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de Aagisteste Parlaa Requeremos,\ nos termos regimentais, @ constituigao de Comissao! Parlamen tar de Inquérito para apurar a ori= gem e as responsabilidades sebre as essadas encontradas no — cemiterio Dom Bosco, em Perus e investigar a situagae dos demais cemitérios de Sao Paulo, . T Considerande que ontem, 04 de setembro, folt aberta uma vale que continha dezenas de ossadas no cemitério Dom Bosco em Perus; =o : ——Considerande que suspeitas sobre.o existencia de uma vale’ on= de seriam enterrados presos politicos desaparecidos exiktem desde 1977; gE Considerande que dezenas de presos politicos desapareceram na E decada de setenta; a es que o famigerado “Esquadrao da Morte” fuzilou « dezenas de pessoas; 3 “| Requeremos, nos termes regimentais, a oastituigao de Comissao har lonehitor de’ Inquéerito, com O7nanbros © 90 dias “de prezo de Funciona= mene ewe a origem © as responsab: emitér io Dom Bosco em Perus ¢ dades sobre as ossadas encon nyestigar a situagao dos de- F Shai Pceittprios de Sao Paulo. pice fputs/5 CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — GRADO CORT APONTE =F) + Sobre Verendor antonio Carker Garces, temem sé sain on Birmto do tempo do Grande Ppstimte. Tht%o, Velen, vert o priveiro ‘omdor do Grande Expediente aa prériea sese%o, > Antes do mEEECeBEO Prolonganento do txpediente, 2 Preaidfncis informa a composiclo dee membre da sentanio Tavlanentar —fe_Inquééeite » requerids pelo notre Vereadar Mio César Pith, Zon inde a cpus EK omiren © & regpoombilidede sobre a aemdu ecco. mde co Cémitério Dem Tosco, ox Pera, pam tnventigar a site fom demate ceitérion do Se Paulo. Aprowndn om 5 de aetechro do $1990. SEs mete xakbrom paz Ae 90 dina, ilo on orguiates See. Hoe Feadoree: designadoe part extn coniesiio + Mito Ofsar Min, Be Terets Lajolo, ftale camlons, Ado Rebelo, Antenic carton Carass, Marvos Uesdoaga « Cawalde Glanstti. 4 Paweldtroia oemf de mrtor as Tequeriments, Vereador jilio César Onligiuri "lho. Terese Ae savage yilad CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — TAGUIGRAFO SEEaAo COMISSXO PARTLAMENTAR es INQUERITO ee Tocal: Auditério "Pedroso Horta” — C.M.S Data : 17.09.90 WEREADOR JULIO CESAR FILHO Weer etae no eve eel da GBP, CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA— ‘sessxo [BATA] ORADOR, CoN PARTE ar aun 3b eb TAGUIGRAFS del. Q.SR. PRESIDENTE (shilio Cesar Filho 4s 10h45min, no Auditério "Pedrose Horta", estamos dando infers ee ato de instelagio da Comissio Parlamentar de Inquérito que investigari a origem ¢ as responsabilidedes sobre as ossadas encontradas no Cemitério "Gon Bosco", em Perus. B investigard também os demais cemitérios munici, pais da cidede de Sio Paulo. EetSo presentes Jilio Cesar Filho, Presidente; Vereader Aldo Rebelo, Relator da €.P.I.; Vereadores Tereza Cristina de Sous. Lajolo, ftalo Cardoso, Osvaldo Giannotti e Marcos Nendonga. Eata C.P.1. foi aprovada em Plendrio através do Requerimento P - “89/90, de 5.9.90 , de minha autoria, que esta agore juntado 20 Processo n? 2450/90. Eu vow chamar as pessoas presentes, que representam a5 entidades de Direito Humano. Sr. Fernando Marques Ferreira, da Comisstio de Direitos Humanos da OAB de Sao Paulo; Sra, Helena Pereira dos Santos, representante da Comissio Tortura Nunca Mais; Sr. Wilson Santos Pereira, da Executiva de Direitos Humanos de Sho Paulo; Sra. Marin Madalens Alves, da Executiva dos Direitos Humancs de Sio Paulo, tambémr. Quero comunicar aos senhores representantes das diver— eae entidades que terao direito A @ palavra, assim que a mesms for 1 mo serge gris aa CURD, CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — dada aos membros da 0.P.I. , bem como ao represent que j4 est’ a caminho. — © objetive deste Comiasiio Parlamentar de Inquérito é esclarecer 2 fundo o que ocorreu nos negros anes da ditadura. Nosso objetivo é tentar identificar Messas ossndae encontradas no Cemitério Dom Boseo" — nfio sé 14 mas em outros cemitérios também — , para dar uma satisfocio Ae familias que hi anos vém sofrendo sem saberem se seus parentes estSo vivosa ou mortos. Tem o objetive de dar um esclare cimento miblico; mostrar o que aconteceu, mostrar os responsiveis , embora saibames que og crimes jf estio prescritos, pela Lei de Anistia. Mas, consideramos esse esclarecimento fundamental para a opiniio miblicd, para que tais atos jamais tornem = ocorrer em nosso Pais, Este o objeti| vo maiorg que move todos os membros desta Comissao Parlamentar de Inquérito. Vou abrir 2 palavra sea demais membros, passando primei ramente ao Relator da Comissdo, Vereador Aldo Rebelo. QO SR. ALDO REBELO - Nés temos como objetivo inicial apresentar uma proposta de roteiro, ouvir os representantes das entida des, tragar o nosso cronograma, dentro do prazo que a lei estipula para @ funcionsmento da Comissio e para apresentagao do...(falha na gravagio CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA— froomo[roua] TacuIoRAro Sresne PATA] Bl] 31/3] 3 bapareci ao: E para reafirmar que diante das eircunstincias e d05 gaten Apait. SRRBOR. (incompreensivel) desvendados no dia-a-dia, eé por iniciativa do Executivo mas também da propria imprensn; e atravéa dos elementos e tem = determinagdo e 0 objetivo informagoes que ji dominam, a Comissi de investigar, esclarecer ¢ fornecer 4 opiniaok publica da cidade de SHo Paulo aquilo que durante muito tempo foi enterrado junto com os corpos dos que desapareceram no perfodo do regime militar. Acho que CAMARA MUNICIPAL DE $40 PAULO — TAQUIGRAFIA — trégico da vida do noseo pafs, o auxflio ingubetitufvel deseas pessoas @ Gesaas entidades podem contribuir decisivamente para que a Camara Mu- nicipal de Sio Paulo cumpra também o seu papel, pare que ela também posea auxiliar a cidade de Sio Paulo a livrar-se de mistérios, de segre dos que as vezes alo apenas aparentes @ que o Brasil © o povo ae Sio Favle posea através desse ato poss através do trabalho desea comissiio fazer aquilo que eu acho que é 0 dom mais importante, além de esclarece: fatos essa comissio tem também o sagrado dever, = obrigacao de com a suq atividade impedir que esses fates possam vir a se repetir no futuro da mosea sociedade. Aldm do esclarecimento a comis#io também cantribui a iseo, acho que ela jd compriu om boa medida o seu papel. O_SR, PRESTIENTE( Julio Cesar Filho) ~ Tema palavre o nobre Vereador Oswaldo Giannotti. Q_SR. OSWALDO GIANNOTTI - Integramos esta comieeio no fimmq propésito de emprestar tudo aquilo que estiver ao nosso alcange no es= clarecimento esse doloroso fato e temos certeza absolute que umm invest bem coordenada e me parece que existe esse desejo apontart errog tiga que foram cometidose © que certamente a meméria de virion desaparetidos| CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — SESsA0, deaparec} a Ron aS propésito fime de prevenir inclusive algo que possimntta se repetir em nosso pafs que foi o perfodo negro da ditadura iniliter. Este ¢ 0 nosso propésite e temos certeza que todos que integram esta comissio esto embuides do mesmo sentimente de nela ge integrar de corpo ¢ alma para tentar dar As v{timas e As famflias das yitimas a satisfagio que elajmerece“e nfo apenas Ag famflias , mas & sociedade do Brasil em seu todo, O_SR. PHESIDENTE( Titic César Filho) - Tem a palavre o vereador ftalo Cardoso. OT SR. fPALO CARTOSO - Antes de mais nada gostaria de cumprimentar o@ companheiros que est4o presentes para nos auxiliar neste trabalho, trabalho que acredito da maior importfneia que a Cima va Municipal se junta & Prefeitura, se junta As associacgdes de direito humenos, quando se junta & sociedade para reagatar a meméria de tantos Companheiros que sAbemos que desapareceram durante a repreasio , duran4 te a ditadura militar que se junta nesse compromisso que ¢ de toda a lade, nfo ad dessae famflias, nfo od dessas esposas, irmios, tice] que mm hf anos lutam para encontrar esse ente querido, esse companheid ro, esse camarada, que foi tombado, Acreditemos que com a ajuda da so- ‘eprenea ho savin gruica an MSP, CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — téria que estd por ser escrita nesse perfodo que ndo queremos mais de volta e temos certeza que a nesea sociedade estd também se armando pard que isso nunca mais acontega no nosso pafe. Obrigado. O_SR. PRESIDENTE(Nilio César Filho) - Tem a palavra a Vereadora Tereza Lajolo. A SRA. TEREZA LAJOLO ~- & com emogdo quem vejo instalada esta comigeio parlamentar de inquérito na Camara Municipal, que antes pouces, poucos continuam fimmes e perseverentes na luta do esclareci= mento dessa situagSo que nés vivemos hd anos.eummm Poucos também con- tinvam na luta de solidariedade ha varios outros povos como o povo do Chile, no esclarecimento da ditadura militar. E é importante que esses poucos que hoje conseguem que isso volte novamente a se ternar miblico a se tornar na ordem do dia e ndo ¢ sd os nossos companheiros que tom baram ns lute pela transformagio'da sociedade, #80 também milhares talvez nessa questo das ossadas, milhares também que foram mortoe através do esquadrao de morte. Portanto, ¢ desvendar uma coisa que pa: mim ¢ importante, que ¢ a quem tem o poder e que atreves do poder usu- frui da impunidade para exterminar com a vide de milhares, de milnoes Toorenva na wari pilica an US, ‘ : ; a} CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULOW. s = TAQUIGRAFIA — aaa Oa] TAATISEAE | SESS Shassn | aaa qubone.2.. & Io =| k.18| 2], emira opi desap pila os dades, hoje em dia vai uma declaragio de Ase pnest Servigo Fumerario. quer dizer: mediante o atestado'@e obito. Sie dois atestados: aquele que o médico da, e aquele que nos registramos. Na ocasiao terian duas hipétese : ou guia de sepultamento era uma guia "pelo presente, estamos remetendo ao Servigo Funerdrio © cadiver de tal, falecido, tal, tal" — havia dois tipes na ocasido em 71: uma guia de sepultamento, ou uma declaragéo de dbito, A EREZA LAJOLO - 0 Senhor mencionou a existéncia, tem-| bém, de um laudo médico. Em atgum momento a presenga do laudo médico deveria haver nesse processo, o IML nfo... OQ SR. RUBEYS DA COSTA - Ndo, o IML nfio enviava o laudo médi- co. Agora, Sim,mas na ocasido, nfo. 0 laudo médico é assinado pelo médico legista, em casée de mortes Herero Instituto Médico Le- ‘ ‘ se A gal. Agsim, assinado pelo médico legista. Hoje em dia se faz assim. Eles entregan 20 Servigo Funerario, Us dados que constam no atestado 5 de Obito, Gornecids pelo aédico, fh vezes @ incompleto, por que falta a data de casamento, titulo de eleitor, e 14 sé diz a causa da mor! © médico que atestou, o nome, o estado civil, nacionalidade, ¢ o res~ to & compilado pelo Servico Funerdrio. CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — i cadéveres qe vinham no procediments especial 4 0 SR. ome TETRA sure = AP como era case Brdcedinentot 2 ea .JOSUE TE: TRA = 0 procedinento & do DOT-OOnTg 4 sfonavam para o nesrotério para mandar o cere YO de eaddverse, Enths, o carro de cedéveres is pare 1A para recolher © Gorpo.e tres wre o neerotério, Agora, quem fezie a necrépsia, neerotario? ntrave no meoretérk: - Passava pelo Senhor4 O saa trave 1A com pape: iets da delegecia, dan direte= Route JA nara @ akin de autdpeis, compreende? Agora, @sse que eu foteL : “df CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — AGHA, TUNEZA LAIOLO - é cs A GRA, PUNEZA LAJOLO - B quem @ que oifie ns a tamento? os NS DA COSTA - O Instituto Médico Legal, ficendo, RE posteriormente, de encaminhar ao Servigo temmies Punerario o ébito artéria. competente, registrado em A SRA, PER LASOLO - Ssses documentos do IML direto para o cemitério, ou vSommm 34 para o Service Yunerario? Como @ que ficava isso! do IML ia para quem, ¢ de quem is para quen? Q SR. RUBENS DA COSTA - Ia direto para o cemitério. © ad- ministrador s6 poderia tuar 0 sepultamento mediante a guia de se- pultamento, ou a declaragéo de Sbito. @ SRA, TEREZA LAJOLO - E posteriormente, do cemitério ia © Uervigo Funeraério? ' RUBENS DA COSTA - Ele encaminbava e registrava no 1i-| oO SR vro de registza@> "sepultado no dia tal, fulano de tal...", eos da~ dos necess&rios, « encaminhave essa guia para o Servigo Funerario. Estou falando, ne ocasido, para o Departamento de Cemitérios. A - TERE A LAJOLO - Uma owtra coisa: verificando nos 1i- vros, vimos que consta que "exumado em...", ou "ex em...". Aonde fi- ‘oirga erica 0 RR, CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — eesaAe epi desap. a — porgue sd vem o registro, o nome e quando jm @e @ registrada a localizagio dos despojos? Fara anata Fores levados Oe os depojos de quem foi exumado] wae En algum luger fica tegistra- do isso? E de quem é = responsabilidade desse registro? 0 SR. RUBENS DA COSPR - A responsabilidade @ sempre do ad- ministrador. Ele tem total autonomia. No caso, por exenplo — como eu disse, existem duas exu- magdes: aquela em que oS ossos permanecem na propria sepulturi reafundada em 1,55m, ¢ agueles que sao retirados, em que a familia lefa e¢ & colocado’num ossirio —, especifico do assunto que esta sendo abordado, esses ossos foram colocados numa vala, feita de al- yenaria, com sacos identificados interna e externamente. A SRA, PEREZA LAJOLO - Bu queria voltar a fazer a pergunta que eu nip estou perdebendo nesta hist6ria, hoje; ou do passado. Eu quero saber o seguinte: eu, come o senhor disse, sou administrade pa do cemiterio. Vou fazer uma exumagio — porque 840 feitas as exu- magées —, ¢ na hora em que eu fago a exumagao do corpo, eu registro num livro “exumado em..." Agora, eu preciso saber se ele esta naque- le local, onde €1@ foi enterrado, ou se ele estd em outro lugar. CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA— SO aOprOuAY TARUTSRATS SESEAS a honde 6 feito esse registro, se ele estA 14 naquele dura i ment ele esté em outro buraco? \ epi _desap. 19.09.90 O SR. RUBSNS DA COSTA - ase registro deveria ser feito no proprio livro de sepultamento, onde conste o nome da pessoa que foi @mumada. Ela foi Sima inunada na quadra " ", Sepultara "Y" e, a0 lado do rodapé, eles colocam "sxumado no dia tel...", ou "familia le- vou para o Cemitério de Congoghas", ou levou para outro cemitério, ou “Coloceu mo Ossério n° tal, do proprio cemitério". = no caso es- pecifico,"foi levado dquela vala.." Agora, se consta, ou no o des- tino, eu nfo sei por que ndo vi o livro, A RK, LAJOLO - Uma outra coiss: o Benhor disse que now processo de exumaclc, due houve ew 1976, que as ossadas terian sido colocadas dentro de um saco plastico, com uma identificagao in- t terna e externa, niio ¢ isso? Tnareave.na earigegritico on GuSP, CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — TEssae. BATA epi deseap, 19.09.90 QO SR. RUBENS DA COSTA = Correto. eS oe eae = arest PEREZA LAJOLO = Hoje, as vales estao sendo-avadas, e para nds o espanto, por que elas foram ditas como “clandestinas” incorreta ou corretazente, certo? For que essa identificegde, interna e externa, H%o foram encontradas saga nos eacos plasticos? 0 Senher sabe por que isso aconteceu? © SR. RUBENS DA COSTA - O préprie Administrador, Sr. Anto- nio Pires Eustéquio(7), diz... permits um instantinho. Nobre Vereadora, por gentileza, $2 Guinta-ceira, 13 de se- tembro, jornal "0 Estado de &.Paulo" + @o Delegado, Eust&quic contou que a vale comum foi aberta em 1980..." E eu volta @ repisar que em 1980, se ele abriu, entiio ela deixou de ser clandestina, porque ele sabia, abriue com ordem de quem eu nfo sei, map ele ti- ' nha autonomia de abrir @ hora que bem entendesse, “... a pedido da fan{lia de Flavio Carvalho, militante da Agio libertadora Nacional, Sesaparecido em 71." © Administrador disse que \foram retiradas entre oito ¢ dez ossadas — ele tem toda a-liberdade de retirar — para a familia com- proVar qué 6 amtenssfisuyim identificagio era impossivel. O papel que i warsigg eileen GBR, hens Bay CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — te é 7 z zeasae DATA SRabeR Soar RTE iG, cna] TARTRATE = a zi ee ies Te oe Ag enira epi desap, 19.09.90 fru oe | identificava cada despojo foi guardado junto com os on ae decomposto. Talvez pela bhumidede, pela acho dé tempo. Mus, om 1980, se reportarmos que a exumagéo foi feita on G76, ce ele tivesse bow vontade, ele poderia auito bem identificar. Agora, eu nao sei se essew ossos, que foram retiraddes, foran reti- rados tambem qualquer vestigio de papel, ou o saco plastico com que eles foram envolvidos, foram tambén. porque eu vejo na Revista. Veja sacoé novos. Eu nado estou vendo aqueles sacos que foram retira~ dos. Isso, quem poderd esclarecer 6 0 proprio administrador. SRA TEREZA_LAIO! - 0 Senhor falou que a vala teria de ser de alvenaria? va © SR. RUBINS DA COSTA.