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Arquitetura e Organização de

Arquitetura e organização de Computadores

Computadores

Paulo Alexandre Serra Coucello da Fonseca


Engenheiro Eletrônico
Mestre em Ciência da Computação

E-mail: paulo.fonseca@uniron.edu.br

Introdução – Como funciona 1


Arquitetura e Organização
Arquitetura e organização de Computadores

de Computadores

Introdução:
Como um computador funciona

Introdução – Como funciona 2


Resumo
• Introdução: Como um PC funciona
• Os componentes básicos
Arquitetura e organização de Computadores

– Processador
– Memória
– HD
– Placa de vídeo
– Placa-mãe
– Hardware x Software
• Um pouco sobre redes
– Configuração da rede
– Redes wireless

Introdução – Como funciona 3


Introdução: como um PC funciona
• O primeiro PC foi lançado em 1981, pela IBM. A plataforma PC não é
a primeira nem será a última plataforma de computadores pessoais,
mas ela é de longe a mais usada e provavelmente continuará assim
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por mais algumas décadas.


• Para a maioria das pessoas, "PC" é sinônimo de computador.
• Começando do básico, existem duas maneiras de representar uma
informação: analogicamente ou digitalmente.
• Uma música gravada em uma antiga fita K7 é armazenada de forma
analógica, codificada na forma de uma grande onda de sinais
magnéticos, que podem assumir um número virtualmente ilimitado de
frequências.
• Ao digitalizar a mesma música, transformando-a em um arquivo MP3,
você pode copiá-la do PC para o MP3 player, e dele para outro PC,
sucessivamente, sem causar qualquer degradação.
• Você pode perder alguma qualidade ao digitalizar o áudio, ou ao
comprimir a faixa original, gerando o arquivo MP3, mas a partir daí
pode reproduzir o arquivo indefinidamente e fazer cópias exatas.
Introdução – Como funciona 4
Introdução: como um PC funciona
• A grande vantagem do uso do sistema binário é que ele
permite armazenar informações com uma grande
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confiabilidade, em praticamente qualquer tipo de mídia;


já que qualquer informação é reduzida a combinações de
apenas dois valores diferentes.
• A informação pode ser armazenada de forma magnética,
como no caso dos HDs; de forma óptica, como no caso
dos CDs e DVDs ou até mesmo na forma de impulsos
elétricos, como no caso dos chips de memória flash.

Introdução – Como funciona 5


Introdução: como um PC funciona
• Cada um ou zero processado ou armazenado é chamado de
"bit", contração de "binary digit" ou "dígito binário".
• Um conjunto de 8 bits forma um byte, e um conjunto de
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1024 bytes forma um kilobyte (ou kbyte).


• O número 1024 foi escolhido por ser a potência de 2 mais
próxima de 1000.
• É mais fácil para os computadores trabalharem com
múltiplos de dois do que usar o sistema decimal como nós.
• Um conjunto de 1024 kbytes forma um megabyte e um
conjunto de 1024 megabytes forma um gigabyte.
• Os próximos múltiplos são:
– Terabyte (1024 gigabytes)
– Petabyte (1024 terabytes),
– Exabyte
– Zettabyte
– Yottabyte, que equivale a 1.208.925.819.614.629.174.706.176 bytes.

Introdução – Como funciona 6


Introdução: como um PC funciona
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Introdução – Como funciona 7


Introdução: como um PC funciona
• Voltando à realidade, usamos também os termos kbit,
megabit e gigabit, para representar conjuntos de 1024 bits.
Como um byte corresponde a 8 bits, um megabyte
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corresponde a 8 megabits e assim por diante.


• Quando você compra uma placa de rede de "100 megabits"
está na verdade levando para a casa uma placa que
transmite 12.5 megabytes por segundo, pois cada byte tem
8 bits.
• Quando vamos abreviar, também existe diferença. Quando
estamos falando de kbytes ou megabytes, abreviamos
respectivamente como KB e MB, sempre com o B
maiúsculo.
• Por outro lado, quando estamos falando de kbits ou
megabits abreviamos da mesma forma, porém usando o B
minúsculo: Kb, Mb e assim por diante. Parece só um
daqueles detalhes sem importância, mas esta é uma fonte
de muitas confusões.
Introdução – Como funciona 8
Os componentes básicos
• Qualquer PC é composto pelos mesmos componentes
básicos: processador, memória, HD, placa-mãe, placa de
vídeo e monitor.
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• Essa mesma divisão básica se aplica também a outros


aparelhos eletrônicos, como palmtops e celulares.
• A principal diferença é que neles os componentes são
integrados numa única placa de circuito (muitas vezes no
mesmo chip) e são utilizados chips de memória flash no
lugar do HD.
• Antigamente, a placa-mãe funcionava apenas como um
ponto central, contendo os slots e barramentos usados
pelos demais componentes.
• Além do processador e pentes de memória, era necessário
comprar a placa de vídeo, placa de som, modem, rede, etc.
Cada componente era uma placa separada.

Introdução – Como funciona 9


Os componentes básicos
• Com a integração dos componentes, a placa-mãe passou a
incluir cada vez mais componentes, dando origem às placas
"tudo onboard" que utilizamos atualmente.
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• Isso permitiu que os preços dos PCs caíssem


assustadoramente, já que, com menos componentes, o
custo de fabricação é bem menor.
• Para quem quer mais desempenho ou recursos, é sempre
possível instalar placas adicionais, substituindo os
componentes onboard.
• Com o micro montado, o próximo passo é instalar o sistema
operacional e programas, que finalmente vão permitir que
ele faça algo de útil chegando ao que se denomina “sistema
computacional”.
• Vamos começar com um overview da função de cada um
destes componentes.

