Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Com efeito,
A Sra. Ministra da Educação participou na reunião do Conselho das
Escolas de 17/11/2008 e, como é do conhecimento dos membros do
Conselho das Escolas presentes nessa reunião, a Sra. Ministra, de viva
voz, solicitou ao Conselho se pronunciasse sobre o modelo de avaliação
docente e apresentasse propostas para facilitar a sua aplicação, uma vez
que receberia o Presidente do Conselho, no dia seguinte, para uma audição
formal sobre a matéria.
Já depois da Sra. Ministra se ter ausentado da reunião, o Presidente
do Conselho abriu um período de debate no seio do Plenário e, reforçando
o pedido da Sra. Ministra, solicitou expressamente se aprovasse um
conjunto de propostas para apresentar na audiência que teria no dia
seguinte.
O Plenário do Conselho das Escolas, após várias intervenções de
vários membros, aprovou, por maioria, uma moção na qual se solicitava à
Sra. Ministra da Educação (sic):
“ A suspensão imediata do actual modelo de avaliação de
desempenho do pessoal docente até que seja substituído
por um modelo competente, compreendido e aceite pela
maioria daqueles a quem se dirige”
1
No mesmo dia 18/11/2008, o Presidente enviou por correio electrónico
a todos os conselheiros a seguinte mensagem (sic):
Caros colegas
Uma vez que uma das deliberações do Conselho das Escolas foi
anunciada, em directo, por elementos exteriores a este
Conselho, violando os mais elementares preceitos éticos,
considerei que se tornou desnecessária a comunicação formal à
Sr.ª Ministra daquilo que já era público.
Com os melhores cumprimentos
Álvaro A. Santos
2
Assim sendo e considerando:
1. Que o Presidente do Conselho das Escolas violou os preceitos legais
no exercício das suas funções, nomeadamente a alínea c) do art º
10º do Decreto-Regulamentar nº 32/2007 de 29 de Março;
2. Que o Presidente do Conselho das Escolas foi desleal para com este
órgão;
3. Que o Presidente do Conselho das Escolas abusou da confiança que
o órgão lhe outorgou;
4. Que o Presidente do Conselho das Escolas causou sérios prejuízos à
imagem pública e aos interesses que este órgão representa;
5. Que se quebrou, irremediavelmente, a confiança entre o Plenário e o
Presidente do Conselho das Escolas;
6. Que se torna necessária uma firme condenação, extraindo-se daí as
normais e necessárias consequências, de uma acção em tudo
contrária aos deveres e obrigações devidos ao órgão Conselho das
Escolas e às suas legítimas determinações.