- N&o necessariamente. Mas, como ele teve muito cuidado,mo administrador, acredite que tenha feito, na 1 sua tea £6, de alvenaria. Ele poderia muito bem nfo colecar em sacos plasti¢os... ASRA. 7 44 LASOLO = Alvenaria em que vale? 0 SR. RUBENS DA COSTA - Na vale em que foi encontrado. Diz ele que fez em alvenaria. No tinha alvenaria? A SRA. TEREZA LAJOLO= A constatagdo @ de que é uma vala ca= CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — < Fede no. 19.09.90 | tereze. SEEKS TAGUIENAFO epi desap. SALE ji enira vada por uma escavsdeira, com trés metros de profwndidade,— Ent&o, eu queria saber qual é a orientacio en termos, ou do Yepartamento de Comiterios, naquela época, antes da lei de 70, ou mo moménto o Servigo Funerario qual era a orientagao en termos d#@ vald? A _GOSTA- Nao existia oribntagao em terucs de Q SR. RUBENS TO vala. Existia, sim, que se a familia pagasse, 05 oss0s seriam coloca— dos om ogsirio proprio, no muro do cemitério. Ena o¢asifo, até 76, nfo existiam ossarios nos cemitérios. E para que essa quadra, onde eles foram exumados, pudesse depois ser vendida ds familias, tiveram que ser \jexumados pelo Depar- tamento de Cenitarios. © normal © 0 correto ‘sempre foi "se aprofundem e que os os~ sos permanegam no memmo local" E quanto & questao de alvenaria, @ porque eu vi varias fo= tografias da wala com alvenaria. Eu tenho aqui. Agora, se é esta que eles querem sepultar agora, fazerb yala, o proprio Servico lunerdrio, nie sei, mas acredito que tem vala, construida em al- atualnente venaria. Para que destino?... LAJOLO - Antes de ser cavada egea vela, o Se- Be CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — TEEERS SITE epi desep. [19.09.90 | terezazy fisomolrova| TROUIGRAFO. el 4 | emira nhor tem conhecimento da permanéncia das ossada! : ¢ nistrugio do Cemitério de Peris? — © SR. RUBGIG DA GOuRA - Tenho conhecimento pela declara- q@o-do antigo adwinistrador,Sr. Dilermando, que fez aos jornais, agora. © que as ossadas permencceram 1A de quatro a seis meses, & que varias deles foren retirades. ASRA. TEREZA LAJOLO - O Senhor nio tinha conhecinento des- ge fato? © SR. RUBENS DA COSTA - Nao tinha por que eu nao pertencia ao Departemento de Ceaitérios na ocasiao. SREZA LAJOLO - Eu gostaria de seber, novamentey em todos os cemitérios o IML mandava o atestado de dbito junto com o corpo, e no Dom sco era enviade uma guia, relagio com os dados ée ores 5 cor ¢ idade. Eos apertatiis deverian, posteriormente, ser enviados. Isso ocorria, ou nao? . Q SR. RUBENS DA COSTA - Ku, sinceramente, acredito que o IML nfio remetin posteriormente o Sbito que deveria ser remetido. Apenas a guia de sepultemento. 4 LAJOLO = Por que, Senhor? CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — TASUIGRAFO. SRABOR ORT, APART emira coisa parecida, no IML. A.SRA,. TEREZA LAJOLO - Portanto, o Senhor considera que, naquele momento, o IML simplesmente tinha uma postura relapsa dian- te do uma responsabilidade... OQ SR. RUBENS DA COSTA - Nao, mas por que ele tinha que aguardar setenta ¢ duas horas, @ depois, o ébito & sempre registra- do no local do falecimento. Se o sujeite morreu 14 em Sho Miguel, vai er de registrer no cartério de Sie Miguel. Talvez eles nao dic- pusessem de gente, ou veicule cuficiente para © isso, mas era exigi- da a guia de sepultamento. Isso é' feito também agora, nos cemitérioexatodos de Sao Paulo, Sammie com uma declaragio do Servicgo Funerario, ¢ niio A t com o 6bito do registrado, Permanece, praticamente, a mesma coisa, + A SRA, 1 82h LAJOLO = 0 Senhor esteve presente, vivenciou a exumagio de Luiz Eurico Teixeira Libboa que, me parece, era regis- trado com o nome falso de Nelson Bueno? Q.SR. RUBENS DA COSTA - Nao. E de Sénia Maria Lopes de raes..., ary CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO Pe — TAQUIGRAFIA — GRADOR 5 ARELt. dol cin © SR. RUBINS DA COSTA - Essa, sim, eu estive presente, se processo, e por conta de que fungio que o Senhor tinha? O SR. RUBENS DA COSBA - Foi por uma determinagio judicial, da Juiza Bierrenbach, e eu compareci junto com o entdo..., que hoje 6 © Superintendente da Policies Federal. Porque a Juiza determinou que fosse feita nova verificagao, para que.se encontrasse os restos. A SRA. TERBZA LAJOLO - Potque o Senhor esteve presente nes- 2 y 2 ni te cusc. Qual era, naquele momento, a fungao do Senhor, quando Sénia Maria Lppea de Moraes Angel fod exumadatT Q SR. RUBENS DA COSTA - “ra uma fungio administrative. ‘ magao, quando, por negligéneia do administrader, nfo fram encontrados os despojos. Entao, eu fui nesse para que fosse encontrado, e foram mesmo, A SRA, TEREZA LAJOLO = “u vou fazer o seguinte: nos temos varios processes abertes, em termos de exumagio: Alex Xavier Pereira, Gelson Haich e¢ Jo&o Roberto Arantes de Almeida. 0 Senhor tem conheci- aRAPS | Sen aS wate aE sete Ped desap. {19.09.90 | 19/6 aot eat | ASA. TEREZA LAJOLO = Por que o Senhor esteve presente nes-| Eu nfo queria que ocerresse a mesma coisa que ocorreu na anterior exu- ie: CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — TAGuIGRATO] SESSK0 J eae roa] se deve existir ou se deve ser preservada. Eesa“é uma discussio e que nllo se entenda esta atitude nossa, eesa atitude no Chile e em varios pafses da América Latina, como revanchiano, mas que se entenda como justica e que nfo ge use maie o poder pare e impunidade, para explora midede, nao #0 dessa postura de matar e deixar inedgnito, clio, con dade maa também da impunidade da contim exploragio que hoje se vive ainda na América Latina e no Brasil. Q SR. PRESIDENTE(Iilio César Filho) - Vamos passar a pals vim 08 representantes das entidades ¢ chamarei pele ordem. Sr. Fern do Marques Ferreim , da Comissio de Direitos Humanos da OAB Si0 Paulo 0. SR, FERNANDO MARQUES RERRETRA — (OAB-SP) - Gostaria de cunmprimentar os vereadores aqui presentes ¢ demonstrar a felicidade nossa que a Cimara Mmicipal de Sie Paulo , o Poder Legislative, ins- tale wma comissio de inquérito parlamentar em busca dessa verdade que é © objetivo de todos nés, Represento néa somente 2 ComiseZo de Direi-| toe Humanos da OAB, como o Forum das Entidades de Direitos Humanos, oriado @in 11 de setembre, quando todas as entidades envelvidas na buses deeta verdade conseguimos uma audiéncia com ¢ —mssttieo| mprenes no avi erica an OMBP, CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO 5 — TAQUIGRAFIA — Yaauienaro SEEsxo BATA ‘ORADOR Cone (eee eal enira epi desap. 49.09.90 fajolo Sage fale O SR. RUBENS DA COSTA - N&o, nfo tenho comhecimento. E b ~ Depende a data em que foram abertos. Por gentileza, poderia me informar? A SRA. TEREZA LAJOLO- Eu nao tenho as datas. SDA COSTA - Eu sai do Servicgo Funerario em © SR, RUB! 1988, no dia 31 de dezenbro, A SRA. TEREZA LAJOLO - Foi antes disso, Q.SR. RUBENS DA COSTA = Se foi antes, eu sei em 1981, e ~ voltei em 198%, quando entrou o Governo Mario Covas, e Franco Montoro.| ASRA. TEREZA LAJOLO - No inieio das sues decleragoes, o Senhor disse que havia entregue os cemitérios limpos. 0 que o Senhor quer dizer com isso? - & porque eu os entrecuei es perfei- to estado, com toda a documentagio. 0 Cemitério de Perus est& con 68 livros faceis de serem examinados, e % nio_—__""__ houve nenhun problema. Toi isso que eu quis dizer. O SR. JOLTO CESAR FILN Vereador ldo Rebelo. Ba sey, GAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO es — TAQUIGRAFIA — +20] 5 omira epi desap. [19.09.90 Gacy quell quero aqui lewauters6- quay neicuree iever ua equivoeo anes tersinada interpretagio que o Senhor fez ao longo de-gmm seu depoi- lento sobré 0 conesito e o caréter de una vala clandertina, ou nfo. A vala néo 6 clandestina pelo simples fato de ser do conhecimento de alguém. Ela @ clandestina se els nfo consta dos registros da Adminis- tracgao; se ela Bes construida para abrigar no seu interior, objeto que nfo conste dos registros legais da instituigao, no caso do cemi- tério. Sntio, quando se levanta a suspeicao de vale clandestina, nao @ simplesnente pelo fato de que ninguém tinha conhecimento da existén- eia de tal vela, maz pela suepeicao de que nesse vala possam existir ossos de pessoas que foram presas, assassinadas e enterradas clandes= tinamente. Esta é a primeira questio. A segunda, &' que houve uma\afirmesfo do Senhor, que no cor- responde 4 verdede, de que esses valas, particularmente esta, do © tério de Perus, tenhu sido construide om Summ elvenaria, quando, na verdade, ae fotos e os depoimentos dos oue passaram por 1a, compro= voram, sobejamente, que a wia foi aberta em terra firme, sem o re= curso da alvenuria. Tapiaise ae senha a aNe da CURR, a H CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO S — TAQUIGRAFIA — econ roa] TAGUTeRARS SESSAO, DATA ‘SRADOR ye eae +20) 4 | emira lepi desep. [19.09.90 #4 outra pergunta que eu tena a faze amb apest. Ee ih charin .| mho 0 recorte do jornal Folha de S.Paulo, de £ fins de 1980, onde o Brasileiro entio Presidente do Comi eta Anistia, o Dr. Luiz Eduardo Greenhalgh, informa que quendo tentou ter acesso aos livros de registro de ébi- tes, cle recebeu a seguinte explicag&o:"que os registros de mortos comuns, seria permitido o acesso, mas havia um outro livro# ds mortos| politicos, que née seria permitide o acesso". © Senhor, ao longo de sua trajetoria, como funcionaério li- gado a essa area, teve conhecimento de registro diferenciado entre mortos politicos e mortos comuns, conforme a denominagdo afirma? © SR. RUBENS DA COSTA - Bu acho até estranha essa pergunta porque, como ja disse e repito,no ébite nao consta, por exemplo # "fulano de tal, preso politico". Como é que um administrador vai sa- ber se éle era preso politico, ou qualquer coisa dessa maneira? & estrinha essa pergunte. N&o existe isso. Existem os corpos que sao oriundos... ‘ Agora, quem melhor pode esclarecer isso & o proprio admi- nistrador que, na ocasifo, era o Sr. Antonio Pires Eustaquio, Se alguma vez alguém lhe disse, ou a diretoria lhe disse i et CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — froomalrooa| TRauranAre |_——sEsEaD. sate : .20| 5 |, emiza | cpi desap. ee ORADOR, CORT APART aupene (12, apnt Mas @ estranho que no ébito conste que "fulsno de tal, de codinome mug, pertencente 4 Alianga Libertadora Nacional”, ¢ que se eoloque em livro 4 parte. NSo existe isso. Ninguém sabe a quem per- tence o Sbito. SiitiGaaannDMM Sma ncGRMOabias. igo grits #2 80a, \ a CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — aa ama essko___[__ sate ) aa ) Raimundo ee aero 19.9 DRADOR CORT PARTE w+. Se € deaconhecido para a Policia, para o eonhecido para o Administrador do Cemitérigo. Asstt. “e 0 SR. ALDO HEBELO - Ou o senhor nfo entendeu bom a minha pergunta ou nfo esta querende entender. © SR, - Entendi perfoita- mente. 0 senhor disse que teria livros apartados em relagio a presos politicos. Ent&o, nfo tem livros apartados em relagdo a presos po= iftices, se € que se pode dizer preso politico. O SR. ALDO FESEIA - 0 que diz aqui nfo ¢ que havia livro com o registro escrito “preso polftico", mas havia livros diferenciados onde se registravam oc aqme mortos comms, confor— ~ me aqui a denominagao que o jornalista encontrou e outros ai livros onde estariam os mortos pol{ticos. Bssa que é a diferencia— gfo. Bu perguntuei fara o senhor se © senhor tinha conhecimento da existéncia de livros diferenciados, uns com acess ao piblico outres comem acesso proibido ao publico. oO sR = Néo tinha ¢ x 0 tenho . conhecimente, E gostaria de saber se esse jormalieta pode provar is- so dai. Agora, quem pode responder é o Administrador que catava la tedo dia, que ¢ 0 Sr. Antonio Eres Tetéquio, que pede vir aqui e CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO eeu PrOunAT FAQUIGRAFS | = © senhor faga essa pergunta a ele. © SR. ADO REREEO - 0 senhor fez uma afizmagao agora que ao que consta SWF contrasta com informagdes que me sao apresentadas no momento. 0 ex-preso politico Garlos Nicolau Danie-| 1i(7), que inclusive foi enterrado no Cemitério de Perus, censtava no Sbito como profisedo Piwproriew @ g:0 ise te ues @iseri> minagéo sé trata também de diferenciar, porque, ao que consta, terroristo nfo d profisso e nfo ¢ forma que se registre no Sbi- to de alguém, E ao que se consta havia esse ape de registro no obite do Sr. Carlos Nicolan Panieli (7). OSE: = Concorde com 0’ ag= nhor @ xepudio tal mancira perque terrorista no ¢ profissao. Es- ton de plene acerdo, O_,SR.|ALDO REDELO - 2a quero saver se 0 sonhor conhécia ou nfo 2 Q SR. - N&o. N&e conhecia. Nunca vi nada nesse sentido, nenhum gbito nesne sentido. Que data ele foi sepultado ? 6 SR. ALDO REBELO - Isso af foi em 1972. G6BREGECEEE a varige griien a4 Guar, gt wy CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — TaaUTERArS SESSKD. DATA GRADGR [cour amare Raimunde |CPI DESAPARECHDOS 19.9 — Pte Fatte © i Ue QS paar Set ah 3 responder isso ¢ o diretor do Cemitério, Dr. Fabio TFereira Bueno, diretor na ocasiao. QO SR. JULIO CBSAR FITHO - Vereador ftalo Cardose. 0 SR. PALO GARDOSO - Sr. Fubers Costa, estava aqui acompanhando, piincipalments quande o senhor disse que o cemitérip foi entregue em ordem, Quando o senhor diz "entregue em ordem", prih- cipalmente com relag&o a listagens, livros, com relagéo @ isso ? lizpo| © SR. RUSERS Mam COSTA - Com relaghe a inso: livrop muros pintados, com pessoal suficiente para exccutar on sepul tanen. HOB... 3 OSR. ITATO CARDOSO = Timpo entao... ' 0 SR. RURENS COSTA -Eese.é o sentido Ga palavral O SR. ITALO GARDOSG - Também para o mex conkeciment to, no ao da exumncio tom vm livro que registra qo fol ram retirados tantos osscs da sepultura. © SR. RUBENS COSTA - Correto. QO _SR. 1710 CARDCSG - Isso existe. qaniidm tudo Vv CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO 4 oh — TAQUIGRAFIA — aiouiahrotial YACUIERAES |_—_SESSAO DATA ORADOR ee a ; ib s ae CHT = 19.9 pa i. © SR, RUBENS COSTA - Tudo, de: gite. a a Tée1 sepittamnto depois de 3 anos, 4 ou 5, 10 quando eles a sabe consta ao ado que ele foi exumado no dia tal de tal. Existe proces- Bo para isso; todas as exumagdes sao feitas através de processos. F quando é timo pertencente & familia tem que entrar com reaerimen- to ne SERvigo Funeriric etc e tal; quando ele sai do @ comitério. REESE! Agora, quando ¢ quadra geral © a famflia nao reclama de- pois de 3 anos e um més eles sic sepitades e aprofundados, og os- sos, a um metro e 55, conforme ar. 42 do Ato 326. (O SR. TTALO CARDOSO - Mas memo esses tém contro-| le 2 O_SR. RUBENS COSTA - Tem controle O.SR. IDALO CARDOSO - Porque ao que consta, ¢ isso eu digo de reportagens que # 14, 6 que no emso essa vala encon- trada em Perus nao teria registro deeses corpos em livros. 0 senhor ten algun conhecinento disso 7? . O-SR, RUSENS COSTA ~ Mo tenho conhecimento, Bo vi o livro, gostaria de vé-lo. Mas todos eles foram exumades e co- locados em sacos pldsticos e identificados . O SR. JULIO CESAR FILHO - Vereadora Tereza Lajo- Se eee CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — YAGUIGRATS |aimando bene #1" Costa, a sitvagio de Departamento qud™ést tavam subordinados a esse departamanto ligado & $80 = Secretaria @e Servigos e Obras. Dem, até ape momento se viveu essa situagao @e departemento, até qe data ? - Veca vom, om 75, através de uma resolugao, se n&c ue enyanc, o Servigo Farerario ja passo. a tomar conta dos comitérios. Em 1976, pela lei &3€3 que reorgani- gou 0 Servigo Punsraério af fod efetivemente cénfirmada a pass2gem dos cemitérios para o Servigo Fuenerdric, A SPA. TERBZA TAICIO = Entdo, portanto, a oan de 1975, através de wma resolugao, o Servigo Farerdrio passa i to- mar conta des cemitérios...? Q_ 3K, RUBENS COSTA - Dos cemitérios. E om 76, ofi-| ‘ cialmente, por intermédic da Tei 6883, de 19.4,76. TASONO = Portanto, gostaria de Ihe percuntar 0 seg inte: ceen vala cue foi aterta om 76 & do conheci= mento do Servico Punerdrio da época e consta e estd megistrado em algum local a existéncia dessa vala ? 0. SR. RUnEI COSTA ~ Eu acredito que no 1//ro, ch CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — Sea Saale e eae ae ae ae fea ipssirda { Fotesparweips 19.9 | fae Pa =t1__ wc a = dumho da £8: art. 6 - Findo os prazes de concossao ‘de- onsd= ries, Siimeemteerwimmnesiieinecorrende a renovagio on despojos sertid relirados e reenomados em oueirio coral. Ossdrie geral 6 aque- la vela. Portanto, @ atual Administragiio , e isso eu tenho agui, vou ler para a senhora tambdm, - timilos podem ser retomados, para que *So haja muita coisa(ininteligivel) — "as ossadas despejaias asrfo idontificadas ,postas om~ sacos pixetieee @ onterradas em ossdrio geral. Cutra coisa, #@@ele afirmn - esse é 0, me parece que o anterior diretor do Comitéric que recentements foi demiti- do, le afizma que o despjeo dos inadimplentes ¢ leral, vascado no art. 09 do Decretp 26185, de 88, que diz: "findo o praco..., a renovagao, SG ossadas serdo r etiradas © yenomadas em ossario geral. . Ent& , 0 Servico Finerario atualmente esta fa- zendo isso, retirande os osses dos ossdrios e scpiltando emx® vela geral. Quer dizer, que naguela ocasifo que era um estado #ée fate, agora é de direito e de direito, porque fod na minha eestao, en F CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO ier — TAQUICRATIA— Aeatt. Estado de So Paulo a possibilidade de com autonomia, independéncia e autoridade, ease forum teria abeoluta liberiade no proceseo investiga tério e no reconhecimento das ossadas, gins questSes foram colocadab naquela reunia @ que o Forum das ctitidades pedia a participagio nos tmibalhos do Dr. Fortunato Palhares, que indicagio aa Sm. Prefeita infza Erundina, no que fomos prontamente acolhides. 