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Dominados pela aparência

Aparências, ilusões e mentiras, todas elas fazem parte do nosso dia-a-dia.


Actualmente, é mais importante “parecer ser” do que “ser”. A sociedade é consumida
por luxúrias, brilhos e purpurinas. A simplicidade, a pureza e a verdade desceram de
estatuto, foram desonradas e desvalorizadas. A aparência ocupou a vida privada das
pessoas. Por muito que não queiramos avaliar as pessoas com base em aparências não
conseguimos ser-lhes indiferentes.

Em primeiro lugar, somos incapazes de julgar as pessoas por aquilo que elas
realmente são, porque muitas adaptam comportamentos diferentes para tentar agradar às
outras. Depois, continuam a “mascarar” as suas acções, gostos e sentimentos para
conseguirem alcançar a perfeição. A perfeição é inalcançável, por isso continuam a
esconder os seus defeitos e assim transformam-se em pessoas que não são. Por exemplo,
quando mudamos um comportamento ou um hábito para nos inserirmos num grupo de
amigos, essa mudança faz-se acompanhar por mais e mais, de forma descontrolada.

Em segundo lugar, muitas vezes pensamos que somos justos nas opiniões que
formamos pelos outros, isso não é verdade. Cativamo-nos sempre pelos pontos
positivos, assim os outros se quiserem ter uma avaliação positiva da nossa parte
esforçam-se por esconder todos os seus aspectos negativos. Por exemplo, somos mais
facilmente encantados por aparências bem conseguidas do que por verdades menos
coloridas.

Em suma, mesmo que queiramos ser indiferentes às aparências, não o


conseguimos, primeiro porque a nossa vida começou a ser dominada por estas ilusões e
também porque somos seduzidos pelos aspectos positivos, positivos de mais por vezes,
pois são só e apenas aparências.

Daniela Ribeiro (11º CT3)

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