Você está na página 1de 113

BIOELETROGÊNESE

Prof. Dr. Douglas Soares da Costa


BIOELETROGÊNESE

• Células possuem propriedades elétricas.


• Células eletricamente excitáveis.
• Comunicação através de sinais elétricos.
Comunicação Nervosa

A neurotransmissão ocorre entre os neurônios e entre neurônios e


células efetuadoras (células musculares ou glandulares). Os NT são
exocitados em função dos impulsos nervos (sinais elétricos)
POR QUE SINAIS ELÉTRICOS?

• Sinais elétricos são rápidos.


• Sinais elétricos são eficientes.
• Sinais elétricos podem (algumas vezes) viajar longas
distâncias.
Não há diferença de potencial elétrico (ddp=0mV)
quando os eletrodos estão do lado de fora.
Quando o eletrodo (vermelho) atravessa a membrana,
o voltímetro acusa a existência de uma DDP de 90mV
sendo que a face interna da membrana citoplasmática
é negativa em relação à externa .
Se o neurônio for estimulado (com corrente elétrica), o voltímetro registrará
respostas de alteração transitória do potencial de membrana, seja em
forma de ondas de despolarização de baixa amplitude ou na forma de um
potencial de ação, conforme a intensidade do estimulo .

Potencial
de ação

Despolarização
EQUILÍBRIO IÔNICO

CANAIS IÔNICOS
São proteínas integrais da membrana que
quando aberto permitem a passagem de
certos íons.

-seletivos dimensão do canal


cargas em suas paredes
tamanho do íon (Na+ K+)

-controlados por comportas condutância


A excitabilidade é causada por movimentos de íons através da membrana citoplasmática

Glicoproteína EXTRACELULAR
Glicolipidio

Colesterol
Canal Proteínas de
Fosfolipídio iônico Membrana INTRACELULAR
Canal iônico
EQUILÍBRIO IÔNICO

• Canais voltagem-dependentes
comportas de ativação e inativação controladas
pela variação do potencial de membrana.
Ex; canais de Na+ neurais

• Canais ligando-dependentes
comportas controladas por hormônios,
neurotransmissores e segundos-mensageiros.
Ex; receptor nicotínico da placa neuromotora (Ach)
DETERMINANTES DO
MOVIMENTO IÔNICO

• Gradiente Químico

• Gradiente Elétrico

• Permeabilidade
Movimento
De Cargas
Composição e concentração iônica intra e
extracelular e o respectivo potencial de
equilíbrio teórico.

Íons Extracelular Intracelular E ion


Extra:Intra
(mM) (mM) (mV)

Na+ 100 5 1 : 20 + 80

K+ 15 150 10 : 1 - 62

Ca++ 2 0,0002 10.000 : 1 + 246

Cl- 150 13 11,5 : 1 - 65


IGUALDADE de concentração e
permeabilidade para o íon

Fluxo resultante = 0
Não ocorre geração de potencial
elétrico através da membrana

DIFERENÇA de concentração do íon e


permeabilidade para o íon

Fluxo resultante  0

O cátion se move a favor do seu gradiente


de concentração

O movimento de cargas iônicas vai


criando uma diferença de potencial
elétrico através da membrana (Em)

O Em se se estabiliza e se opõe ao
gradiente de concentração do íon.

Fluxo resultante = 0
Em = Potencial de equilíbrio do ion
POTENCIAIS

• Potenciais de difusão
É a diferença gerada através de membrana, quando
um soluto com carga se difunde ao longo do seu gra-
diente de concentração.

• Potenciais de equilíbrio
É uma extensão do conceito de potencial de difusão.
É o potencial que contrabalança a tendência à difusão,
ao longo da diferença de concentração.
POTENCIAIS

• Potencial de repouso

É a diferença de potencial que existe através


da membrana das células excitáveis, nos intervalos
entre potenciais de ação.
Ex; células neurais e musculares
Faixa: -70 a –90 mv
Como é mantido o potencial de membrana?

Bomba de Na+/ K+ATPase : bomba eletrogênica

A bomba de Na+/K+ contribui


para o potencial de membrana
Fluido intracelular
pelo bombeamento de 3 Na+
-70 mV para fora e 2 K+ para dentro.

