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Budapeste

A noite serve para quê?

É que se existe servirá para algo.


Pode ser um contraponto,
um ponto contra a claridade
que pontualmente avança,
picoteando o dia
até o arrancar de vez
da sua folha imaculada.

Mas serve para quê?


Tudo tem uma medida,
o do “tudo” é “nada”,
o do “muito” é “pouco”.

Serve para perder tempo nocturno.

Nuno Viriato, 2005

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