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Técnicas de Argumentação

O poder da retórica

Apresentação realizada por João Neto e Pedro Silva


Um pouco de história…
Na Antiga Grécia, os Sofistas tinham uma preocupação:
a preocupação de vencer discussões através da argumentação!

A Retórica foi então objecto de ensino com o intuito de preparar os homens


na arte de bem falar e discursar. Já naquela época essa seria a única forma
de vencer política e socialmente, chegando a ocupar altos cargos na Polis.

Partindo de premissas admitidas pelo adversário, desenvolvia-se um raciocínio


com o objectivo de o derrotar.

O objectivo fundamental era então o de expor regras para bem dizer ou falar
eloquentemente, ditando normas que capacitassem o homem a falar em público
e levar os outros à persuasão.

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…mais um pouco de história…
Sócrates acusou os Sofistas de criarem uma dialéctica negativa.

Platão atacou os Sofistas e os mestres da Retórica, acusando-os de não


ensinarem a verdade aos seus auditores, limitando-se a elogiá-los.

Aristóteles introduziu na sua Retórica o conceito da importância da


personalidade do orador para a persuasão do auditório, que se deve servir
do raciocínio dialéctico e da demonstração como base da argumentação.

“Durante toda a antiguidade greco-latina, os retóricos e os filósofos rivalizaram


pelo direito de formar a juventude.
Os filósofos procuravam incutir-lhe o gosto pelo saber e pela busca da verdade,
os retóricos preferiam ensinar técnicas que permitissem influenciar o homem
pela palavra.”

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…e ainda mais um pouco!

Na Idade Média, em Portugal, a retórica é preponderante nas escolas,


onde se torna um complemento da Gramática e é útil não só àqueles que
pretendem formar o estilo, mas também aos oradores que usavam a palavra
para divulgar a fé.

À semelhança dos tempos antigos, hoje é também imprescindível dominar


o discurso para despertar a sensibilidade do ouvinte e o seu interesse,
surpreendendo-o ao mesmo tempo!

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Antes das técnicas, o planeamento e a estratégia.

• O que desejamos provar?


• Qual a conclusão a que pretendemos chegar?
• Apresentar as nossas ideias por uma ordem natural
• Partir de premissas fidedignas
• Usar uma linguagem precisa, específica e concreta
• Evitar linguagem tendenciosa
• Usar termos consistentes
• Limitar a um sentido para cada termo

É importante não esquecer que a conclusão irá confirmar toda a nossa


argumentação!

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Diferentes formas de argumentar

• ARGUMENTAÇÃO COM BASE EM EXEMPLOS

•ARGUMENTAÇÃO POR ANALOGIA

• ARGUMENTAÇÃO DE AUTORIDADE

• ARGUMENTAÇÃO COM BASE EM CAUSAS

• ARGUMENTAÇÃO DEDUTIVA

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Argumentação com base em exemplos

A utilização de exemplos para reforçar a nossa argumentação é recorrente


no nosso dia-a-dia.
É necessário que os exemplos que aplicamos sejam precisos e ainda assim
são susceptíveis de originar muitos erros.

Devemos usar mais do que um exemplo, principalmente quando generalizamos.


Uma generalização para ser comprovada necessita de diferentes exemplos.
O número de exemplos depende da sua representatividade nesse contexto.

A amostra deve representar a população a partir da qual estamos a generalizar.

Atenção aos contra-exemplos!


Se conseguir descobrir um contra-exemplo para a generalização que pretende
defender, então reveja a generalização.

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Argumentação por analogia

A argumentação por analogia consiste na comparação com outro caso


semelhante, que permita reforçar determinado aspecto do nosso argumento.

A primeira premissa de um argumento por analogia estabelece uma pretensão


baseando-se no exemplo usado como analogia.

A segunda premissa de um argumento por analogia estabelece que o exemplo


na primeira premissa é como o exemplo do qual o argumento tira a conclusão.

A analogia requer um exemplo semelhante num aspecto relevante

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Argumentação de autoridade

Este tipo de argumentação consiste em referir pessoas ou organizações que


podem confirmar determinadas informações.

- poderá ser necessário citar as fontes da informação quanto mais precisa


e específica esta for;

- as fontes devem ser qualificadas para fazerem determinadas afirmações;

- as fontes devem ser imparciais;

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Argumentação com base em causas
Por vezes tentamos explicar porque acontece determinada coisa, argumentando
sobre a sua causa.

- o argumento explica como a causa conduz ao efeito

- a conclusão sugere a causa mais provável

- os factos associados não estão necessariamente relacionados

- factos correlacionados podem ter uma causa comum

- qualquer um de dois factos correlacionados pode causar o outro

- as causas podem ser complexas

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Argumentação dedutiva

Os argumentos dedutivos, desde que bem construídos,


garantem a verdade das conclusões por via da verdade das premissas.

Ao contrário todos os outros tipos de argumentos transmitem um certo grau


de incerteza.

Para este tipo de argumentação é essencial termos premissas fidedignas.

É possível a combinação de formas simples de argumentação dedutiva.

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Argumentação dedutiva
Existem 6 formas de argumentação dedutiva:

- Modus ponens (“o modo de pôr”). Ex.: “se p, então q.”

- Modus tollens (“o modo de tirar”). Ex.: “tire p, tire q.”

- Silogismo hipotético. Ex.: “se p, então q. Se q, então r. Logo, se p, então r.”

- Silogismo disjuntivo. Ex.: “p ou q. Não –p. Logo, q.”

- Dilema. Ex.: “p ou q. Se p, então r. Se q, então s. Logo, r ou s.”

- Reductio ad absurdum (“redução ao absurdo”). Ex.: “P. Não –p. Q. Q é falso. P.”

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