Você está na página 1de 88

Segurança

em
Laboratórios
INSTRUTOR: MARCOS FRANCISCO MARQUES

Suprema Treinamentos
Conteúdo Programático.
 
1. Conscientização para o risco químico, acidentes, intoxicações agudas e crônicas, vias de
absorção dos agentes químicos.
2. Condições para ter um laboratório seguro.
3. Exaustão, equipamentos de proteção coletiva, equipamentos de emergência.
4. Equipamentos de proteção individual mais recomendados em laboratório.
5. Práticas operacionais corretas em laboratório.
6. Armazenagem de produtos químicos, incompatibilidades, simbologia de riscos.
7. Derramamentos acidentais, procedimento, materiais absorventes.
8. Descarte de resíduos dos laboratórios, sólidos, líquidos e solventes orgânicos.
9. Ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQs), sua importância e o que
deve conter de acordo com a NBR 14725.
10.Operação e cuidados do manuseio de cilindros e gases sob pressão.
Suprema Treinamentos e Consultoria
Conceitos

Quando se trata de segurança em laboratórios, são muito empregados termos como:


segurança do trabalho, risco, toxicidade, acidentes, prevenção de acidentes e
equipamentos de segurança. Assim, será interessante defini-los antes de se estabelecer
as regras de segurança.
Segurança do trabalho: É o conjunto de medidas técnicas, administrativas,
educacionais, médicas e psicológicas que são empregadas para prevenir acidentes
eliminando condições inseguras do ambiente e instruindo ou convencendo usuários na
implantação de práticas preventivas;
Conceitos
Segurança química – Entendida como um conjunto de estratégias para o controle e
prevenção dos efeitos adversos para o ser humano e o meio ambiente decorrentes
da extração, produção, armazenagem, transporte, manuseio e descarte de
produtos químicos. (FUNDACENTRO)

Segurança biológica – É o conjunto de ações voltadas para a prevenção,


minimização ou eliminação dos riscos inerentes às atividades de pesquisa,
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços. Estes
riscos podem comprometer a saúde do homem e animais, o meio ambiente ou a
qualidade de vida dos trabalhos desenvolvidos (TEIXEIRA, 1996)
Breves Definições
Produto químico – Substância ou mistura.
Substância – Elemento químico e seus compostos no estado natural ou obtidos por qualquer
processo de produção, incluindo qualquer aditivo necessário para garantir a estabilidade do
produto e qualquer impureza resultante de processo utilizado, mas excluindo qualquer
solvente que possa ser separado sem afetar a estabilidade da substância ou alterar sua
composição.
Mistura – Composta por duas ou mais substâncias que não reagem entre si.
Produto biológico – São insumos ou processos desenvolvidos a partir de enzimas, extratos
(de plantas ou de microrganismos), microrganismos, macroorganismos, metabólicos
secundários e feromônios, destinados ao controle biológico. (EMBRAPA)
Produtos Químicos x Acidentes de
Trabalho
Segundo o site Nações Unidas do Brasil nos últimos dez anos (2012-2021), 22.954 mortes
no mercado de trabalho formal foram registradas no Brasil.

Apenas em 2021, foram comunicados 571,8 mil acidentes e 2.487 óbitos associados ao
trabalho, com aumento de 30% em relação a 2020.

De acordo com as estimativas conjuntas sobre a carga de doenças e lesões relacionadas ao


trabalho, a maioria das mortes relacionadas ao trabalho foram devidas a doenças
respiratórias e cardiovasculares. (OMS)

Estima-se que cerca de 45% das mortes são por exposição a substâncias perigosas no local
de trabalho.
https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---dgreports/---dcomm/documents/publication/wcms_686645.pdf
Segurança Química
Mais de 150 milhões de substâncias químicas registradas (100 mil de uso
difundido);
Número CAS – Chemical Abstract Service (Serviço de resumo químico)
http://www.cas.org/

Perigo
Somente algumas centenas de substâncias químicas foram avaliadas
plenamente quanto aos seus perigos.
Perigo x Riscos
Perigo – É o conjunto de propriedades inerentes à um agente (químico, físico; e
biológico), capaz de causar efeitos adversos à saúde ou ao meio ambiente,
dependendo do grau de exposição.