0 Sr. Secretirio da Segurenga Pitlieca, Dr. Antonio Cldudio Mariz de Oliveira tambén nos abriuas portas.em relagio ao Delegado Secgrional, Dr, Jair, que eatava presidinds o inquérito © que deverd continuar. Un des noses pe~ dides iniciais foi o afastamento imediato do Dr. Mello, no sei oma nome dele completo, € o Diretor do IM e para nossa surpresa, quinta feira, quando dois familiares 14 estavam, trés familiares de desapare— cidos 14 estavam buseande.... Dr.Antonio José de Mello e foi nomesdo um promotor publico para acompanhar o cago, Dr, itrio Samm Pedro Paes, e estdvamos mum reuniado quinte-feira, quando recebemos um telefonema Gizendo que estava ecorrendo wn incidente em que o Dr, Melo no perai— tia a entrada dos familiares para nartieipar de wma reunido alegando que 2 reunifio era de ordem técnica. Imediatamente, dois advogados que eatiavam na Yeuniao do Forum das entidades, eu juntamente com o Dr. Bai-| Tapreneg ne warcloe gallon aa Gwar, CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — oom Tera] FAGUIGRAFS: SESSAo BATA ba t Raimundo - desap.| 19.9 1988. @ SRA, Taheza Lasoy desos a informagac, porque em 76 ja o Servigo Finerdrio-toma conta dos cemitéries, quem era o administrador do Cemitério de Feras em 16? ; Q_SR. RUDENS COSTA - Eu nfo posso precisar, mas me parece que era o Sr. Guilhermando lavrador; depois que ele saiu entrou: outro administrador de nome Silvio, que ainda é funciondrio do Servipo Funerdrio e, posteriormente veio o Antonio Pires. Portantc, nesse momento o SRA. TERDZA LAJOY Sr, Bustéquio no era o administrador do Cemitério de Ferus. 2 RUBENS COSTA - Eu nao vi a ficha funcional dole, mas pela declaragao do préprio nos jornais ele disse que teria sido admitide em 1977. ' A SRA, TERDZA LAJOLO ~ @ostaria de saber o o e- guinte: o cenhor soube, tomou conhecimento, tem nogiio da precen= gn do filho do Sr. Harry Shibata como trabalhando no Servigo Funerario +o fitho ou o Sr, Renato Tuma trabalhando tambén no) Servigo Finerério e o filhoe do Sr, Arnaldo Braga, comandante da Policia Militar trabalhando no Servigo Funerdrio ? onsaret CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA— 4 ou feoarau| TRGUTER ATO. Teeaae DATA] ORATOR] x —— ae Rec p23 eimindo Cl] TaSERATOTD}S 19.9 Fela ne norinio 0 contego ease Braga, muna © vi, xo tenho comhecimonto. i A SRa, SM rerez4 LAJOTO — Em cue perfodo o sonhor sabe ou nao ? QO SR. RUTENS DA COSTA - No. Kio me recorde nao, WAS deve ser por volta de 1980, 79, por af. & SRA, TERSZA LAJOLO = Fortanto, Harry Skibata Junior e Rome Tuma Junior trabalharem no Servigo Rmeréric. 0. SR. JULIO CESAR FILHO - Vereador Marcos Men donga, SR. MARCOS wEMOWA - sr. Rubens, Sem 1971, quando da construgdo de Cemitério o senkor exercia que fungfio na Administragiio ? ' O.SR. RUBUKS DA COSTA - Eu era assistente da Su- perintendincia do Servigo Funerério. [- O SR, MAROOS NENDONGA ~ Naquela ocasiZo, o canker tom iddia ce havia sills os comitérios que se onterraven os ine Gigentes em Sho Paulo eotavam saturades on havia ponsibilidade desses cemitérios contimarom a sor utilizados? sii oS sty CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO a fee ia Faimunde CHI desparecidob 19.9 @ SR. RUBENS DA COSTA -°O undeo_cemfi dent, tente que roderia receber os corpos sériam os cemiié dos e de Vila Formosa, que eram mito distantes e® jé eetavan sa turados. O Cemitério de Vila Formaga recebia uma média de 100 ghi- too por dia. I » ele MMM recebe 40, no checa mite por af, Bn tio, estavem saturados, tanto ¢ que, hoje, mma cova, o senhor pe- de encontrar 12, 10, 15 ossadas. . O SR, MARCOS MENDONCA - 0 senhor tem noticia se houve algum planejamento anterior para a oxemucHo desse cemitéric, @ localizagio dele, onfim se houve algum projeto que ja vinha de algum tompo para a implantacfo deseo cemitérie em 1971, em Sao Pau- lo? c 0 SR. NUBENS. DA COSTA — Eu sinesramonte desconhego, nfo posso afirmar qug..., mas eles foram mito bem dépontos termes de, por exomplo: Zona Norte, Zona Sul, Zona Ieste e Zona Oetes, “0 J1timo cemitéido a sor implantade pelo Servico Rmerario foi oWF cemitéric em Campo Iimpo, 0 Gomitério de sio Tuiz. cue era o maior GHMMEEE problema, porque ao fan{lias tintan qve ir at Vila Formosa para fazer o aspultamento quando poderfamos usar o Comité— rio SGo Iuiz. Ent, eu aeredite que tenha havide sim algum plene= inpgeate ne sanvige qritieg a U3, Na 6 s CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA = sae Seesio | bATA SRADOR CONT APART do Ci Ener 19.9 tage) [to a eee jamento para isse, porque foram ben ee a oxi fm © SR. MARCOS MENDONCA — Agora "Ebid{ ner yartiinido Servigo Funerério 2 Q_SR. RUBENS DA COSTA Em 1971 néo, mas havia muito interesse do Servigo Rinerdrio porque o dispendio em gasoli— na, em combustivel para levar, por exemplo, de Santo Amaro até Vi- ia Formosa e depois a fan{lia arcar com a despoea da volta era mii- to prejudicial as femflias. Ent&o, ached que foi uma medida légica boa. OSR. JULIO CESAR FILHO - Sr, Rubens Costa, om 71 © senhor era assistente do Superintendente ? - 2 SR. RUBENS DA COSTA - Era assistente do Superin- SURES DA COSTA = tendente. 0 JULIO CESAR FILHO = Quem era o Superintenden- te na época 2 : OSR. RUBENS DA COSTA- 0 Dr. Jaime Augusto Lopes, ja falecido. OSE. SULIO CESAR FILHO = Sr.Jaime Augusto Topes, falecido. Quom era o Prefeite na época, Sr. Rubens Costa ? O SR. RUBENS DA COSA ~ 0 Vereador me perguntou ¢ SS BUBENS _DA Cogn - CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — me parece que seria o Dr, Paulo Salim Maluf, LHO = Rubens, quem era o diretor do Dd na épcem em que traball: Servigo Funerdério o Sr. Shibata Junior e o Sr, Ronex Tuma Junio? © SR. RUBENS DA COSTA - Era o Dr. Arnaldo Sigued, ra, diretor do IME, naquela ccasiao. lembre, que o Shibata Junior e 9 O_ SR. RUBENS “Ci - Assistentes da Superinten- aéneie. JULIO AR = Qual 6 cargo do Dr. Me- 1o nesse tempo, atual dixetor do DiL.. © SR. HUBENS DA COSTA - Kio conheco # © Dr. elo. ‘ sR. JULIO GESAR FILHO Voed rfc conkece Dr. Melo? O_ SR. RUBEFS DA COSTA - Nao, mas deve ser méai- co legista. JULIO_CE: 0 = Algum -embro da Comis- so Parlamentar de Inguérite tem mais alguma poerganta ? (Fausa) avrenee ne saviga gee a USP, CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — 3 Raimundo | 0s SPRE sontorss (2) cas Sr. Rubens Costa, o sonhor tem algo a dalara® além do que 72k depés ? Wa minha opinifio, o que foi feito foi correto em virtude da@eocurag&o da drea para concessao. Eotranho porque medide nerlune foi tomada a partir do dia 1° de ja- neiro de 1985, quendo 14 se encontrava o Vice-Prefeito Greenhal, que MF poteria ter tomado eaoas medidas bem antes, nao agora um as * eer més antes das eleicées e isso,para nin, a—mmmmer caractsriza mais um ato Folitice do que uma verdade. © SR. JULIO CESAR FILHO = std encerrado o depoi- nento e agradocenos o MME testemmha. Aguarde um instante, Sr. Rubens, por gentileza, para assinar ac suns declaragbes. (Pausa) Tezerove de sae eetembro do 1990, primeira Seasio Ordindrie de ocitiva de tostemutins, @a Comissio Parlamentar de In- quérito para epurar origer © es responsabilidades sobre as ossa~ das encontradas no Cemitério Dom Bosco em Peruse investigar si- tangGo dvs usuais cemitérios de Sao Paulo, Ouvirenos.e segunda testemmha, 0 Sr, Antconio Fires Lustaquic, atuel edministrador do Comitério Don Bosco, tra— oe CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — foun] TAauIeRAPO ar onTe oaaeen aoa 3 do CHI DESAPARECIDDS 19¢9 [toe | palhando }A desde 1977, em Ferus, Por favor, Sr. Antonico Pires Sieiale Veanee que ihe fizer uma pergunta antes diga o seu nome, pode ser Eustdquio, Antonio, Pires, como preferir, 3 Inieialmente, quero dar eiénein ao senhor que o senhor estd sob juramento de dizer a:verdade, sob as ponas da lei. 2 \. O\genhor estd ciente 7 © SR. ANTONIO PIRES EUSTAQUIO - Esteu ciente. Eu Antonio Pires Eustdquio do que declarareik. Q.SR. ARTONIO JULIO CESAR - 0 sonhor, yor genti- leza, d&.o seu nome completo, RG, estado civil, onde mora e atual cargo. © SR.. ANTONIO PIRES EUSTAQUIO - Meu RG é 970.907. ' (2) Moro na rua Estrada do Pinhedrinho, nt 863, Vile Ugareza, eras. Sou "easado e pai de dois filhos. © SR, JULIO CFSAR FILO = Sua farcdo ? © SR. ANTONIO PIRES EusTXcuzo - zicipeaik va ministrador de comitérie. \ © SR. JULIO CESAR FILHO = Quende que o senher en- Servico Funerdrio 7 Ew, CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — DRADOW, go’ Rinerario né ano de 1977. © SR. JULIO CESAR FIINOO — Qual a sua filiglo ini— cial ? 0 SR, ANTONIO PIRES. EUSTAQUIO - Eu entrei como au- xiliar de Administragio. Q_ SR. JULIO CESAR FILHO - Que Gepartamento? © SR. ANTONTO PIRES EUSTAQUIO — Departamento de Gaulivin, service ensriede) an wartntzig- . Q_SR, JULIO GESAR FILHO - 0 sonhor tinha conhs— cimento dessa vala comm,aque foi aberta agora, desde quando = Q SR. ANTONIO PIRES EBS@AQUIO - Quando cheguei no Cemitério dom Bosco j4 havia passado pelo WEmme Comitério Santo A- maro, Cemitério do fraga, Cemitério ax Consolagfo e Cemitério Vi- la Mariana. Portanto, jé tinha um conhecimento apés um estdgio tan— vém na Central de conhecimentoo do estatute e das leis que regula— mentam Cemitérios, come formar um processe de exumacgio, .como aten= @er uma familia, wa munfcipe. Quando cheguei ne Cemitério de Porus, Dom Bosco, a primeira cautela minha foi jé informar de dados nos livres de registros, documentos pertencentes 2o Cemitério no foramen CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — aualieua] TAawreRAFa Fi ai ae i emctols 19.9 i “Za =| tro dos indigentes — eu fui inclusive clertedo a to euidage com og indigentos, pores a pessoa reorenedve? por eles seria o administrador do Cemitéric, devide nfo ter familinres acon— qm panhando © sepvltansnto e que possivelnente poderia, alm dia, eparecer algun femiliar reivindicando os sexs dospojes. Portante? au vorificande os livros de registros de ébite, os primeiros livros, eu noted que constava nos livros e os cerpos da Quadra 1 e Quadra 2 sitplésnente anotado-no livro e exumado por volta de junhe de 1976 mc loge apés © nome €o funciondric, embaixo mes anotagio, que tinha procedido og travalhos da exumacio. Bu estranhei o feto porque © cemitério nao WHk tinha ossfrio geral de alvenaria, ora de meu nfo eorhecimento da ynerhum ossdrio nem indiviézel e nem ossdrio ceral, comm tério. 0 fato qe me levou a perguntar Aqueles funcionirios, que constam os nomes,ndl livro de registro para onde teriam ido a~ queles oseos. Era de meu conhecimente que em quadra geral, em ceni- tério ds quadra geral o procedimento da exumagfio 6 xeenomado, apro— ‘fandado na prépria sepultira. como néo ached casas anctagdes nea li vros de registros, perguntei ses funciondrios daquela época que pro~ eederam esses trabalhos, o que eles me dissoram que, de infcio, a Quadra #1 © 2 foram exunadas, vamos dizer aggim, om massa, o que ee ree || CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA— SaaR aA TACO TERA 1 Paimndo CPT sapareckaos 19.9 | [rota we originou cerca de 1500 a 1700 ossadas dentro dol-oacon-a: ee ao competentes para esse fim, E de infcio?,no prédio da administragio do Cemitério encontram-se, hoje, atuelmente, velérios, coisa que naquela época essas salas estavam desativadas. Entic, escas ov-| eadas foram colocadas nessa detemminada'sala, que é de vidroe em vol- ta, 0 que ocasionou motivo de curiosidade para municipos que ali dam sepultar ‘seus parentes. For informe;éés ainds des fvneiord— rios da cpoca, foi me passade que sles pintaram es vidros, zelo Jado de dentro, com tinta fesea, © que no solueionon) o procbiema; o motive de curlosidade persistia por equeles que infermaven que ali naqudla sala estava cheio ce ossadas humanas. Ent&o, foi pro- videnciado a abertura do uma vala por uma retroescavadeira 7a area do Gruzeiro , onde foram depositados essen ossos. Foi quando descebri a existéncia da vala. Me dirigi até@o local. © SR. JULIO CESAR FITHO - Quando foi isso, Sr. mustéauio ? O Si. ANTONIO Pings susziquio - Ha 1975. We diri- gi até © local o noted que realmente devido aos anos c a terra es— teva diferente, realmente numa superficie muito grande, notava-se pela grama iim um sinal visivel da tel vela. aa svige grllca @e OHS, CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — TAGUIGRAFO. SESSAO a a a fincidente o Torun dae entidades reunide na sexte-feira conclufmoe com effete que encaminhamos ao Sr, Governador do Estado e nio mais solict ten Jo, mas exigindo em definitivo o afastamente de uma pessoa suspeitissims jcomo o Dr. Mello, wma pessoa que assinoy os loudes histéricas do Fiel filha © outros tantos mais, ¢ exigindo, partir daf passanos a exigir o afastanento imediato dele. E hoje & tarde conseguimos, quinta-feim, acwar a eala onde existian documentos parciais dos arquivos parciais om irelacio ds investigacdes e hoje este Forum dag entidades estard As auas joraa no IML exigindo o restante da documentaco que todos nés estaremos. reunidos e mediante esse of{cio encaminhado ao Sr, Governador tambent faoje eetamos passando A imprenaa cdpia dease offcio, exigindo de form fefinitiva, para que efetivanente ele nfo participe mais de nenhum ato busca dessa verdade. Gostarfemos mito nesta atitude de tezmoe desde jf © apoio da Comissio Parlamentar de Inquérito da C8mara Municipal por que acho que € de vital import&ncia. 0 Ivan Seixas, un dos familiares, colocou uma questie, que o Forum fecha em gfiero, minero e grau com ele, gue é como se colocasse uma raposa para tomar conta de um galinheiro. Iintaio, é um negécio absurio colocar a pessoa que detém o maior nimero de ‘serene na wervige pia om GuSP, 2 op % CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — TAGUIGHATS | 3EESRD ATE imantio Desapareciqos 19.9% O_SR, JULIO CESAR FIIHO - nha conehecimento da vala desde 78 ? oe ANTONIO PTRZS EUSTAQUIO = Zu tomei conhecimento, por infoomagtes de tm€funciendrios daquela época, da existéncia da vala no Cruzeiro. O SR. JULIO CESAR FIIHO - Sr, Supima Antonio Pi- res Hustdquic, nés estosos gravande a sessic que, posteriemente, serd transcrita. Costaria de ouvir de sua viva voz se concoorda em assinar os seus depoimentos opés 0 agagRNEES transcricAc da gravagfic ? Ou o senhoor faz questo de asvinar um texmo hoje 7 0 senhor pode optar, temo direito. O SR. ANTONTO PIRES BUSTIQUIO = Tu niio entendi bem a pergunta, Verendor? O SR. JUETO onsa I © seguinte: nés eo eS tamos gfavande a seasio. A sesso, depoic de gravada,vai para o Departamento de Taquigrafia, que é transeri © que o senhor ea= td declerandco ¢ passndo para o vazel, datilografado. Entio, o senhor assinaria, postericrmonte, apés @ tranecricfio, se nfo va— mos ter que ir parando © foreréo un i ermo para o eenhor eecinar hoje. © senher ecsitarin sssirar om outro dia ? CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO : — TAQUIGRAFIA — ious |rotnay Tasurenars | ——sesane TATA. SmADOR y2¥|3 | Raimundo GPT-Desaparecifios 19.9 faz, nobre Vereador. os @ 0 cenhor responde sim‘ou nao. O senhor concorda em que seu de= poimento seja gravado e transcrito para:assinatura posterior ? O SR. ANTONIO PIRES EUSTAQUIO - Sim, concorde. © SR. JULIO CESAR FILHO - Concorda. Sr. Antonio Pixes Eustdquio, existian, cuore senhor assumiu o cargo de ad— ministrador, amp dois registros ietintos, um’ registro para mortos @ comuns ¢ um registro para mortos politicos ? © SR. ANTONIO PIRES EUSTAQUIO - Zu afirmo que, vistoriando esses livros reamente existiam, os livros dos indigen- tes e os livros de familiares (falha na gravecio) - o femiliar é o sepultamento em quacira /goral... ‘ ©. SR. JULIO CESAR FITHO - Deixa eu 26 perguntar, para gravar, o que seriam registros de familiares ? O SR. ANTONIO PIRES RUSTAQUIO - Registro nos 1i- vros de Sbitos de familiares ¢ o sepultamento comum, geral, em qua~ dra geral, que as femilise fazem o sepultamento. CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — frooitejrona| Taauranare [——sessno ATA] __ORABOR] 2a 4 (ae Cif tome ora 19.9 [ieee OSR, JULIO CESAR FITHO - Bei ftta un Nees ' ate presos polf{ticos ? O.SR. ANTONIO PIRES UESTAQUIO - Da prenes politi- eos nfo, apenas 0 rgglivro geral contendo o registro para todes og indigentes, O SR. JULIC CESAR FIUHO - Wao havia nada que di- ferenciasss o-indicents comm ale um poseivel preso politico en— terrado nega vala comum ? ONO PIRES BUSTAGUIO — Wada nada que pu esse identificar que ali pudesse estar registrado un mxtr norto politico. Q_ SR. JULIO CESAR FITHO ~ Essa yala do Don Bos- eo, Sr, Eustaqido, ela é de @ivenaria cu 6¢ uma vala de terra co- mm ? ' O SR. ANTONIO PIRES ZUSTAQUIO - Jd naquola niger Spoon, quande tomei conkeciments da vala, por informagdes dos fun efonfirios que einds est®o no temitério foi me passado que essa Yala fot aberta com uma retroescavadeira existente no Comitério, na largura daquela “mio boba" que se chana, da retro oscevadcira, aproximadamenta 5Com da largura, de 25 a 30 em de. f CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TRQUIGRAFIA— fe] TT pe c= 5 | Raimundo il jos 19.9 A : (paar fi “oneal Sea ae ET, conned jrento, numa profundidade, aproximadamente, de 3 metros, que é a exten— pao que a maquina permite chegar ao méximo. Q_SR. JULIO CESAR Hie - Ent& a Yala nfio é de al- eneria 7 O-SR. ANTONIO PIRES EUSTAQUIO - Absolutamente. Q.SR. JULTO CESAR FITHO - Uma coisa que no entendemos? » senhor falou em 25cm de largura ou 25 metros de largura ? O SR; ANTONIO PIRES EusTAQUIO - N&o, 50 om de largura, 7 je 25 a 30m de comprimento. O SR. JULIO CESAR FILHO = Ferfeito. 