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ADOLESCÊNCIA E A

AUTOMUTILAÇÃO
FACULDADE BOAS NOVAS
PROF. CLAUDIO JOSÉ DA SILVA
3º PERÍODO - 2023
INTEGRANTES DA EQUIPE

RENATO SERRÃO DE THAIS KAROLINE


LIMA AZEVEDO DA SILVA

BRENDA THAISSA TATIANE GLEICE DE


BARROS CANTISANI ARAÚJO FERREIRA
Objetivos

 1º Explorar os conceitos de adolescência e  4º Apresentar abordagens terapêuticas no


automutilação na psicologia. tratamento da automutilação adolescente.
 2º Compreender as causas da automutilação  5º Destacar a importância da prevenção da
na adolescência automutilação na adolescência
 3º Explorar as consequências da  6º Concluir com reflexões sobre o tema.
automutilação
O que é adolescência?

Fase de Transição Desafios e Pressões Tecnologia

A adolescência é um período Os adolescentes enfrentam A tecnologia tem um papel


de transição entre a infância e desafios como a construção significativo na adolescência,
a vida adulta, marcado por da identidade, a busca de influenciando a forma como
mudanças biológicas, autonomia e a pressão social os adolescentes se relacionam
psicológicas e sociais. em relação a com o mundo e consigo
comportamentos e aparência. mesmos.
O que é adolescência?

 A transição da fase infantil para a adolescência é um marco no desenvolvimento humano que


