Artigo 31 - Menores devem ter a palavra para escolher os pais em
tribunal.
Ouvir as crianças, independentemente da sua idade, no âmbito dos
processos de regulação de poder paternal, em caso de divórcio ou de desacordo entre pais afectivos e biológicos.
A declaração dos Direitos Humanos, devia adoptar o direito de
audição dos menores, sem limite de idade, quando estão em causa decisões importantes para a sua vida.
Este direito está relacionado com o desfecho de alguns casos
recentes e polémicos de decisões judiciais sobre regulação do poder paternal de crianças em risco. Nos casos em que a criança esteve durante tempo prolongado ao cuidado e sob protecção de outrem que não os pais, não deve ser aplicada a acção de regulação do exercício de poder paternal, mas sim de protecção da criança. Contudo, para que isso aconteça é necessário que a lei tenha este conceito. Seria mais fácil se a lei fosse mais clara.
Uma acção de protecção da criança, pressupõe que esta está no
centro das atenções e implica o trabalho de uma equipa multidisciplinar, enquanto na regulação do poder paternal, embora os princípios de protecção da criança sejam aplicados, toda a iniciativa está centrada no direito dos adultos, dos pais.