Fluido extracelular
0 mV
Bomba Na+/K+ATPase

Potencial de membrana em repouso


POTENCIAL DE AÇÃO

• Potencial de ação
É um fenômeno das células excitáveis.
despolarização rápida
repolarização da membrana até pot. de repouso

-representa o mecanismo básico para transmissão


da informação, no sistema nervoso e em todos os
tipos de músculos.
MECANISMOS IÔNICOS DO
POTENCIAL DE AÇÃO
POTENCIAL DE AÇÃO
Estímulo Registro E3

E1 E2

Estimulando o neurônio (E1, E2 e E3) ocorrerá


alterações transitórias no potencial de
membrana

E3: causou o PA na zona de gatilho que


se propagou ao longo do axônio
Ao longo do axônio há canais
iônicos de Na e K com comporta
sensíveis a mudança de
voltagem.

REPOUSO: fechados, mas a


alteração de voltagem na
membrana causa a sua abertura
temporária (abre-fecha)

A abertura causa fluxo


resultante passivo de
determinados íons e, como
conseqüência, mudanças no
potencial elétrico.

Tipos de canais:

Canais de Na voltagem
dependente
- Rápidos (abrem-se primeiro)

Canais de K voltagem
dependentes
- Lentos (abrem-se depois)
POTENCIAL DE AÇÃO

O PA é um evento elétrico transitório no


Despolarização

qual ocorre a completa inversão da


Repolarização

polaridade elétrica da membrana.

Etapas do PA
- Despolarização
- Inversão de polaridade da membrana
- Regularização
- Hiperpolarizaçâo

Potencial de repouso Hiperpolarizaçâo


POTENCIAL DE AÇÃO

1.Potencial de repouso:
• -70mv
• condutância dos canais de K+ e Cl-
• condutância dos canais de Na+

2.Deflexão inicial:
• despolarização até -55mv
• condutância de Na+ maior que K+
• corrente de influxo de Na+
anais de Sodio voltagem- dependentes: “dois tempos”

Na + Na + Na +

Abertura Fechamento
Portão rápida lento
Portão
Inativação Inativação

FECHADO mas FECHADO e incapaz de


ABERTO (Ativado)
capaz de ser aberto ser aberto (inativado)
Do limiar até o pico do PA Do pico ao potential do PA
No potencial de repouso
( – 70 mV) (– 70 mV a +35 mV) (+35 mV a – 70 mV)
(a) (b) (c)
POTENCIAL DE AÇÃO
3.Repolarização:
• repolarização até o valor de repouso
• fecham canais de Na+
• abrem canais de K+
• corrente de efluxo de K+

4.Pós potencial hiperpolarizante


• condutância do K+ maior que no repouso e o
potencial de membrana se desloca até valor muito
próximo do potencial de equilíbrio do K+
• membrana pronta para ser estimulada
Canais de Potássio Voltagem-dependentes
Extracelular

Intracelular
Abertura
K+ lenta
K+

Fechado Aberto

No potencial de repouso; Do pico do PA até a


Abre no potencial limiar Hiperpolarização pós-potencial
(-70mV a +35mV) (+35mV a -70mV)

(d) (e)
Abertura dos canais de Na: influxo (entrada) de Na  DESPOLARIZAÇAO
- o influxo é favorecido pelos gradiente químico do ion e do gradiente elétrico
- o influxo de cations inverte completamente a polaridade da membrana, até o E Na

Abertura dos canais de K: efluxo (saída) de K  REPOLARIZAÇAO


- o efluxo é favorecido pelos gradiente químico do ion e do gradiente elétrico que
se inverteu
- como o fechamento desses canais é lento, ocorre HIPERPOLARIZAÇAO

O estado de repouso é recuperado pela atividade da Na+/K+-ATPase


POTENCIAL DE AÇÃO

Despolarização
Hiperpolarização
Corrente de influxo
Corrente de efluxo
Limiar
Ultrapassagem
Infrapassagem
Período refratário
POTENCIAL DE AÇÃO

• Despolarização: é o processo pelo qual o potencial de


membrana fica menos negativo.

• Hiperpolarização: é o processo pelo qual o potencial de


membrana fica mais negativo.

