
fórmulas

o Hoje
 Alguns sedativos-hipnóticos apresentam
o barbitúrico 1
9
 Destaque para o Fenobarbital
Barbitúricos

A lei Brasileira exige que


TODOS os medicamentos que
contenham barbitúricos em
suas fórmulas só sejam
vendidas, nas farmácias, com
a apresentação de receita
médica, para posterior controle
pelas autoridades sanitárias.

2
0
Barbitúricos
o Efeitos dos
Barbitúricos:
 diminuição da capacidade raciocínio e
concentração;
de
 sensação de calma, relaxamento e
sonolência;
 reflexos mais lentos;
o Doses tóxicas
podem provocar:
 surgimento de
sinais de
incoordenação
motora;
acentuação significativa da sonolência, 2
1
podendo chegar ao coma;
 morte por parada respiratória.
Barbitúricos
• Tolerância e Abstinência:

Provocam tolerância(principalmente quando o


indivíduo sempre utilizou doses altas de
barbitúricos)

Síndrome de abstinência quando retirados, o


que provoca insônia, irritação, agressividade,
ansiedade e até convulsões.

2
Benzodiazepínicos
Indicados
terapeuticament
e – Prejudicam
Tranquilizantes funções
; Ansiolíticos; psicomotoras Exemplos:
Hipnóticos – Diazepam;
Dificultando Lorazepam;
Empregados atividades
para controlar que exijam
estados atenção Midazolam.
convulsivos –
Ex: SAA
2
3
BENZODIAZEPÍNICOS
• Histórico
 1957 - Síntese do primeiro benzodiazepínico
 1961 - Comercializada
 1963 - Lançado o Diazepam

ᴑHoje:
No mundo: Mais de 30 tipos de
benzodiazepínicos comercializados
No Brasil: Mais de 100 medicamentos à base
desses benzodiazepínicos
Destaca o uso entre a faixa etária igual ou maior
que 35 anos
 Predomínio para o sexo feminino
2
4
• Efeitos do uso regular
dos Benzodiazepínicos:

- Sonolência, vertigem e
confusão mental;

- Dificuldade de
concentração e
memorização;

-Náuseas, dor de cabeça e alteração


na marcha;

- Problemas no sono;

- Ansiedade e depressão.
• Efeito Tóxico dos Benzodiazepínicos:

Hipotonia

muscular Amnésia

Leve diminuição
da pressão
sanguínea
Benzodiazepínicos
• Gravidez
Teratogenicidade = Defeito no feto
ocorrido dentro do útero
Exemplo: Lábio leporino
e, raramente, problemas
cardíacos.

• Comum haver Tolerância.

• Dependência
 Mais comum quando associada à outra
droga. 2
7
Solventes ou Inalantes

Cola Fazem parte Produto de


da limpeza
composição de
vários
produtos de
uso doméstico
ou industrial
Lança -
Combustível
perfume
Produtos de
beleza e
papelaria
2
8
• Histórico

 1847 - Clorofórmio usado como anestésico


 1960 - Início de abuso nos EUA
 1965 – Início no Brasil
 1965 – Proibição da fabricação do lança-
perfumes

• Hoje:
 Destaque o uso para o sexo masculino
2
9
• Efeitos Agudos dos Inalantes: Depende da
dose inalada
• Efeitos Crônicos dos Inalantes:

 Sintomas decorrentes da ação do local dos


inalantes
 Rinite crônica; Epistaxe recorrente;
 Halitose; ulcerações nasais e bucais;
 Conjuntivite; Bronquite.

Sintomas decorrentes da ação do SNC


 Anorexia; Irritabilidade;
 Depressão; Agressividade;
 Paranoia; Neuropatia periférica.
Solventes ou Inalantes
• Como reconhecer uma pessoa que usa?

 Verificar os sintomas de uso;


Fortes odores na roupa ou no hálito ou sinal de
tinta ou outros produtos escondidos sob a manga;
 Parece bêbada ou desorientada;
 Fala alterada;
 Perdeu o apetite;
 Relata náuseas;
 Desatenta, irritável ou deprimida.

