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Aula 9 - Indicadores para Análise e Diagnóstico Institucionais
Aula 9 - Indicadores para Análise e Diagnóstico Institucionais
1)
A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) é um aspecto importante do
Diagnóstico Institucional;
2)
Vários instrumentos e modelos de QVT criados;
3)
O modelo mais utilizado é o Modelo de QVT de Walton, 1975
1) Condições de trabalho,
2) Organização do trabalho,
3) Relações socioprofissionais de trabalho,
Reconhecimento e crescimento profissional,
4) Elo trabalho-vida social.
O quanto você está satisfeito (a):
1. com o seu salário (remuneração)?
2. com o seu salário, comparando-o com o de seus colegas?
3. com as formas de ascensão funcional e aumento da remuneração por
merecimento previstas no plano de carreira?
4. com os benefícios extras (alimentação, transporte, médico, dentista, etc.)
que a instituição oferece?
5. com a sua quantidade de horas trabalhadas por semana?
6. com a sua carga de trabalho (quantidade diária de trabalho) que tem de
realizar?
7. com os recursos materiais e tecnológicos disponíveis para realizar o seu
trabalho?
8. com a salubridade (condições de trabalho) do seu local de trabalho?
9. com os equipamentos de segurança, proteção coletiva e individual
disponibilizados pela instituição?
10. com o cansaço que seu trabalho lhe causa?
O quanto você está satisfeito (a):
11. com a sua autonomia (oportunidade em tomar decisões no seu
trabalho)?
12. com a importância da tarefa/trabalho/atividade que você faz?
13. em relação a polivalência (possibilidade de desempenhar várias tarefas
e trabalhos) no seu trabalho?
14.com a sua avaliação de desempenho (ter conhecimento do quanto bom
ou ruim está o seu desempenho no trabalho)?
15. com a responsabilidade conferida (responsabilidade de trabalho dada a
você)?
16. com a sua oportunidade de crescimento profissional?
17. com os treinamentos que você faz?
18. com os incentivos e bolsas de estudos oferecidos pela IFES para você
estudar?
19. com a existência de discriminação social, racial, religiosa, sexual, etc.
no seu trabalho?
20. em relação ao seu relacionamento com seus colegas e chefias no seu
trabalho?
O quanto você está satisfeito (a):
21. com o comprometimento da sua equipe e colegas com o trabalho?
22. com a valorização de suas ideias e iniciativas no trabalho?
23. com a [instituição] por ela respeitar os direitos do servidor?
24. com sua liberdade de expressão (oportunidade de dar opiniões) no trabalho?
25. com as normas e regras do seu trabalho?
26. com a sua individualidade (características individuais e particulares)
no trabalho?
27. com a influência do trabalho sobre sua vida/rotina familiar?
28. com a influência de seu trabalho sobre sua possibilidade de lazer?
29. com seus horários de trabalho e de descanso?
30. em relação ao orgulho de realizar o seu trabalho?
31. com a imagem que a [instituição] tem perante a sociedade?
32. com a integração comunitária (contribuição com a sociedade) que a
[instituição] tem?
33. com os serviços prestados pela [instituição]?
34. com a política de gestão de pessoas (a forma de a [instituição] tratar os
funcionários)?
Fator 1 (QVT relacionada à integração,
respeito e autonomia) Fator 2 (QVT relacionada à
‘integração social no trabalho’ (sete itens) remuneração) seis itens que
‘constitucionalismo’ (cinco itens). compõem o fator, que se referem
‘oportunidade de uso e desenvolvimento das exclusivamente à compensação
capacidades’ (dois itens) salarial.
‘compensação justa e adequada’ (um item)
Fator 1
Fator 2
QVT
Fator 3
Fator 4
Item 34 e34
Tópico 2
A coleta de informações:
características
Características
• Ambiente natural:
– Tendência a coletar dados em ambiente
natural (no campo onde os fenômenos
ocorrem)
– Não usa laboratório nem correio
– Contato direto
Características
• Múltiplas fontes de dados:
– Entrevistas, observações e documentos
• Significados dos participantes:
– Ênfase no significado que os participantes atribuem à
vida de trabalho na instituição em questão
• Projeto emergente:
– O plano inicial pode ser alterado a qualquer momento
após o início da coleta dos dados
Características
• Relato holístico:
– Tendência a desenvolver um quadro complexo do
fenômeno estudado
– Identificação dos inúmeros fatores envolvidos
Tópico 3
Objetivos:
averiguar fatos e opiniões sobre fatos;
identificar sentimentos, planos de ação, condutas atuais
ou passadas e motivos conscientes para opiniões e
sentimentos;
identificar conhecimentos;
identificar valores
Técnicas para coleta de dados
Entrevista
– Tipos:
• Padronizada / estruturada: Roteiro previamente
estabelecido
• Não-padronizada / não-estruturada: Maior liberdade
de condução: semi-estruturada, clínica, não-dirigida,
etc.
