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ORGANIZANDO

MEUS
ESFORÇOS
PROFESSORA: ADRIELLE
NASCIMENTO
Segundo uma pesquisa sobre ambição realizada pela
psicóloga Ana Maria Rossi, presidente do Isma
(International Stress Management Association) no Brasil,
em 2009, quatro características se destacam em indivíduos
que se consideram ambiciosos, são elas: eles têm objetivos
definidos para diferentes áreas da vida, priorizam um ou
dois objetivos e traçam ações específicas, monitoram estes
objetivos e aprendem com o fracasso.
Ambicionar, sonhar, querer são instâncias do pensamento humano que se
apresentam muito mais como virtuais e intangíveis. São os esforços que
fazemos, o planejar, o executar, o avaliar e o ajustar que formam a base
concreta, lógica e prática que nos faz visualizar
algo que, para muitos, um dia parecia distante, nossas ambições.
Diariamente, somos bombardeados por motes e ditados populares que
valorizam o esforço que fazemos em nossas atividades, o colocando com uma
virtude. Quem de nós já não ouviu frases do tipo: "ele é gente que faz" e "ele
não mede esforços para conseguir o que quer"? Portanto, esse é o seu desafio
agora em mais uma etapa da construção do seu Projeto de Vida.
Texto 1
Morre aos 86 anos o revolucionário matemático Alexandrer Grothendieck.21
Após recusar a medalha Fields, ele proibiu divulgação de suas pesquisas. Ativista
antiguerra, teve trabalhos inovadores na álgebra e na geometria. Alexander
Grothendieck, um dos maiores e mais excêntricos gênios da matemática do século
20, morreu na França, aos 86 anos. O mestre da matemática atingiu o ápice da
carreira, antes de abandoná-la para se engajar no ativismo antiguerra, retirando-se
para uma vida reclusa e recusando-se a compartilhar sua pesquisa. Ele faleceu na
quinta-feira (13) em um hospital de Saint-Girons, no sudoeste da França,
informaram seus assessores, sem dar maiores detalhes. Nascido em 1928, em
Berlim, filho de um anarquista russo e de uma jornalista, Grothendieck foi deixado
na Alemanha enquanto os pais foram lutar na Guerra Civil Espanhola. Eles
voltaram a se reunir na França, onde Grothendieck passaria a maior parte da vida,
enquanto seu pai – que era judeu – foi capturado pelos nazistas e morto em
Auschwitz
Grothendieck se tornou um matemático revolucionário, realizando trabalhos
inovadores na álgebra e na geometria, que lhe renderam a medalha Fields, conhecida
como o prêmio Nobel da
matemática, em 1966.
Diz a lenda que seus talentos não eram óbvios quando ele era jovem. Foi enquanto
estava estudando na Universidade de Montpellier que dois educadores lhe deram
uma lista com 14 questões,
considerada o trabalho de um ano inteiro, e pediram que ele escolhesse uma.
Grothendieck voltou alguns meses depois com todas as questões resolvidas.
"Ele foi um dos gigantes da matemática, que transformou totalmente a disciplina
com seu trabalho", disse Cedric Villani, que conquistou a medalha Fields em 2010.
O presidente francês, François
Hollande, enalteceu a memória de "um dos maiores matemáticos", que "também era
uma personalidade extraordinária no que diz respeito à sua filosofia de vida"
Grothendieck recusou-se a aceitar a medalha Fields e rejeitou ofertas de trabalho
apresentadas por universidades de várias partes do mundo. Sua vida já tomava
uma direção mais radical, no rastro dos protestos estudantis de 1968, em Paris.
Por volta dos anos 1970, ele abandonou sua pesquisa, preferindo se concentrar
na política ambiental e no ativismo antiguerra. Ele deixou o Instituto de Altos
Estudos Científicos, perto de Paris, após descobrir que era, em parte, financiado
pelo Ministério da Defesa. Ele também desistiu de um cargo no College de
France para ingressar na Universidade de Montpellier, onde sempre se
posicionou na linha de frente dos protestos antinucleares.
"Seu maior e ímpar ato de violência contra a comunidade científica foi que ele
parou de fazer matemática", disse o celebrado matemático Denis Guedj à revista
francesa SciencesetAvenir.

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