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Redes Eletrônicas e

ambientes de informação

Prof. Dr. Marcos Luiz Mucheroni


5ª. AULA
2016
Cap. 2 -Recursos da Internet para
comunicação e intercâmbio de informações:
2.1 História das redes de computadores e da Internet
2.2 O Que é a Internet?
2.3 A Borda (Periferia) da Internet
2.3.1. Redes de acesso e meios físicos
2.4 O Núcleo da Rede
2.4.1. ISPs e backbones da Internet
2.4 Atraso, perda e vazão em redes de comutação de
pacotes
2.5 Camadas de protocolos e seus modelos de serviços
(2.6 Redes sob ataque) (se der)

Marcos L Mucheroni
2.1. História da Internet
1961-1972: Estréia da comutação de pacotes
- 1961: Kleinrock - teoria das
filas demonstra eficiência da
comutação por pacotes
- 1964: Baran - comutação de
pacotes em redes militares
- 1967: concepção da
ARPAnet pela ARPA
(Advanced Research
Projects Agency)
- 1969: entra em operação o
primeiro nó da ARPAnet

Marcos L Mucheroni
2.1. História da Internet

1961-1972: Estréia da comutação de pacotes


- 1972:
- demonstração pública
da ARPAnet
- NCP (Network Control
Protocol) primeiro
protocolo host-host
- primeiro programa de
e-mail
- ARPAnet com 15 nós

Marcos L Mucheroni
2.1. História da Internet
1972-1980: Interconexão de redes novas e proprietárias

 1970: rede de satélite Princ. de interconexão Cerf/ Kahn:


ALOHAnet no Havaí  minimalismo, autonomia -
 1973: Metcalfe propõe a não é necessária nenhuma
Ethernet em sua tese de mudança interna para
doutorado interconectar redes
 1974: Cerf e Kahn - arquitetura  modelo de serviço best
para a interconexão de redes effort
 fim dos anos 70: arquiteturas  roteadores sem estados
proprietárias: DECnet, SNA,  controle descentralizado
XNA
definem a arquitetura atual da
 fim dos anos 70: comutação de Internet
pacotes de comprimento fixo
(precursor do ATM)
 1979: ARPAnet com 200 nós
Marcos L Mucheroni
2.1. História da Internet

1980-1990: novos protocolos, proliferação de redes

 1983: implantação do  novas redes nacionais:


TCP/IP Csnet, BITnet, NSFnet,
 1982: definição do protocolo Minitel
SMTP para e-mail  100.000 hosts conectados
 1983: definição do DNS para numa confederação de
tradução de nome para redes
endereço IP
 1985: definição do protocolo
FTP
 1988: controle de
congestionamento do TCP
Marcos L. Mucheroni - 2009
2.1. História da Internet
Anos 90 e 2000: comercialização, a Web, novas aplicações
 início dos anos 90: ARPAnet Final dos anos 90-00:
desativada
 novas aplicações:
 1991: NSF remove restrições
ao uso comercial da NSFnet mensagens instantâneas,
(desativada em 1995) compartilhamento de
 início dos anos 90 : Web arquivos P2P
 hypertexto [Bush 1945,
 preocupação com a
Nelson 1960’s] segurança de redes
 HTML, HTTP: Berners-  est. 50 milhões de
Lee computadores na Internet
 1994: Mosaic,  est. mais de 100 milhões de
posteriormente Netscape usuários
 fim dos anos 90:  enlaces de backbone a Gbps
comercialização da Web
Marcps L. Mucheroni
2.1. História da Internet
2007:
 ~500 milhões de hospedeiros
 Voz, Vídeo sobre IP
 Aplicações P2P: BitTorrent
(compartilhamento de arquivos)
Skype (VoIP), PPLive (vídeo)
 Mais aplicações: YouTube, jogos
 wireless, mobilidade

Marcos L Mucheroni
2.2. O que é a Internet - Camadas
“Camadas” de Protocolos
As redes são complexas! Pergunta:
 muitos “pedaços”:
Há alguma esperança em
 hosts conseguirmos organizar
 roteadores a estrutura da rede?
 enlaces de
diversos meios Ou pelo menos a nossa
discussão sobre redes?
 aplicações
 protocolos
 hardware, software
Marcos L Mucheroni
2.2. Organização de uma viagem aérea

 Uma série de passos/ações

Marcos L Mucheroni
2.2. Funcionalidade de uma linha
aérea em camadas

Camadas: cada camada implementa um serviço


 através de ações internas à camada
 depende dos serviços providos pela camada inferior

Marcos L Mucheroni
2.2. Por que dividir em camadas?
Lidar com sistemas complexos:
 estrutura explícita permite a identificação e
relacionamento entre as partes do sistema complexo
 modelo de referência em camadas para discussão
 modularização facilita a manutenção e atualização do
sistema
 mudança na implementação do serviço da camada
é transparente para o resto do sistema
 ex., mudança no procedimento no portão não
afeta o resto do sistema
 divisão em camadas é considerada prejudicial?

