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DIÁLOGOS EM REDE: TEORIAS E

PRÁTICAS DA CENA
O QUE VOCÊ VÊ É O QUE VOCÊ VÊ?
cultura de crítica em artes

Danilo Lima nasceu no interior da Bahia, cidade de Barreiras, em 1992.


Integrou a Cia de Teatro Xuá-Xuá e a Cia Saco de Risadas. É Bacharel em
artes cênicas – interpretação teatral pela Escola de Teatro da UFBA e
especialista em estudos contemporâneos em dança pelo PPGDança/UFBA. É
curador do Festival Estudantil de Artes Cênicas da Bahia. Editor assistente da
Revista Metamorfose do IHAC UFBA. Possui formação em Jornalismo
Cultural e a Crítica de Artes no Brasil, realizado pelo Centro de Pesquisa e
Formação do SESC São Paulo e Mediação Cultural Contemporânea pela
Escola Itaú Cultural.
CULTIVO DA CRÍTICA

PROGRAMA DE CRÍTICA EM
ARTES
AMBIENTES DE CRÍTICA
CULTURA DA CRÍTICA
EMENTA

Para este cultivo, vamos  entender os processos e resultados de críticas como obra. Nos
encontros aqui, refletiremos sobre as possibilidades de escrita da crítica em artes, a partir de
metodologias expandidas, ou seja, do corpo, com suas recepções e reverberações.
Analisaremos revistas, sites e impressos, com o interesse de explorar as estruturas dessas
escritas e para qual público ela se destina. Somando a essas análises, teremos  observações e
criações em tempo real como procedimento, que contribuirão com perspectivas
contemporâneas sobre fruição de obras de arte e quando elas se tornam. Este módulo
pretende revisitar o caráter historiográfico e mediador da crítica, como também, aguçar a
imagem da palavra.

OBJETIVOS

Criação de Rede de Críticos;


Estimular a prática da crítica afetiva e como obra de arte;
Incentivo a apreciação artística e seus modos de reverberação.
Palavras-chave do módulo

Crítica como obra;


Recepção, Reverberação e Fruição;
Público destinatário;
Criação em tempo real;
Caráter historiográfico e documental da Crítica;
Mediação Cultural;
A imagem da palavra. 
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CARÁTER HISTORIOGRÁFICO E DOCUMENTAL DA

CRÍTICA
JORNAL ESTADÃO, SÃO PAULO – 18/02/1922
REVISTA QUILOMBO: VIDA, PROBLEMAS E ASPIRAÇÕES ABDIAS DO NASCIMENTO, A CONTRALTO ESTADUNIDENSE MARIAN
DO NEGRO, 1, Nº 1, RIO DE JANEIRO, 9 DE DEZEMBRO DE ANDERSON E RUTH DE SOUZA, EM 1950, FOLHEANDO ALGUMAS EDIÇÕES
1948. DO JORNAL QUILOMBO, SÃO PAULO.
DOCUMENTO DE CENSURA À MÚSICA DE MARTINHO DA VILA  - OGLOBO (ESTIMA-SE 1976)
Barbara Heliodora: Peça 'As ridículas de Molière' não apresenta nenhum
aspecto positivo
25/06 às 09h53 Barbara Heliodora

RIO - Sou e sempre fui contra a censura, porém creio que deveria existir uma lei que
impedisse o uso indevido e abusivo de nomes de autores famosos e mortos,
impossibilitados, portanto, de se defender contra incidentes infelizes e desastrados
como, por exemplo, o lastimável espetáculo em cartaz no Sesc Copacabana intitulado
"As ridículas de Molière". Seus lastimáveis realizadores podem argumentar que, no
caso, o nome de Molière é apenas parte do título, mas, como Molière escreveu "As
preciosas ridículas", o nome de um dos maiores autores de todo o teatro ocidental e o
título de uma de suas obras são usados, na verdade, para atrair incautos.
Ideias de Molière são roubadas e destruídas
O texto desse desastre, que ocupa um ótimo e prestigioso palco da cidade, é um
amontoado de asneiras e grossuras que, impossível negá-lo, muito remotamente
exploram como desculpa para seus desmandos o germe da ideia da exemplar comédia
de Molière, porém destruindo tudo o que de lá foi roubado, rebaixando tudo ao mais
primário nível de indigência intelectual.
A encenação consegue, em tudo e por tudo, agravar todos os defeitos da "adaptação e
dramaturgia" pelas quais temo doloroso dever de responsabilizar Miriam Vilma, Gabriel
F., Roberta Rangel e Vanderson Maciel. Nenhum desses tem a menor ideia do que seja
uma comédia (ou sequer uma chanchada) e, como todos fazem parte do elenco (e a
primeira, também da direção), nenhum deles fica isento de culpa pela inanidade ou má
qualidade de tudo o que é apresentado. Tudo começa com uma lamentável introdução,
que apresenta um suposto enterro de Molière, acompanhado por informações primárias
a seu respeito em simultâneo com um gratuito teatrinho de sombras.
É difícil dizer o que é pior no espetáculo, se o texto, ofensivo de tão destituído de
qualquer sentido ou qualidade, ou os guinchos e pulos que constituem a maior parte do
que deveria ser a interpretação. Todo o numeroso elenco é igualmente ruim, com todo o
conjunto feminino usando sempre um detestável registro agudo e saltitando, enquanto o
masculino acredita que nada pode ser tão encantador e divertido quanto a mais surrada
caricatura de homossexual, seja em trejeitos, seja em modo de falar.
Não é possível perceber onde as e os realizadores de "As ridículas de Molière"
pode estar querendo chegar com sua lastimável apresentação, ou sequer acreditar que
eles possam ter tido qualquer objetivo em vista. Nem o público e nem, muito menos,
Molière merecem ser sujeitados a acontecimento tão desastrado, infeliz e gratuito. O
uso do nome de Molière em espetáculo tão destituído de qualquer aspecto positivo ainda
traz em seu bojo o perigo de fazer aqueles que nunca antes conheceram sua obra
pensarem que era esse o tipo de coisa que ele escrevia e fiquem por isso mesmo sem
compreender por que tanta gente diz que ele foi um grande autor.

BÁRBARA HELIODORA, O GLOBO, 25/06/2009


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