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Lição 3 - Gênesis Capítulo 2

LEIA todo o capítulo 2 de GENESIS

Agora nós encontramos aqui dois fundamentos muito


importantes: que Deus abençoou e tornou santo um dia da
semana, o sétimo. E, que Ele descansou nesse dia, para que
tudo aquilo que ele havia criado pudesse produzir-se.
A primeira parte disto é bastante simples; Deus criou tudo em
seis dias. Tudo estava concluído após seis dias. Não havia nada
mais para criar após seis dias. O trabalho estava 100%
acabado, após seis dias. Então, ele declarou o sétimo dia
Santo, E Ele abençoou aquele dia E ele o separou.....Ele o
dividiu.....tornou-o diferente de todos os outros dias.
Você pode achar interessante notar que os hebreus apenas
dão nome a um único dia da semana.....o 7º. Eles chamam-lhe
Shabat, a partir do qual nós temos a nossa palavra "Sábado".
Os outros dias da semana, eles apenas enumeram.....primeiro
dia, 2º dia, 3º, e assim por diante.
Agora, vamos dar uma olhada naquela palavra que,
geralmente, é traduzida como "descanso".....como em "Deus
descansou naquele (o 7º) dia”. O termo hebraico utilizado é
"Shabbat"……. Note sua semelhança com o nome do 7º dia, Shabat. A palavra Shabbat
significa cessar, parar, desistir, deixar o trabalho. Descanso poderia ser um resultado, mas
não é realmente o significado da palavra. O que os sábios hebraicos dizem aponta mais para
abandonar suas atividades normais, mas não significa necessariamente que você pára de
fazer TUDO. Na realidade, existem várias palavras no Tanakh, o AT, que são traduzidas como
descanso, mas cada uma delas significa coisas ligeiramente diferentes. Por exemplo, o termo
hebraico nachan normalmente é traduzido "descanso", mas ele é mais usado como conforto
ou consolo; nachan é a palavra raiz para o nome "Noach".....Noé. Outra palavra para
descanso é Shaan, que significa encostar-se em alguma coisa. Depois, há shamat que
significa estender no solo ou deitar…… e existem outros. Mas, aqui, em Gênesis, a palavra é
Shabbat, e ela significa parar, porque a criação estava concluída. Veja, desde o primeiro até o
6º dia, o universo e, então, a terra, eram como uma colméia em atividade.....atividade de
Deus. Porém, Deus não tinha criado algo que tinha que ser constantemente recriado ou
retocado. Não, Ele tinha criado algo que poderia produzir e reproduzir sem qualquer outra
intervenção criativa direta. É por isso que Jesus nos ensina a aceitá-lo como Salvador e, em
seguida, "descansar nEle". Quando uma nova criatura é criada em nós mediante nossa
salvação, estamos 100% concluídos. Não temos de sofrer ainda mais re-criação. É preciso
que deixemos nossas obras humanas, que têm como objetivo tornar-nos aceitáveis por Deus,
para sermos santos.....porque tudo o que precisava ser feito por nós já foi feito….
Exatamente como na própria Criação.
Mas, existe também outra coisa muito especial acerca do 7º dia.....Ele é santo e abençoado.
Deus não apenas comemorou um dia, como nós faríamos com um nome de rua ou de uma
estátua ou o aniversário de um dignitário ou de um presidente. É um dia muito especial, um
dia santo, no qual Ele tem especial deleite. Deus disse que Ele "qadash" o 7º dia. Ele o
consagrou. Isso significa que Ele o colocou completamente separado de qualquer outro dia.
Esta é uma boa oportunidade de apresentar uma de minhas pérolas: há somente uma
autoridade, e apenas um que pode consagrar, que pode declarar algo santo; Deus Todo-
Poderoso. O homem tende a brincar com a palavra "santo", e faz com que ela seja
simplesmente uma palavra que denota alguma coisa como sendo "de Deus" ou de especial
significado religioso. Santidade é realizada exclusivamente pelo decreto de Deus; é por
decisão e declaração de Deus, e por Deus somente. Levar a humanidade a acreditar que nós
podemos declarar, por meio de qualquer governo da Igreja, ou pelas nossas próprias idéias,
que algo é sagrado, é temeridade além da conta. Quer saber EXATAMENTE o que é santo?