Marcos L Mucheroni
Cap. 2 -Recursos da Internet para
comunicação e intercâmbio de informações:
2.1 História das redes de computadores e da Internet
2.2 O Que é a Internet?
2.3 A Borda (Periferia) da Internet
2.3.1. Redes de acesso e meios físicos
2.4 O Núcleo da Rede
2.4.1. ISPs e backbones da Internet
2.5 Atraso, perda e vazão em redes de comutação de
pacotes
2.7 Camadas de protocolos e seus modelos de serviços
(2.6 Redes sob ataque) (se der)

Marcos L Mucheroni
Olhada mais de perto na estrutura
da rede:
 Borda da rede: aplicações e
hospedeiros (hosts)
 núcleo da rede:
 roteadores
 rede de redes
 redes de acesso, meio
físico: enlaces de
comunicação
2.3. A borda da rede:
 Sistemas finais (hosts):
 rodam programs de aplicação
 ex., WWW, email
 na “borda da rede”
 modelo cliente/servidor
 o host cliente faz os pedidos, são
atendidos pelos servidores
 ex., cliente WWW (browser)/
servidor; cliente/servidor de email
 modelo peer-peer :
 interação simétrica entre os hosts
 ex.: Gnutella, bitTorrent
Modelo Cliente-Servidor
Cliente-Servidor
 Vantagens  Desvantagens
 Recursos partilháveis  Custo
 Segurança  Hardware

 Controle central de  Software

arquivos  É necessário um
 Servidores dedicados administrador
e otimizados
 Os usuários não se
preocupam com a
administração
Peer-to-Peer
 Vantagens  Desvantagens
 recursos  Sem organização central
 Difícil localização de
partilháveis
arquivos
 O setup é simples
 Duplicações
 Sem investimento desnecessárias
extra com servidores
 Os usuários são os
 Sem administrador administradores
 Baixo custo para  Sem segurança
pequenas redes
 Desempenho
Borda da rede: serviço orientado a conexões

Objetivo: transferência de serviço TCP [RFC 793]


dados entre sistemas finais.  transferência de dados através
 handshaking: inicialização de um fluxo de bytes
(prepara para) a transf. de ordenados e confiável
 perda: reconhecimentos e
dados
retransmissões
 Alô, alô protocolo humano
 controle de fluxo :
 inicializa o “estado” em  transmissor não inundará o
dois hosts que desejam se receptor
comunicar
 controle de congestionamento
 TCPTransmission Control Protocol
 transmissor “diminui a taxa de
 serviço orientado a transmissão” quando a rede
conexão da Internet está congestionada.
2.3. Borda da rede: serviço sem conexão
Aplicações que usam
Objetivo: transferência de dados TCP:
entre sistemas finais
 HTTP (WWW), FTP
 mesmo que antes!
(transferência de
 UDP - User Datagram Protocol arquivo), Telnet (login
[RFC 768]: serviço sem remoto), SMTP (email)
conexão da Internet
Aplicações que usam
 transferência de dados
UDP:
não confiável
 streaming media,
 não controla o fluxo teleconferência,
 Nem congestionamento telefonia Internet
2.3.1. Redes de acesso e meios físicos
P: Como conectar os sistemas
finais aos roteadores de
borda?
 redes de acesso residencial
 redes de acesso institucional
(escola, empresa)
 redes de acesso móvel

Considere:
 largura de banda (bits por
segundo) da rede de
acesso?
 compartilhada ou dedicada?
2.3.2. Roteamento/Comutação
2.3.2. Meios Físicos de Transmissão
Aplicação
Camada de DNS
DNS HTTP
HTTP FTP
FTPTelnet
Telnet SMTP
SMTP
Aplicação POP
POP IMAP
IMAP...
...
Camada de TCP
TCP//UDP
UDP
transporte

