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Auditoria de Fraude

Prof. Dr. Claudio Miranda


Departamento de Contabilidade
FEARP-USP
O que é Fraude?
• Segundo Dicionário Aurélio
• qualquer ato ardiloso, enganoso, de
má-fé, com o intuito de lesar ou
ludibriar outrem, ou de não cumprir
determinado dever;
• falsificação de marcas ou produtos
industriais, de documentos
O que é Fraude?
O que é Fraude?
• A fraude é o crime criativo, pois requer que as mentes
mais agudas e pode-se dizer que é praticamente
impossível de evitar. No momento em que se
descobre um remédio, alguém inventa algo novo
• A fraude é tipicamente humana, premeditado que se
traduz em um engano por um abuso de confiança
recebido e / ou em um ataque contra a propriedade de
outra pessoa.
• Sua etimologia deriva das palavras latinas "fraus" e
"fraudem" que significa engano ou má fé ação
contrária à verdade ou a justiça.
Porque as fraudes são bem sucedidas?
• As fraudes são bem sucedidas por dois motivos. Em primeiro
lugar, as fraudes têm uma aparência genuína. Parecem ir de
encontro aos desejos ou necessidades dos destinatários. Para
ter a certeza de que se trata de fato de uma fraude, há que fazer
o esforço prévio de análise adequada. Deve-se levantar
questões e pensar cuidadosamente, antes de decidir o que vai
fazer.
• Em segundo lugar, os vigaristas manipulam as vítimas “tocando
nos pontos sensíveis”, no sentido de obterem a resposta
automática ou por impulso que pretendem. Não se trata de uma
questão pessoal, mas da forma como os indivíduos em
sociedade estão ligados emocional e socialmente. O fato de
responderem por impulso leva as pessoas a cair no embuste.
FRAUDE X ERRO
• FRAUDE - Ato intencional de omissão
ou manipulação de transações,
adulteração de documentos, registros e
demonstrações contábeis.
• ERRO - Ato não-intencional resultante
de omissão, desatenção ou má
interpretação de fatos na elaboração de
registros e demonstrações contábeis.
ELEMENTOS DA FRAUDE