Introdução – Como funciona 10


Os componentes básicos:
processador
• O processador é o cérebro do micro, encarregado de processar
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a maior parte das informações.


• Ele é também o componente onde são usadas as tecnologias de
fabricação mais recentes.
• Existem no mundo apenas quatro grandes empresas com
tecnologia para fabricar processadores competitivos para micros
PC: a Intel (que domina mais de 60% do mercado), a AMD (que
disputa diretamente com a Intel), a VIA (que fabrica os chips
VIA C3 e C7, embora em pequenas quantidades) e a IBM, que
esporadicamente fabrica processadores para outras empresas.
• O processador é o componente mais complexo e
freqüentemente o mais caro, mas ele não pode fazer nada
sozinho. Como todo cérebro, ele precisa de um corpo, que é
formado pelos outros componentes do micro, incluindo
memória, HD, placa de vídeo e de rede, monitor, teclado e
mouse.

Introdução – Como funciona 11


Os componentes básicos:
processador
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Athlon X2 e Pentium D

Introdução – Como funciona 12


Os componentes básicos:
processador
• Dentro do mundo PC, tudo começou com o 8088, lançado pela Intel
em 1979 e usado no primeiro PC, lançado pela IBM em 1981. Depois
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veio o 286, lançado em 1982, e o 386, lançado em 1985.


• O 386 pode ser considerado o primeiro processador moderno, pois foi
o primeiro a incluir o conjunto de instruções básico, usado até os dias
de hoje.
• O 486, que ainda faz parte das lembranças de muita gente que
comprou seu primeiro computador durante a década de 1990, foi
lançado em 1989, mas ainda era comum encontrar micros com ele à
venda até por volta de 1997.
• Depois entramos na era atual, inaugurada pelo Pentium, que foi
lançado em 1993, mas demorou alguns anos para se popularizar e
substituir os 486.
• Em 1997 foi lançado o Pentium MMX, que deu um último fôlego à
plataforma. Depois, veio o Pentium II, que usava um encaixe
diferente e por isso era incompatível com as placas-mãe antigas. A
AMD soube aproveitar a oportunidade, desenvolvendo o K6-2, um
chip com uma arquitetura similar ao Pentium II, mas que era
compatível com as placas soquete 7 antigas.
Introdução – Como funciona 13
Os componentes básicos:
processador
• A partir daí as coisas passaram a acontecer mais rápido. Em
1999 foi lançado o Pentium III e em 2000 o Pentium 4, que
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trouxe uma arquitetura bem diferente dos chips anteriores,


otimizada para permitir o lançamento de processadores que
trabalham a freqüências mais altas.
• O último Pentium III trabalhava a 1.0 GHz, enquanto o
Pentium 4 atingiu rapidamente os 2.0 GHz, depois 3 GHz e
depois 3.5 GHz.
• O problema é que o Pentium 4 possuía um desempenho por
ciclo de clock inferior a outros processadores, o que faz com
que a alta freqüência de operação servisse simplesmente
para equilibrar as coisas.
• A primeira versão do Pentium 4 operava a 1.3 GHz e,
mesmo assim, perdia para o Pentium III de 1.0 GHz em
diversas aplicações.

Introdução – Como funciona 14


Os componentes básicos:
processador
• Quanto mais alta a freqüência do processador, mais ele
esquenta e mais energia consome, o que acaba se tornando
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um grande problema.
• Quando as possibilidades de aumento de clock do Pentium 4 se
esgotaram, a Intel lançou o Pentium D, uma versão dual-core
do Pentium 4.
• Inicialmente os Pentium D eram caros, mas com o lançamento
do Core 2 Duo eles caíram de preço e passaram a ser usados
até mesmo em micros de baixo custo.
• Os Pentium D eram vendidos sob um sistema de numeração e
não sob a freqüência real de clock. O Pentium D 820, por
exemplo, opera a 2.8 GHz, enquanto o 840 opera a 3.2 GHz.
• Em 2003 a Intel lançou o Pentium M, um chip derivado da
antiga arquitetura do Pentium III, que consome pouca energia,
esquenta pouco e mesmo assim oferece um excelente
desempenho. Um Pentium M de 1.4 GHz chega a superar um
Pentium 4 de 2.6 GHz em diversas aplicações.
Introdução – Como funciona 15
Os componentes básicos:
processador
• Para efeito de comparação, entre os chips antigos
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e os atuais, um 486 tinha cerca de 1 milhão de


transistores e chegou a 133 MHz, enquanto o
Pentium MMX tinha 4.3 milhões e chegou a 233
MHz. Um Pentium 4 (Prescott) tem 125 milhões e
chegou aos 3.8 GHz, freqüência mais alta atingida
por um processador Intel (ou AMD).
• O transístor é a unidade básica do processador,
capaz de processar um bit de cada vez.
• Mais transistores permitem que o processador
processe mais instruções de cada vez enquanto a
freqüência de operação determina quantos ciclos
de processamento são executados por segundo.
Introdução – Como funciona 16
Os componentes básicos:
processador
• Continuando, temos os processadores da AMD. Ela começou
produzindo processadores 386 e 486, muito similares aos da
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Intel, porém mais baratos.