Risco – Probabilidade de ocorrência de danos à saúde e/ou ao meio ambiente.


(Frequência x Tempo de Exposição).

Risco = Perigo x Exposição


Risco = Perigo x Exposição
PERIGO – Propriedade
intrínseca/inerente

Colocar-se em condição de
RISCO
Risco = Perigo x Exposição
Risco = Perigo x Exposição
Risco = Perigo x Exposição
PERIGO – Propriedade
intrínseca/inerente

Colocar-se em condição de
RISCO
Riscos
Risco: É o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao entrar em
contato com um agente tóxico ou situação perigosa.
Os riscos são divididos em 5 categorias:
1. Riscos de acidentes: qualquer fator que coloque o profissional em situação de
perigo e possa afetar a sua integridade. Caracteriza-se por toda ação não
programada, estranha ao andamento normal do trabalho;
2. Riscos ergonômicos: qualquer fator que possa interferir nas características
psicofisiológicas do profissional causando desconforto ou afetando a sua saúde;
Riscos
3. Riscos físicos: qualquer forma de energia a que os profissionais possam estar
expostos (ruído, vibração, temperaturas extremas, raios-X ou substâncias
radioativas, úmida, radiação não-ionizante);
4. Riscos químicos: a exposição a agentes ou substâncias químicas que possam
penetrar no organismo através da pele, serem inalados ou ingeridos.
5. Riscos biológicos: a exposição às bactérias, fungos, vírus, parasitas entre
outros.
Risco
- Frequência
Característica - Intensidade
intrínseca - Tempo de duração
- Forma de exposição

RISCO PERIGO EXPOSIÇÃO

Inerente ao agente
químico, biológico,
ambiental.
Risco Ocupacional

Associado ao ambiente de trabalho

O risco ocupacional está relacionado com o tipo de atividade exercida pelo


trabalhador, o contato e as vias de exposição aos agentes ambientais, os
mecanismos de proteção e prevenção adotados e a disponibilização de
ferramentas operacionais, incluindo capital humano!
Como percebemos o risco?
Como percebemos o risco?
Como percebemos o risco?

Cada indivíduo percebe o risco de uma forma.


A maneira com a qual percebemos, chama-se: Percepção de risco.
É importante perceber como as pessoas reagem ao risco.
Fatores culturais e sociais influenciam na forma como percebemos o risco.
As emoções, tais como: preocupação, angústia e medo interferem na maneira
como percebemos o risco.
Segurança em Laboratórios
I. Reconhecer os perigos das substâncias manipuladas.
II. Avaliar os riscos da operação envolvendo os perigos identificados.
III. Trabalhar para Eliminar ou Minimizar os riscos.
IV. Treinar os colaboradores adequadamente.
V. Estabelecer políticas corporativas.
VI. Realizar inspeções e auditorias constantemente.
Como Avaliar os Riscos no
Laboratório?
Identificar, caracterizar e quantificar os potenciais efeitos adversos para a saúde
humana ou meio ambiente resultantes da exposição a agentes químicos e
biológicos.
Dividimos em 4 etapas:

1. Identificação do perigo
2. Avaliação da relação dose-resposta
3. Avaliação da exposição
4. Caracterização do risco.
Como Avaliar os Riscos no
Laboratório?
Se o risco for conhecido devemos trabalhar com a prevenção, antecipando
as consequências de nossas ações, no intuito de prevenir os acidentes,
corrigindo-os e redirecionando-os por segurança.

Se o risco for desconhecido devemos trabalhar com a precaução,


antecipando as medidas para amenizar as consequências, quando há
possíveis riscos futuros, porem, desconhecidos.
Compreendendo um pouco mais...
Conhecer as regras básicas de um laboratório nos permite abrir a mente sobre
ao possíveis riscos que podemos nos deparar no dia a dia.

