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IFG - Câmpus Goiânia - Profa.

Letícia Alcântara
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Notícia
A notícia é um gênero textual, veiculada por diferentes meios de comunicação, como jornais,
revistas, rádios, sites da internet e telejornais;

Um gênero da esfera jornalística e relata os fatos do cotidiano de interesse de um público leitor;

Surgimento ligado ao desenvolvimento da imprensa periódica, Alemanha – séc. XVII; e à


Revolução Industrial, que potencializou a publicação e a circulação de jornais impressos. Isso formatou
o padrão da notícia, marcado por técnicas de produção, usos específicos da linguagem e uma estrutura
composicional relativamente estável.

As informações tornam-se notícias em função do interesse e relevância de um público ou perfil.

Notícia – estabelecida por um repórter; editada por um jornalista e difundida por um meio de
comunicação;

Possui as seguintes partes: título, subtítulo (ou linha fina), lide e corpo.

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Notícia
O título – resumo curtíssimo da informação mais importante do texto, que deve ser transmitida do
modo mais impactante possível, para atrair a atenção do leitor. Por isso, costuma apresentar os verbos
no presente do indicativo.
O subtítulo (ou linha fina) – completa e amplia o título, adiantando informações gerais sobre o
fato. Pode trazer esclarecimentos ou acrescentar uma informação suplementar. Seu uso é opcional.
O lide, que normalmente constitui o parágrafo inicial da notícia, apresenta as informações básicas
sobre o fato noticiado, relatando de modo sucinto seus principais aspectos como resposta às seguintes
questões: “o quê?”, “quem?”, “onde?”, “quando?”, “como?” e “por quê?”.
O corpo do texto é o desenvolvimento da notícia: ele fornece informações mais específicas,
detalhando o fato noticiado e acrescentando informações que lhe são complementares ou que
apresentam pontos em comum.
Podem também apresentar rubricas - indicadores da seção do periódico em que foram publicadas
ou do tema mais geral ao qual a notícia pertence; intertítulos, os quais são responsáveis pela subdivisão
das informações em blocos; foto e legenda, para atrair e prender a atenção do público leitor.

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Atividades
1. (ENEM 2010) Choque a 36 000 km/h
A faixa que vai de 160 km de altitude em volta da terra assemelha-se a uma avenida congestionada onde orbitam 3000
satélites ativos. Eles disputam espaço com 17.000 fragmentos de artefatos lançados pela Terra e que desmancharam –
foguetes, satélites desativados e até ferramentas perdidas por astronautas. Com um tráfego celeste tão intenso, era
questão de tempo para que acontecesse um acidente de grandes proporções, como o da semana passada. Na terça-feira,
dois satélites em órbita desde os anos 90 colidiram em um ponto 790 km  acima da Sibéria. A trombada dos satélites
chama a atenção para os riscos que oferece a montanha de lixo espacial em órbita. Como os objetos viajam a grande
velocidade, mesmo um pequeno fragmento de 10 centímetros poderia causar estragos consideráveis no telescópio
Hubble ou na estação espacial Internacional — nesse caso pondo em risco a vida dos astronautas que lá trabalham.
Revista Veja. 18 set. 2009 (adaptado).
Levando-se em consideração os elementos constitutivos de um texto jornalístico, infere-se que o autor teve como
objetivo:
a) Exaltar o emprego da linguagem figurada
b) Criar suspense e despertar temor no leitor
c) Influenciar a opinião dos leitores sobre o tema, com as marcas argumentativas de seu posicionamento.
d) Induzir o leitor a pensar que os satélites artificiais representam um grande perigo para toda a humanidade.
e) Exercitar a ironia ao empregar “avenida congestionada”; “tráfego celeste tão intenso”; “montanha de lixo”.

