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Produção: Fernando Patronilo d’Araújo

RE
Formatação:
Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça
ou Mosteiro de Alcobaça

Está situado na pequena cidade de Alcobaça,


localizada na confluência dos rios Alcoa e
Baça, a 100 km ao norte de Lisboa.

É constituido pela igreja, a construção de maior


vulto, o claustro, a casa do capítulo e todas as
demais dependências anexas necessárias para
a vida monacal e para as actividades a que se
dedicavam os monges.

A concepção arquitectónica deste monumento, desprovida de atavios


decorativos e sem imagens, como ordenava a ordem de Cister, apresenta
uma grandiosidade e uma beleza funcional indiscutíveis.

Sua igreja é a maior de Portugal, como escreveu Bertaux, “a mais pura e


magestosa que os monges cistercienses ergueram em toda a Europa”.
Embora tenha sido fundado em 1153,
por doação de D. Afonso Henriques a Bernardo de Claraval,
a construção da actual igreja só foi iniciada em 1178.
Na igreja, as três naves à mesma altura,
o transepto de duas naves e o deambulatório, formam um todo
de grande simplicidade, austeridade e grandeza.
( Interior da igreja )
A Abadia de Alcobaça é considerada a maior obra do
gótico primitivo português e ao mesmo tempo é um testemunho
exemplar dos primeiros tempos da nacionalidade.
Além de uma forte ligação ao poder real, a sua construção
consagrou a decisiva influência dos monges de Cister na fixação
e desenvolvimento dos novos territórios.
A arquitectura do Mosteiro de Alcobaça segue de perto os
modelos comuns de Cister, neste caso com especial incidência para
a forte influência de Claraval. Mais tarde alargada e enriquecida
com as sucessivas doações reais.
D. Dinis, em 1308, fez construir o Claustro do Silêncio,
acrescentado de um piso, já no reinado de D. Manuel I, que também
mandou construir a Sacristia Manuelina, sendo estas obras
encomendadas ao arquitecto João de Castilho.
Além das alterações e melhoramentos no tempo do
Cardeal D. Henrique e outras construções realizadas do século XVII e XVIII,
todo um complexo construtivo que compreendia todas as zonas
de apoio à vida conventual.
( Lavabo, refeitório e jardins do claustro )
( Cozinha )
De facto, campanhas sucessivas de trabalhos
alargaram significativamente a Abadia e conferiram-lhe
uma inegável riqueza arquitectónica.
A fachada foi então profundamente alterada,
já com um espírito de clara filiação barroca.
Ao mesmo tempo que se enriqueciam os interiores, através de grandes
conjuntos escultóricos em barro ou do recurso à talha dourada, esta última
vigorosamente representada na capela dos relicários anexa à sacristia.
Data também desta época a construção,
na cerca do mosteiro, da capelinha do Desterro, de animada
e singular fachada barroquizante.
Edifício de grande vitalidade, ainda em finais do século XVIII
conheceu nova empreitada: no Panteão Real reabilitado segundo o risco
do engenheiro inglês Guilherme Elsden, aparecia, porventura pela
primeira vez em Portugal, uma precoce manifestação de neogótico.
No Panteão Real, repousam em Alcobaça
alguns dos monarcas da 1ª dinastia, constituindo as arcas tumulares
de D. Pedro e de D. Inês de Castro um dos pontos altos
dos recheios do mosteiro.
Colocados nos dois braços do transepto, tanto a excelência
da escultura dos jacentes como a riquíssima composição seriada,
em finíssimos relevos, das faces das arcas, fazem delas as mais
extraordinárias peças trecentistas portuguesas.
TÚMULO DE INÊS DEAMBULATÓRIO
SALA DO DE CASTRO
DORMITÓRIO CAPÍTULO
ALTAR-MOR

SALA DOS
MONGES TÚMULO DE
D.PEDRO

COZINHA
PANTEÃO
REAL
REFEITÓRIO

NAVE
CENTRAL

LAVABO CLAUSTRO SALA DOS


D.DINIS REIS ENTRADA

PLANTA BAIXA DAS EDIFICAÇÕES


FONTES

Dicionário Encicliopédico Ediclube, Volumes I e XIV, p.199,200 e 4717;


GIL, A. Pedro, e tal. “Os grandes julgamentos – O processo de D. Inês de
Castro”, Edição dos Amigos do Livro, Editores, Lda, p.115 a 265;

VIEIRA, Afonso Lopes, “A Paixão de Pedro, o Cru, Lisboa, 1943;

Ferreira, Augusta Pablo Trindade, Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, ELO-


Publicidade, Artes Gráficas, Lda., IPPAR, 1993, p 1 a 17.

www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/pedro1

.http://www.hotel-dona-ines.pt/Geral/Historia.html

http://www.ippar.pt/monumentos/conjunto_alcobaca.html
http://www.ippar.pt/monumentos/conjunto_alcobaca.html

IMAGENS
http://www.pbase.com/diasdosreis/image/32228282

MÚSICA
Kazaa – Rachmaninoff, Agnus Dei, Ave Maria, Choral

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