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Região Norte
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Regiões Norte
Professora: Leandra C. Dalla Vecchia
Introdução
A planície amazônica que acompanha a grande bacia fluvial, com altitudes que variam de
100 a 200 metros acima do nível do mar.
A região de planaltos, entre 200 a 800 metros de altitude, em áreas de chapadas e serras: a
serra dos Carajás, serra Pelada, serra de Tumucumaque, a serra do Acarai e a serra do
Cachimbo no estado do Pará; a serra Dourada, a chapada das Mangabeiras, no Tocantins;
e a chapada dos Parecis em Rondônia.
As regiões de maiores altitudes, acima de 800 metros, entre elas, a serra do Parima e do
Pacaraima, no estado de Roraima, na fronteira com a Venezuela e a serra do Imeri, no
estado do Amazonas, onde se localiza o Pico da Neblina e o Pico 31 de Março.
Hidrografia da Região Norte
A Região Norte do Brasil possui duas grandes bacias, a Bacia Amazônica e a Bacia do Tocantins.
A Bacia Amazônica, a maior bacia hidrográfica do mundo, é formada pelo rio Amazonas e seus
mais de mil afluentes.
A Bacia do Tocantins, a maior bacia hidrográfica totalmente brasileira, é formada pelo rio
Tocantins e seus afluentes. O rio Tocantins nasce no estado de Goiás, atravessa os estados de
Tocantins, do Maranhão e do Pará, até desaguar no Golfo Amazônico, próximo à cidade de
Belém.
Na época das cheias apresenta grande parte de seus rios navegáveis. A hidrelétrica de Tucuruí,
localizada no estado do Pará, é a maior usina hidrelétrica totalmente brasileira.
Economia da Região Norte
A Região Norte começou a receber grande número de migrantes, por volta de 1870, que se
embrenhavam pela floresta a procura da seringueira, para extração do látex, usado na fabricação
da borracha.
O Acre foi comprado em negociações com a Bolívia. Foram construídas ferrovias para escoar toda
a produção extrativista e instaladas pequenas indústrias de bens de consumo.
Economia da Região Norte
As cidades de Manaus e Belém se modernizaram, com a construção de teatros, bibliotecas públicas,
palacetes, jardins públicos, energia elétrica, serviço de bonde etc.
A cidade de Marabá, no Pará, é o maior centro exportador de castanha-do-pará. A Brazil nut (nome
da castanha no mercado internacional) é exportada para os Estados Unidos, Japão e países da Europa.
A Região Norte possui imensos recursos minerais. A cassiterita (da qual se extrai o alumínio) é
explorada desde 1958 em Rondônia. Por volta de 1967, foram descobertas na Serra dos Carajás, no
sudeste do Pará, grande jazidas de minério de ferro e de manganês, ouro, cassiterita, bauxita, níquel e
cobre.
Economia da Região Norte
A bacia do rio Negro e Solimões é rica em petróleo e gás natural, com destaque para a província petrolífera
de Urucu, a 600 quilômetros de Manaus. O complexo de produção se estende por mais de 70 poços.
A Região Norte do Brasil era pouco industrializada, até meados de 1960, quando a cidade de Manaus recebeu
incentivos fiscais para a instalação de indústrias.
O Distrito Industrial foi planejado e recebeu várias empresas nacionais e estrangeiras, principalmente de
origem japonesa (Sanyo, Sony, Toshiba, Yamaha, Honda etc.).
Com a criação da Zona Franca de Manaus, outros setores da economia local e regional foram beneficiados,
como o comércio, a prestação de serviços em geral, transportes urbanos, além do setor de turismo e hotelaria.
Cultura da Região Norte
A cultura da região Norte é muito rica, e fortemente influenciada pelos indígenas, europeus,
africanos, bem como pelos migrantes.
Quer saber mais sobre a cultura da região Norte? Não perca os textos abaixo!
Festival de Parintins: uma festa Folclórica que traz milhares de pessoas para assistir.
Cultura do Norte: conheça suas riquezas
Círio de Nazaré: a maior festa religiosa do Brasil
Carimbó: tudo sobre a dança típica do Pará
Divisão regional do Brasil
Festival folclórico de Parintins (Amazonas)
Festival folclórico de Parintins (Amazonas)O Festival
Folclórico de Parintins, mais conhecido como Festival de
Parintins, é uma das festas populares mais conhecidas da
região Norte do Brasil. A celebração mobiliza, todos os
anos, na última semana do mês de junho, milhares de
pessoas de todo o território brasileiro até a ilha de
Parintins, situada na margem do rio Amazonas, a 420
quilômetros da cidade de Manaus. Realizado no
Bumbódromo, como é conhecido o recinto, o Festival de
Parintins celebra a lenda do boi-bumbá e as histórias que
permeiam o rico folclore da região Norte do país, bem
como as comunidades tradicionais, como os povos
indígenas e os ribeirinhos, que compõem a população
local.
