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Faculdade de Medicina do Vale do Aço

Ruídos

Saúde Coletiva III


Professor:
Guilherme Câmara

Componentes:
Alberto Antunes
Breno Rodrigues
Cristiano Vargas
Gabriela Cotta
Gladston Paiva
Munique Almeida
Natalia Tronconi
Nathalie Ladeia
Rildo Madureira
Introdução
Conceito
• O ruído é qualquer som que traz uma
sensação auditiva desagradável e
perturbadora.
Introdução
Tipos de ruídos
• Ruído direto: indivíduo diretamente em frente
da fonte geradora do ruído.
Introdução
Tipos de ruídos
• Ruído refletido: não está perto da fonte
sonora, mas está próximo do obstáculo
refletor. Ex: Eco
Introdução
Tipos de ruídos
• Ruído de fundo : como o próprio nome já diz,
não está diretamente inserido no ambiente, e
sim indiretamente. Ex: trânsito.
Introdução
• Todos os tipos de som são percebidos pelo
ouvido, que é formado por 3 partes distintas:
1) Ouvido externo: destinado a concentrar as
ondas sonoras.
2) Ouvido médio: destinado a transmitir as
ondas sonoras ao nervo auditivo.
3) Ouvido interno: destinado a alojar as
terminações do nervo auditivo, cuja
sensibilidade especial dá lugar à percepção
dos sons.
Ouvido externo Ouvido médio Ouvido interno
Introdução
Intensidade X Freqüência

volume (dc) (altura)


grave ou agudo

é uma importante
referência para nossa
saúde auditiva.
Introdução
• O ser humano consegue distinguir sons na
faixa de freqüência que se estende de 20 Hz
a 20.000 Hz.

20 Hz 20.000 Hz

Infra-som Ultra-som
Introdução
Classificação do ruído (variabilidade do pico de emissão)
• Contínuo - Ruídos que, durante um período
de observação, não menor que 15 minutos,
tem variação de 3 dB.
• Intermitente - Ruídos que apresentam picos
maiores de 3 dB, com intervalos entre os
picos de, até, 1 segundo.
• Impacto - Ruídos que apresentam picos com
intervalos maiores de 1 segundo.
Introdução
Medição do ruído
• O nível de ruído é medido com
um sonómetro que nos dá uma
leitura direta em dB.

• O nível do ruído associado ao tempo de


exposição determina a dose de ruído
recebida pelo individuo e sugere possíveis
conseqüências.
Limite de Tolerância para ruídos

Acima destes valores, o ruído já se torna prejudicial a


saúde.
Exemplos
de
níveis
de
ruídos
típicos
Ruídos no Trabalho
• Os acidentes do trabalho são o maior agravo
à saúde dos trabalhadores e sabe-se que
trabalhadores expostos ao ruído ocupacional
intenso apresentam risco aumentado de se
acidentarem.

• O primeiro sinal de ruído elevado num


ambiente é a dificuldade para entender a fala
de outra pessoa.
Ruídos no Trabalho
• As perturbações nas comunicações e no
trabalho intelectual ocorrem a partir dos 80
dB. E um ruído que ultrapassa 80 dB em oito
horas de exposição, pode provocar surdez.
Ruídos no Trabalho
O ruído ou barulho pode ser percebido
2. Quando interfere na comunicação entre as
pessoas;
3. Quando se aumenta o tom de voz para se
comunicar;
4. Quando interfere na atividade intelectual ou
concentração;
5. Quando a intensidade do som está acima
do Limite de Tolerância estabelecido por Lei
Ação do ruído sobre o Homem
• Podem-se traduzir em:
– Incômodo;
– Interferência com a comunicação;
– Perda de atenção, concentração e
rendimento;
– Transtornos durante o sono;
– Danos do ouvido;
– Stress;
– Habituação ao ruído
Ação do ruído sobre o Homem
A partir destes valores em Começa-se a sentir estes efeitos
décibeis nocivos.

30 Dificuldade em conciliar o sono


Perda de qualidade do sono

40 Dificuldade na comunicação verbal


45 Provável interrupção do sono
50 Incomodo diurno moderado
55 Incomodo diurno forte
65 Comunicação verbal extremamente difícil

75 Perda de audição a longo prazo


110-140 Perda de audição a curto prazo
Efeitos do Ruído
No ambiente de trabalho
• Problemas de comunicação: causa erro
na interpretação das palavras
• Baixa concentração: causa falhas na
realização de tarefas
• Provoca desconforto: causa incômodo
• Nervosismo: causa irritabilidade
• Cansaço: causa stress e indisposição
• Baixo rendimento: causa queda na
produção
• Provoca acidentes: causa atos
Efeitos do Ruído
Na audição
• Trauma acústico: surdez provocada por um
ruído repentino. Ex: explosões.
• Perda auditiva temporária: a audição se
recupera em 24 - 48 horas, após descanso
diário

• Perda auditiva permanente: a perda da


audição é definitiva, normalmente se da de
forma progressiva.
IMPORTANTE:

A perda da audição é na maioria das


vezes é progressiva e gradual,
ocorrendo
depois de alguns anos,
então a audição não se recupera.
Por isso, a perda auditiva é
irreversível.
Efeitos do Ruído
Sobre o organismo
• Estreitamento dos vasos sanguíneos
• da pressão sanguínea
• Contração muscular
• Ansiedade e tensão
• Alterações menstruais na mulher
• Impotência sexual no homem
• Zumbido e Dilatação da pupila
• da produção de adrenalina e horm. da tireóide
• de batimento cardíaco
Prevenção
Objetivo
• Evitar danos permanentes ao aparelho
auditivo devido à exposição prolongada a
ruídos excessivos.
• Evitar o deslocamento temporário do limiar
da audição (variável com a freqüência).
• Garantir a audibilidade de alarmes e
mensagens sonoras que alertem os
indivíduos sobre perigos iminentes.
Prevenção
Objetivo
• Garantir condições adequadas de
comunicação oral (os níveis de ruído de
fundo não devem mascarar as palavras em
locais onde, por exemplo, é necessário falar
ao telefone).
• Garantir condições aceitáveis de conforto de
forma a evitar a fadiga provocada pelo ruído.
Efeitos do Ruído
Sinais de alerta
• A comunicação falada se torna extremamente
difícil ou impossível;
• Presença de zumbido ao sair do lugar ruidoso;
• Mudança na sensibilidade auditiva após
exposição a ruídos intensos;
• Dor ou sensação tátil na membrana timpânica;
• Sensações vestibulares momentâneas -
instabilidade da marcha ou ligeira tontura;
• Tensão, mau humor irritação após ruído intenso.
Medidas preventivas
• A Lei obriga as empresas e os
profissionais da área de saude e
segurança a implementar e gerenciar
programas de prevenção e de
progressão da perda auditiva.

• PREVENÇÃO COLETIVA: clausura de


processos industriais.

• PREVENÇÃO INDIVIDUAL: EPI (abafador


e/ou protetor auricular).
Prevenção Coletiva
• Reduzir os ruídos
• Usar maquinas silenciosas e quando não
possível, envolver as ruidosas com cobertura
acústicas.
• Separar o trabalho barulhento do silencioso
seja instalando-os em diferentes
compartimentos ou colocando divisórias
absorventes até ao teto.
Prevenção Coletiva
• Colocar silenciadores nos exaustores e
certificar-se de que são mantidos.
• Manter boa manutenção dos equipamentos.

• Manter uma distancia de 5 a 10 m da fonte


de ruído.

• Usar barreiras acústicas.


Prevenção Coletiva
• Diminuir o tempo de exposição, revesando
os trabalhadores ou construindo uma cabine
insonorizada;
O dano no ouvido é acumulativo, por isso
certifique-se que os trabalhadores têm o
hábito de evitar a exposição ao ruído, pois a
exposição extra-laboral adiciona-se à
exposição laboral;
Prevenção Coletiva
Materiais absorventes X Materiais Ressonantes
- Lã de vidro - Placas perfuradas

- Lã mineral de materiais plásticos


- Aglomerado de cortiça - Gesso
- Espuma de poliuretano
- Alcatifas
- Cortinas
Prevenção Individual
•Protetores auriculares
Audiometria
 A audiometria tonal limiar é o instrumento
mais utilizado para avaliar a acuidade
auditiva dos indivíduos e auxiliar no
diagnóstico diferencial de perdas auditivas
ou outros problemas que afetam o sistema
auditivo.
Audiometria
• O exame audiométrico é utilizado,
também, como método de triagem e de
monitoramento de exposição ocupacional
a ruído e, consiste na determinação da
menor intensidade sonora necessária
para provocar a sensação auditiva em
cada freqüência.
Audiometria
• De acordo com a NR-7 da Portaria 3214/78,
na audiometria tonal por via aérea devem ser
testadas as freqüências de 500, 1000, 2000,
3000, 4000, 6000 e 8000 Hertz, sendo que
esse exame deve ser realizado por ocasião
do exame admissional, seis meses após a
admissão e, posteriormente, a cada ano.
Audiometria
• O exame audiométrico deve ser realizado
após repouso acústico de mais de 14 horas,
devendo ser precedido de anamnese
ocupacional e, de otoscopia no momento do
exame. O ambiente acústico e a calibração
do audiômetro devem obedecer às
especificações das normas internacionais
(OSHA, ISO, ANSI) e, a audiometria deve ser
realizada por profissional habilitado
(fonoaudiólogo ou médico).
Audiometria
• Aceita-se, hoje, que um adulto jovem com
audição normal possa apresentar limiares
auditivos entre -5 a +5 dB, enquanto estudos
têm apontado que aos 50 anos de idade
esses limiares estarão entre 20 e 34 dB.
Audiometria
• No âmbito de um programa de
monitoramento de exposição ocupacional a
ruído, na comparação ao exame de
referência, é considerada "mudança
significativa dos limiares auditivos" a
diferença de 15 dB ou mais em freqüências
isoladas, ou a diferença de 10 dB ou mais,
entre as médias aritméticas no grupo de
freqüências de 500, 1000 e 2000 Hz ou no
grupo de 3000, 4000 e 6000 Hz.
Toda perda auditiva ocupacional –
PAIR deve ser notificada ao INSS com
a emissão de CAT – Comunicação de
Acidente de Trabalho.
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