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SIMONE ALMEIDA SILVA PRATA

FERREIRA
PSICÓLOGA CLÍNICA
ESP. NEUROPSICOLOGIA
ESP. TERAPIA COGNITIVO
COMPORTAMENTAL
ESP. PSICOPEDAGOGIA

Disciplina : AEC – Análise


experimental do Comportamento.
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

Apresentação do professor

Apresentação dos alunos


UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

 Informações Importantes:

 01 – Intervalo

 02 – Lista de presença

 03 – Grupos para a atividades: A2


 Parte A e Parte B

 Grupo de 06 a 08 pessoas. (vide cronograma)


UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

 04 – Apresentação do Cronograma
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 O que é ANÁLISE EXPERIMENTAL DO


COMPORTAMENTO?

 Video

 https://www.google.com/search?sca_esv=562386629&sxsrf=AB5stBhKQYKu5FcRkcV14l6i-
ZF4slWz1w:1693774490296&q=observa
%C3%A7%C3%A3o+e+registro+do+comportamento&tbm=vid&source=lnms&sa=X&ved=2ahUKEwipkMvWqY-
BAxWtFLkGHbEMBP4Q0pQJegQICxAB&biw=1243&bih=578&dpr=1.1#fpstate=ive&vld=cid:0b761234,vid:2MUAC9S
dPaY
 A observação e Registro do Comportamento
 TEXTO ADAPTADO PELOS PROFESSORES RESPONSÁVEIS PELA DISCIPLINA A PARTIR DOS TRABALHOS DE
DANA (1986), FAGUNDES (1982) e THOMSON (2006).

 A observação comportamental é reconhecida como


instrumento importante em psicologia, pois sem ela,
pouco saberíamos objetivamente sobre como se
comportam organismos em diferentes situações, dado de
fundamental importância para que se compreenda não só
o comportamento, mas também a relação entre eventos e
comportamentos.
 Além disso, a observação e registro de dados permite a
comparação com os registros de outros observadores
ampliando as oportunidades de reflexões sobre a função
de determinados comportamentos no repertório
comportamental de alguém.

 O que nos leva a concluir que, se queremos tentar


entender os comportamentos, precisamos observa-los
cuidadosa e Objetivamente para que as informações
coletadas não sejam produto de observação do senso
comum.
 Convencionou-se que a observação a ser utilizada
em tais situações deve ser a observação
sistemática, tipo de observação onde se deve definir
clara e objetivamente cada um dos comportamentos
que se pretende observar, para que não haja dúvidas
posteriores sobre o que se deve registrar ou sobre a
validade do que foi registrado pelo observador.

 Registros sistematizados podem ser compartilhados


com outros pesquisadores propiciando oportunidade
de reflexões sobre situações de interesses
compartilhados e colocando pesquisadores sob a
influência do que na realidade acontece, evitando
suposições ou interpretações falhas.
 Em tais situações deve-se usar a linguagem científica, ou
seja, a definição do comportamento deve ser clara,
objetiva, exata, concisa, direta.

 Em tais situações não podemos utilizar a linguagem


coloquial, romanesca, policial, futebolística, gírias, etc.

 Devemos lembrar que na definição do comportamento


observado deve ser usada:
 Linguagem científica: objetiva, clara, exata, concisa e
direta;

 Tornar a definição explicita e completa: nada do que é


importante deve ficar implícito e subtendido, mas ser
explicado de modo que nada lhe falte e a definição se
torne completa;
 Empregar elementos pertinentes: apontar só o que
realmente faz parte da observação, sem qualquer
interpretação;

 Dar denominação apropriada: a definição do


comportamento deve requerer cuidado, objetividade e
propriedade.

 Ex.: Comportamento: “sorrir”. A utilização do termo


resposta de sorrir é o indicado ao invés de resposta
“contentamento”.
 Poderíamos tornar ainda mais objetiva a
descrição Exemplo:
 Comportamento de Sorrir: retração dos cantos da boca
para os lados e para
 Segundo Danna e Matos (1984), a observação é
considerada um instrumento importante para o trabalho
do Psicólogo porque por meio dela, coletam-se os dados
acerca do comportamento e da situação ambiental que
constituem o ponto de partida para o trabalho científico e
profissional.