• Presença de OPORTUNIDADE
com a existência de um
AGENTE, que com uma Ação ou
omissão CONSCIENTE, que leve
outro a ENGANO para obter
VANTAGEM, em PREJUÍZO de
uma VÍTIMA.
Triangulo de Fraude
Triangulo de Fraude
• Pressão ou incentivo referem-se às pressões a que o fraudador está
submeti­do e que podem ser assim caracterizadas:
– pressões financeiras que sofrem todos aqueles com um comportamento
ganancioso do tipo "vencer rapidamente na vida sem fazer força", ou
aqueles que gostam de "levar vantagem em tudo", ou, ainda, os que
adotam comportamento aético no estilo "os fins justificam os meios".
– Hábitos como jogo, drogas, bebida, que representam o pior tipo de
pressão vez que envolve outras pessoas visando à manutenção do vício a
qualquer custo
– pressões relacionadas com o trabalho dizem respeito a fraudes come­tidas
por pessoas para obter o reconhecimento e serem promovidas
– outras pressões podem ser sofridas diretamente ou serem decorrentes de
pressões de terceiros. Nesse aspecto é possível que a pressão tenha
origem na família de um sócio, ao julgar que o outro sócio está levando
uma vida financeira melhor, ou, ainda, venha de um cliente ou forne­cedor
com o objetivo de levar vantagem sobre a empresa por meio da utilização
de um empregado ou diretor para lograr êxito nessa missão
Triangulo de Fraude
• Oportunidade é o segundo elemento do triângulo da
fraude e refere-se à possibilidade de os controles
existentes oferecerem oportunidade para as pessoas
cometerem fraude contra a organização.
• Uma oportunidade para a prática de fraude é
percebida quando a pessoa acredita que pode
anular os controles antifraude, como, por exemplo,
quando o indivíduo está em uma posição de
confiança ou está atento às fraquezas no ambiente
de controle com o objetivo de praticar algum ato
ilícito.
Triangulo de Fraude
• Racionalização ou atitude constitui o terceiro
elemento do triângulo e refere-se ao comportamento
de muitos indivíduos quando são flagrados na prática
de fraudes. Muitas vezes são os primeiros a ficar
indignados e a colaborar com os investigadores ou
auditores para a descoberta dos culpados pelo
desvio. Com tal atitude, procuram esconder a sua
própria desonestidade numa postura idêntica àquele
indivíduo que bate a carteira de alguém durante uma
viagem de metrô e é ele o primeiro a gritar "pega
ladrão".
Racionalização
• Surpreendentemente a maioria dos
funcionários que foram pegos cometendo
um ato ilícito não se consideram
criminosos. Além disso, é socialmente
aceitável cometer alguns dos atos dos
quais esses funcionários são acusados.
Esses funcionários consideram-se
funcionários honestos que cometeram
violações disciplinares, e não ladrões.
Racionalização
“Eu ganho pouco e trabalho muito” (“Eu só
tirei o que me era de direito”)
• “Eu só levei mercadoria danificada”
• “Quando falta dinheiro (na registradora) eu
coloco, e quando sobra eu tiro”.
• “Eu só estou pegando o dinheiro
emprestado por pouco tempo”
• “Eles vão me despedir de qualquer jeito”
• “Eu trabalho aqui há muitos anos e sinto que
isso me pertence”
Motivos de fraudes internas
• Vingança – Por serem tratados injustamente
pela gerência
• Ganância – Sempre se pode usar um
determinado produto e/ou dinheiro extra
• Necessidade – Despesas pessoais que
excedem o salário
• Oportunidade – Foi fácil e acessível
• Pressão dos colegas – Todo mundo aqui faz o
mesmo
• Falta de política clara – Definição do que é
certo e errado
Motivos de fraudes internas
• Imitação – Meu empregador rouba dos
nossos clientes
• Benefícios adicionais – É a maneira
como o empregador nos dá um aumento
de salário
• Falta de comprometimento – Eu vou
pedir a demissão logo
• Falta de moral entre os funcionários
• Maus-tratos – Eu sou mal pago
Criticas ao triangulo da fraude
Criticas ao triangulo da fraude
Criticas ao triangulo da fraude
Diamante da Fraude
Diamante da Fraude
Diamante da Fraude
Diamante da Fraude
Diamante da Fraude
Predador X Acidental
Predador X Acidental
Predador X Acidental
Predador X Acidental
Entendendo o comportamento dos
interessados na prática de fraudes
Vitimas
Vitimas
Vitimas
Tipos de Fraudes
• Contábil - Utilização proposital de práticas contábeis
inadequadas e/ou omissões de informações com o objetivo
claro de mascarar as Demonstrações Financeiras.
• Objetivos: Supervalorizar ativos; Omitir passivos ou resultados
para apresentação a Agentes Financeiros; Maquiagem para
provocar aumento/redução de cotação em Bolsa.
• Operacional - Manipulação de dados e informações nos
documentos e relatórios de controles internos das áreas
administrativa, compras, vendas e produção com o objetivo de
esconder os desvios de recursos e erros de conduta.
• Objetivos: Manipular concorrências, coletas de preços,
quantidade de produtos de 1ª, 2ª, sucatas e resíduos; clientes
fictícios, participação nas comissões, etc.
Tipos de Fraudes
• Fiscal: Sonegação da empresa por omissão de
receitas, aumento das despesas.
• Objetivos: Não pagar impostos.
• Financeira: Estelionato (com participação de
falsários).Fraude a seguros; Cupons de dividendos
de ações em custódia; Aluguel de contas bancárias;
Aluguel de cartões de planos de Saúde; negociação
de taxas de juros, títulos de clientes em condição
desfavorável para a empresa.
• Objetivos: Desvio direto de recursos financeiros.
Fraudes Contábeis - Exemplos
• Banco Nacional (KPMG)– contas fantasmas
• Banco Econômico (E&Y) – contas no exterior ñ aud
• Banco Noroeste (Price) – contas no exterior ñ aud
• Enron (Arthur Andersen) - Sociedade de Propósito
Especial (SPE)
• Wordcom (Arthur Andersen) – despesas como
ativos
• Xerox – Receitas impróprias
• Parmalat – Saldos bancários inexistentes
Fraudes Contábeis - Exemplos
• Carrefour - perdas de 1,23 bilhão – a) descontar, das
despesas, bonificações negociadas com a indústria na
compra de produtos. Mas nem sempre os descontos se
materializam, e o balanço registra como despesa um valor
inferior ao gasto.. B) ações judicisais (Deloitte)
• Banco Panamericano - Ativos vendidos (Deloitte)
• Olympus (2011) (Arthur Andersen, 1990) (KPMG – 2002 a
2009) (Ernst & Young – 2009) - redução de ativos de 1,1
bilhão de dólares. “ESQUEMA TOBASHI” que indica uma
fraude financeira onde as perdas de um cliente são
escondidos por uma empresa de investimento,
deslocando-os entre os portfolios de outros clientes
(verdadeiros ou falsos).
Focos da fraude nas organizações