Cultura da Região Norte
Esse festival é marcado pela disputa entre duas
agremiações: a do boi Caprichoso, representada pela cor
azul, e a do boi Garantido, representada pela cor
vermelha. Ambos possuem torcedores fiéis, que
demonstram sua paixão por meio de cânticos, das suas
vestimentas, da maquiagem e da presença maciça nos dias
de apresentação. Até mesmo as marcas que patrocinam o
evento adotam temporariamente as cores vermelho e azul
na publicidade exposta durante o Festival de Parintins. O
Festival de Parintins foi tombado pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como O boi-bumbá Garantido é representado pela cor
Patrimônio Cultural do Brasil. vermelha. O Bumbódromo é inundado com as
cores das duas agremiações.
Cavalhadas (Tocantins)
A festividade das Cavalhadas tem origem portuguesa, e é
celebrada em outras localidades do Brasil com a adição de
elementos locais que fazem com que ela ganhe uma
identidade particular. Esse é o caso da festa realizada na
cidade de Taguatinga, localizada a 460 km da capital
tocantinense, Palmas. Lá as Cavalhadas acontecem no
mês de agosto, no mesmo período que os festejos de
Nossa Senhora d’Abadia, a padroeira da cidade. Nesse
evento acontece a encenação de batalhas entre os cristãos
e mouros, que utilizam trajes que remetem aos cavaleiros
da Idade Média e são diferenciados pela cor de sua
Os personagens principais são os cavaleiros,
indumentária. vestidos de azul (cristãos) ou vermelho
(mouros) e armados de lanças e espadas.
Danças típicas da região Norte
A dança é uma das expressões culturais tradicionais da
região Norte do Brasil. Desde os movimentos
característicos, dos ritmos musicais até as vestimentas
utilizadas nas apresentações, as danças tradicionais do
Norte apresentam referências incorporadas da cultura
africana e indígena principalmente, e também da europeia.
Confira, na sequência, quais são as principais danças
nortistas. Carimbó: dança típica do estado do Pará e
incorporada à cultura do Norte pelos africanos. É dançada
em pares e caracterizada pelas roupas coloridas e pelas
saias amplas utilizadas pelas mulheres. O carimbó é uma das danças tradicionais da
região Norte.
Danças típicas da região Norte
Dança do Maçarico: faz alusão ao pássaro de mesmo
nome encontrado na região Norte. Típica do Amazonas, é
uma dança também realizada em pares e marcada por
cinco tipos de movimentos diferentes, feitos sob uma
música alegre e produzida com instrumentos como rabeca,
tambores e acordeão. Desfeiteira: consiste em um
conjunto de música e dança realizado por pares e em
grupos. Os pares, que estão entrelaçados, passam em
frente à banda tocando, e, quando a banda para, aquele
que estiver de frente a ela deve recitar um verso. Se o par
não souber, ambos são vaiados e devem pagar uma
prenda. Essa dança tem origem no fandango português.
Arte da região Norte
A região Norte do Brasil abriga uma das maiores biodiversidades do planeta Terra,
contida na Floresta Amazônica principalmente. Nas diferentes formas de
vegetação e no meio natural, de modo geral, existe uma série de matérias-primas
que são coletadas pela população para a produção de artesanato. Dentre esses
materiais, podemos citar as fibras naturais, a madeira, o barro, a argila, o couro
animal, as sementes, o cipó, e plantas como o capim-dourado. O último caso é
encontrado nas áreas do Cerrado. O artesanato da região Norte, além de uma
forma de arte que expressa a identidade cultural da sua população e,
especialmente, dos povos tradicionais, como indígenas e ribeirinhos, ainda
representa uma importante fonte de renda para aqueles que o produzem. O
artesanato dessa região inclui: cerâmicas marajoaras, da ilha do Marajó (Pará);
bonecas ritxòkò, do povo Karajá, que vive na ilha do Bananal (Tocantins); panelas
e vasos de barro; cestos de palha, de fibra e de madeira, variando conforme o
estado; miniaturas feitas em sementes e esculturas de madeira; tecidos e peças de
vestuáriom.
A cerâmica marajoara, do Pará
Lendas da região Norte
As lendas do folclore da região Norte recontam uma série de estórias protagonizadas
pelos entes que chamamos de encantados, que preexistem ou não na natureza e que,
dotados de alguma habilidade especial, podem entrar em contato com pessoas por
meio de sua forma física original ou de uma forma adquirida, desaparecendo
rapidamente logo em seguida. Nesse sentido, temos a lenda do boto cor-de-rosa, um
dos mais famosos contos folclóricos da região Norte. Diz a lenda que o boto cor-de-
rosa sai da água durante as festividades de junho, ou, ainda, durante a Lua cheia, e se
transforma em um homem muito bonito e sedutor, vestido de branco e portando
chapéu e sapatos da mesma cor, conquistando as mulheres por onde passa. Algumas
versões dessa lenda dizem que o homem escolhe a moça mais bonita da festa e passa
o restante da noite com ela. Ao fim da noite, o tal homem desaparece, e a mulher por
ele escolhida descobre que está grávida.
Lendas da região Norte