• Quando a Intel lançou o Pentium, que exigia o uso de novas
placas-mãe, a AMD lançou o "5x86", um 486 de 133 MHz, que foi
bastante popular, servindo como uma opção barata de upgrade.
• Embora o "5x86" e o clock de 133 MHz dessem a entender que
se tratava de um processador com um desempenho similar a um
Pentium 133, o desempenho era muito inferior, mal concorrendo
com um Pentium 66.
• Este foi o primeiro de uma série de exemplos, tanto do lado da
AMD, quanto do lado da Intel, em que existiu uma diferença
gritante entre o desempenho de dois processadores do mesmo
clock.
• Embora seja um item importante, a freqüência de
operação não é um indicador direto do desempenho do
processador.

Introdução – Como funciona 17


Os componentes básicos:
processador
• Depois do 5x68 a AMD lançou o K5, um processador similar ao
Pentium, mas que não fez tanto sucesso.
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• Ele foi seguido pelo K6 e mais tarde pelo K6-2, que novamente
fez bastante sucesso, servido como uma opção de processador
de baixo custo e, ao mesmo tempo, como uma opção de
upgrade para quem tinha um Pentium ou Pentium MMX.
• Esta era do K6-2 foi uma época negra da informática, não pelo
processador em si (que excluindo o desempenho em jogos,
tinha um bom custo-benefício), mas pelas placas-mãe baratas
que inundaram o mercado.
• Aproveitando o baixo custo do processador, os fabricantes
passaram a desenvolver placas cada vez mais baratas (e de
qualidade cada vez pior) para vender mais, oferecendo PCs de
baixo custo.
• A época foi marcada por aberrações. Um certo fabricante
chegou a lançar uma família de placas sem cache L2, que
pifavam em média depois de um ano de uso.
Introdução – Como funciona 18
Os componentes básicos:
processador
• Por volta de 2000, surgiram as primeiras notícias do
"SledgeHammer", um processador de 64 bits, que foi
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finalmente lançado em versão doméstica na forma do


Athlon 64, que passou a ser o topo de linha da AMD.
• Apesar das mudanças internas, o Athlon 64 continuava
sendo compatível com os programas de 32 bits.
• Na prática, o fato de ser um processador de 64 bits não
torna o Athlon 64 gritantemente mais rápido, mesmo em
aplicativos otimizados (os ganhos de desempenho surgem
mais devido ao controlador de memória integrado e aos
novos registradores).
• A principal vantagem dos processadores de 64 bits é
derrubar uma limitação inerente a todos os processadores
de 32 bits, que são capazes de acessar apenas 4 GB de
memória RAM, um limite que está se tornando cada vez
mais uma limitação grave em várias áreas.

Introdução – Como funciona 19


Os componentes básicos: memória

• Depois do processador, temos a memória RAM, usada por ele para


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armazenar os arquivos e programas que estão sendo executados,


como uma espécie de mesa de trabalho.
• A quantidade de memória RAM disponível tem um grande efeito
sobre o desempenho, já que sem memória RAM suficiente o
sistema passa a usar memória swap, que é muito mais lenta.
• A principal característica da memória RAM é que ela é volátil, ou
seja, os dados se perdem ao reiniciar o micro.
• É por isso que ao ligar é necessário sempre refazer todo o processo
de carregamento, em que o sistema operacional e aplicativos
usados são transferidos do HD para a memória, onde podem ser
executados pelo processador.
• Os chips de memória são vendidos na forma de pentes de memória.
• Existem pentes de várias capacidades, e normalmente as placas
possuem dois ou três encaixes disponíveis. Você pode instalar um
pente de 512 MB junto com o de 256 MB que veio no micro para ter
um total de 768 MB, por exemplo.
Introdução – Como funciona 20
Os componentes básicos: memória
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Módulo DDR 
• Ao contrário do processador, que é extremamente
complexo, os chips de memória são formados pela repetição
de uma estrutura bem simples, formada por um par de um
transístor e um capacitor.
• Um transístor solitário é capaz de processar um único bit de
cada vez, e o capacitor permite armazenar a informação por
um certo tempo.
• Essa simplicidade faz com que os pentes de memória sejam
muito mais baratos que os processadores, principalmente
se levarmos em conta o número de transistores.

Introdução – Como funciona 21


Os componentes básicos: memória
• Um pente de 1 GB é geralmente composto por 8 chips, cada
um deles com um total de 1024 megabits, o que equivale a
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1024 milhões de transistores.


• Um Athlon 64 X2 tem "apenas" 233 milhões e custa bem mais
caro que um pente de memória.
• Existem basicamente dois tipos de memória em uso: SDR e
DDR. As SDR são o tipo tradicional, onde o controlador de
memória realiza apenas uma leitura por ciclo, enquanto as
DDR são mais rápidas, pois fazem duas leituras por ciclo.
• O desempenho não chega a dobrar, pois o acesso inicial
continua demorando o mesmo tempo, mas melhora bastante.
• Os pentes de memória SDR são usados em micros antigos:
Pentium II e Pentium III e os primeiros Athlons e Durons
soquete A. Por não serem mais fabricados, eles são
atualmente muito mais raros e caros que os DDR, algo
semelhante ao que aconteceu com os antigos pentes de 72
vias, usados na época do Pentium 1. 
Introdução – Como funciona 22
Os componentes básicos: memória
• É fácil diferenciar os pentes SDR e DDR, pois os SDR possuem dois
chanfros e os DDR apenas um. Essa diferença faz com que também
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não seja possível trocar as bolas, encaixando por engano um pente


