Você está na página 1de 44

Redução de Minérios

Alto-forno
BREVE HISTÓRICO

• FERRO: PRIMEIRO CONTATO = METEORITO


• FOGO  FOGUEIRA (CARVÃO + MINÉRIO)  METAL
• 100 A C FORNOS DE LUPA
BREVE HISTÓRICO

• . ANO 800: BAIXO FORNO


• (1 kg Fe = 2 a 2,5 kg minério + 4 kg carvão vegetal)


BREVE HISTÓRICO

• . SÉCULO XI a XV: FORJAS CATALÃS


BREVE HISTÓRICO

1340 ALEMANHA: ESBOÇO DO ALTO-FORNO


(PRIMEIRA PRODUÇÃO DE GUSA LÍQUIDO)
BREVE HISTÓRICO

SÉCULO XVII: ALTO-FORNO COM ACIONAMENTO HIDRÁULICO


PRODUÇÃO = 1 tonelada/dia
(minério, florestas e rios - roda d’água)
BREVE HISTÓRICO

• 1708/1709: PRIMEIRO GUSA A COQUE


•1780: SOPRADORES ACIONADOS COM MÁQUINA A VAPOR
• 1828: PRIMEIRO PRÉ-AQUECIMENTO DO AR SOPRADO
• 1832: PATENTE QUE USA O GÁS DO TOPO PARA
PRÉ-AQUECER O AR
• 1857: COWPER
• 1950: PERFIL DE TEMPERATURA DA CARGA (KITAEV)
• 1960: MODELO OPERACIONAL (IRSID - FRANCESES)
• 1970: DISSECAÇÃO DOS ALTOS-FORNOS (JAPONESES)
BREVE HISTÓRICO - MINAS GERAIS

• 1884: INÍCIO CONSTRUÇÃO USINA ESPERANÇA - Itabirito

• 1925: BELGO-MINEIRA: PRIMEIRA USINA INTEGRADA DA


AMÉRICA DO SUL

• 1937: BELGO-MINEIRA (JOÃO MONLEVADE): MAIOR


USINA DO MUNDO INTEGRADA A CARVÃO VEGETAL
PIONEIRISMO NO REFLORESTAMENTO À BASE
DE EUCALIPTO

• 1970: BOOM DOS PEQUENOS ALTOS-FORNOS


PRODUÇÃO DE GUSA – INTRODUÇÃO
 PROCESSOS PARA A PRODUÇÃO DE FERRO-GUSA LÍQUIDO:
  . ALTO-FORNO
. COREX
. FORNO ELÉTRICO DE REDUÇÃO
 BRASIL: 100% ALTO-FORNO
Produção Total de Ferro-Gusa em 2001 = 27.391.000 t

6.278.000 t
(Altos-Fornos a Carvão Vegetal - Produtores 5% 1.491.000 t
Independentes) (Altos-Fornos a Carvão vegetal- Usinas
23%
Integradas)

72% 19.622.000 t (Altos-Fornos a


Coque)
ALTO-FORNO: DESCRIÇÃO DO PROCESSO
ALTO-FORNO: DESCRIÇÃO DO PROCESSO

O alto-forno é um reator vertical, com formato de cuba, que opera em


regime de contracorrente, isto é, a carga sólida (minério de ferro e/ou
pelota e/ou sínter; carvão vegetal ou coque; e fundentes) descende do
topo do forno até a região do cadinho, enquanto que os gases ascendem
desde as ventaneiras até a goela do forno. A carga sólida, alimentada
pelo topo, desce por gravidade reagindo com os gases que sobem. Na
parte inferior do forno o ar quente (vindo dos regeneradores: cowpers
ou glendons) é injetado através das ventaneiras. Em frente às
ventaneiras, o oxigênio presente no ar, reage com o coque ou com o
carvão vegetal formando o monóxido de carbono, que ascende no forno
reduzindo o óxido de ferro presente na carga que desce em contra
corrente.
ALTO-FORNO: VISÃO GERAL
VISTA GERAL DO ALTO-FORNO
ALTO-FORNO: VISÃO GERAL
ALTO-FORNO: VISÃO GERAL
ALTO-FORNO: VISÃO GERAL
ALTO-FORNO: FUNCIONAMENTO