São aquelas coisas nas Escrituras que são especificamente chamadas santas; NADA MAIS É
SANTO. O problema com aquilo que nós temos feito, como Igreja, quando atribuímos a
denominação "santo" a qualquer coisa que nos convenha, é que isto tem enfraquecido muito
o impacto e a importância da palavra. Santidade é um termo perdido. Posteriormente, iremos
obter uma melhor imagem de como o Shabat é um dia importante e como ele é santo para
Deus e, por conseguinte, quão crítico deveria ser o seu significado para nós.
Mas, aqui, está algo de que eu gostaria que você se apoderasse: o sábado não foi dado
primeiramente a Israel, através de Moisés, no Monte Sinai. Note aqui em Gênesis 1 que
Shabat é o verdadeiro nome de um dia específico da semana. É o nome do 7º dia, que Deus
separou como santo. Porém, o nome também encarna seu propósito. Uma das razões muitas
vezes invocadas pela Igreja para não se observar o 7º dia, Shabat.....ou, no modo de ver de
algumas pessoas, a Igreja MUDOU o Shabat do 7º dia para o 1º dia..... É a de que o Shabat
foi dado a Israel, e, por isso, se destina apenas a Israel. Ou então, é lícito pensar que o
Shabat era simplesmente parte das Leis de Moisés.....ou seja, aquelas regras e decretos
estabelecidos por Deus logo após Israel ter partido do Egito. E, porque, por volta do final do
2º século dC, tornou-se uma meta da Igreja, agora dominada pelos gentios, abandonar tudo
o que parecia ter sido preparado para o povo judeu, eventualmente, no 4º século, a Igreja
oficialmente aboliu o Shabat.
Alguns de vocês podem estar questionando aquela última declaração.....de que a Igreja
aboliu o Shabbat. Mas, tudo o que você precisa fazer é ler os documentos reais das várias
reuniões dos conselhos ecumênicos convocados por Constantino, e especificamente o
Conselho de Laodicéia, Canon nº 29, de meados do 4º século dC, e você vai descobrir que a
Igreja explicitamente declarou o Shabbat como sendo um dia santo judaico, no qual a Igreja
não deve tomar qualquer parte. E, que seria melhor também pôr um fim a essa prática e
começar uma nova. Esta nova prática era para ter um lugar no dia da semana em que Jesus
ressuscitou: o 1º dia da semana. Assim, o Conselho declarou que a reunião no 7º dia,
sábado, o Shabat, devia acabar e, que as reuniões de culto comum deveriam ocorrer em um
NOVO dia..... o 1 º dia, que já havia sido adotado como o dia padrão mais amplamente aceito
e politicamente correto para a reunião de culto, o dia do deus do Império Romano, o Deus-
Sol. É por essa razão que o nome daquele dia em inglês é
Sun-day; porque era o dia de culto do deus-Sol. E, esta
festa precisava de um novo nome para substituir "
Shabbat ", e que o novo nome era para ser O Dia do
Senhor. Portanto, aquilo que a Igreja tem praticado
durante 1700 anos NÃO é um Shabbat que foi adiado por
um dia, do 7º para o 1º dia; é uma festa totalmente
diferente, estabelecida pela Igreja romana, no Conselho
de Laodicéia, em 364 dC , com a direção do atual
imperador de Roma, Constantino.
A propósito: isto não é contestado. Os chefes religiosos e Mitras, o deus-sol
os governos de todas as grandes denominações cristãs
como católicos, protestantes, gregos ortodoxos, anglicanos, e outros, concordam que aquilo
que eu lhes disse é verdade, e que a Igreja há muito tempo deixou de observar o sábado
(embora em alguns perdure a noção de que o sábado pode ser qualquer dia que se escolher).
Portanto, concluímos que, na realidade, Deus criou o Shabat imediatamente após ter
terminado a sua criação, como acabamos de ler, muito antes que houvesse algum Israelita.