DDR numa placa-mãe que use SDR e vice-versa (a menos que você
use um alicate e um martelo, mas a placa provavelmente não vai
funcionar mais depois ;).
• Mais recentemente, temos assistido a uma nova migração, com a
introdução dos pentes de memória DDR2 e DDR3.
• Neles, o barramento de acesso à memória trabalha ao dobro ou o
quadruplo da freqüência dos chips de memória propriamente ditos.
Isso permite que sejam realizadas duas ou quatro operações de
leitura por ciclo, acessando dois endereços diferentes.
• Como a capacidade de realizar duas transferências por ciclo
introduzida nas memórias DDR foi preservada, as memórias DDR2
são capazes de realizar um total de 4 operações de leitura por ciclo,
uma marca impressionante. As memórias DD3, por sua vez,
realizam 8 operações de leitura por ciclo. Existem ainda alguns
ganhos secundários, como o menor consumo elétrico, útil em
notebooks.
Introdução – Como funciona 23
Os componentes básicos: memória
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Módulo DDR2
• De qualquer forma, apesar de toda a evolução a memória RAM
continua sendo muito mais lenta que o processador. Para
atenuar a diferença, são usados dois níveis de cache, incluídos
no próprio processador: o cache L1 e o cache L2.
• O cache L1 é extremamente rápido, trabalhando próximo à
freqüência nativa do processador. Na verdade, os dois trabalham
na mesma freqüência, mas são necessários alguns ciclos de
clock para que a informação armazenada no L1 chegue até as
unidades de processamento. No caso do Pentium 4, chega-se ao
extremo de armazenar instruções já decodificadas no L1: elas
ocupam mais espaço, mas eliminam este tempo inicial.

Introdução – Como funciona 24


Os componentes básicos: memória
• De uma forma geral, quanto mais rápido o cache, mais
espaço ele ocupa e menos é possível incluir no
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processador.
• É por isso que o Pentium 4 inclui apenas um total de 20 KB
desse cache L1 ultra-rápido, contra os 128 KB do cache um
pouco mais lento usado no Sempron.
• Em seguida vem o cache L2, que é mais lento tanto em
termos de tempo de acesso (o tempo necessário para
iniciar a transferência) quanto em largura de banda, mas é
bem mais econômico em termos de transistores,
permitindo que seja usado em maior quantidade.
• O volume de cache L2 usado varia muito de acordo com o
processador.
• Enquanto a maior parte dos modelos do Sempron utilizam
apenas 256 KB, os modelos mais caros do Core 2 Duo
possuem 4 MB completos.
Introdução – Como funciona 25
Os componentes básicos: memória
• De uma forma geral, quanto mais rápido o cache, mais
espaço ele ocupa e menos é possível incluir no
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processador.
• É por isso que o Pentium 4 inclui apenas um total de 20 KB
desse cache L1 ultra-rápido, contra os 128 KB do cache um
pouco mais lento usado no Sempron.
• Em seguida vem o cache L2, que é mais lento tanto em
termos de tempo de acesso (o tempo necessário para
iniciar a transferência) quanto em largura de banda, mas é
bem mais econômico em termos de transistores,
permitindo que seja usado em maior quantidade.
• O volume de cache L2 usado varia muito de acordo com o
processador.
• Enquanto a maior parte dos modelos do Sempron utilizam
apenas 256 KB, os modelos mais caros do Core 2 Duo
possuem 4 MB completos.
Introdução – Como funciona 26
Os componentes básicos: Disco
Rígido (HD)
• No final das contas, a memória RAM funciona como uma mesa
de trabalho, cujo conteúdo é descartado a cada boot.
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• Temos em seguida o disco rígido, também chamado de Hard


Disk (o termo em Inglês), HD, ou até mesmo de "disco duro"
pelos nossos primos lusitanos.
• Ele serve como unidade de armazenamento permanente,
guardando dados e programas.
• O HD armazena os dados em discos magnéticos que mantêm a
gravação por vários anos.
• Os discos giram a uma grande velocidade e um conjunto de
cabeças de leitura, instaladas em um braço móvel faz o
trabalho de gravar ou acessar os dados em qualquer posição
nos discos.
• Junto com o CD-ROM, o HD é um dos poucos componentes
mecânicos ainda usados nos micros atuais e, justamente por
isso, é o que normalmente dura menos tempo (em média de
três a cinco anos de uso contínuo) e que inspira mais cuidados.
Introdução – Como funciona 27
Os componentes básicos: Disco
Rígido (HD)
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Mecanismo interno do HD

