Você está na página 1de 6

FUNDAMENTOS DO DIP

O estudo dos fundamentos do DIP busca explicar a sua obrigatoriedade e limites


de aplicação.
São inúmeras as doutrinas que procuram explicar a razão de ser deste, mas
verifica-se que todas podem ser filiadas a duas correntes:
a) As doutrinas voluntaristas-positivistas, e
b) As doutrinas jusnaturalistas.

 Doutrina voluntarista-positivista: a obrigatoriedade do DIP decorreria da


vontade dos próprios Estados.

 Doutrina jusnaturalista: a obrigatoriedade do DIP é baseada em razões objetivas,


isto é, além e acima da vontade dos Estados.
A noção de que o DIP baseia-se em princípios superiores, acima da vontade dos
Estados, tem merecido a aceitação dos autores modernos, especialmente os
autores da escola italiana, cujas teorias têm fundamento no direito natural.
A pacta sunt servanda como fundamento do DIP
Segundo Dionísio Anzilotti, a norma tem “valor jurídico absoluto, indemonstrável e
que serve de critério formal para diferençar as normas internacionais das demais”.
Baseia-se no art. 26 da CVDT de 1969, que diz:
“Todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser cumprido por elas de boa fé”.

O Direito Internacional Público


O estudo da organização jurídica, sob a ótica internacional, resultará na
conclusão de tratar-se de uma estrutura descentralizada, ausente de uma
autoridade superior.

Essa ideia contrapõe-se ao Direito nacional de cada país soberano, onde o Estado
faz valer o conjunto de regras obrigatórias que visam garantir a convivência
ordenada da sociedade.
Na disposição geral jurídico-internacional, inexiste uma autoridade suprema e
absoluta, que constranja os demais países soberanos ao seu grado.

Os países, através de seu consentimento, dão origem às normas que regularão


juridicamente as relações internacionais.

Dessa forma, enquanto a hierarquia estatal prevalece sobre a sociedade


nacional, correspondendo à ideia de subordinação jurídica, no plano
internacional, a organização é horizontal, sendo as soberanias dispostas pelo
princípio da coordenação.

Em continuidade, a jurisdicionalidade que caracteriza as atividades comuns


nacionais não encontra semelhança no plano internacional, pois o Estado
soberano não permanece subordinado a nenhum tribunal, salvo por sua
própria concordância.
Portanto, o Direito Internacional Público é um sistema jurídico que se governa por
leis próprias, regulando Estados soberanos e em igualdade jurídica. É também
chamado de “direito das gentes”, e baseia-se acerca do consentimento.

A seu turno, a República Federativa do Brasil (art. 4º, CF) fundamenta-se na


soberania estatal e rege-se, nas suas relações internacionais, pelos princípios da:
a) Independência;
b) Não intervenção; e
c) Igualdade entre os Estados.
FONTES DO DIP

Material: Trabalhos preparatórios para produção de tratados

Costumes
Formal: Tratados
Princípios gerais do direito

Acessórias ou Auxiliares: Decisões judiciárias


Doutrina

Você também pode gostar