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Atividades
1. (ENEM 2010) Choque a 36 000 km/h
A faixa que vai de 160 km de altitude em volta da terra assemelha-se a uma avenida congestionada onde orbitam 3000
satélites ativos. Eles disputam espaço com 17.000 fragmentos de artefatos lançados pela Terra e que desmancharam –
foguetes, satélites desativados e até ferramentas perdidas por astronautas. Com um tráfego celeste tão intenso, era
questão de tempo para que acontecesse um acidente de grandes proporções, como o da semana passada. Na terça-feira,
dois satélites em órbita desde os anos 90 colidiram em um ponto 790 km  acima da Sibéria. A trombada dos satélites
chama a atenção para os riscos que oferece a montanha de lixo espacial em órbita. Como os objetos viajam a grande
velocidade, mesmo um pequeno fragmento de 10 centímetros poderia causar estragos consideráveis no telescópio
Hubble ou na estação espacial Internacional — nesse caso pondo em risco a vida dos astronautas que lá trabalham.
Revista Veja. 18 set. 2009 (adaptado).
Levando-se em consideração os elementos constitutivos de um texto jornalístico, infere-se que o autor teve como
objetivo:
a) Exaltar o emprego da linguagem figurada
b) Criar suspense e despertar temor no leitor
c) Influenciar a opinião dos leitores sobre o tema, com as marcas argumentativas de seu posicionamento.
d) Induzir o leitor a pensar que os satélites artificiais representam um grande perigo para toda a humanidade.
e) Exercitar a ironia ao empregar “avenida congestionada”; “tráfego celeste tão intenso”; “montanha de lixo”.

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2. (ENEM 2009)
Em Touro Indomável, que a cinemateca lança nesta semana nos Estados de São Paulo e Rio de
Janeiro, a dor maior e a violência verdadeira vêm dos demônios de La Motta – que fizeram dele tanto
um astro no ringue como um homem fadado à destruição. Dirigida como um senso vertiginoso do
destino de seu personagem, essa obra-prima de Martin Scorcese é daqueles filmes que falam à
perfeição de seu tema (o boxe) para então transcendê-lo e tratar do que importa: aquilo que faz dos
seres humanos apenas isso mesmo, humanos e tremendamente imperfeitos.
Revista Veja, 18 fev. 2009 (adaptado).
Ao escolher este gênero textual, o produtor do texto objetivou:
a) Construir uma apreciação irônica do filme.
b) Evidenciar argumentos contrários ao filme de Scorcese.
c) Elaborar uma narrativa com descrição de tipos literários.
d) Apresentar ao leitor um painel da obra e se posicionar criticamente.
e) Afirmar que o filme transcende o seu objetivo inicial e, por isso, perde sua qualidade.

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2. (ENEM 2009)
Em Touro Indomável, que a cinemateca lança nesta semana nos Estados de São Paulo e Rio de
Janeiro, a dor maior e a violência verdadeira vêm dos demônios de La Motta – que fizeram dele tanto
um astro no ringue como um homem fadado à destruição. Dirigida como um senso vertiginoso do
destino de seu personagem, essa obra-prima de Martin Scorcese é daqueles filmes que falam à
perfeição de seu tema (o boxe) para então transcendê-lo e tratar do que importa: aquilo que faz dos
seres humanos apenas isso mesmo, humanos e tremendamente imperfeitos.
Revista Veja, 18 fev. 2009 (adaptado).
Ao escolher este gênero textual, o produtor do texto objetivou:
a) Construir uma apreciação irônica do filme.
b) Evidenciar argumentos contrários ao filme de Scorcese.
c) Elaborar uma narrativa com descrição de tipos literários.
d) Apresentar ao leitor um painel da obra e se posicionar criticamente.
e) Afirmar que o filme transcende o seu objetivo inicial e, por isso, perde sua qualidade.

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3. A notícia é um gênero textual jornalístico que tem como função predominante:
a) registrar fatos presentes para incluí-los futuramente em livros de história
b) defender um ponto de vista sobre um assunto polêmico da atualidade
c) explicar detalhadamente assuntos diversos de interesse da população
d) transmitir informações colhidas a partir de pesquisas realizadas por jornalistas
e) informar os leitores sobre acontecimentos recentes e deixa-los atualizados

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3. A notícia é um gênero textual jornalístico que tem como função predominante:
a) registrar fatos presentes para incluí-los futuramente em livros de história
b) defender um ponto de vista sobre um assunto polêmico da atualidade
c) explicar detalhadamente assuntos diversos de interesse da população
d) transmitir informações colhidas a partir de pesquisas realizadas por jornalistas
e) informar os leitores sobre acontecimentos recentes e deixa-los atualizados

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Reportagem
Reportagem – designa um gênero textual jornalístico, que pode ser oral ou escrito, resultante de um
processo de pesquisa e coleta de informações.
A reportagem envolve:
•síntese e organização de informações;
•planejamento do texto;
•inserção, no texto, da palavra alheia, por meio das formas do discurso relatado;
•uso de modalização;
•uso dos diferentes articuladores lógico-relacionais para expressar as circunstâncias (por exemplo, com a
ajuda das conjunções e dos pronomes relativos, que são alguns dos articuladores lógico-relacionais da língua
portuguesa).