Portanto, qualquer que seja a sua doutrina sobre o sábado, apenas esteja certo de que o
sábado NÃO foi alguma coisa dado a, e reservado para, algum grupo específico de pessoas,
nomeadamente Israel. É simplesmente historicamente e escrituralmente impreciso dizer que
o sábado foi primeiramente dado a Israel. Foi dado à humanidade em geral, imediatamente
após o término da criação; é só lermos o que está escrito.
Agora, após o Grande Dilúvio, porque os homens tinham novamente se tornado tão perversos
e pagãos, aparentemente poucas pessoas tinham continuado a honrar o Shabbat de Deus;
assim Deus achou necessário restabelecer a validade do Shabbat para a humanidade. Na
verdade, Deus quis restabelecer todos os Seus princípios que sempre haviam existido, e Ele
escolheu separar um grupo de pessoas, uma nação, que Ele iria usar para servi-lo e para
atingir este propósito; aquela nação foi Israel. Uma das miríades de coisas que Deus disse a
Moisés que esta recém-formada nação de Deus, Israel, tinha que fazer, era trazer de volta o
culto do Shabat. Esse culto a Deus no Shabat, o 7º dia, seria um sinal daqueles que
confiaram em Deus.....ou seja, era um indicador de que estes deram a sua fidelidade a Deus,
e que, por sua vez, Deus o declarou santificado, santo.
À medida que caminhamos mais no capítulo 2, note que o que acontece é como se nós
retrocedêssemos um pouco, e alguns espaços em branco fossem sendo preenchidos e outros
fatos sendo reiterados e reconstruídos.
Gostaria que vocês prestassem bastante atenção em
algo que é novamente um fundamento, do qual eu não
tenho certeza de já ter ouvido falar, na Igreja. Faz
parte de um padrão que será repetido ao longo de
todas as Escrituras e NT. E, que é a importância da
direção "leste". Daqui por diante, em nosso estudo, eu
quero que uma campainha toque dentro de sua cabeça
sempre que nos depararmos com a palavra "leste", na
Torah. O leste tem um grande significado espiritual.
Está quase sempre associado a santidade, e é um
elemento-chave para nós ganharmos um conhecimento
mais profundo das verdades de Deus. A direção Leste tem um grande significado espiritual

Vocês perceberam, no versículo 8, que, Deus plantou


um jardim no lado leste do Éden? Agora, prestem muita atenção: O Jardim do Éden não é a
mesma coisa que a Terra do Éden, ou, simplesmente Eden. A Terra do Éden é uma grande
área regional, que tem fronteiras definidas. O Jardim do Éden é uma área específica, e
separada, (também com limites) situada DENTRO da Terra do Éden. Na verdade, nos é dito
que o Jardim foi colocado em algum lugar na parte oriental da Terra do Éden. E, foi no meio
do JARDIM que as árvores do conhecimento do Bem e do Mal, e da Vida, foram plantadas. E,
Deus diz a Adão que, neste fabuloso Jardim, que irá suprir cada necessidade dele, ele é livre
para comer qualquer coisa que ele quiser.....provavelmente uma enorme variedade.....porém,
ele deve considerar o fruto da árvore do conhecimento do Bem e do Mal como sendo a
própria morte. Nota: Eva nem sequer existia ainda quando essa instrução foi dada. Ela foi
dada a Adão, e ele tinha a responsabilidade de realizá-la.
Agora olhe para Adão: ele não foi criado no interior do Jardim, ele foi criado fora do Jardim e
colocado nele.....como diz no versículo 15: Então o Senhor Deus tomou o homem e
colocou-o no jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo.
Adão é uma palavra hebraica que significa "homem" ou
"humano". Também é a raiz da palavra para a cor “vermelha”, e
da palavra "terra" ou "solo". Em hebraico, a palavra para
terra.....ou seja, pó, solo, é Adam-ah. Agora, tal como eu alertei
que você fique atento quando a palavra "leste" é utilizada, agora
é necessário também observar o que acontece com a palavra
“vermelho”. Vermelho torna-se uma cor muito importante.....que
representa realeza, majestade, e sangue. Provavelmente você já
ouviu falar da Novilha Vermelha, um animal muito especial usado
para purificar os impuros que tenham sido tornados assim ao
tocar um corpo morto. No momento certo, eu vou lhes mostrar a
incrível conexão entre Adão, a cor vermelha, a Novilha Vermelha,
e o derramamento do sangue de Cristo.