0 cenhor tinha so ferido a 25 ou a 50cm de comprimento. Vinte e cinco metros de compri- jento 2 O.SR. ANTONIO PIRES EBSTAQUIO - Metros de comprimente . SR. JULIO CESAR FY: - Terfeito, Vereadora Tereza rvga glee #2 UEP, wey CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO Rete — TAQUIGRAFIA — TAGUIGRAFE Sessa6 GRAGOR, Raimundo LasoLo - sr. Eustdquio, PIRES EUSTAQUIO - Correto, nobre Verea4 0 = 40 fazer o registro da exums- Ao, @x Goloco: quando e aonde estao os despojos do corpo exumaio 7 Q_ SR. ANTONIO PIRES EUSTAQUICs- # © procadimento le- que deve ser feito apés um corpe ser exumado: anota-se — exumado bm tanto de tanto 6 a procedéncia, para onde foram os despojes. Se foi ‘ormado processo se anota também o niimero do procesac € o registro do ivro compo tonto Aguele ébite. A SRA, TEREZA LiJOLO - Sr. Euetdquie, come © senhor, im 78, verificou os liyros do Gemitsrio os corpos que estavan na Cuadra e 2, que foram exumados, SME havia o registro da exumaco, em termos ie nome de quem foi exumade e para onde foi ? G@ SR. ANTONIO PIFSS SUSTAQUIO - Zu afirmo & nobre Ve- aderae a se: ra poce lim pedir vistas dos livros « vai encontrar, almente exumados em junho de 1976, apenas essa anotagao e logo ateixo 4} assinedura do funciendrio que procudeu ‘mm ese trabalho. CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO : — TAQUIGRAFIA — ot z Sex pp Pracrieanrs eessno. DATA CE ies [#2 3 | Raimundo di desparecidgs 19.9 | Fe st 35 | a 2s A SRA. TE A TAJOLO = Eases o: ere gsadas qué Thearan ex Rowatle uma sala, segundo descrigaio de pessoas que 1d cdkparsceram 6 fikidio— nérios, ficaram de que forma, como ¢ que elas estavan, # estavan dentro de um saco plastico, nao estavam ? O SR. ANTONIO PIRES EusTAQUIO = Todos eles dentro de um saco pldstico, que ja é usado para esse fim. A'SRA. TEREZA LAJOLO - 0 senhor tem informacfo so evsas ognadas estavem identificadas 7 : OSR. ANTONIO PIRES EUSTIQUIO - Segundo informagies dos meamos funciondrios,todes og saquinhos fcram, na época, foi co- locado apenas um papel comum, com um carimbo onde cita: quadra, rua, gleba e © nome do falecido, se tivesse nome; se no tivesse, como desconhecido e o mimero do desconhecido. Segunde informagéea deles foi colocado esse payfel, um dentro e outro fora, grampeado fora do sequinkho. ASRA. TEREZA LAJOLO - Gostaria de saber co seguin= TE: o porqué dessa situagdo, hoje, de tornar noticias assim, dessa Publicidade em torno da questie da vala, o que aconteceu que, de re— penta, o histéria da vale se terna publica 7 © SR. ANTONIO EUSTACUIO ~ Eu afimmo 4 nobre vereado= wy CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — srs 550 ona CPI-Desaparedidos 19.9 va, 77mm que, jd na época de 1979,60, foi dese TeRAEO. by__| Aa! Raimundo dos despojos nessa vala.., A SRA. TEREZA IAJOLO - Te quem ? = ASBA TERE TATOLS Q SR. ANTONIO PIRES EUSTAQUIO = Foi por procura de familiares foi encontrado, pelo livro de registros do ato de sepulta— mento, sepultado na quadra 2, os despojos se encontravam nease vale. E quando, na época, foi solicitado, foi formado um processo (falha na eravecio) ... um irmfo estava procurando os despojos do "Simi ir- milo dele, B ele foi devidamente orientado, por mim, que deveria untar os documentos referentes e se dirigir © duridico do Servico Fune= rério, presidido, naguela época pelo assessor, Dr, Sebastifio Tavares. Blo\que acémpanhava esses casos no Departamento Juridico de servigo Funerario. A SRA. TEREZA LAJOLO - Por favor, repete o nome do assessor do Servico Funerario que prestava esclarecimentos ? Q SR. ANTONIO PIRES BUSTAQUIO - E Dr, Sebastifio Tava— A SRA. ZA LAJOLO — Qual a fungHo dele ? © SR. ANTONIO PIRES EUSTAQUIO - Chefe assessor do Departamento Jurfdico do Servico Faneraério . CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — [roa] TAGUIGRAFO 5 | Raimundo Sessa0 CPI despparec} dos 19.9 DATA to e foi EF formado oum processo ? : a © SR. ANGONIO PIRES BUSTAQUIO - Corretamente, no- pre Vereadora. A_SRA, TEREZA LAJOLO - Com que ob,jetivo era esse process 7 : 0 _SR. ANTONIO FIRES BUSTAQUIO - © processo ole ¢ de praxe, 6 de lei que se foorme um p rocesso para que haja uma exu— magéo, com translado de deepojos, ASRA. TEREZA TAIOLO - Eu gostaria de saber o seguiny #e, como 6 que essa vala, agora, novaments entra em cona? : QO SR. ANTONIO PIRES EUSTAQUIO - Eu, Antonio Pires, a- firmo para senhor a que com a presenga desses despejes dessas fani— lias na vala eu me préocuped muito com ela, porque devido ser na terral a deterioragdo dos sacos plasticos poderia ocorrer. Entao, agora, a= =r sustzente (SERRE: nove Superintendonte da Pre- feitura, que dese ja implantar om tedos os cemitérion ¢a Capital a cone trugio de ossdrios cerais de alvensria, comuniquei ac“ mou dire-| tor a existéncia da vala. E‘comniquei também a existéncia de despo-| jos de familiares ali existentes e que o ossfiric de Perus deveria sor CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA— Raimundo |CPI-Desap. [19.19 re SESSA. — “sae [apg a de um porte maior para que se colocasse ossas os: eervagio melhor, um acesso mais fécil se porventura qualquer familia procurar a diregéo do Cemitério para que fosee, dentro do poss{vel, feita a identificagfo de alguns despojos ali existentes. 3 A SRA.) TEREZA LAJOLO - Qual fo: ao abrir a vala, vamos chamar assim, payie para retirada das ossadas para um novo ossdrio, o que 6 que de espantoso se encontrou para que novamente essa vala entrasse em cena e fosse noticia 2 ‘ QSR. ANTONIO PIRES EUSTAQUIO - Por informagées obtidas pela Sra. Suzaana jd queria que se documentasse essa vala, a exigténeia desses oases, onde ela obteve autorizagdo do Sr. Supe- rintendente para que fosse documentada, via televisao, a abertura des— s& vala @ A existéncia, de osesos ali depositados; O_SR. JULIO CESAR FITHOO*— Vereador ftale Cardoso. ©_SR. ANTONIO PIRES EUSTAQUIO -_ S86 queria fazer uma eoloeago & nobre Vereadoraiim™, quando ac processo que o Gilberto Moli- na dev entrada e a vala foi aberta naquela efeeca. Houve uma tenta— tiva na presenca do Sr. Nelson Moreira, com a autorizaiio do Sr. Su- intendente, jd falecide, Dr. Jaime Augusto Iopes, na presenga do CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — mire aesaxe Sata oRabar ADB] 2 [Fatminde CPI-Desapared. 19.9 a 2A Gilberto, Famflia Molina, na minha presenca e dé—sepul ey i foi colocado oh noes sacos pldeticos. 0 que procedemos, J& nessa época, abrimos © averta a vala, na tentativa do achar esse papel! qi a vala e foram retirados de € a 10 sacos de ossos. Verificamos com todo cuidado, pelo lado de fora,e nao encontramos nenhuma identi- ficago. Abrimos © saquinko e con todo cvidedo, examinamos, retira- mos os ossos de dentro ¢ nao foi encontrada nenhuma identificagao, © que ccorren na presenga dos familiares do Molina. onde ele real- mente, também, concerdou que sefia,via squele método, mito aif{— cil dele encontrar es despojos do irmfo dele. 0 que foi fechada a vala novemente e ele solicitou, naguela dpoca, que se colecasse uma place alugiva soo mortos polfticos ali sepultados, que se colocasse uma placa em comemomoragao nessa drea exictente da vala; o que niio ane foi também permitido, ya época. , os! JULIO CESAR FILHO - A autorizagao para aber= tura dessa vale foi por eserito, Sr. Antonio Eustaquio ? © SR. ANTONTO FIRES EUSTAQUIO ~ Simplesmente foi 2 formndo o processo. Apés ter formado o processo foi na presenga do Sr. Nelson Moreira, também j& falecido, a abertura da vala. O_SR. JULIO CESAR FILHO - Existe processo ? CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — suepeitas tomande conta ou participande de uma form Guait. do Cnofix Pecntos astamento delé da dire linvestigagiio desse processo. Se isso custar o =: lsio do Wat, & problema do Estado, do Governo do Estado Ge Sio P uiloyessa entidades. Hoje estamos diante disso. Como é 0 momento mibto especial que estamos passando mito emocionante até. Costume dizer quo a identidade das comissdes, 8 entidades de direitos humanos , esea identidade em tomo do sofri- mento & uta coisa que nesses momentos realmente nos deixa gmais unidos. cho também que ¢ uma das iitimeas oport les que a gente tem de con— Pesuir algum mim coisa evidente, de conseguir alguma prova evidente,., Taprene oo arvigo gritoa an HER, CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA— a6 |3 |raimundo |cPi-Desaparec. 19.9 80 Porque 0... Q SR. JULIO CESAR FILHO - De quando que 6 mesmo, sr. Antorio ? OQ SR. ANTONIO PIRES EusTA QuUIO_- Fu nao posso afir= mar corretamente o ano, se foi &C ou #4. Q SR. JULIO CESAR FIEFO - &, 817 © SR, ANTONIO PIRES Eustéguro = Por ai, 0 SR. JULTO CESAR FITHO = Henares ttalo Cardoso. . 0 sR. fraLo_ CARDOSO - Sr. Eustdquio, em primeiro lugar, gostaria de saber em que ano o senhor se tornou administra— dor Saar fe comitério e também qual ano gue o senhor foi traba— Yhar, especificamente, em Ferus ? 0 SR, aNonro FIRS BUST quio — Bu entred como Auxi- liar deAgministrador, om 1977. Quando pasned por esges outros comi- tériog, Santo Amaro, Araga, Consolagio e Vila Mariana, foram por poucos meses. Ainda fui para o Cemitério ae Zerus como AMEE oui — liar. Nis me lembro, agora, corretamente, quando mo passaram a Ad— ministrador, mas foi logo em scguida, me deramo cargo de trador, CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — TaauieR seaaae, BATE SRADOR, Raimundo |CPI-Desapareqidos 19.9] [rm s2_ Qsk. frat caRDoso consérvago dos sacos pldsticos, gestaria que ofesthbr ne dissesee 88, em algum motiento, foi troocado ou coolocados os ossos em sacos novos, Gepois que # foi aberta a vala ? Q_SR. ANTONIO PIRES EUSTAQUIO - naquela dpoca, CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — ; ils [owiehe quande da primeira abertura da vala, nés notazos qu: 94.09.90 triformes de funcionfrios teriam sido amarrados com barbante comum, a boca. J& naquela época, nds notamos a nao presenga desse barbante amarrando oS saquinhos, a boca dos saquinhos. Agora, quando da segunda abertura da vala, nota-se perfei- tamente os sacos plisticos bastente detertarados, rasgados, e 4 mo- @ida que se vai retirando, devido a presenga de terra © até pela pres so de outros saquinhos, no retirar, 05 sacos, que sao bastante. fr- geis, acabam rasgando. Coisa que ocorreu cog essas noventa ¢ nove os- ; . sadas retiradas de li , A providéncialquo se passasse cuidadosamente, sen mistura-de nenhumé ossada, para sAcos novos. Q.sr. J6LTO CE: af - Sr. Antonio Pires, o Senher, quan do assumiu o cargo de administrador, se lembra se existe algum regi: g : tro me no Cemitério Dom Bosco, de uma exumagdo em massa? E se essa exumagio foi registrada e esti registrada? =H O.SR. ANTONIO PIRES - Pelo libro de registro de Antonio Pires da Silva, se pode pedir vistas deases livros que consta, real- mente entre os meses de maio e junho, a quadra 1 e a quadra 2, nessa @poca de junho, maio ¢ junho de 1976, foram exumados todes os corpos ali_sepnltados ra iy CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO : SS TaavieRAria— 27] 2 | emira epi desap. Q@ OR. JULIO CESAR FILHO - Bxato. Estio todos’ * Bane exumados em 1976, ¢ néo constdVinumados, sé exumados. Q SR. JULIO CESAR FILHO - Um eselarecimento: o Flavio No~ lina, 08 restos mopteis dele foram ou nao foram identificados? © SR. ANTONTO PIRES - "eja bem, naquela Spoca, quando o irm&o dele aporeceu na administragao, tanto que o nome constava com outro nome, # eu me lembro o sobrenome, que ers Peralta. Q SR. TLIO cE! © SR. ANTONIO PIRES - Alvaro Ippes Peralta. Ele me passou FILHO - Alvaro Lopes Peralta? esse nowe, a data aproximada do sepultamento dele, ¢ mim cu encontrei| no livro de registro o seu’ sepultamento como indigente. © que constatoi,smme ‘realmente ele j& teria sido exumado ae 2 en 1976, € 0% local sd poderia ser a vala na area do cruzeiro. 0 SR. JOLTO CESAR FILHO = Essa vala, pelos seus registros, contém os restos wortais de Alvaro Ippes Peralta? O SR. ANTONIO PIRES - Correto, nobre Vereador. Q SR. JOLTO CESAR FILHO - = seria o Flévio Melina? Q SR. ANTONIO PIRES - Correto. CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO = TAQUIGRAFIA — es Tease Tate 24 3| emira | epi desap. | 19.09.90 os - Sr. Eustéqui, ALDO_R q@o de informacao, o Senhor foi transferido para O° Vemitetie' dé’ rerus : S em que ano? © SR. BBSTKOUIO ~ Fm 1977. OSR. ALO REBELO - 0 Senhor cuviu, ov sabe us razdes, ques autorizou e porfue motive foi promovide essa exumagSo em massa me em 1976, E eu acrescento ao Senbor que, pela 4rea do Vemitério de Ferus, e pelo niimero de sepultamentos ali ocorridos, nao se tratava propria- mente de um cemitério que ja estivesse com a nent ahen util esgotada, ou s@ja, nfo havie. sepultamento en massa, tanto pela idade do cenité— rio, quante pelo tamanho, pela Grea util do cemitério. Esse cemitério foi inaugurado em 1971, utilizado muito menos do que outros cemitério da cidade; cinco anos depois se promove uma exumagao em massa. Acre~ dito que esse expediente @ utilizade quando @ cemitérie se encontra com a sua lotagio, com 8 si eapacidade j4 esgotada. 0 Senhor tem in- formagao, noticia, ou documentos, aos quais poderiamos ter acesso, das razdes dessa exumagio em massa cinco depois da inauguracio do ce- mitério, ¢ quem determinou? O SR. ANTONIC PIRES - a infermag&o que eu posso fornecer é wee CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO ap — TAQUIGRAFIA — ie oaMAEIA, TRaUTER AES TIsKO oaTE DRADER aE ee euira | cpi des) 19.09.00 Latte So ices que devido & # necessidade de noves sepultamentos. tae aK armagoes ewvobtive pelos funcionfirios daquela época da exullagdo. tro tipo de informagio, que ndo seja a nivel administrativo, eu nao obtive. Q SR. ALDO REBELO - H& algum documento que justifique e qui contenha as razges dessa exumacao? 0 SR oo i nio sei se poderia ser chamado de documento, @ a nossa agao ao lado ANTONIO FIRES - 0 tnico registro, vamos dizer assin, do registro de assentamento de obitos, que eles foram exumados em 1976, que @ do meu conhecimento. O SR. ALDO REBELO - 0 Senhor saberia nos informar quai a area exata do cemitério, hoje? PONTO PIRES - A &rea exata do cemitério, hoje, # ' contornando-se pela cerca, que delimita o cemitério,’consta de suas o SR. plantas}ama rea de onze alqueires e meio, Agora, im eu acredito que 30 a 40% sio &reas que nao sao utilizadas em quadras de sepul- turas, Séo areas de jardins, ov acidentadas geograficamente, e nao estao designades para sepultamentos. © SR. ALDO REBELO - 0 Senhor sabe dizer se essas reas po- Tapaaee wnt wiles FEU, i CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO = TAQUIGRAFIA— LS de we | : al enira | epi desap. | 19.09.90] lala deriam ser, depois de um trabalho de terraplana utilizadas para sepultamentos? o SR. ANTONIO PIRES - Eu n&io tive essa informaga}. Bu, An- tenio Pires, posso afirmar que nfo tive essa informagio de superiores meus, quanto 4 utilizagae dessas Areas "jardins", contornando-se as quadras de sepultamento... qe CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — a epi desap. | 19.09.90 usadas, futuramente, pare sepitamento. 