Introdução – Como funciona 28


Os componentes básicos: Disco
Rígido (HD)
• Na verdade, os discos magnéticos dos HDs são selados, pois
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a superfície magnética onde são armazenados os dados é


extremamente fina e sensível.
• Qualquer grão de poeira que chegasse aos discos poderia
causar danos à superfície, devido à enorme velocidade de
rotação dos discos.
• Apesar disso, é importante notar que os HDs não são
fechados hermeticamente, muito menos a vácuo, como
muitos pensam.
• Um pequeno filtro permite que o ar entra e saia, fazendo
com que a pressão interna seja sempre igual à do
ambiente.
• O ar é essencial para o funcionamento do HD, já que ele é
necessário para criar o "colchão de ar" que evita que as
cabeças de leitura toquem os discos.
Introdução – Como funciona 29
Os componentes básicos: Disco
Rígido (HD)
• Bem antigamente, nos anos 1980, época dos primeiros PCs, você só
podia rodar programas que coubessem na memória RAM disponível.
Naquela época, a memória RAM era muito mais cara que hoje em dia,
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então o mais comum era usar 256 ou 512 KB (sim, kBytes, duas mil
vezes menos que usamos hoje, tempos difíceis aqueles). Os mais
abonados tinham dinheiro para comprar um megabyte inteiro, mas nada
além disso.
• Se você quisesse rodar um programa com mais de 256 KB, tinha que
comprar mais memória, não tinha conversa. Sem outra escolha, os
programadores se esforçavam para deixar seus programas o mais
compactos possíveis para que eles rodassem nos micros com menos
memória.
• Mais tarde, quando a Intel estava desenvolvendo o 386, foi criado o
recurso de memória virtual, que permite simular a existência de mais
memória RAM, utilizando espaço do HD. A memória virtual pode ser
armazenada em um arquivo especialmente formatado no HD, ou em
uma partição dedicada (como no caso do Linux) e a eficiência com que
ela é usada varia bastante de acordo com o sistema operacional, mas
ela permite que o sistema continue funcionando, mesmo com pouca
memória disponível.
Introdução – Como funciona 30
Os componentes básicos: Disco
Rígido (HD)
• O problema é que o HD é muito mais lento que a memória RAM.
• Enquanto um simples módulo DDR2-533 (PC2-4200) comunica-
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se com o processador a uma velocidade teórica de 4200


megabytes por segundo, a velocidade de leitura sequencial dos
HDs (situação em que o HD é mais rápido) dificilmente
ultrapassa a marca dos 100 MB/s.
• Para piorar as coisas, o tempo de acesso do HD (o tempo
necessário para localizar a informação e iniciar a transferência) é
absurdamente mais alto que o da memória RAM.
• Enquanto na memória falamos em tempos de acesso inferiores a
10 nanosegundos (milionésimos de segundo), a maioria dos HDs
trabalha com tempos de acesso superiores a 10 milissegundos.
• Isso faz com que o desempenho do HD seja muito mais baixo ao
ler pequenos arquivos espalhados pelo disco, como é o caso da
memória virtual. Em muitas situações, o HD chega ao ponto de
não ser capaz de atender a mais do que duas ou três centenas
de requisições por segundo.

Introdução – Como funciona 31


Os componentes básicos: Disco
Rígido (HD)
• A fórmula é simples: quanto menos memória RAM, mais memória
swap (memória virtual) é usada e mais lento o sistema fica.
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• O processador, coitado, não pode fazer nada além de ficar


esperando a boa vontade do HD em mandar, a conta-gotas, os
dados de que ele precisa para trabalhar.
• Ou seja, quando você compra um micro com um processador de 3
GHz e 1 GB de RAM, você está literalmente jogando dinheiro no
lixo, pois o processador vai ficar boa parte do tempo esperando
pelo HD.
• Por outro lado, quando você tem instalado mais memória do que o
sistema realmente precisa, é feito o inverso.
• Ao invés de copiar arquivos da memória para o HD, arquivos do
HD, contendo os programas, arquivos e bibliotecas que já foram
anteriormente abertos é que são copiados para a memória,
fazendo com que o acesso a eles passe a ser instantâneo. Os
programas e arquivos passam a ser abertos de forma
gritantemente mais rápida, como se você tivesse um HD muito
mais rápido do que realmente é.

Introdução – Como funciona 32


Os componentes básicos: Disco
Rígido (HD)
• Esse recurso é chamado de cache de disco e (sobretudo
no Linux) é gerenciado de forma automática pelo sistema,
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usando a memória disponível.


• Naturalmente, o cache de disco é descartado
imediatamente quando a memória precisa ser usada para
outras coisas.
• Ele é apenas uma forma de aproveitar o excedente de
memória, sem causar nenhum efeito desagradável.
• Ironicamente, a forma mais eficiente de melhorar o
desempenho do HD, na maioria das aplicações, é
instalar mais memória, fazendo com que uma
quantidade maior de arquivos possa ser armazenada
no cache de disco.
• É por isso que servidores de arquivos, servidores proxy e
servidores de banco de dados costumam usar muita
memória RAM.

Introdução – Como funciona 33


Os componentes básicos: Placa de vídeo
• Depois do processador, memória e HD, a placa de vídeo é
provavelmente o componente mais importante do PC.
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• Originalmente, as placas de vídeo eram dispositivos


simples, que se limitavam a mostrar o conteúdo da
memória de vídeo no monitor.
• A memória de vídeo continha um simples bitmap da
imagem atual, atualizada pelo processador, e o RAMDAC
(um conversor digital- analógico que faz parte da placa de
vídeo) lia a imagem periodicamente e a enviava ao monitor.
• A resolução máxima suportada pela placa de vídeo era
limitada pela quantidade de memória de vídeo.
• Na época, memória era um artigo caro, de forma que as
placas vinham com apenas 1 ou 2 MB.
• As placas de 1 MB permitiam usar no máximo 800x600 com
16 bits de cor, ou 1024x768 com 256 cores. Estavam
limitadas ao que cabia na memória de vídeo.
Introdução – Como funciona 34
Os componentes básicos: Placa de vídeo
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Trident 9440
• Em seguida, as placas passaram a suportar recursos de
aceleração, que permitem fazer coisas como mover janelas
ou processar arquivos de vídeo de forma a aliviar o
processador principal. Esses recursos melhoram bastante a
velocidade de atualização da tela (em 2D), tornando o
sistema bem mais responsivo.

