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A protecção dos bens comuns: A

antárctica e os Oceanos
Os bens comuns
Os bens comuns: A definição
São considerados bens comuns
todos os recursos naturais aos
quais todo o ser possui acesso,
sendo nos quais impossível de
definir uma área
jurídica/privatização que defina
limites na sua
utilização/exploração.

Exemplos: Ar, Água, Florestas,

São livres, gratuitos e de


livre acesso
Os bens comuns: A definição

Sendo os bens comuns recursos


livres e gratuitos, impõem-se
alguns problemas a nível da
regularização da sua utilização.

Devido ao seu livre acesso,


observa-se, por vezes, a uma
exploração exaustiva dos
recursos

Motivado por interesses


Dá-se a chamada económico-financeiros
“Tragédia dos Bens
Comuns”
A Tragédia dos bens comuns
A “Tragédia dos Bens Comuns”
foi uma definição elaborada
pelo filósofo Garret Hardin, em
1868.

Esta definição diz respeito à


utilização desordenada ou até
mesmo competitiva dos
recursos naturais terrestres,
levando ao esgotamento dos
recursos, com influências

Exemplos de recursos explorados excessivamente e/ou


desordenadamente:
u Exploração piscatória;
u Recursos energéticos fósseis;
u As florestas;
u Entre outros.
Os Bens comuns: A dificuldade de
controlo
Bens comuns Livre Acesso

Dificulta a possível definição


de fronteiras
nacionais/internacionais ou
uma privatização das
áreas/territórios a
possivelmente serem

Não podem ser transformados


em territórios privatizados por
cada país
Existe então, a necessidade de
se recorrer à cooperação
internacional para garantir a
sustentabilidade dos recursos
Os Bens comuns: O papel da cooperação
internacional

Devido à crescente sobre-


exploração dos recursos naturais,
acresce a necessidade de fomentar
o aumento da cooperação
internacional, através de um
regime de gestão partilhada dos
Exemplos de cooperação
internacional:
uLeis e acordos internacionais;
uRegimes de vigilância,
desenvolvimento e administração
das áreas;
uEstabelecimento de taxas-
limite por utilização.
Os Bens comuns: As formas de controlo – A
sustentabilidade dos recursos
uEstabelecimento de taxas
limite por utilização de
determinados recursos É
uma forma de não
comprometer a
sustentabilidade dos recursos;

uEstabelecimento de Leis e
acordos internacionais
Regulam o acesso aos
recursos (Exemplo: Parques,
Através da aplicação destas Florestas, Cordilheiras, Etc);
medidas proporciona-se uma
maior protecção aos bens, uConverter o livre acesso dos
agora protegidos por um recursos para a propriedade
sistema internacional de leis, privada É uma
de modo a garantir a sua proposta/solução pouco
sustentabilidade. razoável, pois o capital
A Antárctida
A Antárctida – “Um ano no gelo”
A Antárctida – Localização e caracterização

A Antárctida situa-se no Pólo Sul, sendo que 98% do seu território


é coberto de gelo; é o continente mais frio do planeta.

Não possui população, uma vez que as condições climatéricas


adversas não permitem a existência de residentes fixos. Existem
apenas cerca de 1000 cientistas que se mantêm no continente,
sendo considerados como residentes não fixos, uma vez que
alternam segundo as estações do ano.
o tratado da Antárctida

O Tratado da Antárctida foi um


documento assinado a 1 de
Dezembro de 1959 por um
conjunto de países que
reivindicavam a posse de uma
determinada parte do continente
em anos anteriores, permitindo:

A abertura do continente à
exploração técnica e científica
livremente, num regime de
cooperação internacional;
Liberdade para a instalação de
bases com fins científicos.
Países que mantêm
reclamações sobre sectores
Proibição expressa da utilização importantes do território
do território para experiências antárctico, apesar de não
poderem exercer direito de
A Antárctida – A importância económica,
cientifica e ambiental
1.1 – A importância económica
uAlberga um valioso património
biogenético;

uÉ rico em recursos marinhos;

uPossui importantes recursos


minerais;

uO estudo sobre a conservação de


recursos marinhos demonstram que
o continente pode ser encarado
como uma maneira de possibilitar a
gestão racional dos recursos em
causa;

uÉ palco de inúmeras viagens


turísticas, com uma crescente
A Antárctida – A importância económica, cientifica e
ambiental
1.2 – A importância científica
uAlberga inúmeras estações uÉ um continente
científicas, que se dedicam ao importantíssimo na
estudo de variados fenómenos compreensão entre o
climáticos em que o continente aquecimento global e a maneira
actua directa ou como este afecta determinadas
indirectamente; espécies marinhas.

