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Como Criar vínculo na

Gestação
Vínculo entre mãe e bebê: da
gestação para toda a vida!
O bebê chorou e logo alguém diz:
“leva ele para a mãe que ela sabe o
que fazer”. E como mágica ela
entende qual é a necessidade do seu
pequeno e como acalmá-lo. Mas
apesar da ideia do senso comum da
instantaneidade dos conhecimentos
maternos, esse vínculo não é
imediato. É, na verdade, construído
gradualmente, no contato e no
convívio diário.
A conexão entre a mãe e seu bebê é um Inicio do Vínculo
processo de aprendizado para ambos. É um laço
que se inicia ainda na gestação e deve ser
cultivado nessa fase intensa da vida da mulher,
fortalecendo-se nos primeiros cuidados e nos
primeiros anos, sendo adquirido para toda a vida
A gestação é um período de muitas mudanças
do corpo e no psicológico da mulher. Além dos
muitos hormônios que invadem seu organismo
para adaptá-lo à formação e crescimento do feto,
ela sabe que a chegada de um bebê mudará para
sempre sua vida. E o filho sente todas as
emoções de sua mãe, embora ainda não saiba
dar a elas significado. Por isso, a gravidez já é o
momento em que se inicia o vínculo entre mãe e
bebê.
Como estimular?

• Conversar com o bebê quando ele


O bebê já escuta a voz da mãe
ainda está na barriga é muito
por volta da 20ª semanas de
importante para fortalecer o vínculo
gestação e se sente confortável
entre vocês. As emoções negativas
são percebidas pelo feto como um
com suas palavras de carinho e
ataque a ele mesmo, por isso, é atenção. Ainda que não possa
importante falar sobre emoções mais compreendê-las, ele sabe o
fortes e estressantes, explicar por que sentimento que carregam e se
houve uma briga com um familiar, por sente aceito e amado.
exemplo, para que ele saiba que seu
amor por ele continua o mesmo.
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Toque Afetivo
Consciente
Acariciar a barriga também é uma
forma de fortalecer esse vínculo.
Bebês que se sentem desejados
desde a gestação nascem mais
confiantes.
Nos primeiros três meses de gestação, o
embrião já sente um desconforto sempre que
sua mãe tem sentimentos negativos,
percebendo desde muito cedo o amor e a
rejeição. Com a evolução da gestação, o bebê
aprende a dar significado aos sentimentos
maternos, e é por volta do terceiro trimestre da
gravidez que ele começa a formar sua
personalidade.
Os sentimentos maternos causam alterações no
ambiente intrauterino que podem ser percebidas
pelo bebê como agradáveis ou desagradáveis. Mas
as futuras mamães não precisam ficar receosas com os
efeitos de preocupações cotidianas e passageiras.
Apenas as emoções mais fortes, como o estresse, que
são capazes de estimular a liberação de hormônios
chegam até o bebê.
A ansiedade característica do final da gestação é
muito benéfica para ele, inclusive, pois começa a
perceber que é um ser diferente do ambiente em
que vive e isso vai ser importante para sua
adaptação na vida fora do útero.
A FUNÇÃO MATERNA NA CONSTITUIÇÃO PSÍQUICA DO BEBÊ

• As relações afetivas estabelecidas entre a


mãe e o seu bebê são fundamentais para
assegurar a construção do psiquismo da
criança, possibilitando um desenvolvimento
saudável da personalidade e dos
comportamentos sociais, e sua ausência
pode provocar atrasos significativos nestas
funções.
• É através do relacionamento seguro,
contínuo e afetivo que a criança desenvolve
a formação da sua autoestima e toma
conhecimento do mundo exterior.
A psicóloga Renata Martins, especialista em terapia
comportamental, explica que essa conexão com a mãe, seja
a gravidez planejada ou não, é uma construção e não algo
inato. Por isso, é importante que haja um cuidado com as
emoções dessa mãe, que pode se sentir culpada por não
sentir um amor incondicional logo após o nascimento do
bebê. A frustração por não atender essa expectativa social
pode provocar até depressão pós-parto. “Infelizmente as
emoções maternas ainda são bastante negligenciadas,
principalmente pelo argumento de que existe o instinto e que
toda a mãe sabe o que fazer ou como deve se sentir. E na
prática não é bem assim que funciona”, pontua.

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