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INSTALAÇÕES

ELÉTRICAS DE BAIXA
TENSÃO

Noções Sobre Geração, Transmissão e Distribuição de


Energia

Magno Medeiros de Araújo


INTRODUÇÃO

A energia elétrica proporciona conforto,


comodidade e praticidade à sociedade moderna,
tornando-a cada vez mais dependente do seu
fornecimento;

 A dependência da energia elétrica, torna a


população cada vez mais susceptível à falhas no
sistema elétrico, traduzindo-se em exigências
maiores por qualidade do serviço e do produto;
INTRODUÇÃO
 No mundo de hoje, a eletricidade, assim como
alimento e moradia, é um direito básico do ser
humano;
 Um exemplo de universalização fornecimento de
energia elétrica é o Programa Luz para Todos, do
Ministério de Minas e Energia (MME)
INTRODUÇÃO
 O crescimento da população mundial, e o
desenvolvimento econômico dos países implicam
necessariamente no aumento do consumo de
energia elétrica.
Desenvolvimento
Sustentável

Qualidade de
Vida

Desenvolvimento
Econômico

Energia
Elétrica
ESTRUTURA DE UM SISTEMA
ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP)
• O objetivo de um sistema elétrico de
potência (SEP) é gerar, transmitir e
distribuir energia elétrica atendendo a
determinados padrões:
• Confiabilidade;
• Disponibilidade;
• Qualidade;
• Segurança e custos.
ESTRUTURA DE UM
SISTEMA ELÉTRICO DE
POTÊNCIA (SEP)
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DO SETOR ELÉTRICO
BRASILEIRO
GERAÇÃO
GERAÇÃO

 Na geração de energia elétrica uma tensão alternada


senoidal é produzida, com frequência fixa e
amplitude que varia conforme a modalidade do
atendimento em baixa, média ou alta tensão;
 Essa onda senoidal propaga-se pelo sistema elétrico
mantendo a frequência constante e modificando a
amplitude à medida que trafegue por
transformadores.
 Os consumidores conectam-se ao sistema elétrico e
recebem o produto e o serviço de energia elétrica.
GERAÇÃO

 A geração de energia no Brasil se dá essencialmente por


grandes usinas geradoras, em geral distantes do ponto
de consumo;

 Portanto, são necessárias grandes extensões de linhas


de transmissão e instalações para repartir e distribuir a
energia elétrica aos centros consumidores.

Subestações
Sistema de
Linhas de
Transmissão
GERAÇÃO
Figura 1 – Matriz Energética Brasileira

Fonte: BEN, 2013


USINA HIDRELÉTRICA DE
ITAIPU
USINA SOLAR
USINA SOLAR
FOTOVOLATAICA
USINA EÓLICA ON-SHORE
USINA EÓLICA OFF-SHORE
USINA NUCLEAR
BIOMASSA
Figura 2 – Geração por Fonte de Energia

Fonte: BEN, 2013


GERAÇÃO

 Matriz energética predominantemente renovável;


 Grande participação da Energia Hidráulica;
 Pequena participação de fontes alternativas,
como por exemplo, eólica.

Apesar da baixa representatividade na matriz energética


brasileira, a produção de eletricidade a partir da fonte
eólica alcançou 5.050 GWh em 2012, representando um
aumento de 86,7% em relação ao ano anterior.
Tabela 1 – Geração Elétrica por Estado

Fonte: BEN, 2013


ENERGIA EÓLICA
GERAÇÃO

• Geração Distribuída
• Energia elétrica produzida próxima ao ponto
de consumo;
• Evitando perdas, e investimentos nos
sistemas de transmissão e distribuição;
• RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 482 ANEEL
• Regulariza a minigeração (até 100kW) e a
microgeração (100kW a 1000kW)
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
TRANSMISSÃO
TRANSMISSÃO
 A rede de transmissão liga as grandes usinas de
geração às áreas de grande consumo;
 Alguns consumidores são abastecidos
diretamente pelo sistema de distribuição;
 A segurança é um aspecto fundamental para as
redes de transmissão;
 Qualquer falta neste nível pode levar a
descontinuidade de suprimento para um grande
número de consumidores;
 O nível de tensão está entre 220 kV e 765 kV.
TRANSMISSÃO