• Corrente de influxo: é o fluxo de carga positiva para dentro


da célula, despolarizando a célula.
Na+
deflexão inicial
upstroke
POTENCIAL DE AÇÃO

• corrente de efluxo: é o fluxo de carga positiva


para fora da célula, hiperpolarizando o potencial de
membrana.

K+ fase de repolarização

• Limiar: é o valor do potencial de membrana a partir


do qual é inevitável a geração de um potencial de
ação. Este potencial é menos negativo que o
potencial de repouso.
POTENCIAL DE AÇÃO

• Ultrapassagem: é a parte do potencial de ação em


que o potencial de membrana se torna positivo.

• Infrapassagem: é quando o potencial de membrana


fica mais negativo do que quando em repouso.
Ocorre após a repolarização.

• Período refratário: é o período durante o qual outro


potencial de ação normal não pode ser produzido em
uma célula excitável. Pode ser absoluto ou relativo
POTENCIAL DE AÇÃO

Períodos Refratários
Durante estes períodos as células excitáveis ficam incapazes
de gerar potenciais de ação.

• Período refratário absoluto


Se sobrepõe a quase toda a duração do potencial de ação. Durante
este período nenhum potencial de ação pode ser gerado.
Fechamento das comportas de inativação dos canais de Na+
despolarização
POTENCIAL DE AÇÃO

• Período refratário relativo


Inicia no fim do período refratário absoluto e se
sobrepõe, ao período pós potencial hiperpolarizante.
Pode ser produzido um potencial de ação se aplicada
uma corrente despolarizante maior que a usual.
• condutância presente do K+ maior do que a no repouso
• potencial de membrana mais próximo do potencial de
equilíbrio do K+ para gerar um novo potencial de ação
é necessário uma maior corrente de influxo para trazer a
membrana até o seu limiar.
Propriedades do Potencial de Ação

Período Refratário Período Refratário


Absoluto Relativo
Refratariedade de resposta

Período Refratário Absoluto


os canais de Na estão todos inativos

Período Refratário Relativo


os canais de Na estão parcialmente inativos

Estímulos limiar
PROPRIEDADES DO
POTENCIAL DE AÇÃO
POTENCIAL DE AÇÃO

Características:
• Amplitude e forma estereotípicas: cada potencial de
ação para um dado tipo celular tem a mesma
aparência, despolariza até um mesmo potencial e
repolariza, de volta para o mesmo potencial de
repouso.

• Propagação: um potencial de ação, em um ponto da


célula, produz a despolarização dos pontos adjacentes,
levando-os até o limiar.
POTENCIAL DE AÇÃO

• Resposta tudo ou nada: um potencial de ação


é gerado ou não. Se uma célula excitável for
despolarizada até o limiar, de forma normal, a
ocorrência de um potencial de ação é inevitável.
Por outro lado, se a membrana não for
despolarizada até seu limiar, nenhum potencial
de ação pode ocorrer.
Propriedades do Potencial de Ação

E3
EVENTO TUDO-OU-NADA

- Estímulo sublimiar (E1, E2): não causa PA


E1 E2 - Estimulo limiar (E3): causa um único PA
- Estímulo supra-limiar: causa mais de 1 PA, sem
alterar a amplitude.

- Uma vez iniciado o PA, é impossível impedi-lo de


acontecer.
CONDUÇÃO DO POTENCIAL
DE AÇÃO
CONDUÇÃO DO POTENCIAL DE
AÇÃO

A propagação dos potenciais de ação,


ao longo das fibras nervosas e
musculares, ocorre pela dispersão de
correntes locais, das regiões ativas
para regiões inativas adjacentes.
Sinapse

É a junção anatomicamente especializada entre


dois neurônios, na qual a atividade elétrica de uma
neurônio (pré-sináptico), influência a atividade
elétrica ou metabólica de um outro neurônio (pós-
sináptico).
Sinapse
Tipos de Sinapse

Excitatória – o potencial de membrana de um


neurônios excede o limiar (serotoninérgica –
receptor 5HT3 - canal de sódio);
Tipos de Sinapse

Inibitória – o potencial de membrana de um


neurônios é estabilizado (Gabaérgica – canal de
cloreto)
Neurotransmissor

- Substância química excitatório ou inibitória que


é produzida e liberada pelos neurônios quando o
potencial de ação atinge o terminal axônico.