merece atenção especial da família, escola e dos profissionais da saúde, tendo em vista que
corpo do jovem é inventado a partir das fantasias do outro (FORTES; MACEDO, 2017). O corpo
que é socialmente construído é forçado a abdicar dos seus próprios desejos, ideais e
narrativas criados durante o período da infância. Desta forma, a adolescência é considerada
um período vulnerável por si só, pois ocorrem alterações psíquicas, físicas e sociais que geram
uma desorganização (AGUIAR, 2020). Esses traços de desordem relacionam-se com “o
sentimento de estranheza em relação ao seu corpo” (AGUIAR, 2020, p. 258). Situações em que
o sujeito não consegue atribuir um significado às mudanças vivenciadas, podem evoluir para
crises de identidade, depressão, ansiedade, sintomas psicóticos, preocupações com a
orientação sexual e aparência física (SILVA, A.; BOTTI, 2017).
Definição de automutilação
 A automutilação, também
conhecida como autolesão, é o
ato deliberado de causar dano
físico a si mesmo, sem a intenção
de cometer suicídio.
 Geralmente, a automutilação é
uma forma de lidar com a
angústia emocional, estresse ou
dor psicológica, e não é uma
tentativa direta de acabar com a
vida.
Definição de automutilação
 Considerando as automutilações, Alberti (2009) entende que os adolescentes utilizam de mutilações
para expressar aquilo que não pode ser dito através de palavras, sendo uma forma de denúncia do
próprio sofrimento. O corpo, nesta perspectiva, funciona como meio de comunicar aquilo que lhes
sufocam. Utilizando-se das palavras, ou seja, quando o significante representa algo para outro
significante através de uma cadeia, o simbólico reveste e é possível, então, que o adolescente possa se
direcionar para outros processos construtivos que não seja o ato de se automutilar.
 Apesar de entendermos ser o ato de cortar-se uma forma também de estabilização, o sujeito, poderia
encontrar através da sublimação, outras formas de expressões daquilo que lhe atormenta. A autora
salienta que na adolescência há uma tendência maior do agir do que a utilização de outros recursos
como a palavra, ou seja, no lugar de colocar em palavras aquilo que o angustia, o adolescente transfere
para o corpo, qual forma de percebê-lo como sendo seu. Essa tendência "é muitas vezes compreendida
como um fenômeno que vem em resposta à descoberta das percepções corporais no adolescente,
segundo as quais seu corpo se torna um estranho" (Alberti, 2009, p. 26).
 A automutilação é um
comportamento preocupante
observado em alguns adolescentes.
 Envolve a autoinfligência de dor
física como uma forma de lidar com
o sofrimento emocional.
 A automutilação pode ter raízes em
problemas de saúde mental não
resolvidos.
 O estudo da automutilação em
adolescentes é relevante para a
identificação precoce e intervenção.
Automutilação no olhar da Psicanálise
 Para a psicanálise, a  Além disso, a psicanálise
automutilação pode ser também considera a
vista como um automutilação como uma
comportamento que forma de autopunição. O
pode ter várias razões. adolescente pode se
Uma delas é a sentir culpado por
necessidade de lidar com alguma coisa e, em vez
emoções difíceis, como de lidar com a culpa de
tristeza, raiva ou maneira saudável, ele a
confusão. A expressa cortando-se ou
automutilação pode ser machucando-se.
uma forma de expressar
essas emoções de
maneira física, porque o
adolescente pode não
conseguir falar sobre
elas.
Automutilação no olhar da Psicanálise
 A fim de compreender os processos subjetivos tudo o que desejamos, mas devemos considerar o
relacionados aos quadros clínicos de automutilação, mundo em que vivemos. O ego negocia com o id,
Hermeto e Martins (2012) pontuam: buscando encontrar maneiras sensatas de ajudá-lo a
obter aquilo que deseja, sem causar danos ou outras
 “As pulsões orientam o comportamento e nos consequências terríveis. (HERMETO; MARTINS, 2012, p.
direcionam para as opções que prometem satisfazer 96-97).”
nossas necessidades básicas. Elas garantem nossa
sobrevivência: a necessidade de comida e água e a de  Com isso, entende-se que a pulsão está presente nos
encontrar calor, abrigo e companhia; e desejo sexual atos, sendo que os adolescentes se sentem impedidos de
para garantir a continuação da espécie. Freud afirmou lutar contra seus próprios sentimentos internos, os quais
que o inconsciente também abriga uma pulsão mostram-se tortuosos naquele instante em que
contraditória, a pulsão da morte, que está presente vivenciam os referidos traumas. Para o sujeito, a
desde o nascimento. Essa pulsão é autodestrutiva e nos automutilação torna-se menos dolorosa quando
move para a frente, ainda que, ao fazê-lo, estejamos comparada com a possibilidade de vivenciar o
cada vez mais próximos da morte. O id (constituído pelos sofrimento psíquico que foi causado por diversas
impulsos primitivos) obedece ao princípio do prazer, situações pessoais, familiares e escolares.
segundo o qual todo desejo deve ser imediatamente
satisfatório: o id quer tudo agora. Contudo, outra parte
da estrutura mental, o ego, atua sob o comando do
princípio da realidade, segundo o qual não podemos ter
Tipos comuns de automutilação
 Cortes: Fazer cortes superficiais
na pele com objetos afiados.
 Queimaduras: Aplicar calor à
pele, geralmente com cigarros,
isqueiros ou objetos quentes.
 Arranhões: Arranhar a pele para
causar dor.
 Pancadas: Bater em si mesmo
contra objetos duros.
 Ingestão de substâncias tóxicas:
Consumir substâncias
prejudiciais em pequenas
quantidades.
 A automutilação é um fenômeno
preocupante que afeta uma parcela
significativa de adolescentes.
 Estatísticas indicam que a prevalência da
automutilação é maior em adolescentes do
que em outras faixas etárias.
 Fatores como pressão social, estresse
escolar, bullying e problemas de saúde
mental contribuem para essa prevalência.
 O estudo da automutilação é vital para
entender sua extensão e desenvolver
estratégias de prevenção e intervenção.
Motivações para a automutilação

 A automutilação é frequentemente motivada 3. Fatores Familiares


por uma série de fatores psicológicos, sociais Abuso, negligência, conflitos familiares e
e familiares. falta de apoio emocional podem estar
associados à automutilação.
1. Fatores Psicológicos:
Ansiedade, depressão, transtornos
alimentares e outros problemas de saúde
mental podem desempenhar um papel
significativo.
2. Fatores Sociais:
Pressão dos colegas, bullying e isolamento
social podem contribuir para o
comportamento autolesivo.
Motivações para a automutilação

 Identificou-se que fatores familiares associados a experiências relacionais traumáticas


apresentam muita influência no contexto da automutilação. Com base nos resultados dos
estudos disponíveis, pode-se argumentar que antecedentes de conflitos familiares, quebra de
vínculos como divórcio dos pais ou morte de um deles, crítica excessiva dos pais, falta de
apoio familiar, problema do álcool na família, violência doméstica, brigas interpessoais e viver
em famílias extensas são fatores de risco para violência autoprovocada. (Law & Shek, 2016;
Moraes et al., 2020).
 Isso se confirma através de outros estudos os quais afirmam que a automutilação apresenta
como principais fatores associados, além de problemas de saúde física, eventos negativos na
vida, status econômico familiar ruim, alto nível de educação dos pais, divorciados ou pais
viúvos e história familiar de suicídio. Todas essas características foram significativamente
associadas a violência autoprovocada. Esse mesmo estudo, realizado com adolescentes,
apresentou resultados interessantes ao concluir que um em cada quatro adolescentes
chineses relata ter se envolvido com automutilação e 3,8% tentaram suicídio (Liu et al., 2017).
Sinais de automutilação e
Como identificar adolescentes que praticam a automutilação