No alto-forno, o oxigênio do ar pré-aquecido é injetado na


parte inferior para que ocorra a queima (combustão) do
coque ou carvão vegetal (carbono-redutor). O coque ou o
carvão vegetal, ao ser queimado, gera gases redutores em
alta temperatura que reagem com o oxigênio combinado ao
ferro do minério. O processo de redução é acompanhado
de outras reações químicas, com a formação de
carbonetos e fusão da ganga e dos fundentes para
constituição da escória, que é vazada do forno para as
casas de corrida.
ALTO-FORNO: FUNCIONAMENTO

No alto-forno, o oxigênio do ar pré-aquecido é injetado na


parte inferior para que ocorra a queima (combustão) do
coque ou carvão vegetal (carbono-redutor). O coque ou o
carvão vegetal, ao ser queimado, gera gases redutores em
alta temperatura que reagem com o oxigênio combinado ao
ferro do minério. O processo de redução é acompanhado
de outras reações químicas, com a formação de
carbonetos e fusão da ganga e dos fundentes para
constituição da escória, que é vazada do forno para as
casas de corrida.
ALTO-FORNO: FUNCIONAMENTO

No alto-forno, o ar aquecido é injetado pelas ventaneiras


numa velocidade que varia de 180 a 280 m/s. Os
regeneradores de calor elevam a temperatura do ar a
1300°C, sendo adotados os cowpers, geralmente em fornos
de grande porte, ou os glendons, em fornos a carvão vegetal.
Este ar será enviado ao anel de vento e em seguida para as
ventaneiras do alto-forno. O anel de vento é uma construção
tubular que envolve o altoforno na altura da rampa.
ALTO-FORNO: FUNCIONAMENTO

O gás gerado no alto-forno, como ainda possui cerca de


19 a 30% de monóxido de carbono (CO), 14 a 18% de
dióxido de carbono (CO2), 3 a 7% de hidrogênio (H2), e

aproximadamente 1% de metano (CH4), tem um elevado


poder calorífico (750 a 900kcal/Nm³), sendo por isso
purificado e enviado para um gasômetro para ser
misturado a outros gases combustíveis gerados na usina
e utilizado na produção de energia elétrica ou ser
enviado para fornos na laminação e calcinação.
ALTO-FORNO: FUNCIONAMENTO

Uma vez iniciada a operação de um alto-forno, ela deve se


manter praticamente ininterrupta por vários anos. Uma parada
para manutenção completa do alto-forno (campanha), que
implica na troca de todo o seu revestimento refratário, ocorre no
período de 12 a 14 anos, levando de 3 a 6 meses para ser
realizada. Porém, existem altos-fornos que funcionam há mais
de 20 anos sem paradas.
Em termos de perfil térmico, o alto-forno pode ser dividido em
zona de redução (ou de reserva térmica) e zona de elaboração.
A figura a seguir apresenta as principais reações químicas
internas do alto-forno que ocorrem em cada zona.
ALTO-FORNO: FUNCIONAMENTO
ALTO-FORNO: FUNCIONAMENTO

As diferenças entre as propriedades do carvão vegetal e do


coque fazem com que o processo de produção de ferro-gusa no
alto-forno tenha também características bem distintas, quando se
usa um ou outro combustível. O próprio projeto do alto-forno
apresenta diferenças, havendo necessidade de definir
primeiramente com qual combustível-redutor o forno irá operar.
A utilização de carvão vegetal em altos-fornos de grande porte é
inviável devido à sua pequena resistência mecânica. A baixa
resistência traz como conseqüência uma geração de finos dentro
do alto-forno, pela degradação do carvão, afetando o
escoamento gasoso.
ALTO-FORNO: FUNCIONAMENTO

A menor densidade do carvão vegetal exige um volume maior do mesmo,


consequentemente aumentando o volume ocupado pelo redutor em relação ao
coque. A carga metálica em um forno a carvão vegetal ocupa cerca de 30% do
volume do forno; já no alto-forno a coque este número é de 45%.
Representando assim, para um mesmo ritmo de produção, o tempo de
residência da carga em um forno a carvão vegetal é 1,5 vezes menor que o
caso do coque. Com isto, no alto-forno a coque a carga permanece por um
maior tempo na zona de preparação, favorecendo um menor consumo de
carbono.
Como o carvão vegetal é mais reativo que o coque, no alto-forno a carvão
vegetal a reação de solution loss inicia-se em menores temperaturas. A
temperatura da zona de reserva térmica do forno a carvão vegetal é de
aproximadamente 800°C, enquanto a do coque é de 950°C.
ALTO-FORNO: FUNCIONAMENTO

