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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS
Resistência dos Materiais

Treliças
Antonyony Carlos Jordão Heitor
Programa
 Introdução
 Treliças planas
 Método dos nós
 Método das seções
 Exemplos

Referências bibliográficas
 Meriam, J. L.; Kraige, L. G.; Bolton, J. N. Mecânica para Engenharia – Estática.
Editora LTC, 9ª edição.
Escola Politécnica – UFRJ
Treliças
Treliças

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Treliças
Treliças

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Treliças
Treliças
 Anteriormente, estudamos o equilíbrio de um único corpo rígido ou sistemas de corpos
rígidos interligados (suportes e máquinas);
 Agora, analisaremos outro sistema estrutural, as treliças planas;
 Nosso interesse é determinar as forças internas que atuam nas treliças, que podem ser
de tração ou compressão;
 Só analisaremos estruturas estaticamente determinadas (isostáticas), assim, as
equações de equilíbrio são suficientes para determinar todas as reações desconhecidas;
 Dessa forma, o diagrama de corpo livre executado de forma correta é essencial para a
análise dessas estruturas;

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Treliças
Treliças Planas
 Treliça é uma estrutura composta por elementos unidos em suas extremidades para
formar uma estrutura rígida;
 Comuns em pontes, coberturas, guindastes e outras estruturas similares;
 Elementos estruturais comuns: perfis U, cantoneiras, perfis I e barras ligadas em suas
extremidades por meio de soldas ou parafusos;
 Quando os elementos da treliça se situam essencialmente em um único plano, a treliça é
denominada treliça plana;
 Em pontes e similares, as treliças planas são comumente utilizadas em pares, com uma
em cada lado da estrutura;

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Treliças
Treliças Planas

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Treliças
Treliças Planas

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Treliças
Treliças Planas
 Treliças comuns utilizadas em pontes:

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Treliças
Treliças Planas
 Treliças comuns utilizadas em coberturas:

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Treliças
Treliças Planas
 O elemento básico de uma treliça plana é o triângulo; três barras conectadas por pinos
nas suas extremidades formam uma estrutura rígida, ou seja, que não irá colapsar e
também que a deformação dos elementos devida às deformações internas induzida é
desprezível (a);
 Observe que quatro ou mais barras conectadas por pinos não constituem uma estrutura
rígida (b);
 Podemos tornar rígida a estrutura de (b) adicionando uma barra diagonal formando dois
triângulos;
 Podemos também adicionar outras barras e a estrutura continuará rígida (c);

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Treliças
Treliças
 Estruturas constituídas por um único triângulo são chamadas de treliças simples;
 Estruturas constituídas por mais barras que o necessário para evitar o colapso são
hiperestáticas ou estaticamente indeterminadas e não podem ser analisadas apenas com
as equações de equilíbrio. Os elementos adicionais ou desnecessários são chamados de
redundantes;
 Para projetar uma treliça devemos primeiro determinar as forças nos vários elementos e
então selecionar as dimensões e formas estruturais apropriadas para suportá-las;
 As hipóteses utilizadas para obtenção de forças em treliças simples são:
 a) todos os elementos são elementos de barra, que estão em equilíbrio sob a ação de
apenas duas forças e para que o equilíbrio seja satisfeito as forças devem apresentar
sentido oposto, ser colineares e de mesmo módulo;
 b) tais elementos podem estar comprimidos ou tracionados;
 c) todas as forças são aplicadas nos nós e em geral o peso das barras é desprezível em
comparação às forças externas aplicadas;
 d) todas as conexões entre as barras são pinos que não restringem movimentos relativos
entre as barras e estão localizadas no ponto de concorrência das linhas de centro das
barras conectadas;
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Treliças
Treliças Planas

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Treliças
Método dos nós
 Método que consiste em satisfazer as condições de equilíbrio para as forças que atuam
em cada nó;
 Lida com equilíbrio de forças concorrentes e apenas duas equações de equilíbrio
independentes estão envolvidas;
 Começamos a análise com qualquer nó onde exista pelo menos uma carga conhecida e
onde estejam presentes não mais do que duas forças incógnitas;

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Treliças
Método dos nós
 Podemos começar pelo nó da esquerda, o
diagrama de corpo livre é mostrado abaixo:
 Algumas vezes não podemos atribuir
inicialmente o sentido correto para as forças
incógnitas atuando em um pino;
 Nesse caso, podemos atribuir de forma
arbitrária e um valor negativo para a força
calculada indica que o sentido inicialmente
presumido está incorreto;