• Interno – Funcionários
• Interno em conluio com externos
• Externos sem relação com a
empresa
• Externos clientes
• Ex: Viagem e refeição, gás,
mercado, hospitais
Como as fraudes vem ocorrendo
no Brasil – Pesquisa KPMG

• A KPMG analisa a cada 2 anos


em cerca de 1000 empresas
nacionais diversos aspectos
relacionados as fraudes nestas
organizações (dados de 2004 e
2009)
A empresa sofreu alguma fraude nos
útimos dois anos?

2004

2009
Tendência das fraudes para o futuro

2004

2009
Causas prováveis para o crescimento
de atos fraudulentos

2004

2009
Perfil do fraudador - 2004
Perfil do fraudador - 2009
Perfil do fraudador - 2004
Perfil do fraudador - 2009
Perfil do fraudador - 2004
Perfil do fraudador - 2009
Origem do ato fraudulento – 2004-09
Áreas afetadas
Principais fraudes ocorridas - 2004
Principais fraudes ocorridas - 2009
Valor envolvido

2004

2009
Recuperação de perdas

2004

2009
Constatação da fraude 2004
Constatação da fraude 2009
O que facilitou a fraude
2004

2009
Ações executadas após a
descoberta da fraude - 2004
Ações executadas após a
descoberta da fraude - 2009
Gestão de risco e fraude - 2009
Gestão de risco e fraude - 2009
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE

• 2012 Report
• Association of Certified Fraud Examiners - ACFE
• Estudo de 1388 casos no mundo
• Estimasse perda anual de 5% do faturamento anual em fraudes
• As fraudes relatadas não foram percebidas, em média, por
aproximadamente 18 meses.
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE
ESTUDO KROLL – 545 EXECUTIVOS
ESTUDO KROLL – 545 EXECUTIVOS
ESTUDO KROLL – 545 EXECUTIVOS
ESTUDO KROLL – 545 EXECUTIVOS
ESTUDO KROLL – 545 EXECUTIVOS
Classificação das frauds (ACFE)

Apropriação de
Corruption Fraudes contábeis
ativos

Conflicts
of Interest Cash Financial

Suborno Inventory &


All Other Assets Nonfinancial

Illegal
Gratuities

Extorsão
68
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE (2014)
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE
Frequência dos controles anti-fraude

Auditoria externa só captou 3,5% das fraudes, o que pode demonstrar que ela tem
seu valor para algumas funções, mas não é suficiente como ferramenta de detecção
e fraude
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE

• Auditoria externa apesar de estar presente em 81% das


empresas pesquisadas, ela só captou 3,5% das fraudes, o que
pode demonstrar que ela tem seu valor para algumas funções,
mas não é suficiente como ferramenta de detecção e fraude
• Por detectar 43% das fraudes a partir de denuncias (tips), as
linhas de denúncia parecem ter um papel relevante nos
programas antifraude. Observa-se que apenas 54% das
empresas indicaram ter um mecanismo de linha de denúncia
implantado, e menos de 11% indicaram pagar recompensas aos
denunciantes. Estas taxas indicam que muitas organizações tem
a oportunidade de melhorar a promoção de denúncias que
possam ajudar a descobrir condutas fraudulentas.
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE

• Em 2014 a taxa de falta de controles


internos foi de 32,2%, mas nos negócios
menores essa taxa foi de 41%.
• Em adição, de acordo com membros da
ACFE que participaram do estudo, um -
quinto dos casos relatados poderiam ter
sido evitados se os gestores operacionais
tinha feito trabalho suficiente para avaliar
transações, contas ou processos.
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Tempo na organização
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ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE

Tempo na organização
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE

Área de trabalho
Fraudador

Varia conforme
Região
1) Contabil maior
-USA, Canada,
America Latina e
Africa
2) Vendas maior
- Europa e Asia
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ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE
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ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE
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ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE
REPORT TO THE NATIONS
ON OCCUPATIONAL FRAUD AND ABUSE
Método de ocultação por tipo de
esquema (ACFE – 2016)
Global Economic Crime Survey – PWC 2014

• 5,128
respondents
from 99
countries
• Cybercrime reports continue to
increase in volume, frequency
and sophistication. It is the
fourth-most reported type of
crime. And fundamentally,
cybercrime is not just a
technology problem — it is a
business strategy ­problem.
Global
Economic
Crime
Survey –
PWC 2014
Global
Economic
Crime
Survey –
PWC 2014
Global
Economic
Crime
Survey –
PWC 2014
RED FLAGS (SINAIS DE
ALERTA)
• De Situação
• Não Segregação de Funções
• Descontentamento
• Normas Incompletas
• Falta de Treinamento
• Falta de Fiscalização
• Impunidade
RED FLAGS (SINAIS DE
ALERTA)
• De comportamento
• Recusa ou não busca promoções
• Reluta em fornecer registros e informações de sua área
• Dá muita atenção a alguns funcionários e mantém outros à
distância
• É estressado, vive sob pressão e parece infeliz e
desmotivado no trabalho
• Recusa em tirar Férias
• Modo de Vida Incompatível/Ostentação
• Irritação/Nervosismo a Perguntas
• Arredio a Proximidade
• Excesso de Interesse / Dissimulação
RED FLAGS (SINAIS DE
ALERTA)
RED FLAGS (SINAIS DE
ALERTA) – RH (ACFE)
Perguntou-se se fraudadores tinha
feito, alguns falta não fraudulenta no
trabalho, antes ou durante a fraude.
Porque eles queriam saber se havia
uma relação entre a fraude ocupacional
e outros comportamentos inadequados.
Em 38% dos casos, o fraudador tinha
feito pelo menos uma das faltas
cometidas, o tipo mais comum de má
conduta não fraudulenta, era
intimidação no trabalho (16,6%). Outros
14% dos casos envolveram indivíduos
com faltas excessivas de trabalho.
Menos de 5% dos casos, os
fraudadores incluído assediando
sexualmente alguém ou que costumava
visitar sites inadequados (como
pornografia ou jogos de azar) no
escritório.
RED FLAGS (SINAIS DE
ALERTA) - RH
• Perguntou-se se os fraudadores
tinha experimentado um incidente
relacionado com questões de RH,
tais como o medo da perda do
emprego, cortes salariais e
rebaixamentos. Nestas
circunstâncias, pode causar um
indivíduo a sofrer pressão
financeira e, portanto, uma fraude
de trabalho, ou poderia fornecer
os meios para que um fraudador
para racionalizar o seu
comportamento. Em 25% dos
casos, o fraudador tinha
experimentado um incidente
envolvendo RH, imediatamente
antes ou durante a fraude.
RED FLAGS (SINAIS DE
ALERTA)
• Estruturais e Organizacionais
• Sigilo excessivo sobre uma função, suas operações e
seus resultados financeiros
• Algumas práticas dentro de uma função não parecem
muito éticas, podendo mesmo ser consideradas
ilegais
• Há grande pressão sobre os funcionários para atender
às altas expectativas dos analistas do negócio
• O aumento dos lucros não se reflete no fluxo de caixa
• Gerentes seniores recebem grandes bônus ligados a
metas
RED FLAGS (SINAIS DE
ALERTA)
RED FLAGS (SINAIS DE
ALERTA)
RED FLAGS (SINAIS DE
ALERTA)
RED FLAGS (SINAIS DE
ALERTA)
• Estruturais e Organizacionais
• A existência de vários acordos bancários pode indicar
intenção de reduzir a transparência a respeito das
finanças
• Métodos de pagamento complexos ou incomuns e
acordos com certos fornecedores ou clientes podem
refletir intenção de ocultar a natureza da operação
• A operação remota não é efetivamente monitorada
pela chefia
RED FLAGS (SINAIS DE
ALERTA)
• RELEVÂNCIA DOS RED FLAGS NA AVALIAÇÃO DO
RISCO DE FRAUDES NAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS: A PERCEPÇÃO DE AUDITORES
INDEPENDENTES BRASILEIROS
RED FLAGS (SINAIS DE
ALERTA)