 A observação científica é uma observação sistemática e


objetiva, planejada em função de um objetivo
anteriormente definido. Deve se ater aos fatos que sejam
visíveis, audíveis, palpáveis, degustáveis, cheiráveis,
enfim perceptíveis pelos sentidos.
 A clareza e precisão da linguagem exige que se obedeça
aos critérios de estrutura gramatical do idioma, não
sejam usados termos ambíguos, fornecendo referências
quantitativas e empíricas.

 Termos subjetivos como alegre, nervoso, queria, tentou


ou que atribua causalidade ou finalidade da ação
observada devem ser evitados.

 Enfim o observador deve utilizar verbos que descrevam


a ação observada, termos que identifiquem os objetos ou
pessoas presentes e referenciais físicos.
 Segundo Fagundes (1982), a observação comportamental
é importante para os psicólogos e pesquisadores,
servindo-lhes como um instrumento de trabalho para a
obtenção de dados que, entre outras coisas, aumenta
nossa compreensão a respeito do comportamento sob
investigação,

 facilita o levantamento de hipóteses bem como o


estabelecimento de diagnósticos, permitindo também
acompanhar o desenrolar de uma intervenção ou
tratamento e ainda testar seus efeitos e eficácia
 Quando nos propomos a observar comportamentos,
algumas questões gerais vão se apresentando, tais
como:

 O que os organismos fazem?



Em que circunstâncias ou sob que condições ambientais
se comportam de forma específica?

 Com quais objetivos iremos observar?



Alguns aspectos importantes quando se trabalha com a
Observação Comportamental:

 01 - Características dos dados coletados através da


observação

 Referem-se aos comportamentos exibidos pelo sujeito:


contatos físicos com objetos e pessoas, vocalizações,
expressões faciais, movimentos no espaço, posturas e
posições do corpo.

 Referem-se também, à situação ambiental, ou seja, às


características do meio físico e social em que o sujeito se
encontra, bem como às mudanças que ocorrem no mesmo.
Dependem do objetivo para o qual a observação está sendo
realizada.
 02 - Planejamento da Observação

 A observação científica é sistemática pelo fato de ser


organizada e/ou planejada. Planejar uma observação
significa estabelecer:
 Objetivo: Para que a observação será realizada?
 Local e situação: Onde a observação será realizada?
 Tempo: Em que momentos a observação será realizada?
 Sujeito: Quem será o sujeito observado.
 Comportamentos e circunstâncias ambientais: O que
será observado? Quais os comportamentos ou
circunstâncias ambientais que serão observados?
 Técnica de observação: Como a observação será
realizada? Qual a técnica de observação e registro que
serão utilizados?
 Em relação aos objetivos da observação, são
apontados a seguir os mais comuns:

 Para o diagnóstico preliminar da situação-problema:


através da observação, o psicólogo faz uma identificação
preliminar das deficiências ou interesses de pesquisa
existentes, identificando as variáveis que afetam ou se
supõe afetar o comportamento e os recursos disponíveis
no ambiente para resolver a situação.

 Exemplo: Identificar as dificuldades de socialização de


uma criança em um contexto escolar determinado.
 Para decidir quais as técnicas e procedimentos
adequados de intervenção/atuação e resolução da
situação-problema: através da observação, o psicólogo
faz uma identificação dos recursos disponíveis no
ambiente para resolver a situação, e seleciona suas
estratégias de atuação, assim como as estratégias de
atuação de outras pessoas inseridas na situação-
problema.

 Exemplo: Identificar as estratégias que podem ajudar na


socialização de uma criança em um contexto escolar
determinado.
 Para avaliar a eficácia das técnicas e procedimentos de
intervenção/atuação utilizados na resolução da situação-
problema: através da observação, o psicólogo identifica
se através das técnicas e procedimentos de
intervenção/atuação utilizados foi possível alcançar o
resultado esperado.

 Exemplo: Identificar se as estratégias de intervenção


usadas para ajudar na socialização de uma criança, em
um contexto escolar determinado, foram eficazes.
 Na Pesquisa Científica: a observação é utilizada de
forma especial no contexto da pesquisa científica em
todas as áreas da Psicologia tais como: Psicologia
Clínica, Psicologia Escolar, Psicologia do Trabalho e
Organizacional, Psicologia do Desenvolvimento, etc.
 TÉCNICAS DE REGISTRO

 Registro contínuo (ou Registro Cursivo)


 A técnica de registro contínuo cursivo é uma das técnicas


usadas na observação para registrar os comportamentos e
circunstâncias ambientais.

