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FIBROMIALGIA

Dr. Igor Beltrão D. Fernandes

Clínica Médica – Escola Paulista de Medicina – EPM – UNIFESP

Reumatologia – Escola Paulista de Medicina – EPM – UNIFESP. Membro


titular da Sociedade Brasileira de Reumatologia

Professor do Internato CESUPA – MD11


EPIDEMIOLOGIA
 Mais comum em mulheres (proporção 6:1) ;

 Idade mais prevalente : 30 a 55 anos;

ASSOCIAÇÕES IMPORTANTES!

SÍNDROME DO INTESTINO
MIGRÂNEA (ENXAQUECA)
IRRITÁVEL
FISIOPATOLOGIA
 O QUE É A FIBROMIALGIA?
 Síndrome de sensibilização central : resposta anormal e inadequada do SNC aos estímulos
periféricos devido hiperexcitabilidade neuronal :

DOR INADEQUADAMENTE
AMPLIFICADA

 Fenômeno de sensibilização central : forte componente genético (RR 8,5).


FISIOPATOLOGIA : POR QUE OCORRE A FIBROMIALGIA?

VIAS DESCENDENTES
INIBITÓRIAS

Noradrenérgica Serotoninérgica

INIBEM A NEUROTRANSMISSÃO
AFERENTE

DIFICULTAM A O ENVIO DE ESTÍMUOS


DOLOROSOS AO CÉREBRO

Fibromialgia  comprometimento das vias


inibitórias!
FISIOPATOLOGIA
 POR QUE OCORRE A FIBROMIALGIA?

 Alterações de neurotransmissores :

-- Menores concentrações de serotonina : papel na interpretação do estímulo sensorial doloroso e na


regulação do sono profundo;

-- Alteração na concentração da substancia P : efeito inibidor nas descargas de nervos sensoriais;

 Potencialização de estímulos nociceptivos no corno posterior da medula :


-- Glutamato
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

DOR MUSCULO-ESQUELÉTICA DIFUSA


( DOR CRÔNICA GENERALIZADA)

FADIGA
DISTÚRBIOS DO SONO

DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS (30 a 50%)

DISTÚRBIOS COGNITIVOS :
- Déficit de atenção/ esquecimento

Parestesias

Cefaléia
DIAGNÓSTICO
 Critérios de 1990 : palpação de tender Points – 11 de 18 tender Points:

Negligenciava os sintomas
somáticos da fibromialgia

Pouca aplicabilidade prática


DIAGNÓSTICO
 Critérios de 2010/2011: elimina a contagem de tender Points e cria 2 índices:

INDÍCE DE DOR GENERALIZADA ESCALA DE GRAVIDADE DE SINTOMAS

Número de regiões que o paciente


Fadiga
teve dor
0 = ausente;
1 = Leve
Avaliação nos últimos 7 dias Sono não reparador 2 = Moderado;
3 = Grave

Distúrbio cognitivo
0 a 19 pontos

Cefaléia
Últimos
Dor abdominal
6 meses
Sint. De depressão
DIAGNÓSTICO

INDÍCE DE DOR GENERALIZADA (0-19 Pts) > 7 PONTOS

ESCALA DE GRAVIDADE DE SINTOMAS(0-12 Pts) > 5 PONTOS

OU

INDÍCE DE DOR GENERALIZADA (0-19 Pts) 4 A 6 Pts

ESCALA DE GRAVIDADE DE SINTOMAS(0-12 Pts) > 9 PONTOS


DIAGNÓSTICO
 Critérios de 2016 : ACRESCENTOU 2 CRITÉRIOS IMPORTANTES :

NÃO É NECESSÁRIO EXCLUIR OUTRAS


DOR DIFUSA É OBRIGATÓRIA!
DOENÇAS – NÃO É DX DE EXCLUSÃO!

DOR DIFUSA É OBRIGATÓRIA – 4 de 5 regiões pré Diagnóstico de Fibromiagia é válido independente


estabelecidas. de outros diagnósticos!

IDG > 7 e EGS > 5


Sintomas por pelo menos 3 meses
IDG 4 a 6 e EGS > 9
TRATAMENTO
NÃO FARMACOLÓGICO FARMACOLÓGICO

 Atividade Física – Melhor evidência! :  Inibidores seletivos da receptação de Serotonina e


-- Em solo x em água; Noradrenalina : MELHOR EVIDÊNCIA! :
-- Aeróbico x Resistência - Duloxetina
- Venlafaxina
 Hidroterapia/spa;
 Meditação : yoga, Tai chi;  Inibidores seletivos da receptação de Serotonina:
 Acunpuntura. EVIDÊNCIA MENOR QUE OS DUAIS!
- Escitalopram;
- Sertralina
- Paroxetina
- Fluoxetina

 Tricíclicos : evidência fraca.