A seguir veremos as regras básicas de um laboratório e como classificamos os


perigos das substâncias que trabalhamos; quais são os critérios da GHS para os
rótulos dos produtos químicos e como avaliamos uma FISPQ.
GHS

O GHS, Sistema Globalmente Harmonizado.


Tem como objetivo aumentar a proteção da saúde
humana e do meio ambiente, fornecendo um sistema
de classificação harmonizado, unificado e
internacionalmente compreensível para comunicação
de perigos dos produtos químicos.
FISP
Q

A sigla FISPQ significa Ficha de Informação de Segurança


de Produtos Químicos.

É um documento normalizado pela Associação Brasileira


de Normas Técnicas (ABNT) conforme NBR 14725-2.
Regras Básicas do Laboratório
• Não fumar, manter e/ou ingerir alimentos e bebidas nos laboratórios.
• Proibido o uso de sandálias, chinelos e shorts durante trabalhos laboratoriais.
• Manter os cabelos presos, e se necessário, faça o uso de touca. No caso de
cabelos compridos devem ser presos em coque.
• Não usar ornamentos: colares, pulseiras, anéis, brincos, gargantilhas...
• Não usar lentes de contato.
• Lavar bem as mãos (ÁGUA ABUNDANTE), antes e após qualquer
atividade laboratorial. Recomenda-se o uso de sabonete líquido
Neutro e enxugar as mãos com toalhas de papel.
Regras Básicas do Laboratório
• Não provar e inalar qualquer produto químico ou solução, gases ou vapores.
• É indispensável o uso do avental longo com mangas compridas, preferencialmente com
punho fechado, confeccionado com tecido de algodão.
• Ler atentamente o procedimento da atividade.
• Selecionar e organizar as vidrarias, produtos e meios a serem utilizados.
• Utilizar EPI’s.
• Procedimentos de riscos devem ser realizados na capela de exaustão
para laboratórios químicos.
• Procedimentos realizados em laboratórios microbiológicos devem utilizar a
cabine de fluxo laminar.
Regras Básicas do Laboratório
• Ler os rótulos dos frascos de reagentes antes de utilizá-los.
•As FISPQ’s de todos os reagentes devem ser mantidas em meio físico no laboratório,
em local de fácil acesso. Quando possível manter um cópia também em meio
eletrônico.
• Em caso de derramamento líquidos, o local deverá ser limpo imediatamente,
utilizando os cuidados necessários.
• Identificar os frascos, vidrarias.
• Utilizar materiais de vidro com cuidado, se ocorrer quebras ou trincas trocá-los
imediatamente.
• Utilizar pipetador ou pêra de borracha ao transferir/medir líquidos.
Regras Básicas do Laboratório
Regras Básicas do Laboratório
•Identificar peças aquecidas;

Importante!

Não utilizar o aquecimento em chama direta ou indireta (bico de Bunsen,


maçaricos...) com produtos inflamáveis.

Quando aquecer substâncias ou soluções em tubos de ensaio, não direciona-los


as pessoas que se encontram próximas para que não sejam atingidas pela
projeção do material.
Regras Básicas do Laboratório
• Não utilizar a mesma vidraria para medir soluções diferentes durante a realização
do ensaio.
• Não retornar sobras de soluções e/ou reagentes aos frascos de origem.
• As válvulas dos cilindros de gases devem ser abertas lentamente com as mãos ou
usando chaves apropriadas e nunca serem forçadas com martelos ou outras
ferramentas.
• Caso necessário ausentar-se deixar um ficha em local visível e próxima ao ensaio,
contando suas informações.
• Ao realizar misturas exotérmicas em água, sempre deverá se adicionado,
lentamente o produto químico à água – nunca o contrário.
Regras Básicas do Laboratório
Regras Básicas do Laboratório
• Ao terminar o ensaio, lavar as vidrarias, limpar a bancada, guardar todas soluções e
reagentes.
Orientação para lavagem de vidrarias:
• Evitar o uso de soluções sulfocrômicas.
• Recomenda-se o uso de solução 5% KOH ou NaOH em álcool etílico ou isopropílico:

Deixar de molho na solução por 5 min.