 A técnica de registro contínuo cursivo ou RCC consiste


em registrar/descrever os eventos apresentados dentro de
um período ininterrupto de tempo de observação,
utilizando a linguagem científica (objetiva, clara e
precisa) e obedecendo à sequência temporal de
ocorrência.
 Em outras palavras, a técnica de registro contínuo cursivo pode
ser considerada como uma “filmagem” ou “gravação” dos
acontecimentos em determinada situação, relatando quase tudo o
que ocorre. Nesse registro, o observador faz uma narração dos
fatos em sequência.

 O registro é contínuo porque é feito sem parar durante o período


em que a observação ocorre, e é cursivo pela forma com que o
registro é feito.

 O registro contínuo cursivo é utilizado para o levantamento


inicial do repertório comportamental do sujeito e das
circunstâncias ambientais. Com os dados em mãos, é possível
selecionar comportamentos para observar separadamente usando
outras técnicas posteriormente (conforme o objetivo do estudo
de observação).

 Localização do sujeito no ambiente: indicação do
local onde o sujeito se encontra na situação observada.
Exemplo: “S se encontra no canto cd (canto formado
pelas paredes c e d) do refeitório”.

 Posição e postura do sujeito: como o sujeito se
encontra. Exemplo: Em pé (ereto ou curvo); ajoelhado,
agachado, deitado (encolhido ou distendido), etc.
 2. 1 Posição: descreve uma relação com o ambiente. O
referencial é o ambiente no qual o sujeito se encontra
(exemplos: em pé, deitado, etc.).

2. 2 Postura: “Disposições espaciais estacionárias de


partes do organismo em relação a outras” (CUNHA, 1975).
Referencial é o próprio corpo do sujeito observado.
Exemplos: curvo, ereto, encolhido, distendido.
 2. 3 Eventos comportamentais: descrição das ações do
sujeito. As ações a serem registradas são:
 Comportamento motor: comportamentos que resultam
em contato físico do sujeito com ele mesmo ou com o
ambiente;
 comportamentos que mudam o contato físico existente;

 comportamentos que alteram a relação espacial que o


sujeito mantém com ele mesmo ou com o ambiente.
 São considerados como comportamentos motores:
 Mudar de postura ou posição: [exemplos] agachar-se,
levantar-se, virar a cabeça, erguer o braço, gestos (acenar,
entre outros);

 Estabelecer e alterar contato físico: contato consigo


mesmo ou com ambiente. Exemplos: passar mão no
cabelo, colocar dedo no nariz, tirar dedo da boca, chutar a
bola, morder coxinha, etc.;

 - Locomoção: comportamentos que resultam em


deslocamento do sujeito, usando como referência pontos
fixos no espaço. Exemplos de locomoção: andar, correr,
engatinhar, pular
 Expressões faciais: modificações que ocorrem no rosto
do sujeito (testa, sobrancelhas, olhos, nariz, boca,
bochechas e queixo).

 Exemplos de expressões faciais: enrugar a testa, franzir


as sobrancelhas, sorrir, piscar os olhos, olhar para os
lados, fixar olhar em uma pessoa, etc.

 Comportamento vocal: sons produzidos pelo aparelho


fonador, articulados ou não.
 Exemplos de comportamento vocal: fala, canto,
assobio, gargalhadas, murmúrios, onomatopeias.
 03 - Eventos ambientais: alterações no ambiente
durante a observação. Os eventos ambientais se dividem
em dois tipos: eventos físicos e eventos sociais.

 A) Eventos físicos: alterações no ambiente físico.


Exemplos de eventos físicos em uma observação: bola
que bate na trave, telefone que toca.
 B) Eventos sociais: comportamentos de outras pessoas
presentes no ambiente da observação. Exemplos de
eventos sociais:
 “O menino joga a bola em direção a S”;

 “O pai entra na sala e diz – você quer passear?”;

 “Uma menina se aproxima de S e coloca a mão no


ombro de S”.

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