Red Flags
relativos
aos
gestores da
entidade
RED FLAGS (SINAIS DE
ALERTA)

Red Flags
relativos à
situação
econômico-
financeira da
entidade
RED FLAGS (SINAIS DE
ALERTA)

Red Flags
relativos
aos
relatórios
contábeis
da entidade
RED FLAGS (SINAIS DE
ALERTA)

Red Flags relativos ao


serviço de auditoria
independente
Porque as fraudes ocorrem?

• Passos de Auditoria “Engessados”


• Falta do Elemento “Surpresa”
• Pouca Importância às “Red Flags”
• Análises Isoladas
• Pressões do Cronograma da Auditoria
• Resignação / Falta de Questionamento
Porque as fraudes ocorrem?

• Falta de políticas e regras claras


• Falta de segregação de função
• Falta de bons controles internos
Objetivos dos Controles Internos

Procedimentos Administrativos Circuito da Informação Contabilização

. Segmentos de politicas eficientes . Captação de dados corretos


e confiáveis
. Situação financeira correta
. Assegura a proteção dos ativos . Controles adicionais . Informação de acordo com
os critérios e normas
. Evitar fraudes . De acordo com os
principios fundamentais da
contabilidade
. Operanding segundo organogramas

Fonte: Oliveira, Perez e Silva (2004, p.85)


Como reduzir as fraudes - 2004
Como reduzir as fraudes - 2009
Como reduzir as fraudes
internamente
• Criar inibição
• Diminuir a tentação
• Aumentar a conscientização
• Políticas e procedimentos bem elaborados
• Comprometimento – criar
comprometimento na empresa, mas, ao
mesmo tempo, criar um impacto sobre os
maus atos (bônus anual, benefícios).
Como reduzir as fraudes
internamente
• Coação efetiva – incluindo auditoria e
procedimentos de controle – um sistema de
alerta
• Estabelecer uma política clara em relação a
assuntos relacionados à integridade
(tolerância zero é altamente recomendada)
• Criar normas (como código de ética, código
de conduta, etc.)
• Pré-seleção de candidatos (Background
Checks)
Verificação antecedentes 2004
Verificação antecedentes 2009
Como reduzir as fraudes
internamente
• Filtragem periódica de funcionários
• Conduzir inventários físicos com freqüência
• Separar funções contábeis
(SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES)
• Controlar pessoal que assina cheques
• Controlar o caixa pequeno
• Controlar os cartões de crédito da empresa
• Documentar todos os relatórios de
despesas
Como reduzir as fraudes
internamente
Alguns outros pontos da pesquisa
de 2009
Alguns outros pontos da pesquisa
de 2009
Alguns outros pontos da pesquisa
de 2009
Alguns outros pontos da pesquisa
de 2009
Apresentação sobre dados e fraudes
Apresentação sobre dados e fraudes
Apresentação sobre dados e fraudes
Apresentação sobre dados e fraudes
Apresentação sobre dados e fraudes
Apresentação sobre dados e fraudes
Apresentação sobre dados e fraudes
Apresentação sobre dados e fraudes
Melhores praticas de prevenção - ACFE