Adão foi criado fora do Jardim. Fora do Jardim, na Terra do Éden, ele foi criado em um lugar
que era mais que suficiente para suas necessidades. Porém, Deus naquele momento chamou
o Jardim Sua própria casa terrena, e Ele queria que o homem estivesse perto dele. No interior
do Jardim era onde residia a árvore da vida. A vida, no sentido de dizer aqui, significa vida
real.....a vida que Deus havia destinado ao homem..... uma vida santa, uma vida eterna.
Então, Deus trouxe o homem de um bom local (a Terra do Éden), para um lugar melhor (o
perfeito Jardim do Éden); lugar de relacionamento muito próximo com Ele. O Jardim era um
local Sagrado. Assim como no Céu, não poderia viver ali imperfeição, nenhum pecado seria
autorizado a poluí-lo. E, é exatamente isso que Deus quer fazer com a gente. Ele quer trazer-
nos de um local que muitas vezes PARECE ser suficiente, pelo menos aparentemente, para as
nossas necessidades.....e trazer-nos para um local
sagrado. Na verdade, ele quer uma ligação que é quase
demasiadamente fantástica para se compreender: Ele quer
viver dentro de nós.
O Jardim do Éden era um modelo do Céu na terra. Uma
sombra física e padrão da eterna, não-física, espiritual,
celestial, verdadeira morada de Deus. E, como veremos
dentro de alguns meses, o Jardim do Éden eventualmente
se tornou o modelo de outro, mas futuramente, Santo
Lugar: o Tabernáculo no Deserto. Isto não é especulação,
é enfaticamente afirmado nas Escrituras. O que eu espero

poder mostrar-lhes também é este constante paralelismo,


O Jardim do Éden - um modelo físico do Céu
ou Realidade da Dualidade, como eu o nomeio, nas
escrituras: ou seja, certas coisas na terra são um homólogo físico do mundo espiritual.
Incompleto, é claro, porque o físico é de tal modo muito limitado.
Agora, quando olhamos para a forma como Deus inseriu vida em Adão (isto está no verso 7),
vemos que Deus inseriu, em hebraico, chayyim. Adão, em primeira instância era um
corpo.....formado a partir do pó da terra. A fim de se tornar uma criatura viva, e, mais
especificamente uma criatura viva HUMANA, ele teve de ser injetado com vida. E, esta vida,
chayyim, foi realizada por meio de Deus soprando-a nele. A palavra hebraica utilizada para
soprar ou respirar é naphach, que é uma palavra raiz e será bom que nós a entendamos. O
Hebraico é uma língua que é construída utilizando-se de um sistema de palavras "raízes". Ou
seja, ele pega uma palavra, confere-lhe um significado e, em seguida, existem filhas dessa
palavra que nos dão palavras diferentes para diferentes usos, mas as diferentes palavras têm
uma base de significado comum. Elas têm uma certa unidade entre si; o sentido delas
permanece dentro de certos limites. Vamos tomar a palavra que estamos olhando agora,
naphach, que normalmente é traduzida como soprou, respirou. Apenas algumas palavras
mais tarde, em português, vamos normalmente obter a palavra "sopro", como em sopro da
vida. A palavra hebraica usada aqui é neshamah. Apenas algumas palavras mais tarde,
somos informados de que, como resultado de Deus haver
"naphach" em Adão a neshamah de vida, Adão tornou-se um ser
vivo.....em hebraico um chay nephesh. Observe a relação entre
todas estas palavras: naphach, neshamah, e nephesh. Todas
elas têm a mesma raiz, e assim são todas portadoras de uma
essência comum. E, a essência é que sopro, vida, e ser, como
em ser vivo, é algo etéreo. Alguma coisa não física. Algo que
vem de fora da área física; de fora do Universo
quadridimensional em que vivemos. Deus é a fonte da vida. Na
verdade, a vida está EM Deus.....vida é um dos Seus atributos.
