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CEFOPE/GEJUD

Curso de Atendimento Educacional


Especializado na da Deficiência
Auditiva e Surdez
CAEEDA 2019

CAS Cachoeiro
CAS Vila Velha
CAS Vitória
Polo de Linhares
MÓDULO V

PLANO DE AULA PARA ATENDIMENTO


DE ALUNOS SURDOS
O planejamento está presente em quase todas as
nossas ações, pois ele norteia a realização das
atividades. Portanto, o mesmo é essencial em
diferentes setores da vida social, tornando-se
imprescindível também na atividade docente.
O plano de aula funciona como um instrumento no
qual o professor aborda de forma detalhada as
atividades que pretende executar dentro da sala de
aula, assim como a relação dos meios que ele
utilizará para realização das mesmas. De maneira
bem sintetizada pode-se dizer que o plano de aula é
uma previsão de tudo o que será feito dentro de
classe em um período determinado.
É importante lembrar ao professor que a
elaboração de um plano de aula não o isenta de
preparar as aulas a serem ministradas, pelo
contrário, ele deve sempre preparar uma boa aula,
apresentando um esquema e uma sequência lógica
dos temas trabalhados.
Ao adentrar em uma sala de aula o professor deve
sempre ter em mente:

 o que irá lecionar para aquela turma, ele deve


saber o conteúdo, de que maneira vai abordar o
assunto,
 quais os recursos didáticos necessários para
aquela aula e, acima de tudo, ter uma aula bem
preparada.
Todo esse preparo tem um nome específico e chama-
se plano de aula.

Um plano de aula é um instrumento de trabalho do


professor, nele o docente especifica o que será
realizado dentro da sala, buscando com isso
aprimorar a sua prática pedagógica bem como
melhorar o aprendizado dos alunos.
“Segundo Libâneo (1993) o plano de aula é um
instrumento que sistematiza todos os conhecimentos,
atividades e procedimentos que se pretende realizar
numa determinada aula, tendo em vista o que se
espera alcançar como objetivos junto aos alunos”
(SPUDEIT, 2014).
Um plano de aula deve conter as seguintes etapas:

1 – O tema abordado: o assunto, o conteúdo a ser


trabalhado;
2 – Os objetivos gerais a serem alcançados: o que os
alunos irão conseguir atingir com esse trabalho; com
o estudo desse tema.
Os objetivos específicos: relacionados a cada uma das
etapas de desenvolvimento do trabalho;
3 – As etapas previstas: mais precisamente uma
previsão de tempo, onde o professor organiza tudo
que for trabalhado em pequenas etapas;
4 – A metodologia que o professor usará: a forma
como irá trabalhar, os recursos didáticos que
auxiliarão a promover o aprendizado e a circulação
do conhecimento no plano da sala de aula;
5 – A avaliação: a forma como o professor irá avaliar,
se em prova escrita, participação do aluno, trabalhos,
pesquisas, tarefas de casa, etc.
6 – A bibliografia: todo o material que o professor
utilizou para fazer o seu planejamento. É importante
tê-los em mãos, pois caso os alunos precisem ou
apresentem interesse, terá como passar as
informações.
Cada um desses aspectos irá depender das intenções
do professor, sendo que este poderá fazer combinados
prévios com os alunos, sobre cada um deles.
Uma visão do passado a respeito do aluno surdo...

“Conforme constato, a visão de adaptação curricular


era de minimizar o conhecimento, acreditando-se que
o surdo não era capaz de aprender o mesmo conteúdo
que o ouvinte, e em alguns casos, como citado, o aluno
surdo tinha que repetir aqueles anos iniciais para
realmente serem aprovados, o que, mais uma vez,
constata o menosprezo ao aluno surdo” (SOARES e
SILVA, 2015 p. 09).
“É comum ouvir professores relatarem que os alunos
surdos não conseguem escrever o Português, e como
hipótese para essa afirmação geralmente utilizam a
limitação auditiva como causa, nunca o problema está
na metodologia, no processo de ensino ou no
currículo, sempre no aluno surdo” (SILVA, 2013
p.07).
“Conforme o Decreto 5.626/2005, os alunos surdos
tem o total direito de frequentar turmas ouvintes, quer
seja em instituições públicas ou privadas, de diversas
modalidades e níveis de ensino, onde sua língua
materna, que é a Libras, deve ser respeitada. Esta teve
o seu reconhecimento em 2002, através da Lei
10.436/2002, que a reconhece como uma língua
oficial dos surdos no Brasil, com parâmetros,
estruturas e particularidades linguísticas” (SOARES e
SILVA, 2015 p. 02).
Na busca de respostas aos questionamentos que envolvem a adaptação
curricular para surdos, Formoso (2009), sugere:
 que na educação de surdos os conteúdos são simplificados, como se