• A maneira mais econômica de limitar as


perdas de fraude é evitar sua ocorrência.
Esta lista de verificação é projetada para
ajudar as organizações a testar a eficácia
das suas medidas de prevenção de fraude
Melhores praticas de prevenção - ACFE

• 1. São fornecidos treinamento antifraude de forma


continua a todos os funcionários?
– Funcionários compreendem o que constitui fraude?
– Os custos de fraude para a empresa - incluindo lucros
cessantes, publicidade adversa, perda de emprego e
diminuição da produtividade e moral - está claro para os
funcionários?
– Os funcionários sabem onde procurar aconselhamento
quando confrontados com decisões éticas incertas, e eles
acreditam que eles podem falar livremente?
– Uma política de tolerância zero para fraudes foram
comunicada aos empregados através de palavras e
ações?
Melhores praticas de prevenção - ACFE

• 2. Há um mecanismo efetivo de “reporting” fraudes


– Empregados foi treinado a comunicar preocupações
sobre delito conhecido ou potencial?
– Há um canal de comunicação anônimo disponível aos
empregados, tais como uma linha (hot-line) de ajuda de
terceiros?
– Empregados acredita que eles podem informar atividade
suspeita anonimamente e/ou confidencialmente e sem
medo de represálias?
– Está claro aos funcionários que relatórios de atividades
suspeitas serão prontamente e cuidadosamente
avaliados?
– Há relatórios de políticas e mecanismos que se estendem
para fornecedores, clientes e outras partes externas?
Melhores praticas de prevenção - ACFE

• 3. Para aumentar a percepção dos empregados da


detecção, as seguintes medidas proativas são
tomadas e divulgadas aos empregados?
– Conduta fraudulenta são tratadas agressivamente, ao
invés de tratar passivamente?
– A organização envia mensagens de que ele busca
ativamente conduta fraudulenta por meio de
questionamento avaliação fraude por auditores?
– Auditorias de fraude surpresa são realizadas além de
auditorias regulares?
– Software de auditoria são continuamente usados para
detectar a fraude e, se assim for, o uso de tal software foi
é de conhecimento em toda a organização?
Melhores praticas de prevenção - ACFE

• 4. O clima/tom da alta gestão é de honestidade e


integridade?
– São os funcionários pesquisados para determinar a
extensão a que eles acreditam que atos de gestão são de
honestidade e integridade?
– Metas de desempenho são realistas?
– Objetivos de prevenção de fraude foram incorporadas as
medidas de desempenho contra o quais os gerentes são
avaliados e que são usadas para determinar a
compensação relacionados ao desempenho?
– A organização estabeleceu, implementou e testou um
processo para a supervisão dos riscos de fraude pelo
Conselho de administração ou de outros sistemas de
governança (por exemplo, o Comitê de auditoria)?
Melhores praticas de prevenção - ACFE

• 5. Avaliações de risco de fraude são realizadas


para identificar e atenuar as vulnerabilidades da
empresa a fraudes internas e externas
proativamente?
• 6. Existem fortes controles anti-fraude no local e
operam efetivamente, incluindo o seguinte?
– Correta separação de tarefas (segregação de função)
– Uso de autorizações
– Salvaguardas físicas
– Rotações de funções
– Férias obrigatórias
Melhores praticas de prevenção - ACFE

• 7. O departamento de auditoria interna, caso exista,


tem os recursos adequados e autoridade para
operar eficazmente e sem influência indevida de
gerência sênior?
• 8. A política de contratação inclui o seguinte (onde
permitido por lei)?
– Verificação de emprego anteriores
– Antecedentes penal e civil
– Verificações de crédito
– Triagem drogas
– Verificação educação
– Verificação de referências
Melhores praticas de prevenção - ACFE

• 9. Existem programas de apoio a funcionários para


ajudar na luta contra vícios, saúde
mental/emocional, família ou problemas
financeiros?
• 10. Há uma política de portas abertas que permite
aos funcionários falar livremente sobre as pressões,
fornecendo gerenciamento a oportunidade de aliviar
tais pressões antes que se tornem agudas?
• 11. São anônimos os inquéritos realizados para
avaliar o moral dos funcionários?

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