Pedras existem. Água existe. Estrelas, a lua, o sol existem. Mas
eles não têm vida. Eles não têm um atributo de Deus como parte
do que eles são, mas os seres vivos têm. Então, até este ponto,
a vida não é exclusiva para os humanos. A vida foi colocada em A vida foi colocada em todas as criaturas
todas as criaturas vivas de Deus, por Deus. vivas de Deus, por Deus.

Curiosamente, porém, uma das palavras mais comuns que nós vamos encontrar nas
Escrituras é "alma". E, ainda mais interessante, é que ela é a tradução de uma palavra que
nós acabamos de aprender em hebraico: nephesh. E, usamos esta palavra nephesh para
indicar um ser vivo, no caso, um ser humano. Então todos os antigos estudiosos judeus e
cristãos, reconheceram que, fôlego e ser vivo são coisas sobrenaturais, que estão
organicamente ligadas e vêm de Deus.
Naturalmente, temos o darwinismo e todo o tipo de ciência que continuam tentando provar
que, alma e fôlego, NÃO têm de ser de Deus. Em vez disso, podemos tomar coisas sem vida,
que se colocadas sob certo conjunto de circunstâncias, a vida surgirá por si só.....sem
qualquer intervenção divina. Pois bem, até agora, não tiveram nenhuma sorte. E, não terão,
porque não é assim que isso funciona. Deixe-me dizer outra vez: vida, no sentido de seres
vivos, vem de fora do nosso Universo quadridimensional. E, a propósito, bactérias, vírus,
plantas, NÃO são seres vivos que precisavam do sopro da vida de Deus. Os seres vivos, os
animais.....estão um degrau acima de todo o resto que Deus criou, e o Homem está ainda um
degrau a mais acima dos animais. É, pois, de admirar que o homem esteja constantemente
buscando a conexão entre os animais e os homens? O que alguns parecem simplesmente não
compreender é que a vida-força que é comum entre os animais e os homens não tem nada a
ver com material orgânico; é comum, porque é de Deus.
Outro ponto de interesse sobre o versículo 7 e nós vamos seguir em frente. Ele afirma que
Deus soprou o sopro da vida em Adão.....a neshemah chayyim; neshemah, sopro, e
chayyim vida. Agora, se você se lembrar da semana lição passada você ficará curioso sobre a
estrutura da palavra chayyim, traduzida por vida. Porque chayyim é um substantivo
masculino plural, tal como o é Elohim.....Elohim sendo uma referência a Deus. O IM no final
de chayyim torna a palavra plural, como se faz no plural Elohim. A palavra no singular para
vida é "chay".....chayyim menos o IM. Então, por que não traduzimos aquela frase curta,
como sopro de VIDAS.....em vez de sopro da vida.....singular? Pois bem, assim como o uso
de Elohim nos dá uma dica de Deus sendo Um, mas mais do que um.....então chayyim nos dá
uma dica de MAIS do que uma "vida" sendo colocada em Adão. Estudiosos do Hebraico
concordam que chayyim não pode eventualmente ser um daqueles raros casos da estrutura
da palavra chamada de "o plural de majestade", segundo a qual o sujeito é singular, mas ela
é feita apenas no plural para designar um sentimento de glória, da majestade.....como um
rei.
