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Fato Típico
Fato Típico
CONCEITO
Ação ou omissão humana (somente pessoas) antissocial
que, norteada pelo princípio da intervenção mínima,
consiste numa conduta produtora de um resultado que
se submete a um modelo de conduta proibida pelo
Direito Penal, seja crime ou contravenção penal.
Assim são seus elementos:
1. conduta;
2. nexo causal;
3. resultado;
4. tipicidade
CONDUTA
É um dos elementos do fato típico e, uma vez
ausente, não se pode falar em crime (“nullum
crimen sine conducta”).
TEORIAS EXISTENTES
1. causalista;
2. neokantista;
3. finalista;
4. social da ação;
TEORIA CAUSALISTA
CAUSALISMO
CRIME É ato voluntário contrário ao Direito,culpável e sancionado com
uma pena
ESTRUTURA DO Fato típico + Antijuridicidade + Culpabilidade
CRIME
FATO TÍPICO A ação integra o fato típico e é definida como movimento
corporal voluntário que causa modificação no mundo exterior. É
elemento objetivo, não admitindo qualquer valoração.
ANTIJURIDICIDADE Elemento objetivo. É a conduta típica sobre a qual não incide
nenhuma causa justificação (valoração objetiva de um fato
natural)
CULPABILIDADE Elemento subjetivo. Constituída por dolo e culpa. (suas
espécies), além da imputabilidade (culpabilidade psicológica –
valoração psicológica do autor do fato)
FATO TÍPICO A ação deixa de ser concebida com mero processo casual
(mero movimento corporal, cego) para enfocada como
exercício de uma atividade finalista (exercício vidente). O
dolo e a culpa migram da culpabilidade para o fato típico
(elementos da conduta)
ANTIJURIDICIDADE Contrariedade do fato a todo o ordenamento jurídico
(desvalor da conduta – análise subjetiva)
CULPABILIDADE Passa a ser norma pura, acrescida da potencial consciência
da ilicitude
CRÍTICAS A finalidade não explica os crimes culposos (sendo frágil,
também nos crimes omissivos). A teoria se centralizou no
desvalor da conduta, ignorando o desvalor do resultado
TEORIA SOCIALDA AÇÃO
TEORIA SOCIAL DA AÇÃO
Tanto no dolo de segundo grau como no dolo eventual, o agente não quer
diretamente o resultado, todavia, no eventual, ele é indiferente à sua
produção, que pode ocorrer ou não, no de segundo grau, ele sabe que vai
ocorrer e o tem como certo e indispensável.
11. Dolo de propósito: é a vontade livre e
consciente que já existia antes da prática da
conduta, e que permaneceu durante a prática
(é o dolo antecedente que se torna
concomitante).
12. Dolo de ímpeto: é a vontade livre e
consciente que somente surge no momento
da prática da conduta (é o dolo
exclusivamente concomitante). De acordo
com a doutrina, o ímpeto pode atenuar a
pena.
13. Dolo específico:O dolo específico está presente
nos tipos penais incongruentes, objeto do nosso
descomplicando há alguns dias. O tipo penal
incongruente é aquele que exige além do dolo
genérico uma intenção especial, um requisito
subjetivo transcendental;
14. Dolo genérico: Dolo genérico : o agente tem
vontade de realizar a conduta descrita no tipo sem
finalidade específica. Ex.: o homicídio – ele se
contenta com a vontade de matar.
Fases da conduta dolosa
Apresenta duas fases:
1. A fase interna se resume ao pensamento do
agente. Esta composta em:
1.1. representação e antecipação do resultado;
1.2. eleição dos meios pelos quais a conduta se
desenvolverá;
1.3. avaliação dos efeitos decorrentes da conduta,
sejam elas colaterais ou concomitantes dos
meios escolhidos
Fase interna da conduta
1. O agente decide a respeito do crime que irá
cometer, para tanto antecipa mentalmente o
fim a que sua conduta se dirigirá;
2. Delibera sobre os meios que utilizará para
alcançar o seu intento;
3. Avalia se o emprego destes meios será capaz
de ocasionar os efeitos colaterais ou
concomitantes
DO CRIME CULPOSO
O crime culposo está no art. 18,inciso II do CP:
“culposo, quando o agente deu causa ao resultado
por imprudência, negligência ou imperícia”.
Trata-se de uma conduta voluntária do agente
realizando um evento ilícito não querido ou aceito
pelo agente.,mas que lhe era previsível (culpa
inconsciente) ou excepcionalmente previsto (culpa
consciente) e que poderia ser evitado caso fosse
aplicada a cautela esperada
FUNDAMENTO PARA SUA PENALIZAÇÃO
ATENÇÃO !!!
Se, imprudência (culpa in comitendo) esta é revelada no
momento de sua prática (da ação), a negligência o
comportamento omisso é realizado sempre antes de
se iniciar a conduta.
3. imperícia: é a falta de aptidão técnica para o exercício da arte
ou profissão (ex: condutor profissional de veículo que troca o
pedal do freio pelo acelerador e o aperta para evitar o acidente,
mas, o provoca).
Trata-se de um flagrante despreparo técnico ou prático para
exercer a função.