Você está na página 1de 25

TRASNTORNO

ESPECÍFICO DE
APRENDIZAGE
M
ALUNOS
DAVID SILVA
IZABEL OLIVEIRA
JACQUELINE DA CRUZ
KARINA SILVA
TERESA DE FÁTIMA
Transtorno Específico de
Aprendizagem

Os transtornos na aprendizagem podem ser divididos


em duas categorias: Os transtornos específicos de
aprendizagem e as dificuldades escolares.

Transtornos específicos de aprendizagem são


decorrentes de problemas neurofuncionais, são
manifestados por comprometimento específicos e
significativos na aprendizagem.

2
Transtorno Específico de
Aprendizagem

Esses comprometimentos não são resultados


diretos de outros transtornos (retardo mental,
déficits neurológicos, perturbações emocionais,
problemas visuais/auditivos) embora possam
ocorrer simultaneamente.

3
Requisitos básicos para o
diagnóstico

 Deve haver um grau  Não é explicado unicamente  Deve estar presente durante
clinicamente significativo de por retardo mental ou os primeiros anos de
comprometimento na comprometimentos menores escolaridade e não ser
habilidade escolar específica. na inteligência global. adquirido mais tarde no
processo educacional.

4
Requisitos básicos para o
diagnóstico

 Não deve haver fatores  Não é explicado unicamente


externos que possam fornecer por retardo mental ou
uma razão suficiente para as comprometimentos menores
dificuldades escolares. na inteligência global.

5
Uma das principais dificuldades no diagnóstico dos
transtornos específicos de aprendizagem é que o
nível de habilidades de uma criança dependerá das
circunstâncias familiares e da escolaridade, bem
como de suas próprias características individuais.

Esse transtorno manifesta-se, inicialmente, durante


os anos de escolaridade formal, caracterizando-se
por dificuldades básicas acadêmicas de leitura,
escrita e/ou matemática.

6
Dislexia

Dificuldade de aprendizagem, indisciplina, preguiça e


desatenção podem ser frutos da dislexia.
Foi identificada pela primeira vez por Oswald Berkhan em
1881,mas o termo "dislexia" só foi cunhado em 1887 por Rudolf
Berlin, um oftalmologista de Stuttgart, Alemanha. Berlin usou o
termo dislexia (significando "dificuldade com palavras") para
diagnosticar o transtorno de um jovem que apresentava grande
dificuldade no aprendizado da leitura e escrita, mas apresentava
habilidades intelectuais normais em todos os outros aspectos.

7
Causas

As causas para o transtorno são de fatores genéticos,


dificuldade de comunicação de neurônios, problemas na
estrutura cerebral ou desenvolvimento tardio do sistema
nervoso central.
Ela é um distúrbio genético que dificulta o aprendizado
e a realização da leitura e da escrita, ou seja á
aprendizagem especificamente aquela ligada à
linguagem, como decodificação e soletração de
palavras.

8
Classificação

A dislexia pode ser classificada de várias formas, dependendo da


abordagem profissional e dos testes usados no seu diagnóstico (testes
fonoaudiológicos, pedagógicos, psicológicos, neurológicos...)
Geralmente o diagnóstico é feito por equipe multiprofissional.

Os tipos mais comuns são:

9
Classificação

Dislexia disfonética Dislexia diseidética

 Dificuldades de percepção auditiva na análise e síntese  Dificuldade na percepção visual, na percepção


de fonemas, dificuldades temporais, e nas percepções gestáltica (percepção do todo como maior que a
da sucessão e da duração (troca de fonemas e grafemas soma das partes), na análise e síntese de fonemas
por outros similares, dificuldades no reconhecimento e (ler sílaba por sílaba sem conseguir a síntese das
na leitura de palavras que não têm significado, palavras, misturando e fragmentando as palavras,
alterações na ordem das letras e sílabas, omissões e fazendo troca por fonemas similares, com maior
acréscimos, maior dificuldade na escrita do que na dificuldade para a leitura do que para a escrita)
leitura, substituição de palavras por sinônimos)

10
Classificação

Dislexia visual Dislexia auditiva Dislexia mista

 Dificuldades em diferenciar os  Ocorre devido a carência de  É a união de dois ou mais tipos


lados, erros na leitura devido à percepção dos sons, o que de dislexia.
má visualização das palavras. também acarreta dificuldades
com a fala.

11
Sintomas
falta de organização ou Confusão com relação às tarefas escolares;
✔️dificuldade na hora de copiar de livros e lousa ou Alterações na memória de séries
e sequências;
✔️dificuldade com mapas e dicionários ou Escassez de conhecimentos prévios
(memória de longo prazo)
✔️dificuldade em leitura e escrita (direita-esquerda).
✔️baixa autoestima devido a pobreza de vocabulário e dificuldades interpessoais,
como por exemplo a dificuldade para entender o que está ouvindo.