62
ALUCINÓGENOS
Designação dada a uma série de drogas
que podem
provocar distorções do
funcionamento do cérebro.
Alterações psíquicas,
como o as alucinações e os delírios,
sem que haja estimulação ou
depressão da atividade cerebral.

Maconha
Anticolinérgicos

Dietilamida do
Ecstasy ácido
lisérgico
(LSD).
3
Maconha
• Provoca fenômenos psíquicos tipo delírios e
do alucinações.

• Os efeitos da droga dependem:

 Quantidade absorvida;

 Tipo de preparação;

 A via de administração;

 Sensibilidade da pessoa e;

 Estado de espírito no momento do


uso. 3
4
• Histórico:

 Indícios há mais de 12.000 anos.


Entre 2.000 e 1.400 a.C. – Início para
fins medicinais
 Século XIX – Introduzida na Medicina
Ocidental
► No Brasil
 Trazida pelos escravos
1930 - Fase de repressão contra o uso
da maconha
1933 – 1º registros de prisões pelo comércio
ilegal de maconha. 66
• Complicações Clínicas do CONSUMO da
Maconha

Agudo
Efeitos
Psíquicos
Crônico

Agudo
Efeitos
Físicos
Crônico
•Efeito Físico:
 Agudo
Hiperemia conjuntival (Olhos
avermelhados); Midríase ( Dilatação das
pupilas);
Secura na boca;
Aumento do
apetite;
Taquicardia.

 Crônico
Problemas respiratórios;
Aumenta o risco de
Infarto;
Diminuição na produção de testosterona
podendo causar infertilidade;
•Efeito Psíquico:
 Agudo
Pode estar acompanhado de bem-estar;
Redução do processamento de
informação; Risos imotivados;
Atordoamento
; Ansiedade;
Medo de perder o
autocontrole; Tremores;
Sudorese;
Delírios;
Alucinações
;
 Crônico
Interfere na capacidade de
aprendizado e memorização;
Síndrome Amotivacional.
•Grupo com maior risco para apresentação
de efeitos adversos:

Adaptado de Hall & Solowij, 19987¹ 2


Maconha
• Dependência
 Cerca de 10% - Fissura e Centralidade da
droga.

• Síndrome de
Abstinência
 Fracamente definida;
 Baixa intensidade;
Alteração comportamental mal adaptativa depois
de períodos prolongados de uso.

4
2
Maconha
• Alguns sinais de abstinência:

 Agressividade; Anorexia;
Bruxismo; Irritabilidade.

• Efeitos terapêuticos:

 Pacientes em quimioterapia e tratamento de


AIDS;
 Pacientes com esclerose múltipla;

 Tratamento de glaucoma.
4
3
Dietilamida do Ácido Lisérgico (LSD)

• Sintetizada artificialmente
• Uma das mais potentes com ação psicotrópica

• Efeitos

 Depende:
o Da

sensibilidade

da

pessoa
4
à
LSD
• Histórico:

 1943 – Descoberto
Décadas de 50 e 60 - Uso psiquiátrico
porém pouco satisfatórios

ᴑHoje
 Destaca-se nas classes mais favorecidas

4
5
• Efeito Físico do • Efeito Psicológico
LSD: do LSD:
Dilatação
das pupilas;
Alucinações (visuais
Aceleração
do pulso; ou aditivas) com
Fusão dos sensações
sentidos; agradáveis ou de
 Sonolênci terror
a;
 Tremores; Estados de
 Perda de
apetite; “exaltação”
 Boca Com muito tempo
seca; de uso:
Distorções  sensação de ansiedade
perceptivas intensa
;
Perda da
 depressão
discriminação  quadros psicóticos
do tempo e
LSD
• Tolerância
Desenvolve muito rapidamente mas logo desaparece
com a suspenção do uso.

• Abstinência
Não há descrição de síndrome de abstinência quando
um usuário crônico deixa de consumir a substância:

Pode haver dependência se as formas de uso


são consideradas pelo usuário como “resposta
aos problemas da vida”, havendo uma
dificuldade de largar a substância.