Lavar com água corrente.
Enxaguar com HCl 0,01 M.
Finalizar a lavagem com água destilada e deixar secar.
Regras Básicas do Laboratório
Orientação em caso de emergência:
• Manter a calma e comunicar ao setor de segurança.
• Se necessário, acionar o serviço de emergência médica.
• Cortes ou ferimentos, mesmo leves, devem ser lavados com água em
abundância.
• Queimaduras com fogo, material quente ou produtos químicos devem ser
lavadas com água em abundância.
• Nos casos de substâncias em contato com os olhos, estes deverão ser lavados
com água em abundância no “lava-olhos”, por no mínimo 15 minutos.
Classificação de Substâncias Perigosas
Não existe “substância não perigosa”.
Existe substância não classificada de acordo com os critérios adotados.
Os perigos podem ser classificados em:

Perigos físicos;
Perigos à saúde humana;
Perigos ao meio ambiente.
Perigos Físicos
• Explosivos
• Gases inflamáveis;
• Aerossóis;
• Gases oxidantes;
• Gases sob pressão;
• Líquidos inflamáveis;
• Sólidos inflamáveis;
• Substâncias e misturas autorreativas;
• Líquidos pirofóricos;
Perigos Físicos
• Sólidos pirofóricos;
• Substâncias e misturas sujeitas ao auto aquecimento;
• Substâncias e misturas que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis.
• Líquidos oxidantes;
• Sólidos oxidantes;
• Peróxidos orgânicos;
• Corrosivo para metais.
Perigos à Saúde Humana
• Toxidade aguda (Oral/Dérmica/Inalação);
• Corrosão/ Irritação à pele;
• Lesões oculares graves/ Irritação ocular;
• Sensibilização respiratória;
• Sensibilização à pele;
• Mutagenicidade em células germinativas;
• Carcinogenicidade;
• Toxidade à reprodução;
Perigos à Saúde Humana
• Toxidade para órgãos-alvos específicos – Exposição única;
• Toxidade para órgãos-alvos específicos – Exposição repetida;
• Perigo por aspiração.
• Exposição biológica.
Perigos ao Meio Ambiente

• Perigoso ao ambiente aquático – Agudo

• Perigoso ao ambiente aquático – Crônico


Exposição a Produtos Químicos e
Biológicos
Exposição: Contato entre os agentes químicos e biológicos com o organismo
Principais vias de exposição:
Inalatória – Respiração

Dérmica – Absorção

Oral – Ingestão
Toxicologia
LOCAL
POR LOCAL DE
AÇÃO
SISTÊMICA

TOXICIDADE

AGUDA
POR TEMPO DE
EXPOSIÇÃO
CRÔNICA
Tempo de Exposição
• Exposição Aguda: Após uma curta exposição ocorre os efeitos e sintomas da
exposição ao produto. Ex.: dor de cabeça, desconforto, gastrointestinal.
• Exposição Crônica: Exposições repetidas e/ou prolongada a um produto.
Ex.: desenvolvimento de efeitos adversos como câncer, dermatites e doenças
pulmonares entre outras, após exposição por tempo prolongada a um
determinado produto químico.
• Efeito tóxico local: Ocorre no local do primeiro contato entre o organismos e o
agente químico. Ex.: Irritação da pelo.
• Efeitos tóxico sistêmico: Requer absorção e distribuição do agente químico,
para um local distante de sua via de penetração, onde produzirá o efeito nocivo.
Ex.: Pode provocar sonolência e vertigens, por inalação dos vapores. (CO)
Inflamáveis e Combustíveis
Todo local sujeito á probabilidade da existência ou formação de misturas
explosivas pela presença de gases, vapores, poeiras ou fibras combustíveis
misturadas com o ar (ou com o Oxigênio) são considerados área de risco.

TRAGÉDIA
Misturas Explosivas ou Inflamáveis
Incompatibilidade Química
• Cianeto alcalino – Incompatível com ácidos, bases e agentes oxidantes.