0 SR. ALDO REBELO - Sr, Antonio Eust@guio, o semhor nunca ouviu nenhum comentério, mesmo que extra-oficial, de pessoas que tray balharam ou conviveram com o senhor no Cemitério de Perus, sobre a existéncia de outras valas nesee cemitério, que nfo as que foram re- gistradas e descobertas, de outros sepultamentos, inclusive que niio constem do livre de registpo, que teriam sido realizados fo Ce- mitério de Perus? . = Quanto & existéncia de valas, ou tery ragg vamos dizer assim, eu nfo obtive que outro cemiterio poderia se ter. & quando passei pelo Cemitério Santo Amaro, um prazo muito ' 2 curto, eu soube que ali existe, existia, ou existiu um esséric geral em alvenaria. Agora, quante a outros sepultamentos, que possam nao estar registrados nos livros competentes da Necofreu, eu nao obtive Anformagées nenhuma de ninguéen, O SR. ALLO WEBELO - Nem nunca ouviu comentario a reSpeito de presumivei suspeita desse tipo de sepultamento} 14 em Ferus? cigs gravee a CUS, CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO s — TAQUIGRAFIA — EESSAS. DATA epi _desap. |19.09-90 Q SR. ANTONIO PIRES - Néo. 5 1A LAJOLO - Senhor Eustaquio, uma pergunta dos << z A-SRA. PERE: Vereadores: o senhor sabe quem determinou, que pessoa determinou a exumagiio em massa da quadra 1, principalmente? 0 SH. ANTONIO PIRES - bu nao posso afirmar 4 Vereadora, por que nlo obtive informes por parte de pessoas que ali trabalheram ou que ainda ali trabalham a esse respeito, a esse detalhe. : © SR. JOLTON CESAR FILHO- Quando ocorren exumagées, ainda hoje, néo @ registredo o solicitante, o responsivel pela exumagéo ou é feita verbalmente "vai 14 e exuma aquela quadra inteira". & oral, verbal, ou existe um regintro do solicitante? Qual é a conduta normal? O SR. ANTONIO. PIRES = Atualmente, ja apds a minha chegeda . ao Cemitério de Perus, o procedimento em quadra geral @ que apés_ trés ’nos @ trinta dias corretamente, havendo-se a necessidade de novos sepultamentos, procede-se 4 exumagao, Na minha Administre¢So, atualnente, desde aquela Apoca, como até agora, eu procedo na medida do necessario, um contingente de sepultementos que ocorrem diaria- mente. E ha um indice um pouco a mais, por qué nunca ssbemos o nime~ a eeirige gelea «OMS, wey CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO FB — TAQUIGRAFIA — Sessa Folin 9 epi degap. | 19.09.90 | antonio] ro de sepultanentos que poderd ocorrer durente um did./tntac, nongal- mente, © gente vai exumando as quadras ja vencidss, na medida de ...- 0 SR. JETO cSAR FITHG - Bu j4 ontendi isso, Sr. “antonio, mas o que eu ndo entendi 6 se o senhor da uma ordem verbal, para exu- magcde, ou se o senhor assina um documento para essa exumagio. 9 SR. anronto pres - £ verbal. © SR. JOLIO CESAR FILHO - EntHo,) nfo hi registro de nenhuma exumagiio? 0 SR. ANTONIO PIRES - N5o, o registro @ efetusdo. Nés temos @ o mapa da quadra, fazemos o levantamento de das as sepulturas per4 tencentes Aquela quadray fode ter ocorrido, come otorre, familiares, que solicitaram a exumagao de um parente seu, mas que o corpo ainda néo estava em condigéss para =mmmmmm ser retirado. Entio, ¢-ymmimae ' ‘Wm anotado no A iveode aquele corpo foi exumado em tanto de tanto, e@ nio dstava em condigdes. Ai, nds prorrogsmos por mais trés anos, que @ # o prazo correto. _ P No cuso de exumsgoes pars novos sepultamentos, daqueles corpos que nao foram solicitados por familiares, quando se choga a essas scpukturas, @mgmmim ela puluda. wana paige grea eu MSP, CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — FACuIeRArO] Raimindo 55o emit 0. Se nés conseguirmos isse, acho 9 ca tremendamente democratico. Concorde com YV.Exa. quando diz que os crimes estiic prescritos, mas nada impede de que o poder da demincia ciar quem fez e como foi feito. E ap mais, pode gquest&e do crime, mas a quest&o de uma agdo cfviel para que o gover. no pague, pelo menos do ponto de vista monetdrio, a indenicatério que pague o mal gq isso me parece que ¢ cristalino, 6 ta medida em que haja o reconhecim @oue algudmem nome desse Governe, covarde tenha cometido ease ate 0 Governo deve resp » dgnosso trek vez que vocé mexe Io Coverno ele vai se preocupar om no cometor mais ato. Eu acho que Bominimo que a gente pode fazer por éenes 43 CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO = TAQUIGRAFIA— som Fouma] TRU GRAES Sessa DATA SRADER Son APARTE ie 4|. emira |epi desap. |19.09.90 Q.sR. J0ii0 cesar FILHO - mtio, vanos-wex- —_/ fan ee Hoje, a rotina @ que havendo necessidste ae exumagdio, exu- ma-se os restos mortais, e se faz o registro no livro, © SR. ANTONIO PIRES - Correto. QO SR. JULIO CESAR FILHO - ©, evidentemente, na sua adminis tragGo, @ de sua responsabilidade? © SR. ANTONIO PIRES - Vorreto. O SR. JOLIO CESAR PIRES - Existe esse registro da exumacie em massa de 1976? . O SR. ANTONIO PIRES - Pela datas e os registros de ébitos, © senhor verifica que eles foram extimados... SR. JOLIO CESAR FILHO - E nfo tem alguem que autorizou? O SR. ANTONIO PIRES - Nao. Apenas consta o nome do funcio~ rio que efetuou a ekumagao. % © SR. JULIO CESAP PILHO - “inda hoje é assim, também? O 58. ANTONIO PIRES - £& © SR. JULIO CESAR FILHO - © senhor manda exumar ¢ no cons-| ta o seu nome como quem determinou a exumagio? - © SR. aNmony: ~ £, exumado e re-inumado no nesuo lo- y — CAMARA MUNICIPAL DE SKO PAULO Ne: — TAQUIGRAFIA — © SR, ALDO REBELO - Sé para conster. 0 Sr. =e er que © procedimento, pelo menos hoje, & de um prazo de 5 anos ¢ 30 dia: XG Bara que (ocorra a exumagio. Esse prazo era também o prazo respeitado em 19767 A legislacdo estabelecia esse mesmc prazo? 0 SR. - Eu tomei conhecinento dessa legislag qGo,quando da minha entrada em 1977. O SR. ALDO REEELO = Perfeitenantal Ent@o, a purtir dai seria pogsivel através do livre de registro des corpos que foram exmadea, a pogsibilidade do verificagao, se algua corpo foi exumade fora des, se prazo. Forque se esasa prazo foi regpeitado, na verdade, os cérpos exumados terian que ser de margo de 1971 a abril de 1974. 8 possaive ' que @sa dnformsgao seja mime obtida? oO BR. = Giha o que eu posso lhes afirmar @ gue dependendo da necessidade de sepultamento esse prazo pode variar. Nos tenes cuadres que so corpes sepultades com 5 anos. Yrque nic houve nesessidsce da exumagiio. Porque & da responsabilidade do Admi- nistrador, leventar a necessi@ade de quadrab novas para novos sepul— ae ie wien 48 MSP, ~ CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — SEesKo frovino[rouna] TAG UIGRAFO 29|2 | dalva CPI.Desapar. As anoteqSes feitas das exumagdes nao @ em outro dnved 5 opropréa di vro onde foi registrado o sepultamento. La anota-set eximado em tan to de tanto e rexumado no mesmo local. OQ Sk. ALDO KORSLO - O Sr. se lembra do nome do Administrador Wagtowsa dm 19767 Por informagées de outros funcionarios oO SR. como também eu tive o conhecimento pessoal coms ele, quando da exu macgSo de Sonia Maria - Filha do Coronel -, foi leveantada a pessoa de le. E ele esteve presente, no cemiterio. Hoje eu fiquei sabendo o nome dele, que & Dilermano Lavrgdor Filho, O SR ALDO REBELO - Esta bom! Muito obrigado. A SRA, TAREZa LAJOLIO = Sr. Eustaquig, quando um corpo chega a0 cemitério. (uem ¢ que leva esse corpo? 0 5k, ANTONTC PIR8S - Os corpos chegam num carro competente, avvge gree an 6S, CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — a rou] TAGUIGR ATO. Teenie BATE 29 |3 | dalva |cPI.Degapar. [29.9.90 = y hoje in| rive, & um caminhio ddntentio 12 chamade de @ "Cambura berate oir Gavetas, cada gaveta & um corpo. que ocorre as ve: cia de um niimero maior de 12 corpos, entao eles costuman remontar. Eles tiram a tampa do caixao e colmca-se outro eaixao contendo sutro \ corpo em cima daquele cadaver. Eles\chegam na Administragao ja con- | __\ endo as declaragdes de Obitos desises: Gadaveres. © que acontece norm | Imaimente 6 o administrador ou uma pessoa de confianga do administra~ | : dor desce até a quadrade sepuitwra. Contendo me o mapax da quadra, { “ [| : z & jonde vao os nimeros da sepultura ie ac declaragées de bites. E caixio | t por caixa® 6 retirado das gavetasp do carro, Tira a tampa do caixao le verifica o cadaver. Quando dejsconhecido ele trax o nimero ~ desco~ ilecido - 8S - & fichado e fotografado, n® tal, barra de ano. Verifica i . fe, \ Ise o sexo, a cor e a idade prejmmida. Para ver se realmente bate com t t i la declaragZo de ébito. Apés essa verificagao, é sepultado. | 20 = Portanta o IML tem que enviar os cor, A poe com informagces? : i O SK. ANTONIO FIRES - Sim! Com informagces caracteristicas dagquele corpo, no caso se for desconhecido. ey CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO & a — TAQUIGRAFIA — @ pessoas que @tavam nessa quadra le 2 6 que deposs shes *exttiddias na vala? Como que chegaram no Cemitério? Se chegaram com identificagao| ou nfo? Quem & que levou? Existem alguma histéria, como esta das ossa das terem ficado numa sala? © SR, ANTONIO PIRES - Nobre Vereadara, eu posso afirmar que através de informagées daquela época o IML enviava nao uma declaragie de dbite e sim um papel oficio com o timbre do IML, contende os daes+ dos do cadaver. E eaaties continha uma observagdo que dizia o seguinte, "Pgsteriornento serh mutimmemciiati—ge renctido 4 V.5, xx o Atestado de Ovito2. ‘ ASRA. TEREZA LAJOLO - Pgrtanto, naquela época chegavam sen © atestigdo de Sbite? © SR, ANTONIO PIRES Eu afirmo\a nobre Hereudora, aue por informagdes Ge outros funcionérios, realmente nfo chegavan até a admil nistragao do cemitério atestados de Gbitos ou declaragdcs de ébitos. CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO 5 — TAQUIGRAFIA — SESSAD. CPI, Desapar. procediaento era extraido do préprio atestado de obito. 0 que naquela época-nao era enviado ao Administrador de Cemitéric. SRA. TEREZA TAJOLO - © Sr, sabia ou ficou sabendo que os Sre. de Harry Shibata Junior, Romeu Tuma M Junior e Braga erem fun- edonirios do Servigo Aili Puncbirio? = Quando da minha ida ao Cenitério de Pe rus, devide ao reéebimento de cadavemes de indigentes do IML eu to~ meh conhecimento de que eles eram funciondérios do IML. A SRA, TERSZA CRISTINA - Do IML - Instituto Médico Legal? E do Servigo Funerarig o Sr. Harry Shibata Junior, Komeu Tuma Junior © o Braga? R. ANTONTC u3 -Hao obtive qualquer informagao que ele! os fossem funcionarios do Servigo Funerfrio. Sr. Antonio Pires o mr. disse FILHO. Qt CAMARA MUNICIPAL DE S&O PAULO — TAQUIGRAFIA— froomolroual TeoulGenro eeeeno DATA ORADOR CORT APART 30|2 | dalva CPI.Desapar.| 19.9! Aes ral yee Es que quando chega um cadiver no cemitério, ele lle edge —— denti ti ae * Dees Q SK, ANTONIO PIRES - Correto! Com um niimero e déscrigoes. A identificagao do cadaver, quando desconhecido, ele vem com um arvao normalgente amarrado no brago ou no deddo do pé. Ou com uma fita no ‘brago ou na perna com o numero e a barra do ano. Om, SHLIO CESAR PITH - Tudo dem! Isso & registeado no ce- mitério? ANTONIO. = Sint OM, IGLIO CESAR FTIHO - Agora, as fotos pelo que eu enten= i so obrigados a terrfotes. Hao ¢ isso? OR, ANTONTO PIRES - Correto! Quandé, do fate de ser desco- muita nhecide ele & fichade e fotegrafade. Devido ao fato dem no ter outra identificagio. 0 eddaver @ fotografado em varios Gngules e fiea no arquivo do IML. O SR. AOLTO CESAR FILHO ~ Entho fica do arquive do it = CAMARA MUNICIPAL DE S&O PAULO ‘ — TAQUIGRAFIA — CPL, Desapar, O SR. ANTONIO PIRES — Sim! ae OSR, JULIO CESAR BITHO = A responsabilidade. da determina g8o de aberturas de valas, segundo as informagdes do Gr. é do Adminis) trador do Cenitério. Correto? QS. ANTONIO PIRES - OF levantanento de qusdras para novas sepulturas, OSR, SLTO CESAR FILHO - Quem decide é 0 Adninistgador? OR. ANTONIO PIRES = Pars exumagies 6 0 Administrador. OR, sbLIO ozs, 1 iIHO- Em 1976 o cemitério tinha cinco anos Ele foi inaugurado om margo de 1971, 0 Sr. acredita ae haveria necessidade desea exumagio em massa en 19767 OR, ANTUNIO FIRES - Eu posso afirmar que eu niio obtive in- formacSes a esse nivel. Como também naquela época eu nao estaya pre- sente. Segundo declaragdes de funeionirios foi exumados para novos sepultanentos. PAULO ey CAMARA MUNICIPAL DE SAO 8, — TAQUIGRAFIA — OR, FOLIO CESAR FILHO 2 0 sr, 1977. 0 cemitério de Perus? O SE. ANTONTO PIRES - Antes de ir para 14? Ost. LTO CLs. IHO - 0 Sr. foi para 1a em que ano? woe, QR. ANTONIO PIRES - Eu fui para 14 em 1977, O SR. JOLIO CESAR FILHO - Em 1977 0 cemitério JA estava total monte ocupado? OR. ANTONIO PIKES - itm Niol O cenitério é subdividido em glebas de quadras. Fle tom a gleba 1, 2 3. Quando cu mammmme eheguei,eles j4 estavam , inclusive, na gleya 3. Do mesmo Jeito que se encontra hoje. Hoje na gleba 3, ja na minha administragao eu procured separar 05 sepultamentos de indigehtes com os sepultanentos geral fa- milier. Na gleba 5 zum cxiste ainda ua cante que $ virgem, Dispo- nivel para aberfuras de novas valas. SULTO CESAR FIR, © sR CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO \ — TAQUIGRAFIA — TAGUIGRATS Sesano, dalva OPI,Desapar. OQ SR. ANTONIC PIRES - Sim! Na gleba 3 ainda existe uma parte| de terra virgen. © SR. JOLIO CiSaR FILHO - HA dois trés anos atrés deveria tor| bem | mais? + Eu éreio que sim! Antes da minha chega~ WWFONTO PI} da no cenitérie a gleba 1 j4 estava 3x toda tomada como tamben a gle-| ba 2 @ 4 gleba 3 até @ prescnte data..Nao foi necessério A abertura de novas quadras.. OBR, IUbIO CHSAR STIHO - EntGio niio havia necessiade de uma vala geral} para novos sepultamentos? ge Pe Pt OR. ANTONIO PIRES - Eu nie posso afirmar porque realmente eu nic wis obtive essa informagdo. Se houve necessidade ou nZo dep, sa abortura de vela. © SR. ALDO KEREZO - .., CAMARA MUNICIPAL DE S40 PAULO — TAQUIGRAFIA — Taaulamaro | sessae | ATA] —omaboR—] Py emogSes nesses ltimos 10 dias, porque a cada vee tic ati bhareeRe —— naquela salg de arquive e comega a verificar a possibilidade de se reavivar, nfio com o espfrito de revanchismo, mas com o eopirito ac justiga e principalmente, Tereza, de momtrar ao povo brasileiro que ensa foi uma fase nfo tao distante dos sam dies de hoje; ¢ uma faee de 2 dezenaa do anos, oentdo nfo ¢ uma coisa tao distante des tem— Entao, fazer ver a sociedade gue por pior que seja o pos atuais. por pior que seja a democracia, a gente mio eaminho demoerético, pode, em nenhum momentoo, sucumbir © fazer voltar, como disse o Aldo Rebelo, no tempe 6 no espago a imaginar que um dia a gente posea viver eees tempo tio obscuro. Entao, as entidadea estao om torneo desse objetivo também, E ovrigado por ter convidado as entidades para par ticiparem e o que precisar, om fungo das investigagées qe a gente vai estar participando em conjunto, a gente pode encaminhar A Go- misao Parlamentar de Inquérite. ©_SR. JULIO CESAR FILHO - Agradecemos ao Dr. Fernan. do, Pele gue entendi, Dr. Fernando, hoje, &s 14h, 0 @mmmm foro de entidades estara no IML, Como Freoidente deeta Comissio quem dizer ist CAMARA. MUNICIPAL DE SAO PAULO yr — TAQUIGRAFIA — womndjroina] TRaUTER ATS wees. Monteiro ee 90 ©. SR. ALDO REEFIO - Sr, Antonio. Eustdqnio, ton naturel mente, como se trata de um drgio piblico, uma reparticio, horirio de funcionamento para que os caddveres que chegam ao cemitério se jam enterrados, existe um hordrio estabelecido. Qual é o hordrio? Q_SR. ANTONIO PIRE: USTAQUIO - 0 hordrio abrange o perio, do todo, da abertura ate o fechamento do cemitério. Normalmente, © cemitério abre ks 7 e fecha ke 18 horas. QO SR; ALD) REHELO ~ 09 coyeeammesoa eas realizados nesse perfodo? QO.SR. ANTOWIO PIRES EUSTAQUIO - Nesee perfodo. Normalmen- te, devido & distineia, As vozes, ao velério, os sepultamentos co megam, os primeiros, imma partir dae 6 horas da manha até ke 17 e 30. , O SR. ALDO RREEIO - Bo sepultamento também se encerra as 18 horas? © SR. ANTONIO PIRES HUSTAQUIO - Correto, hs 18 horas. SR. ALDO REHFTO - 0 senhor tem conkecimento, do periodo em que o senhor esta trabalhando 1d no cemitério de Perus, ou an— tes disso, ce o senhor ouve informagic de sepultamentos realizedos| forandecea chorario? 5 el CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — froomofroua] TAGUIGRAFS eresxo DATA 31 2 |Monteiro ay 9.09.90 — Sa [ O.'SR, ANTONTO PIRES EUSTAQUIO - Antes de eudr patwae nfo obtive, eu, Antonio Pires, afirmo que nao obtive deaiiquer ins formagao de alguém que tenha sido efetuado algum sepultemento a- pis Gs 18 horas, Na minha odministragio ccorrey sepultamento apés Be 16 horas devido & famflia ter eequecido o atestado de dbito de ua familiar © 0 sepultamento, que era o timo nordrio, quando che gou-se so cemitério jd era quase 18 horas. Tivemos de aguandar a- 619 © 30 quando, de posse desce documento que a fam{1ia havie eequecide em casa, para se efetuar o referido sepultamento. 9 ALDO REXELO ~ Was meamo antes da ida do senhor para © cemitério de Perus 4° Senhor no chegou o ouvir de elgua funcig nario mais antes a ocorréneia de um episddie desse tipo, de se= pultamento fora do horario estabelecido? 