 O sistema de transmissão é permanentemente


monitorado e gerenciado por um centro de
controle;
 No Brasil existe o Sistema Interligado Nacional
(SIN), que é uma interligação entre as principais
linhas de transmissão do país;
 O SIN é responsável por mais de 95% do
fornecimento nacional, e sua operação é
coordenada e controlada pelo Operador
Nacional do Sistema Elétrico – ONS.
OPERADOR NACIONAL DO
SISTEMA
TRANSMISSÃO
• O sistema interligado de eletrificação permite que
as diferentes regiões permutem energia entre si,
quando uma delas apresenta queda no nível dos
reservatórios.
Figura 3 – Exemplo de Sistema Elétrico Interligado

Fonte: LEÃO, 2009


Vantagens Desvantagem

Econômico

Disponibilidade
ã o
Operação e proteç
Confiabilidade complexa

Suscetível a
Estabilidade distúrbios
• Possui três linhas de
transmissão em
corrente contínua;
• Itaipu – São Roque/SP
(600 kV)
• Itaipu – Tijuco Preto
(750 kV)
• Jirau – Araraquara (SP)
(600 kV)

Maior LT em
corrente contínua
do mundo com
2.385 km
TRANSMISSÃO

 Apenas o Amazonas, Roraima, Acre,


Amapá, Rondônia e parte dos Estados do
Pará ainda não fazem parte do sistema
integrado de eletrificação.

 Nestes Estados, o abastecimento é feito


por pequenas usinas termelétricas ou por
usinas hidrelétricas situadas próximas às
suas capitais.
SUB-TRANSMISSÃO

Captam a energia do sistema de


transmissão e transfere às subestações de
distribuição;
Tensões de 35 kV a 160 kV;
 Alguns consumidores são ligados ao sistema de
subtransmissão;
 É geralmente ligado em anel, a fim de aumentar a
confiabilidade do sistema;
 Não está ligado ao SIN;
 É operado pelas distribuidoras.
DISTRIBUIÇÃO
DISTRIBUIÇÃO

 As redes de distribuição alimentam


consumidores industriais de médio e pequeno
porte, consumidores comerciais e de serviços e
consumidores residenciais;
 Podem der tipo aérea ou subterrânea;
 O setor privado é responsável por 60% da
distribuição de energia elétrica no país;
 É muito mais extenso e ramificado, pois deve
chegar aos domicílios e endereços de todos os
seus consumidores.
DISTRIBUIÇÃO AÉREA
DISTRIBUIÇÃO SUBTERRÂNEA
DISTRIBUIÇÃO SUBTERRÂNEA
DISTRIBUIÇÃO

• Operam linhas de média e baixa tensão:

Média Sistema
Carga Instalada de
2,3 kV e 44 kV 75kW a 2500 kW
Tensão Primário

Baixa Sistema Carga Instalada até


Secundá < 2,3 kV 75 kW
Tensão rio
DISTRIBUIÇÃO
 Se a instalação apresentar carga instalada maior que 2500 kW,
deve ser abastecida pelo sistema de Sub-Transmissão.
 Os contratos de concessão assinados entre a ANEEL e as
distribuidoras de energia estabelecem regras a respeito de
tarifa, regularidade, continuidade, segurança, e qualidade dos
serviços e do atendimento prestado aos consumidores.
 Os novos contratos de concessão de distribuição priorizam o
atendimento abrangente do mercado;
 Incentivo à implantação de medidas de combate ao desperdício
de energia e de ações relacionadas às pesquisas voltadas para
o setor elétrico.
220 a 750 kV
35 a 160 kV

2,3 a 44 kV

>2,3 kV
REFERÊNCIAS
 Atlas de Energia Elétrica. ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica. 3ª
Edição. Brasília, 2009. ´

 Balanço Energético Nacional 2013: Ano base 2012 / Empresa de Pesquisa


Energética. – Rio de Janeiro: EPE, 2013.

 KAGAN, Nelson. OLIVEIRA, Carlos César Barioni de. ROBBA, Ernesto João.
Introdução aos Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica. Rio de
Janeiro, 2010. 328p.

 LEÃO, Ruth. GTD – Geração, Transmissão e Distribuição de Energia


Elétrica. Fortaleza, 2009.

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