eles não tivessem capacidade de aprender e estivessem sempre


atrasados em relação aos ouvintes;
 que na educação de surdos, não há muita discussão de currículo, e

quando há, estas são sugeridas pelos ouvintes;


 que na educação de surdos os conteúdos são infantilizados como se

os surdos fossem incapazes de compreender as disciplinas do ensino


regular;
 que na educação de surdos a maioria dos professores não domina a

língua de sinais fator determinante para efetivar uma educação de


qualidade aos alunos surdos;
“De acordo com Franco (2007) “as adaptações curriculares,
de planejamento, objetivos, atividades e formas de
avaliação, no currículo como um todo, ou em aspectos dele,
são para acomodar os alunos com necessidades especiais...”,
esse é um dos caminhos possíveis para que alunos surdos
possam atender às exigências do currículo comum, que
necessita ser reformulado no sentido de oferecer-lhes as
mesmas condições de desenvolvimento dos alunos ouvintes,
sendo o professor responsável por regular a sua prática
educativa para ajustá-la às suas reais necessidades”
(SILVA 2013- p 03).
“Então, observamos que é dever do professor, quanto
figura de conhecimento, estimular e mostrar meios para
o educando aprender. O objetivo não é mudar o
currículo todo por causa do aluno surdo, mas sim,
adaptá-lo de forma segura, que favoreça seu principal
meio de aprendizado, o visual” (SOARES e SILVA,
2015 p. 09).
O QUE ENSINAR? COMO ENSINAR? COMO
ORGANIZAR?

• Objetivos • Metodologias • Espaços


• Conteúdos • Atividades • Tempos
•Agrupamentos
A adaptação curricular precisa estar presente em:
 Adaptação PPP – considera a organização escolar e

os serviços de apoio a fim de propiciar condições


estruturais que possam ocorrer no nível de sala de
aula ou no nível individual.
 Adaptação relativa ao currículo da classe – refere-se,

principalmente, as atividades elaboradas para sala de


aula.
 Adaptação individualizada do currículo – o foco na

atuação do professor e na avaliação de cada aluno.


“Não devemos esperar fórmulas prontas e didáticas já
estipuladas para conseguirmos trabalhar com alunos
surdos e ou classes mistas. Cada aluno, surdo ou
ouvinte, tem suas potencialidades, necessidades e
anseios específicos” (SILVA 2013 p. 09).
Referências
A importância do plano de aula. Disponível em: https://
educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/a-importancia-plano-aula.htm
Plano de aula. Disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/plano-aula-10.htm
Elaboração do plano de ensino e do plano de aula. Disponível em:
http://www.ppgd.unirio.br/unirio/cchs/eb/elaboraodoplanodeensinoedoplanodeaula.pdf
O planejamento de aula: um instrumento de garantia de aprendizagem. Disponível em: https://
educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/26724_13673.pdf
Inclusão escolar: adaptação curricular para alunos surdos. Disponível em: http
://editora-arara-azul.com.br/site/admin/ckfinder/userfiles/files/6)%20Silva%20REVISTA%2011.pdf
Adaptações Curriculares para Alunos Surdos. Disponível em:
http://editora-arara-azul.com.br/site/admin/ckfinder/userfiles/files/5º%20Artigo%20para%20REVISTA
%2015%20de%20LUCAS%20SOARES%20e%20ANA%20PAULA%20%20SILVA.pdf
Tenho um aluno surdo, e agora? Disponível em: http://
playtable.com.br/blog/tenho-um-aluno-surdo-e-agora
Recebi um aluno surdo. E agora? Disponível em: https://
novaescola.org.br/conteudo/1878/recebi-um-aluno-surdo-e-agora

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