Ex. acetilcolina, serotonina, dopamina,


óxido nítrico etc.
Mecanismo de liberação do
Neurotransmissor

- O PA aumenta a permeabilidade do íon cálcio


que promove a fusão da vesícula com a
membrana plasmática;
- O cálcio liga-se a uma proteína específica –
sinaptotagmina (medeia a fusão a vesícula com a
membrana plasmática);
- O cálcio facilita o processo de liberação por
exocitose do neurotransmissor.
INIBIÇÃO DA CONDUÇÃO

• Inativação ou bloqueio dos canais de sódio


(receptores nicotínicos).

• Ex. bloqueadores ganglionares, toxina


botulínica, curare, anestésicos locais.
Sinapse colinérgica
Junção neuromuscular - É a região onde ocorre
sinapse entre neurônios e células musculares.
CONDUÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÂO
POTENCIAL DE AÇÃO
Potencial de Ação neuronal
Zona de gatilho

Chegada
da
excitação
Direção da propagação do PA

Potencial de membrana
em função do local

Por que o PA não se


propaga
retrogradamente?

Por que a amplitude e a


duração do PA são
fixas?
POTENCIAL DE AÇÃO

Variações da velocidade de condução:


• Aumento do diâmetro da fibra: quanto maior o
calibre de uma fibra nervosa maior sua velocidade
de condução.
• Mielinização: a mielina é um isolante lipídico das
fibras nervosas que aumenta a resistência da
membrana.
POTENCIAL DE AÇAO NAS FIBRAS SEM MIELINA

O PA é gerado na zona de gatilho


do neurônio e sempre se propaga
no sentido da despolarização.

A propagação bidirecional é evitada


devido ao período refratário do PA

O PA se propaga ao longo do axônio sem decremento


de sinal, i.e., o sinal é fiel do inicio até o final da fibra.
POTENCIAL DE AÇAO NAS FIBRAS MIELINIZADAS

Nas fibras mielinizadas o PA só se


desenvolve nos nodos de Ranvier. Sob a
bainha não há canais iônicos.

Propriedade: aumento na velocidade de


condução do impulso nervoso
Doenças que causam a perda de
mielina afetam a velocidade de
condução do impulso nervoso.
POTENCIAL DE AÇÃO

Nodos de Ranvier:
• interrupções de 1-2mm na bainha de mielina.
• baixa resistência da membrana PA.

Condução saltatória:
Os potenciais de ação “pulam” de um nodo a outro. Com
isto a condução dos PA é mais rápida nas fibras
mielínicas no que nas amielínicas.
Outros 2o mensageiros
A Prot G, Fosfolipase C, IP3 e DAG

5-HT

Receptor metabotrópico

MECANISMO
O NT estimula, através da proteína G, a Fosfolipase C (PLC) enzima que hidrolisa o inositol
fosfolipídio em IP3 e DAG. O DAG ativa a proteína quinase C (PKC) e o IP3 abre canais de Ca
do reticulo endoplasmático.

RESULTADO: o aumento de Ca++ intracelular altera não só o metabolismo do neurônio pós-


sináptico como também da sua excitabilidade.
Neurônio pré-sináptico

Neurônio pós-sináptico

sinapse
contato entre neurônios.
NAPSE NERVOSA
TIPOS DE SINAPSE
a) Sinapse Elétrica b) Sinapse Química

Sem mediadores químicos Presença de mediadores químicos


Nenhuma modulação Controle e modulação da transmissão
Rápida Lenta
Um neurônio faz sinapse com muitos neurônios Tipos de Sinapse Nervosas

1 e 1’ axo-dendritica
2 axo-axonica
3 dendro-dendrítica
4 axo-somática
Chegada do
Impulso nervoso no
terminal do neurônio 1

Geração de impulso
Neurotransmissâo nervoso no neurônio 2
MECANISMO DA NEUROTRANSMISSÃO QUÍMICA

1. Chegada do impulso nervoso ao


terminal

2. Abertura de Canais de Ca
Voltagem dependentes

3. Influxo de Ca (2o mensageiro)

4. Exocitose dos NT

5. Interação NT- receptor pós-


sinaptico causando abertura de
canais iônicos NT dependentes

6. Os NT são degradados por


enzimas (6)

http://www.blackwellpublishing.com/matthews/nmj.html
http://www.blackwellpublishing.com/matthews/neurotrans.html
Os NT causam excitação (estimulação) ou inibição (desestimulação) nas
membranas pós-sinápticas.