1 Q SR. ARIGNIO PIRES BUSMQUIO - Quando eu cheguei ao comi téri0, por tnformes de funciondrios, nao recebi nenhum informe que pudesse ter sido ocorrido un sepultamente apéa ke 18 horas. A SRA. TEREZA LAJOIO - A exanac3o pode ser feits da eeguin te forma: eu exumo, abro mais a cova e coloco embaixo, nie ¢ isso? E vom empilhando mais corpos, niio ¢ isso? Ent&o, quando o sevhor Oo CAMARA MUNICIPAL DE $A0 PAULO \ Suna Se mig tea. onteiro ‘Pi-Desap.. 19.99.90. a afirmou so Vereador Jiilio César que nds estamos hoje(em Peru com ees a quadra 1, guadra 2 metade, vatos dizer assim, 4a quadra 3, es 8a ocupacho que Loje ce dd, em termos de quadra le quidra 2, ¢ " porque todae as possibilidades de escavaz@o de uma cova ja osta dada ou porque, simplesmente, tem pessoas onterradas corpo por coz} po sé, um corpo sd. Gomo & que é isso? 9 SR. ANTONIO PIRES EusTAguio - Veja bem, eu, Antonio Pi- xes, efimo b Vereadora que as quadras eo maperdas e trasadec.As sepulturas aio bem distintas uma da outre por um espago de terre virgen de uma pela outra © sfo om duas fileiras, os sepultures. Apés e-negunda fileira, t@mne uma rua intemedidria. De ume rua de epee pera outra existe essa rua, que 6 para dar acesso @ um fomilier para visitar um parente. ‘ © sR. ytnio cfsae - A pergunta da Veroador Tereza Is jolo 8a seguinte: a quadre um e e quadra dois eet%o lotadas, (papas as sepulturas estio sendo usadas, certo? Q SR. ANTONIO PIRES xusriguro - Correto. OQ sk. JOnr0 cfsan = A pergunta da Vereadorn, é sd respon- der sim oum nao, todas as sepulturas das quafras ume dois jd tém c 0! GAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO « —TAQUIGRAFIA — pomp FNA| TARUIORAES | ——BESSRO DATA Rabon | REAPS jon fs Monteiro [0PI-Desap. 19.09.90 | |") ites al fundamente em todas as sepulturas? O SR. ANTONIO PIRES EUstAQUIO - Jd, pela quarta vez. Q.SR. JOnTO CESAR - Pela quarta vez ja. Entfo, ele respon dou “a sua pergunte. A.SRA, TEREZA LAJOLO - Eu queria 56 baber: essa situacio de jd estarem preenchidas todam am covar é do momento que o se- nhor esta la, de 78 para of, ou jd se dava no perfodo anterior e ¢ por isso se justificaria a vala? Q SR. ANTONIO PIRES EUSTAQUIO - No, esse processo de rei. numagfo faz parte inclusive dos estatutos de cemitérios de quadra geral, onde, apds o vencimento, a famflia nfo requisitou a exuma=- g&o dos despojos, eles poderdo ser reinumados no fundo da sepultu ra. ‘ A SRA. TEREZA LAJOIO - © senhor sabe se em algum outro ce mitério de Sio Paulo houve exumagio em massa, tipo essa do cemité rio Dom Tosco, de Perus? © SR. ANTONIO PIRES EUSTAQUIO - Eu, Antonio Fires, afirmo que nao obtive essas informagdes de exumacdes em grande quantidede em outros cemitérios do Iumicfpio de Sado Paulo. ere: arly CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO \ & — TAQUIGRAFIA — Won feng rasvrenaroy Teen i fas 1 | Uentcixo |CPI-Desep 0 SR. sotto ISAR - Uma pergunta final, seu Antonio Pire © eenhor, hoje, veria necesoidade de fazer una exresaered massa hoje, no comitério de Perus e construir uma vala geral, como foi fioto em 767 0 senhor vé esea necessidade hoje, como administra— dor. Q.SR. ANtonro Prres suszic 70 - Eu afirmo, antonio Pires, ao Vereador que nfo hd necessidade de fazer exumacdes de massa,dg| vido o mimero de caddveres gue chega, por dia, ao cemitério. SRAM A LAJOLO - Sr. Eustdquio, o senhor teria no mes de algune covedaos, do pescon) que trabalnava no cemitério neh se perfodo de 76, para que nés pudéscemos té-los como testemunhasl? Desde 70, ee que foi inaugurailo e construfdo? O SR. ANTONIO PIRES BUSTAQUIO - Eu, Antonio Pires, poaso afirmar & Vereadora que ainda se encontram virios sepultadores dal inauguragio do cemitério: Joio Aparecido snaré, Pedro Batista del Gasperi, Brdulio Araujo Miranda e Nelson Pereira. sk. réur0 csar - sr. Antonio netaq: scta Prel sidéncia estd marcando uma sesso ordingrin para nuarte-feira,di 26,69, 45 10 mhoras... (Fausa) Corrigindo, entfo, he 9 lores, ne: 4os2lio, "Salie Tsizonetertat fe gtllca ae CHE, » @ © senhor, como chefe, adninis Taprence ns nara grutice sucusp, CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO Me — TAQUIGRAFIA — TAGUIGRA! Seeexe BATA 2 | Monteiro OPI-Desap, 19.09.90 trader do cemitério, desses quatro cidaddes que o derhor acaba \ z de meneionar, vou repetir, Jato Aparecido imdré, Pedro Batiota ae Gaoperi, Britlio Aratijo Myenda e Kelson Pereira, o venhor fica, entao, responsabilizado por envid-los' aqui na quarta-feira que ve! dia 26.09, is 9 horas, Entio, esté intimade segundo e sua peesen- ga. 0 senhor esta clente disso? Q.SR. ANTONTO PIRES EUSTAQUIO - Estou ciente ¢ transniti- reie eles a... Q sR. s6rr0 cfsaz - 0 senhor se identifique, por favor. 0 SR. ARTONIO PIRES TTSMQUIO - Eu, Antonio Pires, estou ciente e passo a commicugfo acs referidom sepultadores. Q sR. JULIO envie dos quatro, certo? ' Q.SR. ANTONIO PIEES ZUSTAQUIO - Ciente. SAR - © senhor tem a responsabilidade pelo O. SR. AEDO REEELO - Gostaria tambén de fazer uma pergunta,| porque interessa essa inforuagio. Sr. Antonio Pires, de que fora, em cue circunstfneias 0 senhor tomou conhecimento da exietincia ad tréo dos desapareeides pol{tices enterrados no cemitério de Perus4 QUSR. ANTONIO FIRES EUSTAQUIO - Eu, Antonio Pires Euetd — ae ey CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO = TAQUIGRAFIA — <9 (Romaooa FasuleRAre SESSA, ie 3 |Monteiro | CPI-Desap. presenga da Sra. Suzana no cemitério de Perus pro vido, quando eu poate ela me passou wa nome, eee to Livre do registro do Sbiton e encontres 0 nome ae Nelson Bueno , estava sepultado como indigente na quadma 4 do cemitério de Perus. Foi quando eu obtive informes de que ele era um militan- te da época contra o regime. 2 2 ALDO REREIO - Antes disso, 0 senhor nunca tinha ou- vido falar da exinténcia de presos pol{ticos que tivessem sido mo: tos e enterratos em Perus? Q SR." ANTONIO PIRES EUSiiG0i0 - Antes da presenca de varids femiliares, que me passaram esses informes, eu nfio tive nenhuma imformag&o que ali pudesse, ou, como houve, estars sepultados mor} tos politices. O SR, ALDO REHEIO = © wenhor também nunca ouviu comentés rios, no meio dos funcionarios do stamens as circunstan- eine em que essns pessoas chegavem até o cemitério e eram enterm., dasq Q.SR. ANTONIO PIRES EUSTAQUIO - Por informarSes daquela Spoca, ouvi conentdrios que cles ficavam aseim, aYchando wma ai- feronja. Por determinadas cargas que o TM% levava, elee ficavan arian CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO \ 5 — TAQUIGRAFIA — SessKo. DATA [oPT-Desap. 19.09.90 Bohande qualquer coisa diferente devido aquela carga & ter ido | 4 | Monteiro de indigentes, naquela época para 14. - QSR. ALO REBSIO - Os funciondrios, naturalmente, conen- taram, ua época, o que exatamente eles achavam de eatranho, de dil ferente? Onde estaria essz diferenga, qual era o fato on o elemen| to que cardcterizava a diferenga entre o preso pol{ftico, o corpo @o preso polftico que chegave e o corpo de wma outra pessoa que ehegava? Onde era que eles rian nee diferenga? O.SR, ANNONTO PIRES EusTiguro - Eu, Antonio Pires, posso afirmar que-¢les me passaraa informes que o carro, o camburio do IML, chegava escoltado por militares, nfo posso qualificar 2 pa- mte correta porque eles nfo me passaram tembém, mas que chege eacoltados e o sepultanento, is yeres até de um 56 eaddver, terial r de ser efetuado rapidamente, +O_SR.\ ALDO REREIO = Blos comentavam se esse sepultaaento era efetmado na presenge dos militares que participavam da escol- PAP. ces ney CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO X —TAQUIGRAFIA — ete A333. [a CE Ge AT Se O SR, ALDO ZEBETO - Bles comentavam se esse sepultomento era efetuado na presenga desses militares que participavam da es- colta? 0 PIRES — Segundo o que ouvi dizer por eles, O.SR. MTOR @ escolta ficava no portdo do Cemitério e algum militer, alguna polfcia ia até a quadra de eepulturas. elo © SR.-AUDO REBETO - 0 senhor sabe,z/ecmentdrio que eles fazian, se identificavam qual era.a ama, ou seja, se era Polfcia, xéreite, etc, daqueles que chegavam escoltando o camburfo que le vava 0 corpo dos presos? OSE. sxagnto PIRES — Iu, Antonio Pires, afimmo que nfo obtive esses informs. © SR. ALDO_RERELO = 0 senhor poderia nos indicar, hoje ow mum mowento posterior, o nome das peeseas que poderian ter presen— clado essm cena de chegada de corpos de pessoas, de presos polfti— cost 0 PIRES — Eu, Antonio Pires, posso afimar a0 pace, Gre. CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO v , : — TAQUIGRAFIA — froomielrouiay TAGUIGRAFO. Angela | CPI DESAP. [19.09.90 SESERG nobre Vereador que, quando da descoberta do & septate da s8 nia, a filha do Professor Meraes, do levantamento da pesson do Dilermando, o administrador dagquela época, quando do sepultenento dela eles notaram que era uma moca muito bonita, de cabelos muito Donitos e a presenga, no corpo dela, de uma jaqueta, uma jaqueta muito bonita. Ba figuei bastante emocionado quando o Professor diase qe hovie sompzado aqueis jequola pare elm, gus ela goutava mite Gaquela jaqueta e que, por informe de out ros funciondrios, o Di- Jermando mandow que se efetuasse 0 sepultamento o mais rapidamen- te possfvel. 2 sh. ALTO REBELO -Ainda hoje trabalham no Cemitério pes soas que presenciaram a chegada desses corpos com essa escolta? O SR. Pore PIRES — Ri afirmo que ainda hoje trabalhan fonciondries dessa época, © SR. ADDO REPEEO - Essas pessoas podem, inclusive, iden— tificar se essa escolta 1a fardada ou em trajes civis? Q_SR. ARTORIO Pings - Eu nfo posso afirmar ao nobre Vere dor, porque niio obtive esses informes. ers ordlice de Gua, CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — ee foomdroua] YAGUIGRAPO. acompanharen @a Presidéncia, dando maic forga a esse ato, estan- do presente} nesee ato, as 14h, no IML, Quere convidar para fazer parte da Mesa o represen- Mantt teante do Exeeutivo, o Sr. Secretdrio de Governo, Joné Eduardo BAéée eadogo ee: que representa a Sra, Frefeita Luiza Zrandina. Passe a palavra, agora, a dona Helena Pereira dos Santos, representande @ See, Torture Nunca Mais. A.SRA. HELENA PEREIRA DOS SANTOS - Agradago profun— damente © empenho dos Vereadores desta Cagn por estarem se aprofun= dando mum trabalho de tanta importfneia para tedos nds familiares de desaparecidos. Estamos na esperanga de que, com esa9 trabalho, pos. aames conseguir o que de mais importante tem sido para nés durante tantos anos de luta. Estou como mie do un M_7/ desaparecido e como representante do Grupo Tortura Nunca is, uninde noseos ea= forgos juntamente com outras entidades de direitos humanos, om especial a Cliria, & Comissio Justica e Paz, a Orem des Advogades pare que seja possivel desvendarmos esse mistério, em busca dos res tox mortais de nesses £ilhos wpe por tantos anos estamos buscando (peenie ne vate qian dm GUBP, CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — SESSRO. CPL DESAP. ealie TAaUIERATS 3 Angela 9.09.90 ai Q.SR. ALDO RUBELO - Aqueles quatro, por, exemple, prisen- ciaram? Ou o sonhor nfo sabe dizer? SR. ANTONIO PIRES - Eles io dessa Epoca e podem con - fimmar ao nebre Vereador. © SR. AUD REPETO — Poderia, inclusive, dizer se essa es colta chegeva com esses corpos em plena luz do dia ou se escolhian un horrio diferente para chegar nesea situagio? O SR. ANTORIO PIRES < Eu ep posso tienen ao Vereador se eles vio dizer.isso porque nfo estou na fala deles. mi simplemen ‘te obtive eases informes durante o noseo hordrio de trabalho no Ce mitério. O.SR. ALDO REBELO ~ 74 bom, B isso, Muito obrigado. O SR, JULIO CESAR FILHO ~ Wate alguma pergunta? (Pausa.) © senhor soube se na histéria do Servigo Punsrario de Sio Paulo hé alguna outra exumagHo em massa, em qualquer cemitério, ou mesmo no de Perus? 0 senhor teve conhecimente, durante esses 13 anon que trabalha no Servigo Amerdrio, ds almma outra exumagio om nacea gexex do tipo dessa que foi feita em 1976? © SR. ANTONIO PIRES - Fu afime quo nfo obtiva infomes CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO we — TAQUIGRAFIA — Seb Dee) [nae de outrac exunagScs en massa em qualquer outro cemitério do Muni— na, se (eos ofpio de sfo Paulo. © SR. JULIO CESAR YULUO - que seja de seu conhecimento, essa foi a wnica? oO SR. nica vez, desde ques comecei a administrar o Cemitério.de Perus. ANTORTO PIR: - To meu conhecimento, easa foi a o O sn. snto cE: AR FILHO - Quando o senhor tomou conheci mento desse vala reclanou on informou a quem da exist@ncia dels? SR: ANTONIO PIRES — Quando soube da existéncia da vala pare mim teria sido um ato nomal, dentro das normas existentes nos Eetatutos do Cemitério. © SR. JULIO CESAR FILHO - O senhor tem maio alguma coisa @ declarar? 1 OSR. ANTONIO PINGS = Pico & inteira disposigio dos nobre: creio, j4 relatei integralmente. = Est encerrado o depoiments. A gradeco a sua presenga. Vereadores para qualquer outra pergunta. Nas o meu conhecimento, Fica, entio, marcada @ segunda sessio ordindria da Comis ew CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO ‘ = TAQUIGRAFIA — Angels | opr pesap fag.09.90 | [rat 828 _parlanentar de Inguérito para e préxima selerat sea rae 21; &s 9 horas, neste mesmo local, quando serfo cuvidos o Dr. Antonio José de Mello, Diretor do Iml; o Dr. Rui Barbosa de Alencar, atual Superintendente do Servigo Funerixio; o Sr. Zi Harty Shibata, médico legisla; o Sr, Fibio Pereira Bueno, ex-Dizetor do Departamento de Cemitérion em 1970/74. Batd encerrada a seesio. orga ertizo Ga CuBe, Presente 0 senhor RUBENS DA COSTA, brasileiro. a ae tado, residente domiciliade na Rua Afongo de Freitas S65, RG n# 2.211.138, nesta Capital. As perguntas que Ine foram formiladas respondeu: trabalhou no Servige Funerario do Munici Pio de 1947 até sua aposentadoria, em 1979, 14 ccupou diver- Sos cargos e fungdes: auxiliar dé motorista, eseriturario,che fe da fabrica de caixSes até chefe de gabinete; exerceu a su perintendéncia daquele Servico em setembro de 87 a dezembrode 88; esteve presente na CEI sobre o Servico Funerario onde bres tou as informagdes solicitadas e apresentou relatério sobre a situag&o dos cemiterios do Municipio de Sao Paulo; tem conhe eimento de que foi feita uma exumag&o em 1976, cuja autoriza— 9@0 0 depoente nao sabe quem deu, pelo fato de que no cemité— rio de Perus nfo havia oss4ric ¢ a mesma era necessaria em funeao da superlotagao existente nos tumulos; ha dois tipos de exumagao, um em que os ossos sao colocados abaixo da sepultue Pa a uma determinada profundidade de 1,55 m nos termos do Ato 926/32, © outra, em que os restos mortais sao entregues acs fa miliares do falecido; © depoente ndo se recorda da ocorréneia de sepultamentos com nomes trocados, cré que tal deve ter cor rido, no caso de presos politicos, pelo fato de os meamos use. rem nomes falsos, quando atuavam na clandestinidade; recorda= se de ter havido diversos incéndios nos registros do cemiterio Eajeado, fato que atribui a atuagdo de marginais, visto que numa das oportunidades, feram assassinades dois guardas, no entanto os livros de registros sempre foram recompostos; me- Ihor esclarecendo, no case de presos politicos, o depoente a- credita que es sepultamentos sejam feitos com base nos documen * tos encontrades com o falecide; relatow que, no caso de Sonia Angel Jones. 