Portanto, é esta possivelmente uma pista para a dificuldade que
os teólogos têm tido por muitos séculos, tentando decidir se
alma.....geralmente reconhecida como a sede, ou essência, da
vida.....é a mesma coisa que espírito, ou se espírito e alma são
duas coisas diferentes? Separados, mas ambos provenientes de
Deus, ambos provenientes de uma dimensão fora do nosso
Universo. Penso que é possível. Por isso: os hebreus deram um
nome a uma essência invisível dentro dos homens, que também é
um atributo de Deus, e esse nome é totalmente diferente de alma,
ou ser vivo, ou tudo o que denota aquela força misteriosa que
causa a vida e a sustém. E essa palavra é Ruach HaKodesh; Ruach
significa vento ou respiração, mas remete para o fundo especial e Ruach significa vento ou respiração
único que liga o homem a Deus. O que separa os homens dos
animais.....lembre-se, tanto os seres humanos como os animais são seres vivos, ambos com
nephesh.....é a nossa capacidade como seres humanos de comungar com
Deus, de conhecer Deus. E, esta capacidade vem do espírito-vida, algo um
tanto diferente de alma-vida. A alma-vida é que dá animação.....vida
básica. Deus é espírito, a forma que nós comungamos com Deus é através
do espírito. O homem tem um espírito, nenhuma outra criatura viva tem.
A propósito, temos olhado aquilo que a maior parte das pessoas pensava
ser um conceito do NT.....o conceito de Água Viva. Lembre-se, Jesus diz
que Ele é a Água viva que tira toda a impureza. Pois bem, o hebraico para
água viva é mayyim chayyim… .. eis aqui, de novo,a palavra chayyim. E,
mayyim chayyim é o que Deus diz que deve ser utilizado como a água na
qual os Hebreus se lavarão para serem espiritualmente purificados. Agora, em nível físico,
mayyim chayyim era a água tirada de um poço artesiano, ou de um rio. Ela vinha de uma
fonte de água que se movia.....em oposição a um lago, uma lagoa de água ou um vaso no
qual a água estivesse parada. E, uma vez que mayyim chayyim era água utilizada para fins
espirituais, e ela se refere a uma fonte de vida espiritual, nós podemos fazer a ligação entre
ela e o sem precedente "sopro da vida", neshemah chayyim, que anima a humanidade.
Agora, gostaria de relacionar 2 ou 3 rápidos pensamentos e seguir adiante:
1. No versículo 5, nos é dito que Deus ainda não tinha criado ervas ou plantas na Terra, e
o motivo foi que ainda não havia criado o homem, para lavrar o solo. Agora,
superficialmente, pode-se dizer que, bem, tudo isso tinha a ver com a NECESSIDADE
de um jardineiro, ou seja, até que você tenha um jardineiro para cuidar do jardim,
você não pode ter plantas ou elas não irão prosperar. Na verdade, desde que eu era
uma criança de tenra idade, este é o modo como eu era ensinado. Mas, isto coloca
Deus na posição de dependente do homem para Deus ter, até mesmo um jardim. Deus
NUNCA depende do homem.
Em vez disso, a questão é que, Deus criou todas as plantas para o homem. Isto era
para ser o único suprimento alimentar do homem.....o homem era para ser um
comedor de plantas. Por que ter um jardim, se não houver homem para comer a
produção? Seria um desperdício. Até que houvesse um homem que necessitasse dos
produtos da vida vegetal, a fim de comer e de sustentar a vida, não haveria
necessidade de vida vegetal. Deus não come. Por isso, certamente não era para ele.
2. No mesmo versículo temos dito que ainda não havia ocorrido o fenômeno da chuva.
Isso pode parecer estranho para nós, mas a realidade é que Deus usou um outro
método totalmente natural para fornecer a umidade necessária para a vida vegetal;
uma névoa que NÃO veio do céu, mas subia a partir do solo. Simplesmente havia
suficiente umidade no solo em todas as ocasiões para as raízes das plantas crescerem,
e aquela mesma umidade formou uma névoa.....um nevoeiro baixo.....que
providenciou a umidade necessária para que houvesse uma ingestão de água através
de suas folhas, como muitas plantas fazem.
3. Como é que havia umidade suficiente no solo? O versículo seguinte nos diz que uma
neblina.....poços artesianos que forçam a água sob pressão a partir das profundezas da
terra até a superfície.....borbulhava, e uma vez na superfície formava córregos e rios
que ramificavam e irrigavam a camada superficial do solo através de todas as massas
terrestres na terra. Engraçado como algumas pessoas são tão incomodadas com esta
idéia, mas elas não parecem se incomodar com a questão de que a nossa terra, hoje, é
mantida úmida por um tipo de água que apenas cai do céu.