• Spands (Ácido clorídrico, arsenito de sódio e oxicloreto de zircônio) –


Incompatível com ácidos, bases e agentes oxidantes.

• Tiossulfato de sódio anidro – Incompatível com agentes oxidantes fortes.

• Colilert – Incompatível com agentes fortemente comburentes.


EPC – Equipamento de Proteção Coletiva
• Capela de Exaustão:
 Luminosidade deve ser superior a 300 lux.
 Ruído máximo 85dBA para exposição máxima de 08horas/por dia.
 Velocidade de face para capela toda aberta deve ser de 0,4 – 0,5 m/s.
 Teste de fumaça avaliação visual utilizando fumaça a base de glicerina observando
o fluxo da fumaça e a eficiência da aerodinâmica interna através de corrente reversa.
• Carrinhos e cestos;
• Chuveiro e lava-olhos;
• Equipamentos de combate a incêndio.
EPI – Equipamento de Proteção
Individual
• Óculos de segurança;
• Protetor facial;
• Luvas;
• Proteção respiratória;
• Proteção para os pés;
• Vestimentas adequadas.
Derramamento
Produtos tóxicos (mais de 100 ml), inflamáveis (mais
de 1 litro) e corrosivos (mais de 1 litro
-  Chamar a equipe de segurança
-  Evacuar o laboratório
-  Avisar as pessoas nos ambientes vizinhos
-  Isolar a área e fechar as portas do ambiente
-  Remover fontes de ignição e desligar os equipamentos
-  Ligar a exaustão para o exterior; e
-  Abrir as janelas.
Derramamento de ácidos
-  No caso de ácido sulfúrico derramado sobre o chão ou bancada pode
ser rapidamente neutralizado com carbonato ou bicarbonato de sódio
em pó.
-  No caso de ácido Clorídrico derramado neutralizar com amônia, que
produzirá cloreto de amônio, em forma de névoa branca.
-  No caso de ácido nítrico, tomar cuidado com álcool, pois reagem
violentamente.
Derramamento de Compostos Tóxicos

- Manipular com cuidado, pois um grande número de compostos orgânicos


e inorgânicos são tóxicos.

- Evitar a inalação ou contato direto.


Compostos Altamente Tóxicos
São aqueles que podem provocar rapidamente, graves lesões ou até mesmo a morte.
Compostos arsênicos Cianetos Inorgânicos
Compostos de mercúrio Ácidos oxálico e seus sais
Selênio e seus complexos Pentóxido de vanádio
Monóxido de carbono Cloro, Flúor, Bromo, Iodo
    
Líquidos Tóxicos e Irritantes aos Olhos e Sistema Respiratório
Cloreto de acetila Bromo
Alquil e arilnitrilas Bromometano
Benzeno Dissulfito de Carbono
Brometo e cloreto de benzila Sulfato de metila
Ácido fluorbórico Sulfato de dietila
Cloridrina etilênica Acroleina
    
Compostos Potencialmente Nocivos por Exposição Prolongada

Brometos e cloretos de alquila: Bromometano, bromofórmio, tetracloreto de carbono, diclorometano, iodometano.

Aminas alifáticas e aromáticas: anilinas substituídas ou não dimetilamina, trietilamina, diisopropilamina.

Fenóis e composto aromáticos nitrados: Fenóis substituídos ou não cresóis, catecol, resorcinol, nitrobenzeno, nitrotolueno.
Derramamento de produtos tóxicos ou
inflamáveis sobre o trabalhador
-  remover as roupas atingidas sob o chuveiro de emergência

-  lavar a área do corpo afetada com água fria por 15 minutos


ou enquanto persistir dor ou ardência; e

-  lavar a área afetada com sabão neutro e água (não use


loções, creme, soluções neutralizantes, etc).
Olhos atingidos por produtos químicos
-  lavar os olhos atingidos, por 15 minutos, com água fria;

-  encaminhar a vítima ao atendimento médico de emergência;e

-  informar o produto químico envolvido no acidente.


