Humanista teve início no ambiente acadêmico norte-americano do pós-guerra. Nasceu como uma reação contra o Behaviorismo e a Psicanálise. • No humanismo a pessoa é vista como um ser único, um todo indivisível, dotado de possibilidades próprias de se desenvolver e se autorrealizar. • O ser humano é definido como um padrão único das potencialidades individuais que são compartilhadas com outros. Com capacidade de transformar-se e de transformar a sociedade. • O principal valor humanista é o enfoque na relação humana. Potencial humano •Sustenta a crença em um potencial inerente ao ser humano, que ultrapassa a sua existência. Trata-se de um impulso para o crescimento, para a realização do seu potencial. •Somente através da consciência de si o indivíduo pode levar ao máximo seus potenciais, exercer sua liberdade, escolher seu caminho e participar ativamente do seu crescimento. • “Todo o ser humano traz dentro de si impulsos contraditórios. Um grupo garante a segurança e a defesa contra o medo, tendendo a regredir ao passado, fixando-se numa etapa anterior; medo de desprender-se da comunhão primitiva com o seio e útero maternos, medo do desconhecido, medo de arriscar- se, medo de independência, liberdade e separação. Um outro grupo de impulsos impede a individualização do self, do funcionamento completo de todas as suas capacidades, da confiança face ao mundo externo, ao mesmo tempo que possibilita que ele aceite seu self inconsciente, real, mais profundo”. (Maslow) Os psicólogos humanistas acreditam que há uma essência comum na espécie humana, um potencial que é desenvolvido ao longo da sua vida. De outra forma, os existencialistas defendem que não existe uma essência que o ser humano apresente no seu nascimento, como no postulado de que no ser humano a existência precede a essência. Assim, os humanistas falam de descoberta e desenvolvimento do eu e, os existencialistas, de criação do eu. Rogers • Defende a tendência inata, inerente a todo ser humano, de atualizar as capacidades e potenciais do seu eu, a tendência atualizante. • Ênfase no presente. • Acredita que os seres humanos têm um desejo básico, o de se autorrealizar, isto é, atingir o nível mais elevado possível do seu potencial. • Experiências infantis podem ajudar ou prejudicar a autoatualização, mas não podem ser consideradas determinantes, pois o homem se modifica a partir das suas experiências durante a vida. • Crença na capacidade do homem de poder alterar consciente e racionalmente seus pensamentos e comportamentos. • O termo Terapia Centrada no Cliente deriva da ideia do terapeuta como facilitador, mas não direcionador do processo terapêutico. Nesse sentido ganha importância a atitude facilitadora do terapeuta durante o processo terapêutico. • A postura do terapeuta é não-diretiva, ou seja, parte da confiança nos recursos que o ser humano possui para se compreender e modificar seu autoconceito e seu comportamento. • O ser humano é capaz de crescimento, de desenvolvimento, de promover mudança pessoal e de compreender os fatores que causam seu sofrimento. • O ser humano é capaz de ser responsável pelas mudanças que podem ocorrer em sua vida. • A terapia visa libertar o homem para o seu crescimento. Autoconceito Um padrão organizado e consistente de características percebidas em si próprio, desde a infância. Na medida em que se acumulam novas experiências, este conceito pode ser reforçado ou substituído por novos. Indivíduos bem ajustados psicologicamente têm autoconceitos mais realistas, sendo a angústia psicológica e a ansiedade, resultantes da desarmonia entre o autoconceito real (o que se é de fato) e o ideal para si (o que se deseja ser). Tendência atualizante • As forças positivas em direção à saúde e ao crescimento são naturais e inerentes ao organismo. • Os indivíduos têm a capacidade de experienciar e de se tomarem conscientes de seus desajustamentos, ou seja, experienciar as incoerências entre seu autoconceito e suas experiências reais. • Esta capacidade é associada a uma tendência à modificação do autoconceito. • A capacidade de ajustamento do indivíduo é vista como um processo no qual novas aprendizagens e novas experiências são cuidadosamente assimiladas. Congruência •É definida como o grau de exatidão entre a experiência e a tomada de consciência. Ela se relaciona às discrepâncias entre experienciar e tomar consciência. •Um alto grau da congruência significa que a comunicação (o que se está expressando), a experiência (o que está ocorrendo em nosso campo) e a tomada de consciência (o que se está percebendo) são todas semelhantes. • A incongruência ocorre quando há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência e a comunicação desta. É definida não só como inabilidade de perceber com precisão mas também como inabilidade ou incapacidade de comunicação precisa. Self • Consciência de ser, de funcionar, noção de si, de personalidade, como resultado da interação com o ambiente. • Envolve o autoconceito que a pessoa tem de si mesma, baseado em experiências passadas, estímulos presentes e expectativas futuras. • As pessoas crescem e se desenvolvem: o Self é um contínuo processo de reconhecimento. • A personalidade saudável é a que está mais plenamente consciente do self contínuo. • A adaptação psicológica, a maturidade e a abertura total à experiência constituem um processo dinâmico de “funcionamento ótimo”. • Self ideal: conjunto de características que o indivíduo gostaria de ter, é uma visão ideal de si mesmo. • A distância entre o Self real e o Self ideal é um indicador de desconforto e insatisfação. • A congruência entre o Self real e o Self ideal é um sinal de saúde.