4
7
ᴑTambém conhecida como MDMA

ᴑDerivado anfetamínico sintético de efeitos


mistos

ᴑ Mais comum, forma de comprimido

ᴑ Nome popular: Adam; Bala; Pílula do Amor

ᴑ Comum associação com Álcool ou

Maconha ᴑ População que mais consome = 4


8
Jovens!
Ecstasy
ᴑHistórico:
 Início em 1912 - Diminuir o apetite
 Final da déc de 70 – Possível auxiliar terapêutico
EUA – Uso recreativo entre jovens universitários
 1985 – Droga ilícita
 Início dos anos 90 – Brasil

o Atua na intensidade dos neurotransmissores

ᴑ Em jejum - 15 minutos para alcançar o


cérebroe atinge os efeitos máximos (HIGH)

ᴑ Seus efeitos podem durar até 8 horas 4


9
Ecstasy
ᴑEfeitos psíquicos: ᴑEfeitos Físicos:
 Afeta o  Frequência
pensamento, o humor cardíaca e pressão
e a memória; arterial;
 Ansiedade e  Sudorese e boca seca;
percepções alteradas;  Fadiga e
 Sentimentos de espasmos
cordialidade e musculares;
empatia;  Descontrole da
 Efeitos reforçadores e temperatura;
estimulantes  Bruxismo.
(potencial);
 Redução do apetite.
Anticolinérgicos
o Provenientes de plantas ou sintetizadas
em laboratório

o Efeitos alucinógenos apenas em doses


muito elevadas

o Exemplos:
Algumas plantas como, Lírio.
E certos medicamentos, como
diciclomina e o biperideno.

5
1
o Efeitos psíquicos
 Alucinações e delírios.
 Comuns relatos de perseguição ou
visões
Efeitos, em geral, bastante
intensos e podem durar até dois
ou três dias
o Efeitos físicos
 Dilatação das pupilas; Boca seca;
 Aumento da frequência cardíaca;
 Diminuição da motilidade
intestinal;
 Dificuldade para urinar. 52
Droga
Estimulante
:

53
Cocaína / Crack

• O que é a cocaína?
A cocaína é uma substância
que estimula fortemente o
sistema nervoso central e é
extraída de uma planta
(Folha de Coca).

54
• Das folhas de coca ao crack e ao cloridrato
de cocaína:

55
• Histórico:

 Descoberta em 2500 – 1800 a.C


Século XIX – Difundido na Europa como
um energético
Até 1903 - Coca-Cola era um xarope de
coca. Depois substituido por cafeína
 1914 - Venda e o uso proibidos.
Década 60 – Retorna o consumo
considerável na sociedade

56
• Possui diversas formas de uso:
Pó – Aspirada; Líquida – Injetada; Pedra
– Fumada
• Ação no organismo :

 Aspirada: Início = 10-15


minutos

 Injetada: Início = 3-5


minutos

Rápidotambém
Fumada: Início = do
é o término 10-15
efeito.
segundos o poder de dependência
 Fortalece
57
“O Crack é a cocaína
fumada e é obtido pelo
aquecimento de cocaína
misturada a água e
bicarbonato de sódio. O
resultado dessa
mistura solidifica-se na
temperatura ambiente,
formando “pedras” de
formatos irregulares”
( CARLINI-
COTRIM, 1999).
58
Composição química do CRACK:

É um produto com
muita impureza, Ex.:
“A pureza vai depender do valor
o Cal;
pago na matéria-prima pelo
o Cimento;
produtor. Se a cocaína for cara, é
o Querosene,
misturada com outras
substâncias, para render mais. o Ácido sulfúrico,

Se for de uma qualidade inferior, o Acetona,

pouca coisa ou nada é o Amônia e

adicionado” (BRASIL, 2012). o Soda cáustica

59
• Forma de uso - CRACK:
 Cachimbos improvisados (Latas de alumínio; Tubo
de PVC)
 A pedra – pode ser misturada a cigarros de tabaco
ou maconha = Mesclado, Pitico ou Basuco.

60
• Podem levar ao consumo do crack:
 Curiosidade pela experiência;
 influência do meio;
 questões psicológicas e sociais.