Introdução – Como funciona 35


Os componentes básicos: Placa de vídeo
• Finalmente, as placas deram o passo final, passando a
suportar recursos 3D. Imagens em três dimensões são
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formadas por polígonos, formas geométricas como triângulos e


retângulos em diversos formatos.
• Qualquer objeto em um game 3D é formado por um grande
número destes polígonos.
• Cada polígono tem sua posição na imagem, um tamanho e cor
específicos. O "processador" incluído na placa, responsável por
todas estas funções é chamado de GPU (Graphics
Processing Unit, ou unidade de processamento gráfico).
• Para tornar a imagem mais real, são também aplicadas
texturas sobre os polígonos. Uma textura nada mais é do que
uma imagem 2D comum, aplicada sobre um conjunto de
polígonos. O uso de texturas permite que um muro realmente
tenha o aspecto de um muro de pedras, por exemplo, já que
podemos usar a imagem de um muro real sobre os polígonos.

Introdução – Como funciona 36


Os componentes básicos: Placa de vídeo
• O processo de criação de uma imagem tridimensional é dividido em três
etapas, chamadas de desenho, geometria e renderização.
• Na primeira etapa, é criada uma descrição dos objetos que compõem a
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imagem, ou seja: quais polígonos fazem parte da imagem, qual é a forma e


tamanho de cada um, qual é a posição de cada polígono na imagem, quais
serão as cores usadas e, finalmente, quais texturas e quais efeitos 3D serão
aplicados.
• Depois de feito o "projeto" entramos na fase de geometria, onde a imagem é
efetivamente criada e armazenada na memória da placa 3D.
• Ao final da etapa de geometria, todos os elementos que compõem a imagem
estão prontos. O problema é que eles estão armazenados na memória da
placa de vídeo na forma de um conjunto de operações matemáticas,
coordenadas e texturas, que ainda precisam ser transformadas na imagem
que será exibida no monitor. É aqui que chegamos à parte mais complexa e
demorada do trabalho, que é a renderização da imagem.
• Essa última etapa consiste em transformar as informações armazenadas na
memória em uma imagem bidimensional que será mostrada no monitor.
• O processo de renderização é muito mais complicado do que parece; é
necessário determinar (a partir do ponto de vista do espectador) quais
polígonos estão visíveis, aplicar os efeitos de iluminação adequados, etc.

Introdução – Como funciona 37


Os componentes básicos: Placa de vídeo
Arquitetura e organização de Computadores

Polígonos e imagem finalizada

Introdução – Como funciona 38


Os componentes básicos: Placa de vídeo
• Com a evolução das placas 3D, os games passaram a utilizar gráficos
cada vez mais elaborados, explorando os recursos das placas
recentes.
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• Isso criou um círculo vicioso, que faz com que você precise de uma
placa razoavelmente recente para jogar qualquer game atual. 
• As placas 3D atuais são praticamente um computador à parte, pois
além da qualidade generosa de memória RAM, acessada através de
um barramento muito mais rápido que a do sistema, o chipset de
vídeo é muito mais complexo e absurdamente mais rápido que o
processador principal no processamento de gráficos.
• O chipset de uma GeForce 7800 GT, por exemplo, é composto por
302 milhões de transistores, mais do que qualquer processador da
época em que foi lançada.
• Longe do mundo brilhante das placas de alto desempenho, temos as
placas onboard, que são de longe as mais comuns.
• Elas são soluções bem mais simples, onde o GPU é integrado ao
próprio chipset da placa-mãe e, em vez de utilizar memória dedicada,
como nas placas offboard, utiliza parte da memória RAM principal,
que é "roubada" do sistema.
Introdução – Como funciona 39
Os componentes básicos: Placa-mãe
• Os conectores disponíveis na placa estão muito relacionados ao nível de
atualização do equipamento.
• Placas atuais incluem conectores PCI Express x16, usados para a
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instalação de placas de vídeo offboard, slots PCI Express x1 e slots PCI,


usados para a conexão de periféricos diversos.
• Placas antigas não possuem slots PCI Express nem portas SATA,
oferecendo no lugar um slot AGP para a conexão da placa de vídeo e duas
ou quatro portas IDE para a instalação dos HDs e drives ópticos.
• Temos ainda soquetes para a instalação dos módulos de memória, o
soquete do processador, o conector para a fonte de alimentação e o painel
traseiro, que agrupa os encaixes dos componentes onboard, incluindo o
conector VGA ou DVI do vídeo, conectores de som, conector da rede e as
portas USB.
• O soquete (ou slot) para o processador é a principal característica da
placa-mãe, pois indica com quais processadores ela é compatível.
• O soquete é na verdade apenas um indício de diferenças mais "estruturais"
na placa, incluindo o chipset usado, o layout das trilhas de dados, etc.
• É preciso desenvolver uma placa quase que inteiramente diferente para
suportar um novo processador.

Introdução – Como funciona 40


Os componentes básicos: Placa-mãe
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Placa soquete 775


Introdução – Como funciona 41
Os componentes básicos: Placa-mãe

• Tudo isso é montado dentro do gabinete, que contém outro


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componente importante: a fonte de alimentação.