uÉ uma área de extrema


importância para o estudo da
dinâmica atmosférica e
oceânica;

uÉ uma área que proporciona


o estudo entre o aquecimento
global e a oceanografia,
biodiversidade dos organismos
marinhos e comportamento de
A Antárctida – A importância económica,
cientifica e ambiental
1.3 – A importância ambiental
uÉ uma região chave no combate às
alterações climáticas;

uÉ responsável pela regulação do


clima terrestre;

uAlberga espécies únicas, como o


pinguim-imperador.

uContem aproximadamente cerca


de 90% da água doce existente em
todo o planeta;

uA Antárctida funciona como um


refrigerador do planeta, devido às
suas temperaturas extremamente
A Antárctida – As
Imagem de 17 de Setembro
principais ameaças de 2001 – A deflação da
camada do ozono na
uO aquecimento Global Antárctida

Invasão de espécies que


ameaçam a biodiversidade
devido ao aumento das
temperaturas das águas;
Perda/extinção de espécies
únicas;
Degelo das Calotes Glaciares;
Subida do nível médio das
águas do mar.

uAumento da poluição

Turismo;
Perda de combustível;
Lixos/Resíduos das estações
A Antárctida – As
principais ameaças
uExploração excessiva dos
recursos naturais

Pesca Ilegal;
Recursos minerais;

uAproveitamento ilegal dos


recursos naturais

Indústria Farmacêutica
(Tratamentos para o cancro,
antibióticos, etc.)
Comércio Ilegal;
Exploração para fins
económicos Produtos
industriais
A Antárctida – Secção Multimédia
Pinguins ameaçados O degelo das calotes
glaciares

As provas do degelo
Os
Oceanos
Os Oceanos - Localização
O planeta Terra é constituído por 5
oceanos distintos, sendo eles:

uOceano Atlântico;
uOceano Pacífico;
uOceano Índico;
uOceano Glacial Árctico;
uOceano Glacial Antárctico.
Os Oceanos – Aspectos jurídicos
Até ao fim da II Guerra Mundial
considerava-se a existência de dois
espaços marítimos:

O alto mar Área de maior


liberdade;
O mar territorial Que era uma
pequena franja junto à costa,
sob jurisdição do país
correspondente.
Em 1958, na I Conferência da ONU
sobre o Direito do Mar (Genebra),
adoptaram-se 4 convenções sobre:

O mar territorial e a zona


contígua;
O alto mar;
A plataforma continental;
A pesca e conservação dos
recursos vivos do alto mar.
Os Oceanos –
Aspectos jurídicos

Em 1982, procedeu-se à
assinatura da Convenção
das Nações Unidas sobre
o Direito do Mar, mais
conhecida como
CONVEMAR ou
“Constituição dos
Oceanos”.
A CONVEMAR veio não só fixar limites de utilização do espaço
marítimo, mas também definir novos espaços marítimos de
enorme importância, tais como:

Limite máximo do mar territorial: 12 milhas;


Zona contígua (ao mar territorial): 12 milhas;
Plataforma continental: 200 milhas
Zona Económica Exclusiva: 200 milhas;
Os Oceanos – Aspectos jurídicos
Com a aprovação da CONVEMAR em 1982, foram criados três
órgãos que asseguram o cumprimento das normas instauradas
pela Convenção, que são:

A Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos (sede em


Kingston, Jamaica);
O Tribunal Internacional sobre o Direito do Mar (sede em
Hamburgo, Alemanha);
A Comissão dos Limites da Plataforma Continental (instalada
na sede das Nações Unidas, Nova Iorque, EUA)
Os Oceanos – Instituição Especializada da ONU
Data de criação: 22 de Maio de
Aspectos 1982
Sede: Reino Unido
jurídicos: A omi
A Organização Marítima
Internacional (OMI) é uma
organização especializada das
Nações Unidas que também apoia,
de forma decidida, a aplicação do
direito marítimo.
Os seus principais objectivos são:
uCooperação entre os governos no campo da regulamentação e dos
procedimentos governamentais relacionados com assuntos técnicos de
todos os géneros que interessem à navegação comercial internacional;

u Elaboração, em todo o mundo, de convenções, convénios e


protocolos;

uApresentação de regulamentos e recomendações sobre o transporte


marítimo, protecção da vida humana no mar, prevenção e combate da
contaminação marinha, tráfico marítimo e terrorismo no mar;
Os Oceanos – A importância económica e ambiental
1.1 – A importância económica
uOs Oceanos contêm um importante
reservatório de alimentos fundamentais
para a sobrevivência do Homem;

