Historicamente a ideia de trabalho é associada a uma
ideia negativa. - Concepção bíblica: Adão e Eva; - Concepção greco-romana: Práxis (vida pública, política), Labor (sobrevivência do corpo), poesis (trabalho de criar a partir das transformações das matérias formadas pela natureza; - Gregos: etimologia ‘negottium’ = que nega o ócio. Atividade reservada àqueles sem grande capacidade para se dedicar ao ócio criativo. - Romanos: etimologia ‘tripollium’ – aparelho de tortura; - Alta Idade Média: reforça a visão negativa sobre o trabalho – clero, nobreza, campesinato. O trabalho é uma maldição, não possui valor em si. - Hegel valoriza a ideia de trabalho – Por meio do trabalho o ser humano relaciona-se com a natureza, assim pode se reconhecer como consciência e se encontrar. O senhor para ser senhor depende do escravo. Nessa relação o mais forte é o escravo. - Karl Marx: Trabalhador é expropriado de sua produção. Se o produto do trabalho permanece com o produtor então o trabalho apresenta uma faceta positiva. - Atualmente, devido a industrialização o trabalho possui uma conotação positiva. - A revolução industrial fragmentou o processo de produção. Os trabalhadores se especializam a servir as máquinas, reproduzindo uma função nas etapas de produção. - Para Marx, essa fragmentação é negativa, de mais a mais, o trabalhador perde noção do resultado de seu esforço e das etapas produtivas. - Já para Durkheim isso é positivo, pois a fragmentação gera a solidariedade entre os trabalhadores, que se juntam num esforço coletivo com uma finalidade. - No cenário contemporâneo das indústrias, adota-se a automação – uso de máquinas automáticas que dispensam o trabalho. MARX - Luta de classes
“A história de toda humanidade é a história da
luta de classes. Livres e escravos, patrícios e plebeus, barrões e servos, opressores e oprimidos”. Para Marx, no desenrolar da história em sua totalidade há opressores e oprimidos. Em todas as fases históricas constata-se o antagonismo de classes. No tempo de Marx, há duas classes: burgueses e proletários. Materialismo histórico e dialético
Materialismo histórico = teoria segundo a qual a
estrutura econômica determina a superestrutura das ideias. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas é, ao contrário, seu ser social que determina sua consciência.
Materialismo dialético = Toda realidade gera em
seu seio contradições que necessariamente levam a sua superação. A dialética é a lei de desenvolvimento da realidade histórica e exprime a inevitabilidade da passagem da sociedade capitalista para a comunista. Ideologia
As ideias dominantes de uma época
são as ideias da classe dominante. As ideologias possuem a função de criar uma ilusão nos proletários (naturalizar a exploração). Escondem a real situação do proletário. Alienação do trabalho e alienação religiosa
Alienação do trabalho = o trabalho é externo ao operário, é
apenas um meio para satisfazer necessidades estranhas, o operário torna-se tanto mais pobre quanto maior é a riqueza que produz. Sente-se infeliz, não desenvolve seu espírito, mas o destrói.
Alienação religiosa = é reflexo da alienação do trabalho.
Homem projeta seu ser em Deus, “a religião é o ópio do povo”. Existe o mundo fantástico dos deuses porque existe o mundo irracional e injusto dos seres humanos. “A miséria religiosa é expressão da miséria real em um sentido e, em outro, é o protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o sentimento de um mundo sem coração, o espírito de situações em que o espírito está ausente. Mais valia
O capitalista adquire sobre o
mercado, além do capital constante (máquinas, matéria-prima), também o capital variável, isto é, a força de trabalho. O produto do trabalho é propriedade não do trabalhador, mas do capitalista. Socialismo: Surge com a revolução do proletariado; Todos os meios de produção são tomados dos burgueses, assim, elimina-se a divisão de classes (proletário/ burguês). A socialismo caracteriza-se pelo presença de um estado e governo forte, trata-se de uma ditatura.
Comunismo: Sem estado e sem governo.
Critério: “dê a cada um segundo sua capacidade e sua necessidade”. - Com a mundialização do capitalismo, as pessoas lutam pelo mercado de trabalho, as empresas precisam se automatizar e que demanda mão de obra altamente qualificada. Nesse contexto, o trabalhador se submente a condições e salários inferiores às suas pretensões. - O trabalho, hodiernamente, é visto como um meio de sobrevier, portanto, não há nele nada de realizador do espírito humano. Para outros ainda, o trabalho é considerado uma via para acúmulo de riquezas. A globalização capitalista
- Livre circulação de mercadorias, não de pessoas;
- O incentivo ao consumismo tem agravado a situação ambiental; - Padronização de opiniões e pensamentos; - Afeta o estado de bem-estar social;
Como elementos positivos pode-se destacar:
- Expansão e avanço das telecomunicações (comunicação instantânea); - Grandes distâncias podem ser percorridas em pouco tempo (aeronaves).