Camada IP
IP
de rede

802.2
802.2 subcamada LLC
Camada 802.3
802.3 subcamada MAC
intra-rede CSMA/CD
CSMA/CD
10Base5
subcamada física
10Base5 10Base2
10Base2 10BaseT
10BaseT 10BaseF
10BaseF

meio físico
2.3.1. Meios Físicos

 enlace físico: bit de dados transmitido se


propaga através do enlace
 meios guiados:
 os sinais se propagam em meios sólidos:
cobre, fibra
 meios não guiados:
 os sinais se propagam livremente, ex. rádio
Meios Físicos de Transmissão
 Meios físicos padronizados p/ IEEE – 1000 Mbps
 1000Base-X
 Identifica sistemas gigabit ethernet com codific. 8B/10B.
 Variedades:
 1000Base-SX
 “S” = Short  Onda curta
 1000Base-LX
 “L” = Long  Onda longa
 1000Base-CX
 “C” = Cobre
 1000Base-T
 Identifica sistemas gibabit ethernet sobre cabos de par trançado
categoria 6 ou superior.
Meios Físicos de Transmissão
 Meios físicos de transmissão definidos pelo padrão
IEEE 802.3
 Redes em barra - CSMA/CD
 Baseado no padrão Ethernet (muito semelhante ao
Ethernet)
 Define opções de meio físico e taxa de transmissão:
<Taxa> <Sinalização> <Tam>
Tamanho máximo do segmento * 100
Técnica de sinalização (baseband, broadband)
Taxa de transmissão em Mbps
Internet
 Início em 1969
 Baseado em um conjunto de protocolos onde os
mais importantes são o TCP e o IP
 Financiado pela ARPA
 Objetivos militares
 Sem ponto central de coordenação
 ARPANET - anos 70
 NSFNET - anos 80
 Difusão mundial - hoje
Modelo de Camadas –TCP/IP
 Implementação parcial
do modelo ISO-OSI
 Apenas 4 camadas
 Ethernet - camadas 1 e 2
 IP - camada 3
 TCP - camada 4
 Ftp, Telnet, etc -
camadas 5, 6 e 7
Ethernet
 Implementa 2 primeiras camadas do conjunto de
protocolos TCP/IP
 Protocolo de acesso ao meio mais comum
 Transmissão serial
 Baseado em broadcasts
 Padronizado (IEEE 802.3)
 Placas de rede identificadas por código de 48 bits
chamado MAC address gravadas durante sua
fabricação
 Outros: PPP, X.25, Z 39.50, etc
CSMA/CD
 Carrier Sense Multiple Access / Colision Detect
 Disciplina compartilhamento do meio de transmissão
entre todos os computadores
 Verifica meio antes de transmitir
 Aguarda tempo aleatório após liberação do meio
antes de iniciar a transmissão
 Colisão ainda é possível se computadores
transmitem simultaneamente e deve ser detectada
 Transmissão verificada para detectar corrupção de
dados e possível colisão
 Retransmissão de dados no caso de colisão
IP
 Internet Protocol
 Equivale a camada 3
 Trabalha com apenas com datagramas
 Sem controle de erros
 Presta serviços de roteamento
Endereçamento IP
 Utiliza 4 bytes
 Representação decimal: 200.145.31.1
 Classes:
 A:0.X.X.X a 127.X.X.X, 128 redes de 16 milhões de computadores
 B:128.X.X.X a 191.X.X.X, 16 mil redes de 65 mil computadores
 C: 191.X.X.X a 223.X.X.X, 2 milhões de redes de 256
computadores
 Endereçamento hierárquico
 Rotas decididas em função do número da rede
Rede Host
A
B
C
Máscaras de Rede
 Utilizado para definir a rede a qual pertence o computador
 Máscara típica: 255.255.255.0
 255 em binário é 11111111
 A rede do computador é obtida a partir de um AND entre o
endereço do computador e a máscara
 Se a rede do computador destino for a mesma do computador
origem o dado é enviado diretamente para o computador
destino através da sub-rede (ethernet)
 Se a rede for diferente os pacotes são enviados para o roteador

200.145.31.34 200.145.31.3
255.255.255.0 255.255.255.0

200.145.31.0 200.145.31.0 Mesma Rede!!


Bibliografia
 Kurose, James F. e Ross, K. - “Redes de
computadores e a Internet: uma abordagem
to-down”. 3. ed. São Paulo: Pearson Addison
Wesley, 2005 (capítulo 1) e (cap. 6 wireless)
 TANENBAUM, Andrew S. Computer
Network, 3a. Ed., Prentice Hall 1996.
 Monteiro, J.A.S. – Redes de Computado-
res, material didático, Disponível em:
http://www.lsi.usp.br/~volnys/courses/psi2653
/2006/06-ProgSockets/16-http-kurose.pdf
, Ac. em: dezembro 2008.
Marcos L Mucheroni

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