uFornecem importantes fontes


económicas como:
Petróleo;
Sal;
Produtos Farmacêuticos;
Recursos Minerais (Cobre, Ouro,
etc);
Energia eléctrica através da força
das ondas .
uOs oceanos permitem, a realização da
pesca, que para além de alimentar,
permite ainda a criação de empregos;

uSão um importante meio de investigação


de variadas espécies marinhas;

uDe realçar que a maior parte do


comércio mundial se faz por via marítima.
Os Oceanos – A importância económica
e ambiental
1.2 – A importância ambiental
uOs Oceanos possuem um papel
fundamental no equilíbrio da biosfera;

uPossuem uma função de absorver o


dióxido de carbono (CO2) através da
fotossíntese, onde os organismos
marinhos absorvem o CO2, libertando-
o sob a forma de oxigénio;

uOs oceanos são o principal elemento


estabilizador da terra, uma vez que
mantêm o equilíbrio exacto entre os
diferentes sais minerais e gases que
constituem o corpo humano, do qual
depende a nossa existência.

uOs oceanos possuem ainda um


papel fundamental na regulação dos
gases tóxicos existentes na
Os Oceanos – As principais ameaças
uA exploração pesqueira intensiva

Actualmente, a actividade das frotas


pesqueiras mundiais excede a
capacidade produtiva de reposição dos
oceanos, que tem como consequências:

Esgotamento dos stocks;


Extinção de espécies marinhas;
Captura acidental de espécies sem
qualquer valor comercial;
Consequente morte de outras
espécies marinhas que se alimentam
dos stocks. (Ex: Tartarugas marinhas,
aves, etc.)

uO Turismo/Pressão urbanística
costeira

O crescente aumento da expansão


urbanística nas orlas costeiras são dos
principais factores que conduzem a um
aumento da poluição, e
Os Oceanos – As principais ameaças
uA poluição

A poluição é talvez a principal ameaça


que afecta os oceanos, sendo
originada por diversos factores como:

Os afluentes de esgotos de grandes


centros urbanos;
Efluentes químicos lançados pela
indústria;
Transporte de petróleo por
uIntrodução de espécies petroleiros Acidentes e lavagem de
alóctones tanques;
Entre outros.
A introdução de espécies
alóctones baseia-se na uSubida do nível médio das águas
introdução de novas espécies do mar
em ambientes que vulgarmente
não encontraríamos ali. É Originada pelo aquecimento global,
considerada como uma das que leva, por consequente, ao degelo
principais ameaças para os das calotes glaciares, a subida do nível
oceanos, pois fomenta os médio das águas do mar provoca
desequilíbrios entre as espécies que
Os Oceanos – A luta pela defesa dos recursos oceânicos
A Greenpeace é uma das
maiores organizações a
nível internacional que se
dedica à defesa, protecção
e conservação dos
recursos oceânicos, através
de várias campanhas
destinadas ao fim de
“navios-pirata”,, muitas
vezes financiados pelos
próprios governos
respectivos a realizarem
práticas ilegais, como por
exemplo:

Caça a baleias (Navios


baleeiros);
Pesca abusiva e
indiscriminada de
espécies em risco;
Os Oceanos – A luta pela defesa dos recursos
oceânicos
Os Oceanos – A luta pela defesa dos
recursos oceânicos
A World Wide Fund for Nature (WWF) é outra das organizações que
actua a nível internacional para a defesa dos oceanos e dos recursos
marinhos.

Apesar de não realizar campanhas da mesma forma que a


Greenpeace realiza, a WWF é uma grande empreendedora de
campanhas não no terreno, nomeadamente relacionadas com:

Má gestão da pesca;
Falta de protecção marinha;
O desenvolvimento costeiro/turismo;
A poluição;
Aquacultura;
Aquecimento Global;
Entre outros.
Os Oceanos – A luta pela defesa dos
recursos oceânicos
A CORAL (The Coral Reef
Alliance) é um outro exemplo de
uma organização que encabeça a
luta pela defesa dos oceanos e dos
seus recursos.

É, sobretudo, uma organização que


luta pela preservação e conservação
dos recifes corais, actuando em
áreas específicas do globo.

Áreas de
actuação
da
organizaçã
o CORAL.
Os Oceanos – Secção multimédia
Inspira, Expira

O último capítulo do atum-


rabilho?
Agradecimentos/Bibliografia

Youtube Vídeos
Greenpeace Portugal Vídeos,
informações, artigos e fotografias
World Wild Fund for Nature
Internacional/EUA Informações,
artigos, e fotografias
TvNet Vídeos e notícias
The Coral Reef Alliance
Informações e fotografias
Wikipédia Artigos e Fotografias
The Frozen South Fotografias
National Geographic Fotografias
e artigos
Live Science Artigos e
fotografias

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