 É essencial estar ciente dos sinais de  Identificar adolescentes que praticam a


automutilação em adolescentes para automutilação pode ser desafiador, pois eles
identificar o problema precocemente. geralmente tentam esconder o
comportamento.
 Sinais físicos incluem cortes, queimaduras,
arranhões ou contusões inexplicadas.  Observar atentamente as mudanças no
comportamento, aparência e relações sociais
 Adolescentes podem usar roupas de manga é fundamental.
longa ou calças mesmo em clima quente
para esconder as marcas.  Fornecer um ambiente de confiança e apoio
pode incentivar os adolescentes a
 Além disso, mudanças comportamentais, compartilharem seus problemas e
como isolamento, humor deprimido, experiências.
ansiedade excessiva ou recusa em participar
de atividades físicas, podem ser indicativos
de automutilação.
Comunicação e abertura para discutir o tema
 É fundamental criar um ambiente seguro e
aberto para que adolescentes se sintam à
vontade para discutir a automutilação.
 Ouvir atentamente, demonstrar empatia e
evitar julgamentos são elementos
essenciais na comunicação.
 Encorajar os adolescentes a buscar ajuda
profissional e apoio de familiares e amigos
é uma parte crucial do processo.
Consequências da automutilação

1. Consequências Físicas  2. Consequências Emocionais


 A automutilação pode causar ferimentos  A automutilação pode agravar problemas
físicos óbvios, como cortes, queimaduras e emocionais, como ansiedade e depressão.
arranhões.
 Sentimentos de culpa e vergonha associados
 Riscos de infecção devido a ferimentos não ao comportamento.
tratados.
 Dificuldade em estabelecer relações
 Cicatrizes permanentes que podem afetar a interpessoais saudáveis.
autoestima e a imagem corporal.
 Piora da saúde mental devido à falta de uma
 Lesões graves, incluindo hemorragia estratégia de enfrentamento saudável.
excessiva, danos aos nervos e infecções
graves.
Riscos Associados à Automutilação

 Automutilação pode ser um indicativo de


problemas subjacentes de saúde mental não
tratados.
 A automutilação aumenta o risco de suicídio,
mesmo que não seja uma tentativa direta de
suicídio.
 Pode levar a uma dependência do
comportamento de automutilação como
mecanismo de enfrentamento.
 Isolamento social devido ao estigma
associado à automutilação.
Riscos Associados à Automutilação

 A automutilação é descrita como um fenômeno complexo, Em um estudo realizado nos Estados Unidos, evidenciou-se
que apresenta variações quanto à nomenclatura, ao conceito, que após a automutilação não fatal, o público estudado
à prevalência, à origem e a determinantes. Atualmente, os apresentava risco 26,7 vezes maior de suicídio do que a
estudos sobre este comportamento se dividem em dois população geral (Olfson et al., 2018). Ressalta-se a
grupos, que se distinguem em relação a intenção do ato, importância dos cuidados de acompanhamento para ajudar a
sendo eles: Deliberate self harm, que inclui todos os métodos garantir a segurança desse público.
de automutilação, não diferenciando se é uma tentativa de
suicídio ou não e Non Suicidal Self Injury (NSSI), que diz  No mesmo sentido, estudos nacionais e internacionais
respeito a lesões como cortes, queimaduras e arranhões, abordam os motivos que levam o indivíduo a se automutilar.
referindo-se somente à destruição do tecido na ausência da Dentre as causas mais comuns estão a tentativa de modular
intenção de morte. Ademais, sabemos que vários fatores as reações emocionais que são intensas e comuns na
emocionais, contextuais e sociais podem levar a adolescência, a baixa capacidade de resolver problemas, a
comportamentos prejudiciais à saúde como a automutilação. dificuldade de comunicação, a tolerância baixa ao estresse e
a sensibilidade aumentada a emoções negativas, visto que se
 Este comportamento, apesar de ocorrer em diversas faixas busca uma forma para lidar com essas situações. Nisso, o
etárias, é mais comum em adolescentes com início entre os sofrimento e a solidão são gatilhos para a automutilação
13 e 14 anos, podendo perdurar por 10 ou mais anos (Gorodetsky et al., 2016; Richmond-Rakerd et al., 2019).
(Moraes et al., 2020). Embora os comportamentos de Alguns estudos caracterizam a automutilação
automutilação sejam em grande parte não fatais, os predominantemente como função automática negativa,
indivíduos que se envolvem em automutilação podem sofrer responsabilizando-a pela regulação de emoções não
lesões que requerem atenção médica e também apresentam desejadas e não a caracterizando como um ato ou
maior risco de suicídio (Peh et al., 2017; Moraes et al., 2020). comportamento manipulador (Moreira et al., 2021).
As diferenças e similares: Automutilação x Ideação suicida