NEURÔNIOS EXCITATÓRIOS: NT excitatórios


NEURÔNIOS INIBITÓRIOS: NT inibitórios
NEUROTRANSMISSORES NEUROMODULADORES

Aminoácidos Peptideos
-Acido-gama-amino-butirico (GABA) a) gastrinas:
-Glutamato (Glu) gastrina
-Glicina (Gly) colecistocinina
-Aspartato (Asp) b) Hormônios da neurohipofise:
vasopressina
Aminas ocitocina
- Acetilcolina (Ach) c) Opioides
- Adrenalina d) Secretinas
- Noradrenalina e) Somatostatinas
- Dopamina (DA) f) Taquicininas
- Serotonina (5-HT) g) Insulinas
- Histamina

Purinas Gases
- Adenosina NO/CO/H2S
- Trifosfato de adenosina (ATP)
CANISMOS DE AÇAO DOS NT
Há dois tipos de receptores pós-sinápticos

1) Receptor Ionotrópico

O NT abre o canal iônico DIRETAMENTE

Efeito rápido

2) Receptor Metabotrópico

O NT abre o canal iônico INDIRETAMENTE


- freqüentemente, presença de 2º mensageiro
para modificar a excitabilidade do neurônio
pós-sináptico

Efeito mais demorado


eceptores acoplados a Proteína G
A Proteína G é uma proteína
complexa formada de três
subunidades (,  e ) e que
funciona como um transdutor
de sinais.

Em repouso, a subunidade 
está ligada a uma molécula de
GDP. Quando o NT se liga ao
receptor o GDP é trocada pelo
GTP e a proteína G se torna
ativa.

A proteína G ativa age sobre


uma molécula efetora, neste
caso, um canal iônico, cuja
condutância será
indiretamente modificada.
OMUNICAÇAO VIA 2º MENSAGEIRO
Exemplo
Fenda sináptica NT Abertura/
Fechamento

Receptor pós-sináptico
Canais
Membrana iônicos
Pós-sináptica
Proteina G / Adenilciclase

Citoplasma cAMP
Quinases
Versatilidade dos
receptores
metabotrópicos
Prot G, Adenilciclase e cAMP

Coração
Receptor metabotrópico
 noradrenérgico

MECANISMO
A Noradrenalina liga-se ao receptor
do tipo  ativando a adenilciclase
que hidrolisa o ATP em cAMP
produzindo o 2o mensageiro.

O cAMP difunde-se até o citosol e


ativa a enzima quinase A (PKA).

A PKA age fosforilando canais de Ca


modificando a sua condutância.

RESULTADO: abertura de canais de


Ca++ e aumento de excitabilidade da
membrana pós-sináptica.
Estimula a contração do coração.

http://www.blackwellpublishing.com/matthews/neurotrans.html
A Prot G, Adenilciclase e cAMP

Vasos sanguineos
Receptor metabotrópico
2 noradrenérgico

MECANISMO
O NT liga-se ao receptor e ativa uma
proteína G que age inibindo a
adenilciclase.

A  de cAMP  atividade das PKAs.

A fosforilação não ocorre nos canais


iônicos de K.

RESULTADO: o fechamento dos


canais de K+ aumenta a
excitabilidade da membrana pós-
sináptica.
Qual é a vantagem da comunicação por meio de 2º Mensageiro?

- Amplificação do sinal inicial


- Modulação da excitabilidade neuronal
- regulação da atividade intracelular
Sistemas de 2o. Mensageiro
mediados pela proteína G
Por que a sinapse química é o chip do SN?