• Painel: Repetição de perguntas de mesmo teor, de
tempos em tempos
Técnicas para coleta de dados
Entrevista
– Vantagens:
• Oferece acesso a qualquer pessoa
• Flexibilidade
• Pode incluir observação
• Permite quantificação dos dados
– Desvantagens:
• Dificuldades de expressão e comunicação
• Influências sobre o entrevistado
• Desconfiança
Técnicas para coleta de dados
Entrevista
– Preparação:
• Planejamento
• Conhecimento prévio do assunto
• Conhecimento prévio do campo
• Roteiro
• Planejamento do rapport
Técnicas para coleta de dados
Observação
– É científica quando:
• Origina-se de um plano de pesquisa
• É planejada sistematicamente
• É registrada sistematicamente
• Relacionada a proposições gerais
• Está sujeita a verificações e controles sobre a validade e
segurança
Técnicas para coleta de dados
Observação
– Vantagens:
• Forma direta e satisfatória de investigação
• Evidencia dados não constantes ou previstos em
entrevistas ou questionários
– Desvantagens:
• Contratransferência
• Imprevisibilidade dos fenômenos
• Fenômenos inacessíveis
Técnicas para coleta de dados
Observação
– Tipos:
• Observação sistemática: estruturada, planejada,
controlada
• Observação não-participante: sem integração com a
realidade observada
• Observação participante: participação real na
comunidade (natural ou artificial)
Técnicas para coleta de dados
Quem faz a observação?
• Observação individual: realizada por um pesquisador
• Observação em equipe: realizada por mais de um
pesquisador
• Observação na vida real: no local onde o evento ocorre
• Observação em laboratório: ambiente controlado
Técnicas para coleta de dados
Documentos
– Pesquisa documental:
• Fontes escritas ou não
• Fontes primárias (autor) ou secundárias (outros)
• Contemporâneas ou retrospectivas
– Fontes de documentos:
• Arquivos públicos
• Arquivos particulares
• Fontes estatísticas
Tópico 4
Estudo de caso
Tópicos
1. Definição de estudo de caso?
2. Objetivos dos estudos de caso.
3. Características dos estudos de caso.
4. Estudos de caso na pesquisa.
5. Critérios de amostragem em estudos de caso
O que é?
• É um processo específico para o desenvolvimento de
uma investigação
Críticas/preconceitos
Críticas/preconceitos
– Poucas vezes é bem feito: habilidades necessárias
ainda não foram muito bem definidas
– Confundido com estudos etnográficos ou observação
participante
– Considerado como o estágio exploratório de alguma
outra estratégia de pesquisa
Estudo de caso ...
Planejamento
– Fenômeno contemporâneo em seu contexto da
vida real
– Limites entre fenômeno e contexto não estão
claramente definidos
– Muitas variáveis de interesse
– Várias fontes de evidências
– Beneficia-se do desenvolvimento prévio de
proposições teóricas que conduzam a coleta e a
análise dos dados
Estudo de caso ...
Variações
– Estudo de caso único
– Estudos de casos múltiplos
Amostragem
• Casos extremos ou desviantes
• Casos típicos
• Casos confirmados e desconfirmados
• Amostragem por variação máxima
• Amostragem homogênea
• Casos críticos
• Amostragem por ‘bola de neve’
Amostragem (cont.)
• Amostragem por critério
• Casos importantes politicamente
• Amostragem por conveniência
• Casos extremos – Casos ricos em informação porque são
incomuns quanto à determinadas características. Lógica em
considerar tais casos: ‘lições’ podem ser aprendidas a partir de
resultados extremos ou condições incomuns. Ex. sobreviventes
de desastres
5)
confirmam informações prévias obtidas em estudo
la
au
exploratório. Ex. Sujeitos aderentes ao tratamento, que não
na
o
passaram por intervenção motivacional
ist
(v
• Amostragem por variação máxima – ... Para descrever /
identificar temas centrais envolvendo ‘grande’ no. de
participantes.
• Amostragem homogênea – característica oposta à amostragem
por variação máxima. Em grupos de grande variação de
características, identificar um grupo com características comuns
e pesquisá-lo poderá ser uma vantagem (conforme a pergunta
da pesquisa).