Observa-se um menor consumo de carbono no alto-forno a


coque do que no alto-forno a carvão vegetal. A maior
temperatura da zona de reserva térmica do alto-forno a coque
implica em um maior tempo necessário para a carga atingir
esta temperatura, em relação ao alto-forno a carvão
vegetal. Com isto, a maior parte das reações de redução
ocorre antes que a carga atinja tal temperatura, o que eleva o
rendimento do processo. Além disso, no alto-forno a coque as
reações de redução têm uma cinética mais favorável, devido
às temperaturas mais elevadas. Portanto, essa menor
reatividade do coque explica seu menor consumo de carbono.
ALTO-FORNO: FUNCIONAMENTO

Parte dos álcalis, uma vez carregados no alto-forno, ficam


recirculando no interior do reator, em ciclos de
evaporação/condensação, podendo ocasionar a formação
de cascões, que são os óxidos dos alcalis. A eliminação
dos álcalis é fortemente influenciada pela basicidade da
escória, pois quanto menor a basicidade, maior a taxa de
eliminação. Desta forma, no alto-forno a coque que opera
com escória básica, a quantidade recirculante de álcalis é
mais alta do que no alto-forno a carvão-vegetal.
ALTO-FORNO: FUNCIONAMENTO

Com relação à composição química do ferro-gusa, um alto-


forno a coque produzirá um ferro-gusa com mais enxofre e, no
alto-forno a carvão vegetal, um ferro-gusa com mais fósforo.
Quanto ao teor de silício, dependerá da utilização do ferro-
gusa. Se ele for a matéria-prima da aciaria, como ferro-gusa
líquido, trabalha-se com silício menor do que 1%, que é o
caso de todos os altos-fornos a coque no Brasil. Pode-se
também produzir um ferro-gusa com silício maior do que 1%,
chamado ferro-gusa de fundição, que é produzido pelos altos-
fornos pequenos a carvão vegetal dos produtores
independentes (usinas não-integradas)”
ALTO-FORNO: FUNCIONAMENTO
ALTO-FORNO: O REATOR
ALTO-FORNO: O REATOR
ALTO-FORNO: O REATOR

O corpo físico do alto-forno pode ser dividido em: cadinho,


rampa, ventre, cuba e goela. Existe também a região das
ventaneiras, por onde ocorre a entrada de ar no alto-forno.

Através de diversas reações físico-químicas o minério de ferro


é aquecido e reduzido, o produto destas reações após alcançar
o estado líquido é carburado, parcialmente dessulfurado, e
incorpora principalmente os elementos fósforo, silício e
manganês, para produzir o ferro-gusa líquido.
ALTO-FORNO: VISÃO INTERNA
PLACAS DE REFRIGERAÇÃO

PLACA
STAVES + PLACAS
STAVES
ALTO-FORNO: VENTANEIRA
ALTO-FORNO: VENTANEIRAS
ALTO-FORNO: SISTEMA DE CARREGAMENTO

A distribuição da carga no forno tem importância fundamental


para a operação do altoforno, uma vez que ela é um dos
fatores determinantes da eficiência das trocas térmicas e das
reações de redução, além de afetar diretamente no formato e
na posição da zona coesiva e da carga térmica sobre a
parede do forno. A carga sólida, constituída de
combustíveis/redutores, minério de ferro e fundentes, é
carregada para o topo do alto-forno através de skips e/ou
correias transportadoras, balanças e peneiras vibratórias.
ALTO-FORNO: SISTEMA DE CARREGAMENTO

Os equipamentos de carga do topo do alto-forno distribuem


a matéria-prima ao interior do forno ao longo do diâmetro da
garganta e vedam o gás, evitando o vazamento e a perda
de pressão. Existem dois sistemas usuais de distribuição de
carga adotados em altos-fornos. O sistema duplo cone,
mostrado na figura seguinte, é geralmente utilizado em
fornos menores.
Em fornos de grande porte, é adotado o sistema topo sem
cone (Paul Wurth ou Bell less), que utiliza tremonhas de
carregamento com calha rotativa.
ALTO-FORNO: SISTEMA DE CARREGAMENTO DUPLO-CONE
ALTO-FORNO: SISTEMA DE CARREGAMENTO
ALTO-FORNO: SISTEMA DE CARREGAMENTO “BELL LESS”
(PAUL WURTH)

Você também pode gostar