Potencial O NT pode causar na membrana pós:


pós-sinaptico
POTENCIAL PÓS-SINAPTICO EXCITATÓRIO
PA a) Despolarização
NT entrada de cátions

POTENCIAL PÓS-SINAPTICO INIBITORIO


b) Hiperpolarizaçâo
entrada de ânions
saída de cátions
A) PEPS
O NT é EXCITATÓRIO
Causa despolarização na membrana pós-
sináptica (p.e.entrada de Na)

b) PIPS
O NT é INIBITÓRIO
Causa hiperpolarização na membrana pós-
sináptica (p.e. entrada de Cl ou saída de K)
PA
PEPS

Os PEPS e PIPS são gerados apenas nos dendritos e no corpo celular que se propagam
em direção a zona de gatilho do PA.
Se o PEPS atingir o valor limiar haverá PA; se o PEPS for mais intenso que o limiar,
haverá mais de um PA gerado pela zona de gatilho.
Para que servem os PEPS E PIPS?

Como um neurônio que recebe milhares


de sinais excitatórios e inibitórios
processam esses sinais antes de gerar
PA?

A membrana dos dendritos e do corpo


celular computam algebricamente os PEPS
e PIPS.

O resultado dessas combinações


determinarão se haverá ou não PA e com
que freqüência.
SOMAÇAO DE PEPS
O mecanismo de combinação (ou
integração) dos sinais elétricos na
membrana pós-sináptica chama-se
SOMAÇÃO.
Inibição pós-sináptica

Neurônio excitatório: ATIVO


Neurônio inibitório: inativo

A excitação se propagou do dendrito até o


cone de implantação.

Neurônio excitatório: ATIVO


Neurônio inibitório: ATIVO

A excitação causada pelo neurônio


excitatório foi totalmente bloqueada pelo
neurônio inibitório
Inibição
pré-sináptica

-
-
- Estimulação
Inibição + - + pós-sináptica
pós-sináptica
CIRCUITOS
NEURAIS
Um neurônio sozinho de nada vale.

As células nervosas são capazes de interpretar


estímulos sensoriais ou produzir comandos
motores porque vários neurônios funcionalmente
relacionados estabelecem circuitos neurais.

CIRCUITOS NEURAIS: redes de neurônios


funcionalmente relacionados.

Rede monossinaptica
Rede polissinaptica
Tipos de circuitos neurais

Distribuição do sinal Concentração do sinal

Neurônio excitatório
Reverberação do sinal

Modulação do sinal

Neurônio inibitório

Neurônio excitatório
Neurônio inibitório

Neurônio excitatório

Aumento da
descriminação
do estimulo
interneurônio
Liberação ou
inibitório
facilitação do sinal

interneurônio
inibitório
Modulação do sinal
interneurônios PIPS
excitatórios
PEPS

Músculo

Neurônio motor

Neurônio inibitório

Neurônio excitatório
Circuito Facilitatório

Zona de descarga Zona de descarga

Orla subliminar
MECANISMOS DE AÇAO
DOS NEUROTRANSMISSORES
Onde as drogas Acetil CoA Colina

podem agir? ACh


Transportador
de ACh
Etapas da biossíntese e degradação
enzimática do NT
Transportador
de colina
Liberação do NT

Sítios receptores pré e pós-sinápticos

Colina + Acetato
AChE

Receptor
pós-sinaptico
Princípios de Neurofarmacologia

Muitas substancias exógenas afetam a neurotransmissâo:

Modos de ação
AGONISTAS: mimetizam o efeito do NT
ANTAGONISTAS: inibem a ação do NT
Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas
Acetilcolina Muscarínico Muscarina Atropina
Nicotínico Nicotina Curare

Receptor Nicotínico
Ionotrópico
Fibras musculares esqueléticas
Abertura de canais de Na (despolarização)

Receptor Muscarínico
Metabotrópico
Fibras musculares cardíacas
- abertura de canais de K (hiperpolarizaçâo)
Fibras musculares lisas
IMPORTANCIA CLINICA DAS SINAPSES COLINÉRGICAS

Venenos de Cobra (alfa-toxinas): ligam-se a receptores nicotínicos e causam


bloqueio da neurotransmissâo. Paralisia muscular (morte por parada
respiratória).

Curare: extraída de uma planta tem o mesmo efeito. Usado farmacologicamente


como relaxante muscular.