0 sepultamento fo1 feito com outro nome, mas na || ecasdao da exumacio, por incempeténcia do administrador, C61 entregue a familia uma ossada cujo cranic nao tinha perfura- um elemento do sexo masculino; na ecasifo s : Ste dif chs aos tendente, foi procurado pela familia de S8nia(quande “promo- veu nova exumacao, adetando todos os euidados neétssarios a efetiva identificagado da osgada, e logrou encontrar aquele que mais se aproximava dog elementos constantes do atestado de obi to, esclarece que tal exumacho foi determinada por ordem judi elal; esclareque que os corpos existentes no IML, quando nao reclamados em 72 horas, eram sepultados em carro préprio da Policia, colocados em caixdes requisitados pela propria poli- cia, por policiais, e encaminhados para sepultamento; no caso de cadaveres sem identidade, eram extraidas impressdes digi- tais e fotografade © corpo, antes do sepultamento; a vala co mum, existente em varios cemiterios: Sao Pedro, Vila Formosa, Vila Nova Cachoeirinha, Perus, sao feitas de alvenaria e 08 08808 A ¢la destinados sao previamente colocades em sacos plas tices, com o numero para identificacio; o depoente sempre que Procurade por representantes ou familiares de desaparecidos, empenhou-se, com 9 maxime de zelo, para conseguir a identifi— cagdo dos sepultades: no caso de Carlos Marighela, adotou to. das as providéncias, inclusive junto ao Cartério onde foi re gistrado 6 dbito, na época da exumage, quando os restos mor tais foram entregues a respectiva familia; 0 depoente esclare i ce que as providéncias, por ele descritas, relactonadas aos corpos encontrades sem identificagéo, sao determinadas por lei ¢ incumbem ao IML e, ao que sabe o depoente s6 sao adotadas, “na nipovese de corpos nao identificados, nao sabendo dizer se @ feita alguma verificagao relativamente aos documentos even. tualmente encontrados em poder do falecide; esclarece que os a Superintendentes que o sucederam n&o apresentaram qualquer re. Y clamagao quanto & falta de documentos que prejudicassem ou ai I ficultagsem a identificagdo dos sepultamento. durante sua ges tio nfo heuve qualquer pedido de identificagdo de ossadas; o: Cemitério Perus, foi criado em 1971 e estava subordinado dire tamente @ Prefeitura; somente em 1976 @ que ficou suboridina— L s do ao Service Funerério; o depoente des sepultamentos clandestinos; anteriormente, 68 ¢8 a feengea, Cemiterios subordinados ao Departamento de Parques’ Jarding da Secretaria de Servicos e Obras; ndo se recerda quem era o Frefeito de Sao Paulo em 1971, sendo que os jornais informaram ser o Dr, Paulo Salim Maluf; os documentos, relativos aos re- gistros de sepultamento, anteriores a 1932, estdo no Arquivo Histérico, os posteriores a essa época encontram-se no Servigo Fuyerario; desconhece a existéncia de documentos depositados no/Viveiro Manequinho Lepes, acreditando que ali estiveram an [a da subordinagdéo dos cemitérios a0 Servico Funeraério; os doutores Fabio Pereira Bueno e Sérgio Barbour foram administra bres dos cemitérios na época da eriagao do Cemiterio Perum; ‘0s corpos provenientes do IML vinham com Guia de Sepultamento ou Declaragao de Gbito, cabendo, posteriormente, ao IML enca+ minhar 0 registro feito em cartério, © que nem sempre era fei to, talveg pela falta de funeionarios naquele Instituto; apes a exumagdo, era efetuada anotegao da destinacao dos despojos @ margem do registro originario no livro proprio; em 1980, foi aberta a vala comum, onde estavam diversos ossos, a pedido de famtiiares de Flavio Carvalho, sendo que os ossos estavam de compostos, tendo o depoente, infermagao de que agora teriam sido colocados em sacos plasticos noves; ao que sabe o depoen te, todas as valas sao construidas em alvenaria; o depoente desconhece a existéneia de vala clandestina; desconhece tambem @ existéncia de livros diferenciados para registros de sepul- tamento, em fungao de ser o morto preso politico ou nao, des conhece também a existéncia da utiligagio da categoria "terra oFista" como indicacae da profissio de falecido; melhor escla recendo, © depoente desconhece a existéncia de qualquer autori ,2ag80 para abertura de valas, que compete ao administrador do cemitério; em 1976, o administrador dos cemitérios era o senhor Dilermande Lavrador; os senhores Harry Shibata Filho ¢ Romeu Tuma Filho trabalharam no Servigo Funerario, por volta de 79/ 80, na fungao de assigtente do superintendente; © depoente Camara Municipal de Sho Dale eré que o Cemiterio de Perus foi construido, nao s6 pela satu ragao do Cemitério de Vila Formosa e do Lajeado, mas, também, pelo fato de inexistir cemitério na regiao de Perus, o que en earecia os enterros vindos de regiées mais distantes. NADA MAIS. Fathe CESAR CADS@IURI FILHO Presidente . Ar PANO ex. de sit folic ALDO REBELO TEREZA LAJOLO Relator Membro. ae OSVALDO GIANNOTTI CESAR 1 CORDARO Membro Procurador do Murlicipte in Membro Genlell vs SeceeTa ae wy ye Tine. ar. Dr. EDUARDO TARAZZO SUPLICY DD. Presidente da Camara Yunicipat de Sie Paulo ite io dia 17 de fevereiro de 1990, compare eenos 4 Camara Municipal para prestar alguns eselarecimentos a respeito do funcionamento do Servigo Funer&rio do Municf{pio ae Sao Paulo. Em ragho da cordialidade e do interesse cia, sentimo-nos na obrigagao de complemen tar as infermugdes prectudas verbalmente con relagud aos. fune- vais, demonstrado por V. Pultawentos e exumagdes de eadaveres provinientes do Instituto Médico Legal, no perfodo de 1964 a 1983. Tenho condi goes, talvez do que ninguém, sem subterfiigios ou eculta — g6es da verdade, porquante passei minha vida funcional, desde es 15 unos de idade naquela Autarquia, admitido que fui en 1947, a dirimir guiisquer dividas ou mag interpretagdes, em re ferencia aos procedisentos de cepultamentosnesta Capital. 1) - © Servigo Punerfrio do Municipio - de Sao Paulo jamais efetuou contratagdes de funerais sem que houvesse a perfeita identidade do falecido e a presenga de um gembro da fan{lia, ou responsavel: 2) - Os corpos nao identificades e 08 nao reclamados sio trancportados em viatura propria do 1.¥.L., para os cemitérios (atualmente o Cemitério de Dow Bosco, em Periis); 3) - 0s corpes nao identifieados, cujo Sbito sej2 ou do decorrente de morte violenta, obrigatériamen te devem passar por necropsia efetuada por médico legista do i rada a planilna das impressoes digitais, para possibilitar pos teriores reconhecimentos. Os Albuns de fotografias encontram — Se & disposigho de qualquer pess: l,, havendo ainda a neeéssidade de serem fotografados e ti 8 para consulta, naquele esta belecinento. ontes © Servizo PunerSrio do Kun Paule jaais teve em seu quadro de funcionafios ui tas ou auxiliares de autépsias, ou fungses as 4) > Decorridas 72 (setentsmetti fas, desde a entrada do corpo no INL, sem que haja reclakacao, sera ele colocado num caixio tipo indigente, gue & forneci pelo Servico Funeririo, ¢ tranaportado para o cemitéria com a respectiva declaragaa de ébvito. Todo esse tramite & executado por funcionarios do IML, ou seja, o Auxiliar de Autdpsia colo- 8 © corpo no caixao e o motorista do INL executa o transporte para o Comitério; Portanto em momento algum nao ha, e nunca - houve, a interferencia de servidores do Servigo FunerSrio, ex- eetuando-se o enterramento, propriamente dite, no cemitério. 5) - Os caixdes de indigentes fornecidos ao IML sempre foram produzidos em lotes de 100, ou mais, ¢ de~ Widamente numerados, o que possibilitava sua identificagio do respectico cadaver, em caso de necessidade. Abrimos parénte se, para informar que por determinagao do ex Superintendente , Sr. Alvany Braz Silva, membro do PCB, o procedimento de numera g8o dos caixses foi abolido, alegando o atual Superintendente, Sr. Rui Barvosa de Alencar, que a eliminagao do preeesse de nu meragao foi ndotada como meio de agilizar a produgao, e que a mesa no traria consequéncia danosa ao Servigo Funerario, do que evidentemente, discordamos energicamente, porquanto, fazen do pura analogia, seria o mesmo se a5 montadoras eliminasse as numeragdes de chassis e do motor dos velculos groduzidos, Ja tivemos a oportunidade de abordar esse assunto em uma Comissao Especial da Camara funicipal, presidida pelo Vereador Luiz Car los Moura (PCB), que indicou o Sr. Alvany, para superintenden- te; tendo também como membro o Vereador Adriano Diogo (PT) que indicou o atual, Sr, Rui Barbosa. & Sbvio que tendo ffeil aces so & Autarquia, nao advém nenhuma difieuldade ex comprovar es= sas afirnagdes. 6) = Os corpos necropsiados no IML e de vidamente identificudos, sa0 liberados para a fam{lia ou res — posavel para providenciar os procedisentos normais de transpor te para o veldrio ou cemitério. Neste caso, todos os servicos sao executados por servidores do Servigo Funerario, desde a co loeagio do corpo no eaixdo até a conelusdo do sepultamento, - Quanto ao Crematério, suas atividades foram iniciadas em agos- agosto de 1974 @ todse {dentifioadas e extraida.a competente note. de confmbaeaa, gundo noticiirio do " 0 Estado de Si Paulo F &tualmente algunas notes de servicgo deixam de ser extraidys 7) - As exumagSes sao seupre efetuadas mediante solicitagao da familia do falecido, apés a decorren— cia do prazo legal, mediante requerimento instruido com eépia da certidio de Sbitc. Queremos resealtar que no caso especifi e0 de exumagdo de caddveres que teria sido sepultados pelo - IML , cujo dbito foi de grande repercussao, tivemos participa gio direta em varios deles, e sempre que procurado pela fast lia demos, pessoalmente, ampla assisténeia, sea diecriminagao ideolSgica ou politica. Exemplificamos a exumagio de Carlos Narighela, do cemitério de Vila Formosa, ¢ a consequente remo gao dos despojos para Salvador, Bahia, Fomos proeurades por - um procurador da famflia que desejava proceder’a exumagao ¢ que nao dispunha de dados sobre seu sepultamento 6, nem tao pouco, tinha a certidio de Sbito. Tembro-me muite bem que pro. videneingos de imediato copia da certidae de dbito lavrado no “artéria de Cerqueira Cesar, preenchemos o requerimento a ser assinado pelo procurador e providenciamos a documentagao com plementar (como a guia de livre-t: ingito), tendo recebido ¢o mesao procurador (se nao we falha a mendria, Dr. Airton, men= bro do PT) a seguinte afirmagao: "© Sr. foi o finico home / en So Paulo, que quando mencionei o nome de Carlos Marighela nao me voltow as costas ". Devemos acrescentar que_em outros casos; de Alexandre Vanucchi Lene, Sonia Maria Angel Jones » foram dadoa 06 aeomos tratamentos, tendo como testemunha ¢ DD vice Prefeito, Dr. Luiz Eduardo Greenhalg. Identico. tratamento foi dado as fam{lias do Delegado Paranhos Pleury, Dr. Boile — Sen e do Soldado Kosel Filho, quando do seus sepultamentos. Queremos, firalmente, deixar muito ¢lare que as atribuigdes = do Servigo FunerSrio foram sempre desempenhadae com a couple- ta isengio de ideologias de qualquer origen, pois colocemos — en priweiro plano as famflias, principalmente as mais humil - des (durante o perfodo de minha gestao como Superintendente da Auturguia, inauguramoé os velérios dos cemitérios da peri- feria mais distante ; - Vila Formosa, Periis « Freguenia do 6, nao aumentanos, nese mesmo periodo, as tarifas do chixao Po- pular e, com muito orgulho, as tarifas funeririas no exerel = Oe CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — TAGUIGRATS ere que, foi O SR. PRESIDENTE (Julio Cesar Filho) - Obrigado, O SR. PRESIDENTE (Julio Cesar Filho) - dona Helena, passo a palavra ao Sr. Wilao: oreira, da 5 da-sfio ntiva SR. WITSON todos os presentes, on 8 ° cue ME oste ia a eriagiio da as entidades possam levar a fundo @ apura consequéncias do que houve na is cio de 1988 foram reujustadas bem abaixo da inflagao = 990%, média das tarifas 450%, © que nao ocorreu ebulgag mente). “3a Por altino, exelarecemos que nao filiades a nenhum partido e nado tiveros indicagao de pol! para o cargo de Superintendente do Servico Funerdrio, pois fo- mos convidades pessoalmente pelo entio Prefeito Janio Quadros ~ para administrar os servigos e extinguir a corrupgac, o que foi feito nos dezesseis meses, o que pode ser comprovado, de forma evidente, pelo relatério de conclusdo da gestao. Sem mais, colocamo-nos A inteira disposi gao de Vossa Excelencia e de todos os membros de Gomissdes para Girimir dividas e prestar quaisquer eselarecimentos que se fize rem necessarios. Jf 2 % yu Sao Paulo,“22 de Margo de 1990. h aay fo ave, See \ Rubens da Costa RG. 2.211.138 Pone: 897.5126 : Solicitamos, se possivel for, ser enviada cépia do presente & DD. Prefeita, aos Ve~ readores Osvaldo Cianotti, Luiz Carlos - oura, Adriano Diogo e Gabriel Ortega, ,e ao Sr. Superintendente do Servigo Funera~ rio. ) CAMARA LIUKIEIPAL RE $20 PAULO PRESIDENICA KOE A EBIDO Prot SFM pared 0 FF Scibite es Bedags q [V2gse SERVICO FUNERARIO DO MUNICIPIO DE sAG LO DESAPARECIDOS encontrados'noCemitério de Perus “(mal tortura); a ~ #NTONIO BENETAZ2Z0 - fulecid~ cm 0:10.72, repistradé-navpag i 388, livro § = proe. nt 618/82; I ~ JOAQUIM ALENCAR DE SEIXAS - falecido em 17.04.71, registra- do na pag. 67, livro 1 proc. 94.309/74; ~ ANTONIO SERGIO DE MATOS ~ falecido em 23.09.71, registrado na pag. 30, livro 3 - proc. 102.679/75; - JOSE ROBERTO ARANTES DE ALMEIDA - falecido em 04.11.71, re- gistrado com o nome falso José Carlos Pires de Almeida, na pag. 78, livro 3 ~ proc. 43.294/71; = GASTONE LUCIA DE CARVALHO BELTRAO = falecido em 21,01,72 , registrado na pag. 196, livro 3; - HELCIO PEREIRA FORTES - falecido em 28.01.72, registrado na pag. 203, livro 3; ~fALEX XAVIER PEREIRA ~ falecido em 20.01.72, registr: na ! pag. 193, livre 2; 7 a ptt falas e g : a 2 JOAO MARIA DE FREITAS~ fatectto-mmeororr7z;—repistradona | B Lneertss—itieos:. : = LUIZ EURICO TEJERA LISBOA - falecido em 02.09.72, registra~ do com nome falso de NELSON BUENO, na pag: 157, livro5 , proc. 11.562/79; ~ SONIA MARIA LOPES DE MORAIS - falecida em 30.11.73, regis -— trada com nome falso de ESMERALDINA SIQUEIRA DE AGUIAR; ~ GELSON REICHER - falecido em 20.01.72, registrado com nome fiso de EMILIANO SESSA, na pag. 194. livre 4: 1 ~ YURI XAVIER PEREIRA - falecado ea 14.06.72, registrado na Pag- 144, livre 4; TAQ NA_VALA = FLAVIO DE CARVALHO MOLINA - falecido em 07.04.71, registra- do com nome falso de ALVARO LOPES PERALTA, na pag. 83, li - vro 3} ~FREDERICO EDUARDO MAIR - falecide em 25.02.72, registrados / com nome falso de EUGEN’O MAGALHAES SARDINHA, na paf. 251 livro 3; = , = QUADRA H¢ 7 2 4 - vivtos que ain SMS.P. Mod, 418 e5280 sepultagce. Camara Manisa de ¢ TERMO DE DEPOIMENTO Presente o senhor Pedro Batista de Gasperi, casado, funeiona rio piblico municipal, portador do RG n? 4.201.099, residente domiciliado na Rua José Correia Picango n* 442, Perus, nesta Capital. As perguntas que lhe foram feitas, respondeu: esta efente de que presta depoimento sob o compromisso da verdad € funcionario pablico desde 27 de maio de 71, exercendo as fungoes de sepultador e, a partir de 76, de operador de maqui nas; 08 corpos vinde do IML, eram transportados em carro de policia e¢ os da Faculdade de Medicina vinha em carros daque- la entidade; 0 depoente afirma que nunca notou a vinda de cor pos, do IML, acompanhados de escolte; o depoente nao tinha a- cease A documentacdo que vinha do IML, nao tendo também presen cfado enterros, do IML, efetuados fora de hora; na qualidade de operador de maquina, o depoente promove abertura de valas nos cemitérios; afirma que os caixées eram abertos antes do sepultamento; os corpos vinham do IML, em quantidade de qua- tro ou cinco, transpertades por carros tipo F-1000, havendo o casices em que vinham, no minimo, dois corpos; como sepulta- dor trabalhava das 7:00 as 18:00 horas, podendo afirmar que Qos corpos vinham nus, sem qualquer vestimenta, desconhecendo algum momento em que velo algum corpo do sexo feminino vesti- do; 08 carros do IML eram dirigidos por um policial militar, vinde um em cada carro; o depoente nao sabe porque a vala a~ berta em 76 nao foi feita em alvenaria; nunca houve sepulta- mentos efetuados por pessoas que nao eram funcionarios do ce= mitario, ao que sabe o depoente, sendo que nunca faltou ao ser wigo; os corpos, tanto naquela época como agora, apresentavam sinais de escoriacao e ferimentos; para todos os corpes era utilizade © mesmo procedimento; © depoente, con os demals se- Pultadores, nao presenciavam a entrada dos carros no cemiterio, eis que trabalhavam junto 4s quadras, por isso que nao sabe informar sobre a existéncia de escoltas, acompanhando os car TERMO DE DEPOIMENTO Presente o senhor NELSON PEREIRA, brasileire, casade, funeio- nario, digo, pedreiro, portador do RG n* 5.792.619, residente na Rua Aipim n® 33, Jardim S&0 Paulo, Perus, nesta Capital.As berguntas que lhe foram feitas respendeu: esta clente de que presta depoimento sob compromisso de dizer a verdade, traba- Ihando no Servicgo Funerario, desde 1971, passando a pedreiro em 1974; o depoente afirma nfo ser verdadeira a afirmagao de que haveria escolta acompanhando os carros do IML, pode dizer isso porque no periodo que trabalhou como sepultador era assi duo, tendo presenciade quase todos os sepultamentos havido; 08 carros do IML vinham com motorista e, raramente, com algu ma outra pessoa acompanhando 0 motorista; a documentagdo do IML, que acompanhava os corpos, era apresentada & administra- G80 do cemitério, o depoente no tinha acesso a ela; o depoen te sabe, por ter ouvido dizer que os preses politicos, que vi nhama falecer, eram sepultades em Perus, todavia nao havia nenhuma diferenca no sepultamento; os carros do IML vinham com quatro ou cinco corpos, havendo ocasides em que vinha, um nu- mero menor de corpos, de trés a dois, nunca com numero menor; Os sepultadores abriam o carro do IML e viam os corpos; 0 ce- miterio de Perus, ao que sabe, fora construido para os indigen tes e para a populagaéo do bairro; havia corpos, vindos do IML, que tinham aspecto de indigente, outros porem nao tinha esse aspecto; o motorista do carro do IML era um policial, as ve zes vinha com uma pessoa comum, sem farda; o depoente soube que um dos corpos era de terrorista, num episddio em que hou ve o sepultamento de um que fol morto