Você está na página 1de 51

CONTOS DE AUTOR

Conto

Texto narrativo:
PORTUGUÊS · 9.º ANO
3.º Ciclo do Ensino Básico conto

ANA SANTIAGO
SOFIA DINIZ
SOFIA PAIXÃO
Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão
O Mundo em Palavras | Português | 9.º ano
© Raiz Editora, 2023 | Todos os direitos reservados
Conto

O conto é uma narrativa breve, caracterizada pela concentração


da ação, envolvendo um número reduzido de personagens.

Habitualmente, numa narrativa, a ação – sucessão dos


acontecimento narrados – pode ser dividida em três partes:

a situação inicial;
as peripécias;
o desfecho ou desenlace.

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão


O Mundo em Palavras | Português | 9.º ano
© Raiz Editora, 2023 | Todos os direitos reservados
Conto

Situação Peripécias Desfecho


inicial
(introdução) (desenvolvimento) (conclusão)

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão


O Mundo em Palavras | Português | 9.º ano
© Raiz Editora, 2023 | Todos os direitos reservados
Conto

Os outros elementos da narrativa são os seguintes:


Personagens

Espaço
Na piscina do parque de campismo…

Tempo
Numa tarde de verão…

Narrador
Participante (Estava eu…) ou ausente (Estava um rapaz…)
Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão
O Mundo em Palavras | Português | 9.º ano
© Raiz Editora, 2023 | Todos os direitos reservados
Conto

O discurso da narrativa pode apresentar-se dos seguintes modos:

Narração Relato dos acontecimentos

Apresentação das características das


Descrição
personagens e dos espaços
Reprodução, em discurso direto, das
Diálogo falas das personagens
Reprodução das falas de uma personagem
Monólogo consigo mesma ou dos seus pensamentos
Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão
O Mundo em Palavras | Português | 9.º ano
© Raiz Editora, 2023 | Todos os direitos reservados
Conto

Lê o conto seguinte, que é mesmo muito breve.


Os homens de manteiga

Joanino Peregrino, grande viajante e famoso explorador, foi


parar certa vez ao país dos homens de manteiga. Porque se
derretiam ao sol, tinham de viver sempre no fresco e habitavam
numa cidade onde, em vez de casas, havia inúmeros frigoríficos. Ao
passar nas ruas, Joanino via-os debruçados nas janelas dos seus
frigoríficos, com um saco de gelo na cabeça. Na portinhola de cada
frigorífico havia um telefone para se falar com o morador.
Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão
O Mundo em Palavras | Português | 9.º ano
© Raiz Editora, 2023 | Todos os direitos reservados
Conto

— Está lá?
— Está.
— Quem fala?
— O rei dos homens de manteiga. Nata de primeira
qualidade. Leite de vaca suíça. Já viu bem o meu frigorífico?
— Caramba, é de ouro maciço. Mas nunca sai daí?
— Saio de inverno, quando faz muito frio, num automóvel de
gelo.

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão


O Mundo em Palavras | Português | 9.º ano
© Raiz Editora, 2023 | Todos os direitos reservados
Conto

— E se, por acaso, o sol rompe inesperadamente das nuvens


enquanto Vossa Majestade se passeia?
— Não pode, não é permitido. Mandaria os meus soldados
pô-lo na prisão.
— Ora! — disse Joanino. E partiu para outro país.

Gianni Rodari, Histórias ao telefone, Lisboa, Teorema, 1987, p. 26

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão


O Mundo em Palavras | Português | 9.º ano
© Raiz Editora, 2023 | Todos os direitos reservados
Conto

Este conto exemplifica bem uma narrativa com um número


reduzido de personagens.
Explica porquê.

As personagens são apenas Joanino Peregrino (o protagonista),


o rei dos homens de manteiga (personagem secundária) e
alguns habitantes daquele lugar (figurantes).

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão


O Mundo em Palavras | Português | 9.º ano
© Raiz Editora, 2023 | Todos os direitos reservados
Conto

Explica por que razão podemos afirmar que, nesta narrativa, há


também uma redução quanto ao espaço e ao tempo.

A ação decorre sempre no mesmo local e no mesmo


momento.

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão


O Mundo em Palavras | Português | 9.º ano
© Raiz Editora, 2023 | Todos os direitos reservados
Conto

Apresenta as três partes que constituem a curta ação desta narrativa.

A situação inicial é a chegada de Joanino Peregrino ao país


dos homens de manteiga. As peripécias resumem-se à
decisão de Joanino de usar o telefone de um dos frigoríficos
e ao seu diálogo com o rei dos homens de manteiga. O
desfecho ou desenlace corresponde à partida de Joanino
para outro país.

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão


O Mundo em Palavras | Português | 9.º ano
© Raiz Editora, 2023 | Todos os direitos reservados
Conto

Como se apresenta maioritariamente o discurso nesta narrativa?

Apresenta-se como descrição do lugar visitado por Joanino


Peregrino e dos respetivos habitantes e como diálogo do
protagonista com o rei daquele país.

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão


O Mundo em Palavras | Português | 9.º ano
© Raiz Editora, 2023 | Todos os direitos reservados
Conto

Como classificas o narrador deste conto? Justifica.