4. Um dos rios que foram formados pela água que teve sua origem na Terra do Éden é
Gihon (Giom – N. do T.), e ele levava água para a terra de Cush (Cuxe – N. do T.).
Agora, essa declaração pode representar um problema, a menos que a aceitemos
cabalmente. O problema é que a terra de Cush é geralmente identificada como
localizada no Norte de África; áreas que hoje formam o Egito, a Etiópia, e outros
países. Eu acho que o conceito de um rio que poderia percorrer todo o caminho desde
a Turquia ou Iraque ou Irã até o continente Africano algo muito difícil de aceitar. Mas,
biblicamente, não é provável que qualquer outro lugar possa ser a terra de Cush.
Embora Cush tenha originalmente vindo da zona da Mesopotâmia, pouca referência é
feita até mesmo quanto à sua presença ali, exceto para dizer que os
Cuxitas.....pessoas da tribo de Cush.....aí viveram em alguma época. Mas, um
território é geralmente chamado pelo nome da tribo mais dominante.....e, geralmente,
ela tem de ser dominante por um período razoável de tempo. Se Cush era a tribo
dominante na Mesopotâmia, por que ela iria se mudar totalmente para a área que é
hoje a África do Norte? E, considerando o importante lugar que o Egito ia ocupar no
plano de Deus para o Seu povo Israel, quer no seu passado como no seu futuro, não é
difícil perceber a razão por que Deus poderia incluir essa área como tendo o privilégio
de ser irrigada por um poderoso rio cuja fonte estava na Terra do Éden. Mas, isto é
minha especulação.
Vamos seguir em frente. Então, Deus vê que Adão precisa de uma companhia, e dá-lhe uma.
Em hebraico, uma fêmea, uma mulher, é chamada de "ishah", e um macho "ish".....ish,
homem.....ah, tirada de…. Ishah, tirada do homem
(ishah também é a mesma palavra para "esposa").
E, no versículo 24, o conceito de casamento é
introduzido também como o princípio MAIS
importante do casamento.....um homem e uma
mulher virão a ser como se se tratasse de uma só
carne.....orgânica e espiritualmente interligados.
Não estamos destinados a ficar ligados aos nossos
pais ou a qualquer outra pessoa.....nós estamos
ligados à(ao) nossa(o) companheira(o), de uma
forma que ultrapassa até mesmo a conexão física
que uma vez tivemos com as nossas mães. Trata-
se do plano de Deus. E, perdoe-me, mas nos Deus deu a Adão uma companhia
tempos atuais em que vivemos, eu acho que seria
atingido por um raio se eu não assinalasse que é um macho e uma fêmea que são unidos
pelo casamento, não macho e macho ou fêmea e fêmea. Qualquer tentativa por parte de
alguns teólogos liberais ou agnósticos de dizer que a Bíblia simplesmente não fala a este
respeito está cega e terrivelmente enganada. Nós não precisamos ir mais longe do que o 2º
capítulo de Gênesis para compreender este princípio incrivelmente básico de Deus:
E o homem disse: "Esta é agora osso dos meus ossos, carne da minha carne; ela
deve ser chamada Mulher, porque foi retirada do Homem. Por este motivo um
homem deve deixar seu pai e sua mãe, e deve juntar-se a sua esposa, e eles devem
tornar-se uma só carne”.
Há uma razão para que um macho e uma fêmea devam formar um casal, e o motivo é que
ela é "osso dos meus ossos, carne da minha carne".....retirada do homem. Seres humanos
machos e fêmeas começaram a vida na Terra como uma espécie, literalmente como uma só
carne, e o ato do casamento reúne-os novamente numa só carne. Uma esposa não pode ser
outra coisa SENÃO uma mulher, porque o seu próprio título, ish-ah, significa TIRADA DO
HOMEM. Um homem não foi tirado do homem. Não foi produzido outro homem a partir da
costela de Adão. Foi uma fêmea. Fim da história.
Na próxima semana, Gênesis capítulo 3.

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