• Dependência:
 5% a 12% dos que experimentam pela
primeira vez.
61
• Danos físicos:

 Intoxicação
A ação do crack dura entre 5 e 10 minutos.

Sintomas:
 Euforia; Agitação;
 Dilatação das pupilas; sudorese; tremor muscular
 Sensação de prazer; Irritabilidade;
 Alterações da percepção e do Pensamento;
Alterações cardiovasculares e motoras, como
taquicardia e tremores.
62
• Abstinência
Iniciam após 5 a 10 minutos após o uso
Auge da abstinência: 2 a 4 dias após o
uso

 Sintomas:
o Fadiga; Desgaste físico; desânimo;
o Tristeza; depressão intensa;
o inquietação; Ansiedade;
o Irritabilidade; Fissura

63
• Efeitos do Crack no organismo

64
 Vias Aéreas:
Tosse com produção de
escarro Dor no peito
Presença de sangue no
escarro Piora de Asma

 Coração:
Isquemias (Interrompe/diminui fluxo
sanguíneo) Arritmias cardíacas
Infartos
65
Sistema Nervoso Central:
Dor de cabeça
Tonturass
Atrofia cerebral
Convulsões
Acidente
Vascular
Cerebral (AVC)

 Danos
Psíquicos:
66
Prejuízo nas
habilidades
cognitivas
• SINAIS DE DEPENDÊNCIA
Como saber se uma pessoa próxima está usando
crack
 Mudanças evidentes de hábitos, comportamentos e
aparência física;
 Redução drástica do apetite mês de uso
(1 contínuo pode emagrecer até 10
Kg);
 Fraqueza;
 Desnutrição e
 Aparência de cansaço físico. 67
Cocaína / Crack

68
Cocaína / Crack

69
Cocaína / Crack

70
• Crack e DST:

As alterações de comportamento ocasionadas pelo


consumo estão associadas diretamente à infecção
pelo vírus da HIV.

 Comportamento de Risco:

o Nº elevado de parceiros sexuais;


o Uso irregular de contraceptivos;
o Troca de sexo por droga ou dinheiro.

 Vulnerabilidade social
71
• Crack e Gravidez:

 Risco de deslocamento prematura de


placenta;
 Aborto espontâneo;
 Redução da oxigenação uterina;
 Reduz a velocidade de crescimento fetal;
 Risco de má-formação congênita;
 Maior risco de morte súbita da infância;
 Alterações do comportamento;
 Atraso do desenvolvimento infantil.

Crack passa pelo leite materno! 72


• Substância sintética

• Aumenta a liberação e o prolongamento da atuação


da Dopamina
uso entree Noradrenalina
motoristas de caminhão “Arrebites”)
• Destaca-se o usodas
 Exemplos como moderadores do apetite e
“anfetamínicas”:
 Femproporex ( “Rebites” ou
 Mazindol
 Anfepramona
 Metanfetamina

73
• Histórico

 1887 - Sintetizada
Década de 30 - Comercializada sob forma
de inalante
 Uso cresceu na IIGM
1971 – EUA iniciou um controle pela exigência
de receita para sua aquisição

ᴑHoje:
Brasil é um dos maiores consumidores
de medicamentos anfetamínicos
 Destaca-se o sexo feminino 105
• Efeitos da Anfetamina:

 Diminuição do sono e apetite;

 Sensação da maior energia e menor


fadiga;

 Fala acelerada;

 Dilatação de pupilas;

 Taquicardia;

 Elevação da pressão arterial;

 Doses elevadas: 75
 Delírios persecutórios
Anfetamina
• Tolerância
 Consumo induz a
tolerância.