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Reportagem
Estrutura:

• Título principal e secundário;


• Lide;
• Corpo do texto.

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Notícia x Reportagem
• notícia é o relato de um fato acontecido e que, por alguma razão, é considerado de interesse do público
leitor do veículo que o publica;
• a reportagem, por sua vez, é um relato jornalístico baseado em uma pesquisa, em geral extensa, de
informações com base em fontes diversas, feita pelo jornalista;

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Tipos de reportagem
1. Expositivas;
2. Opinativas;
3. Interpretativas;

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Notícia ou Reportagem?

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Tipos de entrevista:

Rotina;
Individual;
Em grupo;
Exclusiva;
Pesquisa;
Caracterizada;
De personalidade;
Opinativa;

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Spacca: Eu aprendi a usar estes termos de forma mais técnica; de uma forma que os artistas da minha
área também usam. A gente está mais ou menos de acordo nisso. Por volta dos anos 70 surgiu, e
existe até hoje, o evento “Salão de Humor de Piracicaba” [1], que estabelece prêmios para cada
categoria. Charge é entendida sempre como cartum político, vinculada a acontecimentos do presente.
Especialmente se refere aos assuntos políticos mesmo, mas pode tratar de qualquer coisa que se torne
célebre no momento. Quer dizer, o cartum, de certa maneira, pode ser entendido como a piada gráfica
no seu sentido mais geral e, dentro deste guarda-chuva, existe o cartum que visa acontecimentos do
momento, especialmente políticos, que seria a charge. A palavra “charge” tem a ver com exagero e
também ataque, então é dentro dela que costuma acontecer a crítica política, o ataque à figura. Para o
cartum acabou restando aqueles temas menos presos ao cotidiano, menos presos a notícias ou fatos,
e que têm um certo alcance mais filosófico…. Pode ser uma coisa do cotidiano, um assunto fantástico.
Por exemplo, o clichê do náufrago na ilha. Às vezes, esses ambientes mais fantásticos, não diretamente
ligados à política, podem remeter ao cenário atual, ao cenário político. Você pega um cenário qualquer,
uma cena bíblica, por exemplo, que pela escolha dos temas fica claro que está falando de um
presidente, ou de uma determinada situação política. O que quero dizer é que pode haver um uso
chargístico de um tema clássico de cartum. Basicamente a diferença é essa: cartum seria a piada
gráfica no seu sentido mais amplo e geral; e charge é aquele cartum sempre ligado a notícia,
especialmente a política. Com relação ao comics, esse é o nome geral da história em quadrinhos nos
EUA. Era chamado assim por razões históricas mesmo: as primeiras HQs eram cômicas, e as de ação
ou aventura vieram só depois. Comics virou um nome para história em quadrinhos e, depois disso, foi
introduzido o termo graphic novel, novela gráfica ou romance gráfico, para ter um status mais
elaborado, porque o comics era tipicamente da indústria americana. 
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Cristian: Ainda neste aspecto, existe uma diferença técnica no sentido de quantidade de quadrinhos, ou de
tamanho, por exemplo?
 