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Treliças
Método dos nós
 A Figura ao lado mostra os
diagramas de corpo livre para
todos os nós da treliça mostrada
em (a), bem como o polígono de
forças correspondente e que
representa graficamente as duas
condições de equilíbrio e ;

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Treliças
Redundância externa e interna
 O número total de incógnitas a serem determinadas na resolução de uma treliça é , onde
é o número de reações de apoio (incógnitas externas) e é o número de barras que
compõem a treliça, que é igual ao número de esforços normais de tração ou compressão
(incógnitas internas)
 Como cada nó da treliça deve estar em equilíbrio, para uma treliça plana o número de
equações de equilíbrio por nó é de ;
 Sendo o número de nós, o número total de equações disponíveis para a resolução de
uma treliça pode ser calculado como ;
 Se , a treliça é instável (hipostática);
 Se , a treliça é estável (isostática);
 Se , a treliça é estável (hiperestática);

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Treliças
Condições Especiais

(a) Quando dois elementos colineares estão sob compressão,


(b) Quando dois elementos
é necessário nãoum
adicionar colineares são unidos
terceiro elemento como
para manter o
(c) Quando dois pares de elementos colineares estão unidos
mostrado, na ausência
alinhamento dosdeelementos
uma carga externa aflambagem;
e prevenir esse nó, as forças
conforme mostrado, as forças em cada par devem ser iguais em
em Éambos os elementos
possível devem
também inferir queser nulas,
pela conforme
condição pode
, caso nãoser
exista
intensidade e de sentidos opostos;
observado nos dois
força externa somatórios
aplicada no nó,deéforça;
nula, independente do ângulo ;

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Treliças
Condições Especiais
 Os painéis de treliça costumam ser cruzados,
como mostrado na Figura ao lado:
 Este tipo de painel está estaticamente
indeterminado se cada diagonal puder suportar
tanto tração quanto compressão;
 No caso de cabos, cordoalhas e correntes, que
são flexíveis e suportam apenas esforços de
tração, apenas o elemento tracionado é
considerado e podemos ignorar o outro elemento;
 Normalmente a assimetria do carregamento deixa
claro como o elemento irá se comportar;
 Quando não podemos fazer essa avaliação,
podemos escolher o elemento a ser mantido
arbitrariamente. Se após os cálculos obteve-se um
valor de tração positivo para a força de tração
assumida, a escolha foi correta;
 Se a força de tração assumida tiver valor negativo,
então o elemento oposto deve ser mantido e o
cálculo
Escola refeito;
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Método dos nós – Exemplo
Calcule as forças em cada elemento da treliça em balanço mostrada utilizando o método dos
nós;

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Método das seções
 No método das seções, além das condições de equilíbrio e também podemos tirar
proveito da equação do momento ;
 Esse método das seções tem a vantagem de que a força em praticamente qualquer
elemento pode ser determinada diretamente da análise de uma seção que corte o
elemento;
 Assim, não é necessário desenvolver um processo de cálculo de nó a nó até que o
elemento em questão seja atingido;
 A treliça anterior é mostrada novamente;

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Treliças
Método das seções
 A treliça anterior é mostrada novamente;
 Vamos determinar a força no elemento BE;
 Uma seção imaginária indicada pela linha tracejada é
aplicada à treliça;
 A seção corta três elementos cujas forças são
inicialmente desconhecidas
 As forças sempre estarão nas direções dos respectivos
elementos;
 A seção da esquerda está em equilíbrio sob a ação da
força L, da reação R1 e das três forças exercidas;
 A seção da direita está em equilíbrio sob a ação da
reação R2 e das três forças desconhecidas;
 Assim, podemos utilizar a equação de momento em
torno do ponto B para descobrir EF;
 Com as outras condições de equilíbrio em x e y
podemos obter os valores das outras incógnitas;
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Método das seções – Exemplo
 Calcule a força no elemento DJ da treliça tipo Howe mostrada. Despreze qualquer
componente de força horizontal nos suportes.

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Método das seções – Exemplo
 4/32: Determine as forças nos membros GH e CG para a treliça carregada mostrada
abaixo. A indeterminação estática dos apoios afeta seu cálculo?

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Método das seções – Exemplo
 4/18: A treliça que suporta o outdoor mostrada abaixo deve suportar um carregamento
horizontal de vento igual a 4 kN. Uma análise separada mostra que 5/8 dessa força é
transmitida para a conexão C e o restante é igualmente dividido entre os nós D e B.
Calcule as forças nos membros BE e BC.

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Método das seções – Exemplo
 4/33: Determine a força no membro DG da treliça:

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Método das seções – Exemplo
 4/33: Determine a força no membro CK da treliça:

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