 A automutilação e a ideação suicida  3.Mecanismo de enfrentamento: A atenção imediata, pois pode levar a
são dois comportamentos relacionados automutilação pode ser vista como um tentativas de suicídio.
à saúde mental, mas têm diferenças mecanismo de enfrentamento
significativas. Aqui estão as principais prejudicial e não saudável, mas  Semelhanças:
diferenças e semelhanças entre esses algumas pessoas a usam para tentar
dois conceitos: aliviar a angústia emocional.  1.Ambos são sinais de sofrimento
emocional: Tanto a automutilação
 Automutilação:  Ideação Suicida: quanto a ideação suicida estão
associadas a um sofrimento emocional
 1.Definição: A automutilação envolve o  1.Definição: A ideação suicida refere-se profundo e são indicativos de
ato deliberado de infligir danos físicos a pensamentos, fantasias ou desejos problemas de saúde mental.
a si mesmo, como cortar, queimar, de morrer. É a consideração ou
bater ou arranhar a própria pele, planejamento de cometer suicídio.  2.Necessidade de ajuda profissional:
geralmente como uma forma de lidar Tanto a automutilação quanto a
com a dor emocional ou estresse. 2.Propósito: A ideação suicida está ideação suicida requerem intervenção
associada ao desejo de acabar com a profissional. Pessoas que se envolvem
 2.Propósito: A automutilação não é um própria vida, e pode ser um sinal de em automutilação devem procurar
comportamento com o objetivo de profunda angústia emocional e ajuda para aprender estratégias de
morrer. Pelo contrário, é muitas vezes desespero. enfrentamento mais saudáveis,
uma estratégia de enfrentamento para enquanto aqueles com ideação suicida
aliviar a dor emocional ou sentir algum  3.Perigo potencial: A ideação suicida é precisam de apoio imediato e avaliação
controle sobre as emoções. um sinal de alerta sério e requer por profissionais de saúde mental.
Abordagens Terapêuticas utilizadas e formas de tratamento

1. Terapia Cognitivo-Comportamental: 2. Terapia de Grupo


 A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é  A Terapia de Grupo oferece um ambiente de
uma abordagem amplamente utilizada no apoio, onde adolescentes podem
tratamento da automutilação. compartilhar experiências e aprender com os
outros.
 Foca na identificação e modificação de
pensamentos disfuncionais e padrões de  Promove a compreensão, empatia e a
comportamento negativos. sensação de pertencimento.
 Ajuda os adolescentes a desenvolver  Permite que os adolescentes se sintam
estratégias de enfrentamento saudáveis e a menos isolados, além de receber orientação
melhorar a gestão das emoções. de profissionais qualificados.
3. Apoio Familiar
 O apoio familiar desempenha um
papel crucial no tratamento da
automutilação em adolescentes.
 Pais e cuidadores desempenham
um papel fundamental na
identificação precoce e no acesso
a tratamento.
 O ambiente familiar deve ser 4. Tratamentos Medicamentosos
seguro, acolhedor e comunicativo
para auxiliar na recuperação dos  Em alguns casos, o uso de medicamentos
adolescentes. pode ser indicado para controlar sintomas
como ansiedade e transtornos de humor, no
entanto, os medicamentos não devem ser a
única forma de tratamento.
Prevenção da automutilação na adolescência