12
Curiosidades
• A dislexia não tem cura, porém, é possível trabalhar as dificuldades e alcançar ótimos resultados.
• Uma criança que sofre de dislexia tem hoje à disposição um processo de reabilitação bem planejado. Apesar de não existir
cura para a dislexia, a Ciência já sabe indicar o que deve ser feito para devolver a criança esse tipo de problema às atividades
normais. “O cérebro tem enorme capacidade de se reorganizar e dar ‘cobertura’ a essa deficiência”, garante Mauro Muszkat.
• A dislexia nada tem a ver com falta de audição, muito menos com o QI reduzido.
• Há pais que explicam o fato do filho tirar nota baixa no aprendizado da linguagem para ouvir mal ou pior, por ser um pouco
inteligente. “Uma criança que sofre de dislexia apresenta, na verdade, dificuldade na transformação da imagem da palavra em
som, ou seja, ela faz associações erradas entre palavras e sons”, enfatiza Mauro Muszkat. "Para os pais, o importante é estar
ciente de que ela pode ser inteligente de outras maneiras, mesmo sem ler e escrever bem."

13
Numeracia

É o conjunto de tudo o que a criança tem que aprender


relacionado a números. Que tenha relação com o seu
desenvolvimento, com as etapas normais de
aprendizado de determinados fatos, conceitos e
situações que envolvem números.
• Contar os dedos das mãos
• Olhar a hora

14
Etapas da numeracia

15
Rede cognitiva

Rede de regiões do meu cérebro que estão


interconectadas para cumprir a habilidade
numérica.
• A consciência numérica
• A linguagem numérica
• As funções executivas
• A espacialidade

16
A consciência numérica A linguagem numérica

 É a habilidade de entender o que os números  A linguagem numérica é a compreensão dos


significam no dia a dia, na escola. E em situações as símbolos utilizados no universo matemático, como
quais envolvam números, ver o número e por exemplo os sinais das operações básicas de adição,
compreender a noção de quantidade. subtração, multiplicação e divisão.
 Um copo, meio copo, meio preocupado.  +

17
As funções executivas A espacialidade

 Funções executivas referem-se à habilidade de  A espacialidade envolve as noções de tempo, espaço


organizar, planejar e decidir cognitivamente ações e posição. Como por exemplo: noções de perto, longe,
envolvendo raciocínio matemático. Por exemplo, direita, esquerda são algumas das operações espaciais
saber compor uma estratégia para operacionalizar esse que a matemática exige.
cálculo é necessário que se utilize a função executiva –
 Gps, meio da sala, fora da sala.
decidir qual operação deverá ser realizada.
 Expressões numéricas.

18
Discalculia
Critérios diagnósticos - DSM-5
A discalculia foi referido, primeiramente, por Kosc (1974)
que realizou um estudo pioneiro sobre esse transtorno
relacionado às habilidades matemáticas. Caracterizando
-se por uma dificuldade significativa nas competências
por desempenho significativamente abaixo do esperado
da idade cronológica incluem prejuízos no senso
numérico, na memorização de fatos aritméticos, na
precisão ou fluência de cálculo, e no raciocínio
matemático
De uma forma ela pode ser associada com a dislexia e
podem aparecer juntas, Os TEAs mais pesquisados são
dislexia e discalculia.

19
Tipos de discalculia

 Discalculia léxica: Dificuldade na leitura de símbolos matemáticos;


 Discalculia verbal: Dificuldade em nomear quantidades matemáticas, números, termos e
símbolos;
 Discalculia gráfica: Dificuldade na escritas de símbolos matemáticos;
 Discalculia operacional: Dificuldade na execução de operações e cálculos numéricos;
 Discalculia practognóstica: Dificuldade na enumeração, manipulação e comparação de objetos
reais ou em imagens;
 Discalculia ideognóstica: Dificuldade nas operações mentais e no entendimento de conceitos
matemáticos.

20
Diagnostico

Para o diagnóstico, não existem exames de imagens ou laboratoriais


para confirmação por ser um transtorno raro. São aplicados testes
específicos e correlacionados com a pedagogia. O diagnóstico requer
avaliação multidisciplinar, utilizando-se de especialistas nas áreas de
pedagogia, neuropsicologia e neuropsiquiatria. É importante que se
faça uma anamnese, seguindo os critérios:

21
Diagnóstico

Escolarização Fator genético Fator emocional

Identificar e eliminar a Identificar e eliminar a Identificar e eliminar a


hipótese se a criança teve hipótese de algum fator hipótese se a criança tem
uma má escolarização. genético neurológico que dificuldade de cálculo
possa influenciá-la ou algum matemático desde o início ou
transtorno associado. se apresentou mais tarde,
observando a relação com a
família.

Após estas análises, inicia-se a aplicação de testes, questionários com professores


em sala de aula, questionários com familiares, objetivando eliminar algumas
hipóteses.
22
O transtorno de aprendizagem não requer tratamento farmacológico. "Deve ser tratado por recursos
pedagógicos e reabilitação neurocognitiva." (Santos, Silva e Paulo, 2011)

Nos casos que são apresentados por transtorno psiquiátricos, existe a necessidade de completar o
tratamento com psicofármacos e psicoterapia. (Dowker, 2005).

O tratamento deve ser elaborado logo que se tem o resultado da avaliação neuropsicológico,
considerando o contexto biopsicossocial da criança para que se tenha benefício de longa duração.

23
Modelo biopsicossocial

24

A BCD (UFMG), (APA, 2002; [OMS], 1993). Rev. Educ.
Espec., Santa Maria, v. 24, n. 39, p. 47-60, jan./abr.
2011

Neuropsicopedagogia Clínica: Introdução, conceitos,


teoria e prati ca; Rita Margarida Toler Russo.

Você também pode gostar