• Abstinência
 São frequentes os
sintomas:

o Depressão
o Falta de energia
o Desânimo
o Perda de motivação 76
Esteroides Anabolizantes

• Drogas lícitas produzidas em laboratório para substituir


a testosterona

• Muitos indivíduos que consomem essa droga


são
fisiculturistas, atletas e pessoas que pretendem
aumentar a massa muscular 77
Esteroides Anabolizantes
• Histórico:

 IIGM – 1º uso não médico

 Década de 50 - Marca o início do uso entre atletas competitivos

 Década de 70 - Aumento progressivo do uso dessas substâncias


entre atletas competitivos e o início do uso entre atletas
recreativos

 1975 - Inclusos na lista de drogas consideradas "doping" pelo


Comitê Olímpico Internacional

o Hoje:
 Destaca o sexo masculino.
 Faixa etária entre 18 e 34 anos de idade
78
• Efeitos do Anabolizante:

 Doenças cardiovasculares
 Alteração no fígado, inclusive câncer
 Alteração musculoesquelética indesejável
Ruptura de tendões,
interrupção do
crescimento

 Uso por mulheres:


o crescimento de
pelos pelo corpo
o voz grave
o aumento do volume
do clitóris 79

 Uso por homens:


o pode atrofiar os
80
DIAGNÓSTICO
• Objetivo:

Serve para ajudar o profissional de


saúde a classificar a doença em
questão;
Classificar diferencialmente o paciente
em usuário nocivo (abusador) ou
dependente.

81
DIAGNÓSTICO
Uso Nocivo

Ausência de Padrão mal-adaptativo


de uso com repetidas
tolerância e complicações clínicas
síndrome de e/ou psicossociais,
problemas legais
abstinência, ou entre outros (restritas
diagnostico anterior ao período de
consumo); 82
de dependência.
DIAGNÓSTICO

Dependência
Resulta em
tolerância e
síndrome
Padrão de
de
consumo
abstinência.
compulsivo, Interfere na execução
voltado para o de atividades e
alívio ou compromissos
evitação de sociais os quais são
sintomas de abandonados ou
abstinência; negligenciados em
função do uso; 124
• DSM-V
 Lançado em 2013
 O que modificou:

o Une as categorias “abuso de substância” e


“dependência de substância” = “Transtorno do
Uso de Substância” que pode ser classificado
como leve, moderado e grave

84
DIAGNÓSTICO
Avaliaçã Critérios de
o Diagnóstico para uso
Inicial nocivo/dependência

Sem
apresenta
r
problemas
Usuário pode Apresentand
estar em o problemas
uso Apresentand
o
dependência 85
DIAGNÓSTICO
• Estabelecido o diagnóstico do paciente é
necessário:
 Informá-lo do resultado;

Envolvê-lo no planejamento do seu


cuidado;

• Seguir princípios gerais de devolutiva:


Ter em mente os critérios de uso nocivo e
dependência;

 Explicar o método de avaliação utilizado; 86


DIAGNÓSTICO

 Afirmar que o usuário não é culpado do problema;


Afirmar que o usuário será responsável
pela mudança seguinte;
Explicar o plano de tratamento mínimo
ou encaminhamento;
Sugerir participação de familiar ou amigo (no caso de
adolescente um responsável);
 Planejar o retorno.

• (DIEHL et al, 20111)32


REFERÊNCIAS
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-IV). Porto
Alegre: ARTMED; 1994.

BRASIL, Ministério da Justiça. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. Tratamento de dependência de crack,
álcool e outras drogas: aperfeiçoamento para profissionais de saúde e assistência social. Brasília: SENAD, 2012.

BRASIL, Ministério da S aúde. Portal Brasil. C rack, é possível vencer. Disponível


em:
http://www2.brasil.gov.br/crackepossivelvencer/programa Acesso em: 30 de jan de 2014.

DIEHL, A et al. Dependência Química: Prevenção, Tratamento e Políticas Públicas. Porto Alegre: Artmed, 2011.

LARANJEIRA, R. Usuários de substâncias psicoativas: abordagem, diagnóstico e tratamento. São Paulo: Conselho
Regional de Medicina do Estado de São Paulo/Associação Médica Brasileira, 2003.

Laranjeira R & Jerônimo C. Dependência e uso nocivo do álcool. Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas Departamento
de Psiquiatria São Paulo s/d. [http://www.psicosite.com.br/tra/drg/alcoolismo.htm#tolerancia].
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Classificação de transtornos mentais e de comportamento (CID-10).
Porto Alegre: Artmed; 1993.

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