Solventes Clorados e Não Clorados
Tanto os resíduos de solventes clorados como os de não clorados devem ser
armazenados em frascos ideais, como em bombonas ou outros frascos de
plástico.
Metais Pesados
Tanto os resíduos de metais pesados em solução quanto os resíduos de
metais pesados no estado sólido, devem ser tratados antes de serem
descartados.

Deve-se tratá-los com soda cáustica (NaOH + Na2CO3) em excesso.

Descartar a mistura nos tambores apropriados ou bombonas.


Ácidos e Bases
Neutralizar com NaOH ou H2SO4 , respectivamente, utilizar papel indicador ou
gotas de fenolftaleína, para garantir que o pH da solução resultante situe-se
entre 6 e 8.

Após a neutralização, descartar lentamente na pia sob água corrente.

Para soluções extremamente ácidas, como mistura sulfonítrica, por exemplo,


utilizar cal na neutralização.

Resíduos de ácidos devem ser descartados em frascos de vidro. Resíduos de


base devem ser descartados em frascos de polietileno(plástico).
Diagrama de Hommel
GHS – Sistema Globalmente Harmonizado de
Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos
É um abordagem sistematizada e de fácil compreensão para a classificação de
perigos dos produtos químicos e para comunicação, por meio de Rótulos e Fichas
de Dados de Segurança.
Tem como objetivo principal fornecer informações para a proteção da saúde
humana e do meio ambiente.
O GHS se aplica dentro da ABNT NBR 14725 e é dividido em quatro partes:
• Terminologia
• Sistema de classificação de perigo
• Rotulagem
• Ficha de informação de segurança de produtos químicos
Rótulos
Os rótulos conforme a GHS devem conter:

• Frases de perigo
Ex.: H225 – Tóxico em contato com a pele
H336 – Pode provocar sonolência ou vertigem

• Frases de precaução
Ex.: P361 – Retire imediatamente toda a roupa contaminada
P376 – Contenha o vazamento se puder ser feito com segurança
Rótulos
• Palavra de advertência
Ex.: Perigo;
Atenção

• Pictogramas
São os símbolos padronizados que vimos na classificação de substâncias
perigosas.
Exemplo de Rótulo – Produto Não
Perigoso
Endereço:
Símbolo empresa Telefone:
Telefone de emergência: NOME DO PRODUTO

Produto químico não classificado como perigoso de acordo com a ABNT NBR 14725-2

P235 Mantenha em local fresco.