• Casos críticos – Sujeitos que, provavelmente devido à
intensidade ou tipo de experiência vivida (foco do estudo),
apresentam posicionamento dramático. Ex. sujeitos favoráveis à
pena de morte
• Amostragem por ‘bola de neve’ – Semelhante ao caso crítico,
porém um sujeito é indicador do próximo a ser entrevistado.
• Amostragem por critério – A lógica da amostragem é
estudar os casos que satisfazem certos critérios
previamente estabelecidos.
• Casos importantes politicamente – Uma particularização
dos casos críticos, quando o sujeito desfruta de
influência política na comunidade.
• Amostragem por conveniência – ...simplesmente fazer o
que é mais rápido e conveniente!!!
Referências
1) ALBUQUERQUE, L. G.; LIMONGI-FRANÇA, A. C. Estratégias de recursos humanos e gestão da qualidade de vida
no trabalho: o stress e a expansão do conceito de qualidade total. Revista de Administração, 33(2), 40-51. 1998.
2) Arrindell, W. A., & van der Ende. J. (1985). An empirical test of the utility of the observations-to-variables ratio in
factor and components analysis. Applied Psychological Measurement, 9, 165 - 178.
3) BALTAZAR, R. G., SANTACRUZ, G. H. ,& ESTRADA, J. G. S. Calidad de vida em el trabajo: um término de moda
com problemas de conceptuación. Psicología y Salud, 17(1), 115-123. 2007.
4) COLE, D. C. et al. Quality os working life indicators in Canadian health care organizations: a tool for heaalthy,
health car workspaces? Occupational Medicine, Chicago, v. 5, no. 1, p. 54-59, 2005.
5) Everitt, B. (1975). Multivariate analysis: The need for data, and other problems. British Journal of Psychiatry. 126,
237-240.
6) FERNANDES, E.C. Qualidade de Vida no Trabalho: como medir para melhorar. Salvador: Casa da Qualidade, 1996.
7) FERREIRA, M. C. Qualidade de Vida no Trabalho. Uma Abordagem Centrada no Olhar dos Trabalhadores/Mário
César Ferreira - Brasília, DF : Edições Ler, Pensar, Agir, 2011. 320 p.
8) Garson, D. G. (2008). Factor Analysis: Statnotes. Retrieved March 22, 2008, from North Carolina State University
Public Administration Program. Disponível em: <http://www2.chass.ncsu.edu/garson/pa765/factor.htm>. Acesso
em: 12 set. 2014.
9) LIMONGI-FRANÇA, A.C. Qualidade de Vida no Trabalho: conceitos e práticas na sociedade pós-industrial. 2 ed.
São Paulo: Atlas, 2004.
Referências
10) Medronho, R. A. (2009). Epidemiologia. 2a. ed. São Paulo: Editora Ateneu.
11) Miles, M.B., & Huberman, A.M. (1994). Qualitative data analysis (2nd ed.). Thousand Oaks, CA:
Sage.
12) PEDROSO, B. Possibilidades e limites da avaliação da qualidade de vida: análise dos instrumentos
WHOQOL e modelos clássicos de qualidade de vida no trabalho - Campinas, SP: [s.n], 2013.
13) RUEDA, F. J. M.et. al. Construção e Validação de uma Escala de Avaliação da Qualidade de Vida
no Trabalho. Avaliação Psicológica, Universidade de São Francisco, Itatiba-SP, Brasil. 12(1), p. 43-
50. 2013.
14) SIRGY, M. J. et al. A new measure of quality of work llife (QoWL based on need satisfaction and
spillover theories. Social Indicators Research, New York, v. 55, n.3, p. 241-302, july/sep. 2001.
15) Tabachnick B. G. & Fidell L.S. Using Multivariate Statistics. 4th ed. Boston: Allyn and Bacon. 2001.
16) TIMOSSI, L.S. et al. Adaptação do Modelo de Walton para Avaliação da Qualidade de Vida no
Trabalho, R. da Educação Física/UEM, Maringá,v. 20, n. 3, p. 395-405, 3. Trim. 2009
17) Velicer, W. F., & Fava, J. L. (1998). Effects of variable and subject sampling on factor pattern
recovery. Psychological Methods, 3, 231-251.
18) WALLANDER, J. L.; Schimitt, M. Quality of life measurement in children 99 and adoslescents: issues,
instruments and aplications. Journal of clinical psychology. n.57, v.4, 571-585, 2001.
19) WALTON, R.E.. Improving the quality of work llife. Harvard Busines Review, Boston, v. 12 no. 155,
p. 12-19, 1974.