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Objetivos da apresentação

•Explanar o que é a cartografia tatil;


•Os principais autores e épocas que iniciaram o trabalho com
esse material;
•Quais grupos atende;
•materiais utilizados para a confecção dos produtos tateis;
•os principais desafios encontrados pelos autores em aplicar o
metodo;
•trazer exemplos de materiais para trabalhar com a Cartografia
tatil
Introdução

A cartografia tátil é um ramo específico da Cartografia, que se


ocupa da confecção de mapas e outros produtos cartográficos que
possam ser lidos por pessoas cegas ou com baixa visão.
Os mapas e gráficos táteis tanto podem funcionar como recursos
educativos, quanto como facilitadores de mobilidade em edifícios
públicos de grande circulação, como terminais rodoviários,
metroviários, aeroviários, nos shopping centers, nos campi
universitários, caminhos e itinerários e, também, em centros
urbanos.
A Geografia trabalha com mapas, tanto na sua elaboração como
em sua análise, sendo esse essencial para a comunicação do
espaço geográfico. Na escola os mapas ilustram, problematizam e
sintetizam o espaço geográfico e suas contradições, mas é preciso
criar condições para que todos possam ter acesso aos mapas.
Atualmente, falamos em mapas de precisão, envolvendo técnicas
que intercalam a fotografia, a aviação, satélites e a informática,
aumentando a produção de mapas e cartas que são utilizados
eletronicamente e dotados de interatividade.
Vasconcellos (1996) apontou alguns autores estrangeiros que contribuíram
significativamente para a divulgação das pesquisas em cartografia tátil nos
anos 1970, como Wiedel e Groves; James e Armstrong; Franks e Nolan;
Kiedwell e Greer. Nos anos 1980, ela destacava Weidel; Schiff e Foulke;
Nicolai, Tatham e Dodds; Ishido, Levi e Amick; Bentzen; e Barth. Na década
de 1990, mereceram destaque Keming; Coulson et al.;Tatham; Edman; e
Rener.
Vasconcellos faz parte dessa galeria de expoentes em cartografia tátil por ser
precursora de pesquisas nesta área do conhecimento no Brasil. No entanto,
esse reconhecimento parece ter sido mais em nível internacional, onde se
encontram seus artigos publicados em congressos e em um capítulo de livro,
nos anos 1990. Na última década, a pesquisadora arrefeceu seus trabalhos e
publicações nessa área, e quase nada se tem encontrado em anais de eventos
científicos que tratem deste tipo de cartografia.
Esses mapas fazem cada vez mais parte do cotidiano, extrapolando
o universo escolar e estando presente em jornais, revistas e
dispositivos móveis. Cada vez mais utilizamos mapas para nos
localizar, orientar e informar. Assim, compreender a realidade que
vivemos com e pelos mapas se torna um dos temas a serem
estudados durante a educação básica.

Essa temática já faz parte dos programas escolares há algum


tempo, mas é notável a expansão desse conhecimento no ensino,
desde a Educação Infantil até o Ensino Superior principalmente a
partir dos anos 90 do século XX fazendo com que a Cartografia
Escolar se estabeleça no currículo escolar, e faça parte das
pesquisas na universidade.
Segundo a Organização Mundial para a Saúde, 90% das pessoas
cegas ou com baixa visão vivem em países subdesenvolvidos. Essas
cifras mostram a necessidade de socorro tecnológico, científico,
educacional e profissional para essa população. Porém, para fazer a
inclusão social, não basta existir leis específicas; a academia,
através da pesquisa, o governo, com o apoio financeiro para
promover pesquisas e preparar profissionais aptos para a educação
especial, e as organizações sem fins lucrativos precisam trabalhar
em conjunto.
Pesquisar e desenvolver uma linguagem gráfica visual e tátil, a
ser utilizada para tratamento e comunicação da informação
geográfica;
Aplicar dessa linguagem ao ensino da cartografia e da Geografia
para alunos do ensino fundamental, das classes de recurso
(educação especial) e das escolas para pessoas com deficiência
visual;
Avaliar e desenvolver técnicas de construção e representação
gráfica tátil, buscando o aperfeiçoamento das formas de tratar e
representar graficamente a informação geográfica em mapas e
diagramas;
O que é cartografia tatil?

A cartografia tátil – área da cartografia voltada à criação de


mapas, globos terrestres e maquetes para o ensino de
geografia para deficientes visuais.
É uma linguagem gráfica própria, possível de ser percebida
pelo tato e também comunicada pelos sons.
Qual a importancia da cartografia tatil no ensino de geografia?
A linguagem gráfica tem um papel importante nessa abordagem,
permite que alunos com deficiência visual, trabalhe com as
representações gráficas rompendo barreiras e enfrentado desafios. Os
mapas são recursos fundamentais no processo de aquisição de
conceitos geográficos e de conhecimentos relacionado com o
ambiente.
A cartografia tátil pode, certamente, melhorar o entendimento dos
mapas e a prática cartográfica, no que diz respeito à utilização dessa
linguagem não só pela pessoa com deficiência, mas também pelo os
usuários com visão, particularmente as crianças.
Quais materiais e métodos podem ser usados na elaboração de mapas táteis

A construção de um mapa temático tátil é feita em quatro


etapas: aquisição da base cartográfica, tratamento dessa base e
inserção de variáveis temáticas através de bancos de dados e
acréscimo dos demais elementos cartográficos, análise das
variáveis táteis que irão compor o mapa e elaboração do
cartograma.
As bases cartográficas de referência foram construídas a partir
dos softwares gratuitos Phildigit e Philcarto com o uso dos dados
disponíveis nos bancos de dados do IBGE e ASSOCIAÇÃO DOS
GEÓGRAFOS BRASILEIROS – SEÇÃO CAMPINAS ATELIÊ DE
PESQUISAS E PRÁTICAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA ISBN 978-85-
85369-14-9 711 SIDRA (Sistema IBGE de Recuperação
Automática) e aperfeiçoada por meio de editores de imagem.
Concepção de Mapas Táteis

Fonte:researchgate.net
MAPA EM BRAILE
MAPA EM BRAILE

Fonte:diaadiaeducacao.pr.gov.br
Alguns exemplos de mapas táteis

Figura 1: Mapa de Biomas do Brasil


Figura 2: Mapa de clima zonais do Brasil

Fonte: linkedin.com
Fonte: diversa.org
Fonte: signosinal.com
Fonte:diversa.org.br
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Bibliografia: AMEIDA,R. Mapas na educação diferenciada: experiência com professores e alunos. Anais cartografia para escolares:
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Cartografia tátil escolar: experiências com a construção de materiais didáticos e com a formação continuada de professores.
Dissertação de Mestrado, DG, FFLCH, USP. São Paulo, 2010.

Centro de Cartografía Táctil – CECAT. INFORME TÉCNICO FINAL AÑO 2016 - PROYECTO IPGH Nº CART.02/GEOG.02 2016: “PROPUESTA DE
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MIRANDA, Arlete A. B. A prática pedagógica do professor de alunos com deficiência mental. Tese de Doutorado. UNIMEP. 2003.

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