- Amitriptilina;
- Nortriptilina.
- Quiropraxia;
- Hipnoterapia;  Relaxantes musculares : ciclobenzaprina – evidência fraca.
- Massagem
TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO

 Anticonvulsivantes :
- Pregabalina;
- Gabapentina

 OPIÓIDES FORTES (MORFINA)

 ANTI-INFLAMATÓRIOS;

 CORTICÓIDE
TRATAMENTO
OSTEOARTRITE

Dr. Igor Beltrão D. Fernandes

Clínica Médica – Escola Paulista de Medicina – EPM – UNIFESP

Reumatologia – Escola Paulista de Medicina – EPM – UNIFESP. Membro


titular da Sociedade Brasileira de Reumatologia

Professor do Internato CESUPA – MD11


EPIDEMIOLOGIA
 Prevalência aumenta com a idade (mais comum > 60 anos);

 Prevalência subdiagnosticada;

 Mais comum no sexo feminino (mãos e joelho); Homem (quadril);

 Quarta causa de aposentadoria;

 Segunda doença em relação a auxílio-doença.


FATORES DE RISCO PARA
OSTEOARTRITE
FATORES GENÉTICOS IDADE

Parentes de primeiro grau tem 2 a 3x Não é um processo natural do


mais risco. envelhecimento.

LESÃO ARTICULAR SEXO FEMININO


PRÉVIA

DOENÇAS
EXCESSO DE PESO
INFLAMATÓRIAS

Inclusive em articulações que não


sofrem com a carga
OSTEOARTRITE PRIMÁRIA X SECUNDÁRIA

OSTEOARTRITE OSTEOARTRITE
PRIMÁRIA SECUNDÁRIA

Interfalangeanas (IFP, IFD) Gleno-umeral

Primeira carpo-metacárpica Cotovelos

Joelhos Punhos

Quadril Tornozelos

Primeira metatarso Metacarpo-falangeanas.

Articulações facetarias (cervical e


lombar)
DIAGNÓSTICO

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

EXAME FÍSICO.

RADIOGRAFIA

EXAMES LABORATORIAIS
DIAGNÓSTICO

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Não apresenta manifestações sistêmicas.

Instalação de maneira insidiosa.

Artralgia de características MECÂNICAS!

Rigidez pós repouso (<30 minutos)

Rigidez e dor protocinética.

Rigidez após períodos de imobilidade (‘gelling’)


DIAGNÓSTICO

EXAME FÍSICO.

Edema articular (não necessariamente com derrame)

Atrofia de Quadríceps

Crepitações

Redução da amplitude de movimento


(em casos mais avançados)

Geno Varo.
DIAGNÓSTICO

EXAME FÍSICO

Nódulos de Heberden e Bouchard Rizartrose.


DIAGNÓSTICO

EXAME FÍSICO

Dor à Rotação interna Rotação Externa +


Tredelemburg +
do quadril Flexão fixa
DIAGNÓSTICO

RADIOGRAFIA

Redução do espaço articular

Esclerose óssea subcondral

Osteófitos

Cistos subcondrais
DIAGNÓSTICO

RADIOGRAFIA

Redução do espaço articular

Esclerose óssea subcondral

Osteófitos

Cistos subcondrais
DIAGNÓSTICO

RADIOGRAFIA

Redução do espaço articular

Esclerose óssea subcondral

Osteófitos

Cistos subcondrais
DIAGNÓSTICO

EXAMES LABORATORIAIS

VHS E PCR NORMAIS

FAN E FATOR REUMATÓIDE NEGATIVOS

Líquido sinovial :
- Normal ou inflamatório;
- Pesquisa de cristais negativa;
- Cultura negativa
DIAGNÓSTICO

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

EXAME FÍSICO.

RADIOGRAFIA

EXAMES LABORATORIAIS
TRATAMENTO
Objetivos no tratamento :
 Controle da dor;
FARMACOLÓGICAS
 Manutenção/recuperação da funcionalidade

NÃO FARMACOLÓGICAS AINES tópicos

-Principalmente joelho e mãos


Perda de peso -Eficácia semelhante ao AINE V.O

Perda de 10% do peso foi associado a melhora de AINES V.O


50% nos escores de dor.
- Casos refratários aos AINES tópicos;
Exercícios Físicos - Múltiplas articulações
- OA de quadril;
Combinação de exercícios aeróbicos e de resistência - Atentar para grupos de risco

Duloxetina
Órteses
OA de joelho ou múltiplas articulações que não pode
Talas/bengalas usar AINE V.O
Palmilhas
TRATAMENTO

FARMACOLÓGICAS

Infiltração intra-articular
-Corticóide (Triancinolona)
- Ácido Hialurônico

Opióides fracos

- Casos refratários;
- Menor tempo possível

Condroprotetores

- Baixa evidência no controle da dor;


- Sulfato de Glucosamina + Condroitína

Cirurgia (artroplastia)
- Dor intratável;
- Grande prejuízo na mobilidade

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