P264 Lave cuidadosamente as mãos após o manuseio.
P270 Não coma, beba ou fume durante a utilização deste produto.
P314 Em caso de mal estar, consulte o médico.
Exemplo de Rótulo – Produto Perigoso
Exemplo de Rótulo – Produto Perigoso
Ficha de Informações de Segurança
do Produto Químico (FISPQ)
Todo produto deve conter FISPQ.
Caso não seja enviado junto ao produto químico, fazer a retirada no site do
fabricante.
Se o fabricante não disponibilizar, devolver o produto.
Conforme a ABNT NBR 14725:2014 parte 4, as FISPQ’s devem conter as
seguintes informações:
Ficha de Informações de Segurança do
Produto Químico (FISPQ)
1. Identificação 9. Propriedades físicas e químicas
2. Identificação dos perigos 10. Estabilidade e reatividade
3. Composição e informações sobre os 11. Informações toxicológicas
ingredientes
12. Informações ecológicas
4. Medidas de primeiros-socorros
13. Considerações sobre o destinação final
5. Medidas de combate ao incêndio
14. Informações sobre transporte
6. Medidas de controle para derramamento
ou vazamento 15. Informações sobre Regulamentações
7. Manuseio e armazenamento 16. Outras informações
8. Controle de exposição e proteção
individual
CUIDADOS COM CILINDROS DE GASES
SOB PRESSÃO
Os gases comprimidos podem ser classificados como gases liquefeitos (aqueles que podem
tornar-se líquidos sob pressão, à temperatura ambiente), não-liquefeitos e gases em
solução. Os gases são armazenados em cilindros de paredes metálicas muito grossas,
especialmente construídas e testadas para este fim. Eles apresentam riscos especiais. Todo
cilindro de gás comprimido contém uma grande quantidade de energia.
Quando esta energia é aliviada inadequadamente, ela pode provocar sérios acidentes. Os
gases por si só já são perigosos porque podem causar incêndios, podem ser tóxicos e podem
ser corrosivos. Esta é a razão pela qual devemos tratar com cuidado todos os gases
comprimidos.
É da maior importância que algumas das propriedades dos gases comprimidos, que
representam perigos (como inflamabilidade, toxidez, atividade química e efeitos corrosivos)
sejam bem conhecidas pelos usuários do gás.
Armazenagem
Os cilindros devem ser identificados e estocados em áreas bem ventiladas e livres de materiais inflamáveis;
Os cilindros devem ser acondicionados, separados por tipo de gás;
Manter os cilindros com seus capacetes em posição compacta e amarrados com correntes;
Separar os cilindros contendo combustíveis, por exemplo, hidrogênio, acetileno, dos cilindros contendo
oxidantes, por exemplo, o oxigênio, à distância mínima de oito metros;
Manter os cilindros cheios separados dos vazios;
Não remover os sinais de identificação dos cilindros (rótulos, adesivos, etiquetas, marcas de fabricação e
testes);
Não fumar na área de armazenamento;
Não permitir o manuseio dos cilindros por pessoal sem prática;
Armazenagem
Em áreas internas, manter os cilindros longe de fontes de calor e ignição, passagens ou
aparelhos de ar-condicionado. Evitar guardá-los no subsolo;
Em áreas externas, manter os cilindros em local arejado, coberto e seco, longe de fontes de
calor e ignição;
Manter equipamentos de segurança próximos da área de estocagem;
Manter os cilindros sempre na posição vertical, com suas tampas no lugar e afastados da luz
solar direta, onde possam estar sujeitos à ação climática.
Como deve ser o manuseio dos cilindros de
gás comprimido?
O manuseio incorreto de gases comprimidos pode facilmente causar danos extensivos à propriedade, sérios
ferimentos e mesmo a morte de pessoas. Algumas regras são apresentadas:
Usar luvas protetoras, calçados de segurança com biqueiras de aço e óculos de segurança;
Manter o capacete protetor da válvula atarraxado quando não estiver em operação;
Não movimentar um cilindro sem seu capacete;
Utilizar carrinhos com correntes que permitam prender os cilindros durante o transporte;
Não jogar um cilindro contra outro(s);
Não derrubar o cilindro no chão ou permitir que tal ocorra;
Não utilizar os cilindros para outros fins que não o de conter gás;
Como deve ser o manuseio dos cilindros de
gás comprimido?

Não transferir gás de um cilindro para outro;


Não permitir contato da válvula do cilindro com óleo, graxa ou agentes químicos, principalmente se o cilindro
contiver oxigênio ou outros gases oxidantes;
Não abrir a válvula do cilindro sem antes identificar o gás que contém.
Quais são os cuidados na utilização do
conteúdo dos cilindros de gás?
Manter o cilindro acorrentado durante sua utilização;
Utilizar regulador automático de pressão compatível com as características físico-químicas do produto;
Abrir a válvula devagar até o fim do curso;
Não sobre apertar conexões: em caso de persistir o vazamento, é melhor desatarraxar a conexão, limpando as
roscas antes do reaperto;
Usar equipamento de proteção individual (EPI), como óculos e viseiras;
Não aumentar a pressão interna do cilindro por aquecimento;
Manter a válvula do cilindro fechada quando não estiver em uso;
Manômetros, reguladores e acessórios devem ser adequados e aprovados para os gases empregados;
Os acessórios não podem ser conectados aos cilindros sem o regulador de pressão apropriado. O uso sem o
regulador poderá resultar na quebra do acessório ou explosão.
Dúvidas

Você também pode gostar