• A função da fonte é transformar a corrente alternada (AC) da
tomada em corrente contínua (CC) já nas tensões corretas, usadas
pelos componentes.
• Ela serve também como uma última linha de defesa contra picos de
tensão e instabilidade na corrente, depois do nobreak ou
estabilizador.
• Embora quase sempre relegada a último plano, a fonte é outro
componente essencial num PC atual.
• Com a evolução das placas de vídeo e dos processadores, os PCs
consomem cada vez mais energia.
• Na época dos 486, as fontes mais vendidas tinham 200 watts ou
menos, enquanto as atuais têm a partir de 450 watts.
• Existem ainda fontes de maior capacidade, especiais para quem
quer usar duas placas 3D de ponta em SLI, que chegam a oferecer
1000 watts!
Introdução – Como funciona 42
Os componentes básicos: Placa-mãe

• Existem dois tipos de portas para a conexão do HD: as


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portas IDE tradicionais, de 40 pinos (chamadas de PATA, de


"Parallel ATA") e os conectores SATA (Serial ATA), que são
muito menores.
• Muitas placas recentes incluem um único conector PATA e
quatro conectores SATA.
• Outras incluem as duas portas IDE tradicionais e dois
conectores SATA, e algumas já passam a trazer apenas
conectores SATA, deixando de lado os conectores antigos.
• Existem ainda algumas placas "legacy free", que eliminam
também os conectores para o drive de disquete, portas
seriais e porta paralela, incluindo apenas as portas USB.
• Isso permite simplificar o design das placas, reduzindo o
custo de produção para o fabricante.

Introdução – Como funciona 43


Os componentes básicos: Placa-mãe
• A placa-mãe é o componente mais importante do micro, pois é ela a
responsável pela comunicação entre todos os componentes.
• Pela enorme quantidade de chips, trilhas, capacitores e encaixes, a
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placa-mãe também é o componente que, de uma forma geral, mais dá


defeitos.
• É comum que um slot PCI pare de funcionar (embora os outros
continuem normais), que instalar um pente de memória no segundo
soquete faça o micro passar a travar, embora o mesmo pente funcione
perfeitamente no primeiro e assim por diante.
• A maior parte dos problemas de instabilidade e travamentos são
causados por problemas diversos na placa-mãe, por isso ela é o
componente que deve ser escolhido com mais cuidado.
• Em geral, vale mais a pena investir numa boa placa-mãe e economizar
nos demais componentes, do que o contrário.
• A qualidade da placa-mãe é de longe mais importante que o desempenho
do processador.
• Você mal vai perceber uma diferença de 20% no clock do processador,
mas com certeza vai perceber se o seu micro começar a travar ou se a
placa de vídeo onboard não tiver um bom suporte no Linux, por exemplo.

Introdução – Como funciona 44


Os componentes básicos: Placa-mãe
• Uma fonte subdimensionada não é capaz de fornecer energia suficiente nos
momentos de pico, causando desde erros diversos, provocados por falhas
no fornecimento (o micro trava ao tentar rodar um game pesado, ou trava
Arquitetura e organização de Computadores

sempre depois de algum tempo de uso, por exemplo), ou, em casos mais
graves, até mesmo danos aos componentes.
• Uma fonte de má qualidade, obrigada a trabalhar além do
suportado, pode literalmente explodir, danificando a placa-mãe,
memórias, HDs e outros componentes sensíveis.
• Evite comprar fontes muito baratas e, ao montar um micro mais parrudo,
invista numa fonte de maior capacidade.
• Não se esqueça também do aterramento, que é outro fator importante,
mas frequentemente esquecido.
• O fio terra funciona como uma rota de fuga para picos de tensão
provenientes da rede elétrica.
• A eletricidade flui de uma forma similar à água: vai sempre pelo caminho
mais fácil. Sem ter para onde ir, um raio vai torrar o estabilizador, a fonte
de alimentação e, com um pouco mais de azar, a placa-mãe e o resto do
micro.
• O fio terra evita isso, permitindo que a eletricidade escoe por um caminho
mais fácil, deixando todo o equipamento intacto.

Introdução – Como funciona 45


Os componentes básicos: Um pouco
sobre redes
• O sistema operacional permite que o programador se concentre em
adicionar funções úteis, sem ficar se preocupando com que tipo de placa
de vídeo ou placa de som você tem.
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• O programa diz que quer mostrar uma janela na tela e ponto; o modelo
de placa de vídeo que está instalado e que comandos são necessários para
mostrar a janela são problema do sistema operacional.
• Para acessar a placa de vídeo, ou qualquer outro componente instalado, o
sistema operacional precisa de um driver, que é um pequeno programa
que trabalha como um intérprete, permitindo que o sistema converse com
o dispositivo.
• Cada placa de vídeo ou som possui um conjunto próprio de recursos e
comandos que permitem usá-los.
• O driver converte esses diferentes comandos em comandos padrão, que
são entendidos pelo sistema operacional.
• Embora as duas coisas sejam igualmente importantes, existe uma
distinção entre o "hardware", que inclui todos os componentes físicos,
como o processador, memória, placa-mãe, etc. e o "software", que inclui o
sistema operacional, os programas e todas as informações armazenadas.
• Como diz a sabedoria popular, "hardware é o que você chuta, e software é
o que você xinga".

