Você está na página 1de 2

Nome do proponente: Elcio Nogueira dos Santos Instituio: PUC-SP Titulao: Doutorando elcionsantos@uol.com.br Telefone: (11) 5061-3327 Cel.

: (11) 7111-0625 E-mail:

Ttulo do Simpsio Temtico: A ttica da profissa e a prtica do sexo rentvel Coordenadores: Profa. Dra. Accia Batista Dias e Prof. Dr. Paulo Csar Souza Garca Ttulo do Trabalho: Corpos venda, corpos do desejo, corpos discursivos: as relaes de poder inscritas nos corpos de michs das saunas de So Paulo Este texto discute as relaes de poder inscritas nos corpos de michs e seus clientes em espaos fechados, mais especificamente, nas chamadas saunas de michs em So Paulo. Tomando o corpo como um texto, em que se lem as regras do mercado do sexo, do ganho monetrio atravs do e pelo corpo, analisa-se discursos de corpos tidos como abjetos, como corpos das margens (Butler, 2002, 2003), os corpos dos michs, que so objetos de desejo de outros corpos, considerados no menos abjetos, os corpos de seus clientes. A circulao destes corpos em territrios fechados, com seus cdigos de aproximao e distanciamento, marcados fortemente pelas relaes tradicionais de gnero e pela heterossexualidade compulsria (Butler, 2002). A localizao destes corpos nestes espaos e seus marcadores de diferena como dotes fsicos: o tamanho do pnis, a cor da pele, gerao ou mesmo a marca das roupas ntimas, criam outras margens e outros corpos abjetos; tornam diferentes outros deferentes (Brah, 1996, 2006) e constituem discursos de poder. atravs dos discursos destes corpos que apreendemos suas subjetividades, seus prazeres e desejos por outros corpos, corpos que relatam o prazer com o gozo do outro, revelado a cada encontro. Palavras chave: homossexualidade, prostituio, abjeto Ttulo de ST (2 opo): Prostituio, gnero e cidade O corpo aqui tomado como local discursivo, em que se materializam subjetividades, Breton(2006; p.9), em sua sociologia do corpo, nos diz que: Todas as manifestaes corporais do ator so virtualmente significantes aos olhos dos parceiros. Elas s tm sentido quando relacionadas ao conjunto de dados na simbologia prpria do grupo social. No h nada de natural no gesto ou na sensao. Loc Wacquant(2002) em seu trabalho, tambm acentua a importncia do corpo como objeto sociolgico. Brs(2008), demonstra a

importncia das relaes corporais, e do corpo em clubes de sexo em So Paulo. Dentro dessa perspectiva o corpo tratado aqui como objeto discursivo que exprime contedos simblicos nas relaes sociais, no uma identidade biolgica abstrata separada de uma alma.

Você também pode gostar