 A prevenção da automutilação em adolescentes é uma parte fundamental no combate a esse


comportamento, pois essas estratégias de prevenção visam identificar riscos e promover a
saúde mental e emocional dos jovens.
 A educação sobre saúde mental é crucial para a prevenção da automutilação.
 Escolas e comunidades devem promover programas de conscientização e educação sobre
saúde mental.
 Ensinar adolescentes a reconhecer e lidar com o estresse e problemas emocionais de maneira
saudável é fundamental.
 Identificar fatores de risco é essencial para a prevenção.
 Os profissionais de saúde e educadores devem estar cientes dos sinais que indicam que um
adolescente está em risco de automutilação, pois isso permite a intervenção precoce e o
direcionamento para o tratamento adequado.
Prevenção da automutilação na adolescência

 Promover o bem-estar emocional dos adolescentes é uma estratégia preventiva eficaz.


 Encorajar atividades que ajudem a aliviar o estresse, como exercícios, hobbies e expressão
artística.
 Fornecer apoio emocional, construir resiliência e ensinar estratégias de enfrentamento
saudável são aspectos importantes na promoção do bem-estar.
Prevenção da automutilação na adolescência

 A prática psicológica contribui nesse processo, importância da família e, em especial dos pais, como
pontuando a importância da identificação de sinais e principais aspectos para sua prevenção. Por outro lado,
sintomas, da observação, da prática do diálogo e a falta de comunicação e relações parentais
monitoramento (BRITO et al., 2020). Seguindo nesta dissociadas, abuso e violência doméstica são fatores de
direção, a visão do professor é fundamental pelo fato risco.
dele estar diariamente com os adolescentes (BERGER;
HASKING; MARTIN, 2013; GROSCHWITZ et al., 2017).  Desta forma, o estabelecimento de conexões
Essa consideração corrobora os apontamentos de multidisciplinares entre os campos familiar, escolar e
Araújo, L., Vieira e Coutinho (2010), pois pontuam a psicológico é essencial para resgatar o bem-estar e
necessidade de estabelecer atenção a estudantes funcionamento saudável na vida dos jovens (BRITO et
jovens por meio de serviços psicológicos na formação al., 2020). Segundo Forster et al. (2020), a exposição
escolar. prolongada a estressores traumáticos durante as fases
críticas de desenvolvimento descreve efeitos
 Através da observação, o professor identifica multiplicativos da adversidade familiar e identifica
comportamentos autodestrutivos relacionados com: fatores de proteção que podem atrapalhar a
tristeza, isolamento, problemas familiares que ficam progressão de graves transtornos internalizantes, em
evidentes devido a mudanças repentinas em sala de que o apoio de colegas e professores reduz as chances
aula (BRITO et al., 2020). Estes autores pontuam redes de comportamentos suicidas e destaca a importância
de apoio, tais como vínculos de amizade, das conexões sociais em desenvolvimento e resiliência
acompanhamento profissional, acolhimento e a do adolescente.
Considerações Finais

 Recapitulação dos Principais Pontos:


 Abordamos a automutilação em adolescentes, explorando suas causas, consequências e estratégias de
prevenção e tratamento.
 A importância de entender a complexidade desse problema de saúde mental foi enfatizada.

 Importância da Intervenção Precoce:


 A identificação precoce e a intervenção adequada são cruciais para ajudar os adolescentes a superar a
automutilação e promover o bem-estar emocional.

 A Importância da Psicologia da Adolescência:


 A Psicologia da Adolescência desempenha um papel fundamental na compreensão e no tratamento de desafios
específicos enfrentados por essa faixa etária.
PERGUNTAS?
Referências Bibliográficas

 ALMEIDA, Rodrigo Silva. A prática da automutilação na adolescência: o olhar da psicologia


escolar/educacional. Caderno de Graduação-Ciências Humanas e Sociais-UNIT-ALAGOAS, v. 4,
n. 3, p. 147-147, 2018.
 MORAES, Danielle Xavier et al. “Caneta é a lâmina, minha pele o papel”: fatores de risco da
automutilação em adolescentes. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, 2020.
 MOREIRA, Érika de Sene et al. Automutilação em adolescentes: revisão integrativa da
literatura. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 3945-3954, 2020.
 DE FÁTIMA NUNES, Larissa; DE CASTRO, Marcelo Matta. A AUTOMUTILAÇÃO NA
ADOLESCENCIA NA VISÃO DA PSICANÁLISE. Psicologia e Saúde em debate, v. 8, n. 2, p. 246-
259, 2022.

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