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MOÇÃO

Os professores e educadores do Agrupamento de Escolas de Martim de Freitas,


reunidos no dia 22 de Janeiro de 2009, entendem que as condições objectivas para a
aplicação do modelo de avaliação do desempenho não se alteraram, tendo em conta os
seguintes aspectos:

1. As alterações sucessivas do Modelo de Avaliação traduzem um reconhecimento


inequívoco, por parte do Governo, da sua inadequação pedagógica e da sua
inexequibilidade;

2. As alterações pontuais que foram introduzidas não alteraram a filosofia e os


princípios que lhe estão subjacentes. Não obstante a designação Modelo de
Avaliação, não o é efectivamente. Carece de natureza formativa, não promove a
melhoria das práticas, uma vez que assenta na seriação dos professores para
efeitos de gestão de carreira;

3. As alterações emanadas do Governo mantêm o essencial do Modelo, designadamente,


alguns dos aspectos mais contestados, como a existência de quotas para Excelente e
Muito Bom, desvirtuando assim qualquer perspectiva dos docentes verem reconhecidos
os seus efectivos méritos, conhecimentos, capacidades e investimento na Carreira;

4. Outras alterações como as que têm a ver com as classificações dos alunos e
abandono escolar são meramente conjunturais, verificando-se que esses aspectos
serão posteriormente retomados para efeitos de avaliação;

5. A implementação do Modelo de Avaliação imposto pelo Governo significa a


aceitação tácita do ECD, o qual dificulta o ingresso na carreira e promove a sua
divisão artificial em categorias.

Os professores e educadores do Agrupamento de Escolas Martim de Freitas reafirmam


a sua inteira disponibilidade para virem a ser avaliados no seu desempenho docente
por um novo modelo de avaliação que privilegie a dimensão formativa, numa
perspectiva contínua, assente no trabalho cooperativo, que reconheça o mérito pela
competência científico-pedagógica.

Apelam a que se substitua o actual Modelo de Avaliação por um Modelo consensual e


pacífico, que se revele exequível, justo e transparente, de forma a melhorar o
serviço educativo público e a dignificar o trabalho docente, promovendo assim uma
Escola Pública de qualidade.

Tendo em consideração o que foi referido anteriormente e coerentes com todas as


tomadas de posição que têm assumido ao longo deste processo, reafirmam a sua
vontade em manter a suspensão do Modelo de Avaliação.

132 a favor
1 contra
9 brancos

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