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O sujeito em

transformação
FILOSOFIA
1ª SÉRIE
CICLO V - B
O sujeito em transformação
A globalização surgiu como um fenômeno
que não apenas trouxe novidades na maneira
como os indivíduos se relacionam uns com
os outros na escala global, mas provocou
também transformações substanciais no
âmbito pessoal, impulsionando novos
modos de vida e novos interesses. Neste
capítulo, vão ser abordadas desde a crise da
subjetividade, que marcou o século XIX, até
questões prementes como o lugar da mulher
e do negro nas sociedades globalizadas.
O sujeito em transformação
Em um primeiro momento, vão ser tratados os três
“mestres da suspeita”, responsáveis por
desconstruir a noção moderna de subjetividade.
Em seguida, vamos passar a análises da
fenomenologia e do existencialismo, essenciais
para a compreensão da nova noção de sujeito que
vem à tona no século XX. Complementando essas
análises, vão ser trabalhados filósofos e questões
fundamentais para a compreensão do mundo
globalizado e do que se convencionou chamar de
pós - modernidade, com destaque para questões
muito presentes no século XXI, como o in
Do século XIX ao XX: a crise da
subjetividade
No mundo contemporâneo, diversos fatores produziram
transformações, muitas vezes radicais, com rapidez
desconcertante. As grandes descobertas tecnológicas no
setor da automação, da robótica e da microeletrônica
provo caram mudanças nas fábricas e no setor de serviços,
alteraram a relação entre cidade e campo e afetaram a
maneira de as pessoas morarem e se comunicarem.
Vivemos a era da globalização, na qual o mundo pode ser
percebido como uma grande aldeia. Em época alguma da
história foi possível falar na existência de um mercado
mundial de produção, distribuição e consumo de bens e em
uma cultura da “virtualidade real”, que liga todos os
pontos do globo e influencia comportamentos.
Do século XIX ao XX: a crise da
subjetividade
No turbulento século XX, vivemos duas guerras mundiais
e inúmeros conflitos, embora também tenha sido o século
das reivindicações de muitos movimentos – do feminismo,
do poder jovem, das minorias silenciadas por séculos –, o
que revolucionou ideias e atitudes. Nesse panorama foi
ampliada a chamada crise da razão . O que denominamos
“crise da razão” consiste em um colapso da ideia de
subjetividade, ideia que é a herança mais relevante da
modernidade. Desde René Descartes (1596-1650), os
filósofos se ocuparam com questões relativas ao
conhecimento, sobre o que é possível conhecer. Como
representante da tendência racionalista, Descartes procurou
um método seguro que o conduzisse à verdade indubitável.
Do século XIX ao XX: a crise da
subjetividade
Porém, no final do século XIX, os chamados
“mestres da suspeita” – Karl Marx, Friedrich
Nietzsche e Sigmund Freud – provocaram
desconfiança na capacidade humana de conhecer a
realidade exterior e de ter acesso transparente a si
mesmo. Nas décadas que se abriram para o século
XX, vários pensadores debruçaram-se sobre a
questão da “morte do sujeito”, que significa a
desconstrução do conceito de subjetividade como
fora “construído” na Idade Moderna. De que
modo, então, contornar o impasse da descrença na
possibilidade do conhecimento como algo que
CAPÍTULO 6
GLOBALIZAÇÃO, EMANCIPAÇÃO E
CIDADANIA
EDITORA MODERNA

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