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Trabalho 1
Trabalho 1
Auto-retrato de Bocage
Magro, de olhos azuis, caro moreno, Bem servido de ps, meo na altura, Triste de facha, o mesmo de figura, Nariz alto no meio, e no pequeno;
Incapaz de assistir num s terreno, Mais propenso ao furor do que ternura Bebendo em nveas mos por taa escura De zelos infernais letal veneno;
Devoto incensador de mil deidades (Digo, de moas mil) num s momento E somente no altar amando os frades,
Eis Bocage, em quem luz algum talento; Saram dele mesmo estas verdades, Num dia em que se achou mais pachorrento.
Bocage
Delegao Regional do Alentejo Centro de Formao Profissional de Portalegre Auto-retrato Alexandre ONeill
ONeill (Alexandre), moreno portugus, cabelo asa de corvo; da angstia da cara, nariguete que sobrepuja de travs a ferida desdenhosa e no cicatrizada. Se a visagem de tal sujeito o que vs (omita-se o olho triste e a testa iluminada) o retrato moral tambm tem os seus qus (aqui, uma pequena frase censurada...) No amor? No amor cr (ou no fosse ele ONeill!) e tem a veleidade de o saber fazer (pois amor no h feito) das maneiras mil que so a semovente esttua do prazer. Mas sofre de ternura, bebe de mais e ri-se do que neste soneto sobre si mesmo disse...
Alexandre ONeill