É um narrador ausente ou não participante, pois narra os


acontecimentos na 3.ª pessoa.

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão


O Mundo em Palavras | Português | 9.º ano
© Raiz Editora, 2023 | Todos os direitos reservados
Conto

FIM

Ana Santiago | Sofia Diniz | Sofia Paixão


O Mundo em Palavras | Português | 9.º ano
© Raiz Editora, 2023 | Todos os direitos reservados
A Aia de Eça de Queirós
p. 38
https://app.escolavirtual.pt/lms/playerteacher/resource/23565103/E?se=&seType=&
coId=25216499&bkid=27417139
1.
O discurso é marcadamente narrativo e biográfico o que
se pode comprovar pela indicação de dados pessoais e
eventos da vida de Eça de Queirós, com várias
referências temporais e espaciais (entre elas, o local e a
data de nascimento e morte), e de título de obras suas.
.
«A AIA» - este título ao foi dado pelo autor mas sim pelo
escritor Luís Magalhães por ocasião da publicação
póstuma do livro Contos.
.

História tradicional?
Indefinição do tempo e do espaço da ação e o facto de
as personagens serem identificadas pelo seu estatuto e
não pelo nome próprio.
1.
2.
2.

A figura do rei é fundamental , porque é a partir da


decisão deste e das suas consequências que se
desenvolve a ação do conto.
2.1.
A. «lua cheia» -
2. Sonho
B. «sete lanças» -
3. Ciclo da vida terrena que termina
C. «grande rio» -
Passagem a outra vida.
O bastardo
O bastardo
3.
O bastardo vivia afastado da comunidade, só com o seu
bando, e era dominado pela cobiça.
3.1.
Comparação (com um lobo)
O bastardo
3. 2.
A caracterização do bastardo sugere uma ave de rapina.
3. 3.
O «homem enorme» pode ser o próprio bastardo, uma
vez que os seus movimentos, a sua caracterização e a
forma como pega na criança permitem associá-lo ao
carácter animalesco e cobiçoso do bastardo.
O Príncipe e o Escravo
4.
Aspetos comuns:
dormiam lado a lado; tinham nascido na mesma noite;
eram criados pela mesma mulher; eram ambos beijados
pela rainha; os olhos de ambos eram reluzentes; ambos
recebiam o carinho da ama
Aspetos diferenciadores:
O cabelo do príncipe era louro e fino e o do escravo era
negro e crespo; o berço do príncipe era magnífico, de
marfim, com brocados, mas o escravo era pobre e de verga.
4.1.
Para caracterizar as personagens compara-se o brilho
dos seus olhos com o das pedras preciosas.
4.2.
a.
A riqueza
b.
Inocência
c.
consciência
4.3.
O mais livre seria o escravo, porque nunca estaria preso
à responsabilidade de governar.
4.4.

b.
A Rainha e a Ama

b.
5.
Perante o perigo o comportamento das duas mulheres é
contrastante.
5.1.
Para a caracterização da ama contribui a comparação
dos seus braços, aos segurarem o príncipe, com as
muralhas de uma cidade invencível.
5.2.

À «roca» representa a rainha e a «espada» refere-se ao


rei.
5.3.

Quem irá contrariar a ideia de que o príncipe estaria


indefeso se estivesse apenas ao cuidado de uma mulher
será a ama, porque ela é protetora, forte e capaz de o
proteger.
5.4.

Pressentimento; celeridade

(celeridade
Qualidade do que é célere, rápido. = AGILIDADE, PRESTEZA, RAPIDEZ,
VELOCIDADE)
5.5.

«mãe ditosa»

Ditosa
1. Que tem dita; que tem sorte. = AFORTUNADO, SORTUDO ≠
AZARADO, AZARENTO, DESAFORTUNADO
2. Feliz, venturoso. ≠ INFELIZ
5.6.
Como resposta a ama crava um punhal no coração,
mostrando, assim, que não há riqueza que pague a
morte de um filho e, que, por outro lado, dado que ela
acredita na vida após a morte, iria para junto de todos
aqueles que já tinham morrido, ocupando o mesmo
lugar: serva e mãe.
5.7.

O suicídio da ama como forma de se reencontrar com o


filho é coerente com a sua crença na vida após a morte
(que pode ser comprovada nas linhas 32 a 44), uma vida
que seguiria as regras da vida terrena.
Outras personagens
6.
Auditivas.
Outras personagens
6.1.
A resposta não será sempre a mesma, pois, neste caso,
destacam-se as sensações visuais, uma vez que a
multidão, em suspenso, acompanha com o olhar o
movimento da mão da ama.
Outras personagens
6.2.
O objetivo da enumeração é dar a conhecer a
composição da multidão..
Espaços
7.
A ação deste conto localiza-se num reino abundante em
cidades e searas.
Espaços
7.1.
Os dois espaços opõem-se, porque o castelo isolado,
onde vive o bastardo, depravado e bravio, com a sua
horda de rebeldes, se opõe à ordem e à civilização
associadas ao palácio.
Espaços
7.2.
Os dois espaços interiores que se opõem são a câmara
onde a ama troca as crianças e a Câmara dos tesouros,
onde põe fim à sua vida.
Espaços
7.3.
c.
Espaços
7.4.

Você também pode gostar