Miastenia grave: uma doença auto-imune em que o corpo produz anti-corpos


contra os receptores de Ach.
Paralisia muscular

Doença de Alzheimer: degeneração de neurônios colinérgicos do SNC


(encéfalo)
Acetilcolina: possui 2 tipos de receptores
SNMS SNA PS SNA PS

Músculo Músculo Músculo


Esquelético Cardíaco Liso

Receptor Receptor Receptor


nicotínico muscarínico muscarínico

 da Contração  da contração  da contração


 da contração
Ach

O canal foi diretamente aberto


pela Ach

Receptor nicotínico e
ionotrópico

O canal foi indiretamente aberto pela Ach

Receptor muscarínico e metabotrópico


AMINAS
BIOGÊNICAS
Catecolaminas: compartilham a mesma via de biossíntese
que começa com a tirosina.
Noradrenalina (Nor)
Adrenalina (Adr)
Dopamina (DA)

Serotonina (5-HT)
Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas
Noradrenalina Receptor  Fenilefrina Fenoxibenzoamina
Receptor  Isoproterenol Propanolol

Receptores METABOTRÓPICOS

Receptores 
Excitatório (abre canais de Ca++)

Receptores 
Excitatório (fecha canais de K+)
Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas
Dopamina D1, D2...D5

Todos os receptores são metabotrópicos, acoplados a proteína G, cujo


aumento de cAMP causa PEPS

Doença de Parkinson: degeneração dos neurônios dopaminergicos


Tremores e paralisia espástica.

Psicose: hiperatividade dos neurônios dopaminergicos


Neurotransmissor Receptores
Serotonina 5 HT1A, 5 HT1B , 5 HT1C , 5 HT1D, 5HT2, 5HT3 e 5HT4

A 5-HT participa na regulação da


temperatura, percepção
sensorial, indução do sono e na
regulação dos níveis de humor

Drogas como o Prozac são


utilizados como anti-depressivos.

Agem inibindo a recaptaçâo do


NT, prolongando os efeitos do
5HT
Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas
Glutamato AMPA AMPA CNQX
NMDA NMDA AP5
Kainato

IONOTRÓFICO

Receptores não-NMDA (ou AMPA)


Excitatório (rápido)
Abrem canais de Na e K

Receptores NMDA
Excitatório (lento)
Abrem canais de Ca, Na e K

METABOTRÓFICO
Receptores Kainato

É o mais importante NT excitatório


do SNC
Na membrana pós-sináptica há
Mecanismo de ação do
receptores AMPA e NMDA para o
Glutamato glutamato.

1) O Glu abre os canais iônicos


com receptores AMPA;

2) a despolarização abre os
canais com receptores NMDA

O canal NMDA em repouso está obstruído pelo Mg++.

Mesmo com o Glu em seu receptor, o Mg++ só será removido


depois que o canal AMPA tenha despolarizou parcialmente a
membrana.
O canal NMDA só se abrirá na presença de um co-transmissor, a
Glicina.
Neurotransmissor Receptor Agonista Antagonista
GABA GABAA Muscimol Bicuculina
GABAB Baclofen Faclofen

Ambos são inibitórios

GABAA : ionotrópico
Abrem canais de Cl diretamente
Causam hiperpolarizaçâo

GABAB: metabotrópico
Abrem canais de K indiretamente
Causam hiperpolarizaçâo

Benzodiazepinicos e os Barbituricos
são potentes agonistas que agem nos
receptores GABAA (exacerbam o efeito
inibitorio)
Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas
Glicina

Glicina: NT inibitório dos neurônios motores


Estricnina: inibe os receptores da glicina e causa rigidez muscular
generalizada.
Oxido nítrico

Os gases são sintetizados quando receptores do tipo NMDA são acionados.


Quando sintetizados difunde-se em todas as direções e por isso não estão contidas em
vesículas.
a) Ação pré-sináptica: causa facilitação do NT que estimulou a sua sintese (feedback
positivo)
b) Endotélio de capilares cerebrais causando vasodilatação
NEUROPEPTÍDEOS
GASTRINAS
gastrina, CCK

HORMÔNIOS DA NEURO-HIPÓFISE
vasopressina (ADH), ocotocina

INSULINAS

OPIOIDES
encefalinas (Enk), beta endorfinas

SECRETINAS
secretina, glucagon, VIP

SOMATOSTATINAS

TAQUICININAS
sub P, sub K

Você também pode gostar