nas imediagdes do Aero porto, o depoente sabe disso porque ouviua noticia, no ra: dio, @ ficou de prontiddo, a espera do corpo; a prontidae ocor re sempre que ha noticia de alguma morte e independe de or- dem da administragao; nesse episédio, 0 corpo do terrorista velo acompanhado de outres trés corpos, no carro do IML, nes aera sa época o depoente ja trabalhave 14 uns trés anos; wala, a berta em 1976, fol aberta, por ordem do superintente, para a- lejar cerpos que estavam depositados no velorio do cemiterio, por falta de espaco; foram ali depositados, também, os ossos exumados de duas quadras do cemiterio; todos os osses estavam acondicienades ém sacos plasticos; melhor esclarecendo, quan do ocorreu o episédio de Congonhas, o depoente afirma que na verdade eles ficaram numa expectativa de receber o corpo, em wista da noteriedade do caso, todavia a demora da liberagao do corpo pelo IML, demorava de trés a quatro dias; © depoente participou da exumagao feita em 1976, apés a exumagéo, os os— sos foram acondicionados em saco plastica ¢ depositados no ve 16rio; depois disso foi aberta a vala, seis meses apos a exu- magao; os corpos vindos do IML eram recepcionados na adminis- tragao, onde era conferida a documentagao e, posteriormente, traslados @ sepultura, onde eram enterrados individualmente; havia ocasiGes em que os motoristas faziam comentarios sobre serem og corpos de terroristas; © depoente se recorda de que © genhor Williams Roberte Raiano era eseriturario da adminis tragao do cemitério na época; a ordem para abertura da vala, em 1976, foi dada pelo administrador, Sr. Rubens José Vieira; sendo ele, também, que deu a ordem para exumagio das duas qua dras, a frequéencia de corpos, considerados indigentes nao co mung, née era muite grande, melhor esclarecendo, os corpos exu mados ficaram depositados no velério por um perfodo de um ano; © depoente nunea soube se pretendiam construir um crematorio no Gemitério de Perus; a vala foi aberta por uma maquina retro escavadeira, que era operada pelo Sr. Pedro; o depoente nao sabe da existéncia de valas em outros cemitérios, podendo afir mar um pogo para essa finalidaa i quando 0g corpos foram colo cados em sacog plasticos, foram acompanhados de duas notifica gSes, uma dentro e outra fora, grampeade; recorda-se o depoen te que o primeiro sepultamento feito em Perus, fol em 02 de margo de 71, de 16 corpos vindos da Faculdade de Medicina; o depoente sabe que o corpo do terrorista, morto em Congonhas, fol sepultado em Perus, por ter ouvido comentarios; na chega- da do corpo, e porque a esposa do falecido fez varias visitas ao tumulo, cuidande da sepultura; o depoente sabe que o senhor Rubens nao ingeria bebidas alcodlicas, podendo afirmar, entre tanto, que o senhor Eustaquio costumava beber apos o expedien te; a exumago om massa foi feita entre meados de 75 e a rei- numagao feita em 76; © depoente tem dividas sobre quem era o administrador na época da exumagao, se o Sr. Rubens ou o Sr, Dilermando; © depoente sabe também que o corpo, referido ante riormente, pertencia ao terrorista, porque foi o ultimo a ser terrado, tendo sido indicado pelo motorista e, tembem, por que ne caixfo estava registrado o seu nome, que era Grenaldo; & esposa dele, posteriormente, descobriu a sepultura mediante informacgdes na administragao; 0 depoente desconhece a pratica de se jogar acido para destruigdo dos ossos; o dépoente desco nhecla que a vala foi reaberta, sabendo dos fatos somente ago ra; o depoente desconhece qualquer rélacao entre a exumagao ¢ a existéncia de sepultamento de terroristas, pois, ac que sa- be, ela foi feita por necessidade de espaco; o depoente sabe que entre os indigentes havia vitimas do esquadrao da morte, Nao 86 por comentarios, como também porque, num dos casos, o corpo estava excessivamente perfurado por balas; a0 que sabe © depoente, a ROTA nunca sompareceu no sepultamente de vitimas do Esquadrio da Morte NADA MAIS. Seni : ; be JULIO CESAR CALIG. I FILHO -LSON PEREIRA Presidente } he ALDO REBELO Relator irato carpgéo “OSVALDO GIANNOTTI Membro Menbro MARCOS MENDONCA ANTONIO CARLOS CARUSO Membro eet) Oricio 41" ssp nf 095/90 Senhor Secretario ~ Na qualidade de Presidente da Comissao Parla mentar de Inquérito, que apura a origem e a responsabilidade sobre as ossadas encontradas no Cemitério Dom Bosco, solicite de Vossa Excelen cia seja determinada a presenga, perante esta Comissao, do sr.José AN PONTO DE MELO, Servidor piblico do IML, no dia 28 de setembro de 1990, 8s 10:00 horas, no Auditério Osear Pedroso Horta, nesta Camara Munici. Pal, situada no Viaduto Jacarei, 100. Ao ensejo, renove a Vossa Exceléncia pro testos de elevado apreco. ‘ — JULIO CESAR eae FILHO i Vererador Exmo. Senhor 7 em 2S 709/30 : mtl.3 Dr. ANTONIO. CLAUDIO MARIZ DE OLIVEIRA Recebi DD. Secretario de Seguranga Publica Ast NESTA TReceBing Wi) sta-8 Ws 01 /40., Oficio 418 SsP n# 096/90 Sao Paulo, 24 de setembro de 1990. S99 ite © 00 SEpRET@ Senhor Secretario Na qualidade de Presidente da Comissio Parla mentar de Inquérito, que apura a origem e a responsabilidade sobre as essadas encontradas no Cemiterio Dom Bosco, solicito de Vossa Excelén cia seja determinada a presenga, perante esta Comissao, do Sr. HARRY SHIBATA, gservidor publico do IML, no dia 0] de outubro de 1990, as 15:00 horas, no Auditorio Osear Pedroso Horta, nesta Camara Municipal, situada no Viadute Jacarei, 100. Ao ensejo,renovo a Vosea Exceléncia os pro testos de elevado aprege. Exmo. Senhor Dr. ANTONIO CLAUDIO MARIZ DE OLIVEIRA DD. Secretario de,Seguranga Publica NESTA RECEBICU tH we! CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO ‘Sto Paulo,, memoranno/Presidéncia-424/30 Exmo. Sr. Vereador JULIO CESAR CALIGIURI FILHO 9» 9 —=——— Presidente da Comissie Especial de Inquérito, i Constituida para apurar a origem e a respongabilida Sobre as ossadas encontradas no Cemiterio Dom Bosco, en Perua. eee Senhor Vereador, De ordem do Presidente, enviamos copia xerografi- ea do Oficio n? $50/90-SJ-G, da Secretaria dos Negécies Juridi-' Gos que trata de assunto de interesse de Vossa Exceléncia. Atenciosamente, PREFEITURA DO MUNICIPIO DE SAO PAULO SECRETARIA DOS NEGECIOS JURIDICOS So Paulo, 21 de setembro de 1990 tit Officio n® 550/90 ~ su.G. Senhor Presidente Em atendimento ao Oficio n® 255/90,venho A presenga de Vossa Exceléncia informar que designei o ilustre Procurador Dr. CESAR ANTONIO ALVES CORDARO (r.£. n® 510,.626.2.00) ~~ para o acompanhamento dos trabalhos da Comissio Especial de In- quérite, constitufda com a finalidade de apurar a origem e a res~ ponsabilidade sobre as ossadas encontradas no Cemitério Dom Bosco, em Perus. Na oportunidade, renovo os meus protes- tos de estima e consideracio. Excelentissimo Senhor Doutor EDUARDO MATARAZZO SUPLICY DD. Presidente da Camara Municipal de Sao Paulo NESTA Vee : CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA— TAGUIGRATO Norma a — a a gente possa, aggim, dizer para que néo possa seaiebon cosas daque- r-aeeeereo] 17.03.50 le tipo, nio 6? Concord inteiramente com o Presidente da OAB nessa afimmagio, mas a gente quer mostrar ds entidades de direitos humanos 4 gos parlamentares, para por fim & insanidade que existe hoje, nfo 86 daqueles que cometeram tortura, como também hoje, as terturas que acon tecem nas delegacias ¢ diversos outros lugares, Obrigado. O SR. JULIO CESAR CALIGIURI FITHO - Obrigado aos senhores, fem a palavra Dona Maria Madalena Alves, também da Executive dos Dire: +o Humanes de Sao Paulo. +f, eu creio que nao tem mito ASRA. MARTA MADALENA ALVES mais a acrescentar, nado é? A gente esta aqui justamente para estar deixando claro - e foi MME tirado ontem, inclusive, om um escontro dos Centres de Direitos Humanos do Estado de Sdo Paulo, de estar juntd nessa luta, de estar junto buscando esea apuragiio, fazende o que nos for possfvel, nao ¢ 7 Tentando utilizar a presaio que a gente possa, enguanto movimento nacional, a gente inclusive estd aguardando o nosad representantes da Executiva de Brasilia, ele est& em SAo Paulo e ven vinde pare ca, e a intengio é juetamente essa, de estar utilizando to. da a forga de entidades de direitos humanos do Brasil na exigéncia da apuragaée desses casos. Tu acho que gé tenho a louvar a abertura des= ta CPI. Tiprenea ne veri grtica a GUS, Camata Municipal de yo Pale SG Paulo, 25 de Setembro de 1990. Timo Sr. Dilhermando Lavrador Filho Frezado Senhor, Ref.: Comissao Parlamentar de Inquérito para apurar a origem e as responsabili- dade sobre as ossadas encontradas ne cemitério Dem Bosco, em Peruse investi gar a situacio dos de mais cemitérios de Sao Paulo. Tem a presente a finalidade de notificar que V-Sag. encontra-se intimada para depor Perante esta Comissao Farlanentar de Inquérito, sobre os fates acima referides, no proxime dia 28/09/1990 as 10:00 horas, no prédie desta Camara Municipal, sito no Viaduto Jacarei, n® 100 no Auditério oscar Pedroso Horta, 10° andar. Cordialmente, igjdri* Presidente! te 12? 120, alo.g by Recebi a aoc mentagéo originai soe 8 eee = Nome “HOR nC O BE eae: es iis O ive. Moraus £0 Cunt freee ox LAT Bg 04 6 etigelas oe seteesrodo, Yelle @ O anihewe + fawidecrs 4, 4) Prova anntunts. ergs Z 7 tom bo sas Camara Municipal de Seo Bulk Oficio by SSP * atl { Sao Paulo, 26 de setembro de 1990, Senhor Secretario Na qualidade de Presidente da Comissdo Parla- mentar de Inquérito, que apura a origem ¢ a responsabilidade so- bre as ossadas encontradas no Cemiterio Dom Bosco, solicito de Vossa Exceléncia seja determinada a presenga, perante esta Comis sao, do Sr. Isaac Abramovitch, servidor pubblico do IML, no dia 01 de outubro de 1990, as 15:00 horas, no Auditorio Oscar Pedroso Horta, nesta Camara Municipal, situada no Viaduto Jacarei, 100, Ao ensejo, renovo a Vossa Exceléncia os pro- testos de elevado apreco. JULIO CESAR CALIGHIRI FILHO Vereador Exmo. Senhor Dr, ANTONIO CLAUDIO MARTZ DE OLIVEIRA, DD. Secretario de Seguranga Publica NESTA SECRETARIA DA SEGUE PUBLICA Em aff /_ 0% /to_§ di joi 30 te a documentagso original RG 2985 5)4 eb0.c5e1 fost. eta Sdo Paulo, 27 de setembro de 1990, Senhor Presidente, Impenda-me comunicar a Vossa Exceléncia a impossibilidade de meu comparecimento nesta data perante a Egregia Comissao Parla— mentar de Inquerito. Esclerego, entretanto, que estarei a disposicgac de Yossa Exceléncia e de Exmos. Srs. Membros da douta Comissao em data a ser novamente aprazada. Neste ensejo, renovo a Vossa Exceléncia, protestos de ele vado aprego. Jose Antonio de Mello Exmo. Sr. Vereador Julia Cesar Caligiuri Filho D.D. Presidente da Comissac Parlamentar de Inquerito Roxes.o Tay Joust. <4 CNDSKA TCoazen \ COMTSSAO PARLAMENTAR DE INQUERITO QUE APURA A ORIGEM E AS RESPONSABILIDADES SOBRE AS OSSADAS ENCONTRADAS NO CEMITERIO DOM BOSCO,EM PERUS E INVESTIGAR ' A SITUAGAG DOS DEMAIS CEMITERIOS DE SAQ PAULO TERMO DE NAO COMPARECIMENTO Aos vinte e olto dias do més de setembro do ano de 1.990, as 10:00 horas, no Auditéric Oscar Pedroso Horta, no Edificio da Camara Municipal de Sao Paulo, Viaduto Jacarei, n? 100, 10° andar, reuniu-se a Comissao Parlamen tar de Inquérito, sob a presidéncia do Vereador Julio César Caligiuri Filho , na forma da eonveeacdo constante do Oficio lavrado, para o fim de tomar o de poimente do Sr. José Antonio de Mello, e apés o decurso de 1 (uma) hora, a referida pessoa nao compareceu perante a Comissao Parlamentar de Inquérito justificando sua auséneia, motivo pelo qual é lavrado o presente termo. Nada mais tendo a tratar, encerrou-se a reuniao, sendo o presente termo assinado pelo Sr. Ronaldo Morales - Secretario da Comissao.- Sho Paulo, 28 de setembro de 1990. RONALBAT}) MORALES. na .Comissae Parlamentarde Inquérito . / \oee aoue Senhor Secretanio, parlamentar de Tnquérito. requis fh VeExa. TONIO DE MELLO, lotado no depoimento- gera realizada no dia 10 Auditorio Pedroso Horta to Jacarei, 100+ mento ne Art.32,paragraro grafo 1%, inciso T, ambos consideragao- Exino, Senhor pr-Antonio Cleudio Mariz de Oliveira p.D. Secretario de Seguranca Publica. NESTA a presenga, perante este CPI, wiso— aie = 00) SECRETARY de Presidente da Comissao A507 90, Na qualidade constituida através do Proceso. Nn" jo servidor JO! Institute Médico Legal. onde devera prestar A segae de oitiva do referido servidor de outubro. de 1.990, &¢ 10:00/horasy no, da Camara Municipal de Sao Paule, n° Viadu A presente requisicao ¢ feita com funda: 22, incigo 1X, conbinado. com 0 Art. 33, para da Lei Organica do Municipio de Sao Paulo. Ag ensejoy yenovo a V.Exa.protestos, de Ateneiosamente « JULIO CESAR CALIGIURI FILHO of fo Ge uJo¥e Hie 6 Sallage Eldon oe 2aessyt MANDADO DE INTIMAGAO © Vereador JULIO CESAR CALIGIURI FILHO, PREST DENTE DA COMISSAO PARLAMENTAR DE INQUERITO, constituida atraves de Pro cesso n* 2450/90, MANDA ao servidor CARLOS ALBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA Registro 21.580, que proceda as diligencias necessarias a intimagao do Sr. PAULO SALIM MALUF, residente e domiciliado na Rua Major Diogo, 285 Bela Vista, para que, nos termos do inciso IX do paragrafo 2° do art® 32 “\combinado com 0 incjso I do paragrafo 1° do art® 33, ambos da Lei Orga nica do Municipio'de Sao Paulo, comparega, no dia 26 de setembro de 1990, as 10 horas, no Auditorio Oscar Pedroso Horta, da Camara Municipal de $a0 Paulo, situado no,Viaduto Jacarei, 100, 10° andar, a fim de prestar esclarecimentos sobre os seguintes fatos: eh a) Recentemente foram encontradas ossadas no Cemitério Dom Bosco, em Perus, nesta cidade, dentre as quais consta que ha inumeras vitimas des orgaos de repressao, instalados neste Estado, durante o regime militar; DISPOSITIVOS LEGATS CITADOS: sae 5 LET ORGANICA DO MUNICIPIO DE SAO PAULO: Art? 32 - A Camara tera Comissdes permanentes © temporarias, constituidas na forma e com as atribuig6es previstas no respective Regimento ou no ato de que resultar a sua eriagao. § 29 — As Gomissdes, em razdo da materia de gua competéncia, cabe: TX- solicitar informagdes ou depoimentos de autoridades ov eidadaos; Art® 33 — As Comissoes Parlamentares de ‘Inqué rito terdo poderes de investigagaio proprios das autoridades judiciais . alem de outros previstos no Regimento Interno, em matéria de interesse do Municipio, e serao criadas pela Camara, mediante requerimento de 1/3 _(um tergo) de seus membros, aprovades por maloria absoluta, para apura gio ae fato determinade, em prazo certo, adequate & consecucao dos seus fins, sendo suas cénclusdes, se for o cas, encaminhadas ao Ministerio paplico, para que promova a responsabilidade civil ou criminal des = in fratores- “ > § 1® - As Comissdes Parlamentares de Inquérito, no interesse da investigacao, alem das atribuigoes previstas nos inet sos I,1V,KexItdo ¥ 28 do art. 32 ¢ daquelas previstas no Regimanto Xn terno, poderao: 1 - tomar depoimento de autoridade municipal , intimar testeminhas e inguiri-las sob compromisso, nos termos desta let; >) consta, ainda, que a construgio do referi do Cemitério, efetuada no governo de V.S*, teria sido determinada pelos Orgaos de seguranca e destinada ao sepultamento de presos politicos,vi timas de torturas. Assim, a presenga de V.S*. 6 necessaria ao esclarecimento dos fatos acima expostos. Sao Paulo, 21 de setembro de 1990. JULIO CESAR CALIGTYAI FILHO Vereador Recebido em =f f CAMARA MUNICIPAL DE SAO PAULO — TAQUIGRAFIA — bo i al Essa, DATA | ORADON | coNT.APARTE —] DESAPARECIDO: Reunigo realizada em 21 de setembro de 1990, VEREADOR JULIO CESAR FILHO CAMARA MUNICIPAL DE SAQ PAULO — TAQUIGRAFIA — froomalrouu] FAGUIGRAFO] 2 | [asimanao | [Sats] =ananan |, or ae] cramuanfon 2 [ose ta OSE. PRESIDENTE (Julio Cesar Filho ) = & OSes culpas acs Srs. jornalistas, ae entidades, bem como as testemunhas h ‘Pontos Pedimos dee-| por ease atraso, mas infelizmente a6 neste instante é temos quorum para comecar a sessfio. Espero que ieso nfo se repita mais naa préxi- Mas seastes. Dia 21 de setambro de 1990, segunda Secodo Ordindria de oitiva de testemunhas da Comiss&o Parlamentar de Inq .érito, para aparer Sige a origen ¢ as responsabilidades sobre aa ossadas encon= tradas no Cemitério Dom mm Bosco, em Ferus © investigar a situacio dos demaie cemitérios de SAo Paulo. Foram notificadas as seguintes testemunhas: Dr. José Ambonie de Nelo, diretor do IML; Dr, Rui Barbosa Alencar, atuel supe— vintendente do Servigo Rineririo Municipal; Dr. Harry mmm Shibata, médice le, iste @ ex-diretor do IM; Dr. Fabio Pereira Bueno, diretor do Departamento do Comitérios do Sic Pale, entre 70 © 74; Sr. Pe- aro José de Carvalho, atual Administrador do Gemitério de Ttaquera @ 0 Sr. Denivaldo Hemmique Almeida Araujo, atual diretor de Cemitérios Municipais de Sio Paulo. Betéo presentes os soguintes Mambros da Comiasdo Par.

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