Introdução – Como funciona 46


Os componentes básicos: Um pouco
sobre redes
• Qual a principal motivação das redes de computadores? O
compartilhamento de recursos.
• O uso mais corriqueiro é compartilhar a conexão com a
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internet.
• Você tem apenas uma linha ADSL ou apenas uma assinatura
do serviço de acesso via cabo e pode acessar, ao mesmo
tempo, a partir de todos os micros que tiver em sua casa ou
empresa.
• Neste caso um dos micros atua como um ponto de encontro,
enviando os pedidos de todos para a internet e devolvendo
as respostas.
• Além de compartilhar a conexão, este servidor pode
compartilhar arquivos, servir como firewall (protegendo a
rede de acessos externos), rodar um proxy (que permite
criar um cache de arquivos e páginas acessados, melhorando
a velocidade da conexão), além de outros serviços.

Introdução – Como funciona 47


Os componentes básicos: Um pouco
sobre redes
• Outra necessidade comum é compartilhar arquivos.
Antigamente (naquela época em que os micros tinham 512
KB de memória e os homens eram homens e escreviam seus
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próprios sistemas operacionais) era usado o protocolo


DPL/DPC (disquete pra lá, disquete pra cá), mas ele não era
muito eficiente, principalmente quando o amigo que estava
esperando os arquivos estava em outra cidade.
• Hoje em dia, você pode compartilhar arquivos entre micros
Windows simplesmente ativando o "Compartilhamento de
arquivos para redes Microsoft" e o "Cliente para redes
Microsoft" nas propriedades da rede e compartilhando as
pastas desejadas (que passam a aparecer no ambiente de
rede para os outros micros). No Linux, você pode
compartilhar arquivos usando o Samba (que permite que os
compartilhamentos sejam acessados também por máquinas
Windows), NFS ou mesmo via SFTP (o módulo de
transferência de arquivos do SSH).

Introdução – Como funciona 48


Os componentes básicos: Um pouco
sobre redes
• Os componentes básicos da rede são uma placa de rede para
cada micro, os cabos e o hub ou switch que serve como um
ponto de encontro, permitindo que todos os micros se
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enxerguem e conversem entre si. As placas de rede já foram


componentes caros, mas como elas são dispositivos
relativamente simples e o funcionamento é baseado em
padrões abertos, qualquer um pode abrir uma fábrica de
placas de rede, o que faz com que exista uma concorrência
acirrada que obriga os fabricantes a produzirem placas cada
vez mais baratas e trabalhem com margens de lucro cada
vez mais estreitas.

Introdução – Como funciona 49


Os componentes básicos: Redes
Wireless
• Apesar de inicialmente muito mais caras, as redes wireless estão
gradualmente caindo de preço e se popularizando. Além da
questão da praticidade, as redes wireless podem ser utilizadas em
Arquitetura e organização de Computadores

casos onde, por um motivo ou outro, não é viável usar cabos. 


• Em uma rede wireless, o hub é substituído pelo ponto de acesso
(access- point – AP - em inglês). Ele tem basicamente a mesma
função: retransmitir os pacotes de dados, de forma que todos os
micros da rede os recebam. Em geral os pontos de acesso possuem
uma saída para serem conectados num hub tradicional, permitindo
que você "junte" os micros da rede cabeada com os que estão
acessando através da rede wireless, formando uma única rede.
• Ao contrário dos hubs, os pontos de acesso são dispositivos
inteligentes, que podem ser configurados através de uma interface
de administração via web. Você se conecta num endereço
específico usando o navegador (que muda de aparelho para
aparelho, mas pode ser encontrado facilmente no manual), loga-se
usando uma senha padrão e altera as configurações (e senhas!) de
acordo com as necessidades da sua rede.

Introdução – Como funciona 50


Os componentes básicos: Redes
Wireless
• Existem quatro padrões diferentes de rede wireless em uso. O primeiro (e
mais lento) é o 802.11b, onde a rede opera a uma taxa teórica de 11
megabits. 
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• O seguinte é o 802.11a, que ao contrário do que o nome dá a entender,


é mais recente que o 802.11b. As redes 802.11a são mais rápidas (54
megabits) e são mais resistentes a interferências, pois operam na faixa
de frequência dos 5 GHz, em vez dos 2.4 GHz usados no 802.11b. A
desvantagem é que, pelo mesmo motivo (a frequência mais alta), o
alcance das redes 802.11a é menor, cerca de metade do alcance de uma
rede 802.11b.
• O terceiro padrão é o 802.11g. Ele junta o melhor dos dois mundos,
operando a 54 megabits, como no 802.11a, e trabalhando na mesma
faixa de frequência do 802.11b (2.4 GHz), o que mantém o alcance
inicial. Para que a rede funcione a 54 megabits, é necessário que tanto o
ponto de acesso, quanto todas as placas sejam 802.11g, caso contrário a
rede inteira passa a operar a 11 megabits, a fim de manter
compatibilidade com as placas antigas.
• Finalmente, tem-se o 802.11n. os pontos de acesso 802.11n podem
utilizar dois ou quatro fluxos simultâneos, o que dobra ou quadruplica a
taxa de transmissão, atingindo respectivamente 144.4 e 288.8 megabits.

Introdução – Como funciona 51


Os componentes básicos: Redes
Wireless
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Ponto de acesso e placa 802.11n, ambos com três antenas

Introdução – Como funciona 52


Colaborações?
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Críticas??

Dúvidas???

Sugestões????

Xingamentos?????

Choros??????

Introdução – Como funciona 53


OBRIGADO!!!
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BOA NOITE...

E BOM FINAL DE
SEMANA...

Introdução – Como funciona 54

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