Spacca: Não existe. Se tratando de publicação impressa, o cartunista pode fazer sua piada em um grande quadro
de uma página inteira, ou pode dividir isso e fazer uma pequena história em quadrinhos. Pode usar texto, ou não
usar. Algumas coisas acabam sendo obrigatórias, por exemplo: se você usa uma caricatura e ela remete a uma
pessoa específica, aí você está vinculando esse cartum a um fato, a uma conjuntura de uma certa época, e isso
torna mais difícil chamar de cartum. Vai ser, necessariamente, uma charge. O termo caricatura, pra mim, e para o
Salão de Humor, é desenhar uma pessoa com traços exagerados. Porém, tem uma obra importante, a “História da
Caricatura do Brasil” de Herman Lima que saiu nos anos 1960, em que o termo caricatura era usado para se referir
a “desenho de humor”. Esse autor, que pegou o começo do século passado, usava o conceito de “portrait charge”,
ou charge retrato. Caricatura às vezes significa o desenho de humor em geral. Devo dizer, também, que hoje, na
minha prática com clientes, estes termos tem um uso muito confuso, realmente. Um cliente pede uma caricatura,
pensando, talvez, em retratos praticamente realistas. Também pelo fato de que nos anos 1990 apareceu a cartoon
network, e o termo cartum que nos EUA significa “desenho animado” se popularizou no Brasil, o que fez as coisas
se embolarem um pouco. Os clientes pedem “eu quero um cartum” e eu dou uma amostra: “É isso aqui que você
quer?” (risos). Eu dou uma amostra, antes. Tem gente que chama tirinha, se referindo a tiras de jornal, que é
uma comic strip, que tem três ou quatro quadros… O jeito é combinar antes de qualquer explicação.

https://liceuonline.com.br/entre-charges-e-cartuns-
entrevista-com-joao-spacca/
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Capa do livro: “Triste
República: a
primeira república
comentada por Lima
Barreto”, de João
Spacca e Lilia
Schwarcz.

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Narrativa
“Toda narrativa é uma escolha e uma construção”
(Todorov)

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Elementos essenciais para detalhar os
Enredo acontecimentos de um texto narrativo.
Texto narrativo é aquele que conta uma
história, apresenta uma sequência de
fatos e uma estrutura quase linear em
princípio, meio e fim.

Narrador Personagem
Elementos
da
Narrativa

Espaço Tempo

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A partida

Ação narrativa do enredo Acordei pela madrugada. A princípio com tranquilidade,


e logo com obstinação, quis novamente dormir. Inútil, o
sono esgotara-se. Com precaução, acendi um fósforo:
passava das três. Restava-me, portanto, menos de duas
horas, pois o trem chegaria às cinco. Veio-me então o
desejo de não passar mais nem uma hora naquela casa.
Partir, sem dizer nada, deixar quanto antes minhas
cadeias de disciplina e de amor. Com receio de fazer
barulho, dirigi-me à cozinha, lavei o rosto, os dentes,
penteei-me e, voltando ao meu quarto, vesti-me. Calcei
os sapatos, sentei-me um instante à beira da cama.
Minha avó continuava dormindo. Deveria fugir ou falar
com ela? Ora, algumas palavras…Que me custava acordá-
la, dizer-lhe adeus?

LINS, O. A partida. Melhores contos. Seleção e prefácio de Sandra Nitrini.


São Paulo: Global, 2003.

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Tipos de narrador

Narrador-personagem Narrador-observador
• Aquele, que, além de contar a • Aquele que apenas relata o que
história, participa dela; está ocorrendo, como se
• Traz uma maior proximidade da observasse de fora os fatos;
história; • Texto escrito, geralmente, em
• Texto escrito em primeira pessoa terceira pessoa (ele/ela,
(eu, nós); eles/elas);

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Tipos de Narrador
• Narrador-onisciente
• Ele possui uma visão única na narrativa, pois sabe de todos os fatos
da história, mesmo que não participe dela;
• Geralmente, por conhecer mais dos fatos, esse narrador traz os
sentimentos e os pensamentos dos personagens, acrescentando às
histórias mais complexidade;
• Alguns narradores-oniscientes conhecem tanto da história que podem
até serem chamados de “intrusos”, visto que podem interromper a
narrativa e inserir observações ou opiniões sobre os fatos;

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Atividade Leia o texto de Manuel Bandeira,
buscando identificar, todos os elementos
Tragédia brasileira
abaixo elencados.
Manuel Bandeira  

Narrador: ________________________
Misael, funcionário da Fazenda com 63 anos de idade.
Conheceu Maria Elvira na Lapa - prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma
Personagens:______________________
aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.
_________________________________
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou
médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria. Espaço: __________________________
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.
Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez Tempo: __________________________
nada disso: mudou de casa. Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa. Os Enredo: __________________________
amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, _________________________________
Bonsucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra
vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos... Clímax: __________________________
Por fim na rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, _________________________________
matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de
organdi azul.  Desfecho: ________________________
(BANDEIRA, Manuel. Meus poemas preferidos. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1966.)
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