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Delegao Regional do Alentejo Centro de Formao Profissional de Portalegre Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiana; Todo o mundo composto de mudana, Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperana; Do mal ficam as mgoas na lembrana, E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o cho de verde manto, Que j coberto foi de neve fria, E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudana faz de mor espanto: Que no se muda j como soa.

Lus de Cames

Anlise do poema

1. Identifique o tema e o seu desenvolvimento.

1.1. O que lhe sugerem as repeties do verbo mudar, na primeira quadra?

1.2. Um advrbio, na segunda quadra, e um verso, no segundo terceto, reforam a ideia a que se alude anteriormente. Transcreva-os.

Delegao Regional do Alentejo Centro de Formao Profissional de Portalegre 2 A mudana exerce-se, quer no mundo em que o poeta se inclui quer nele prprio.

2.1 Refira os efeitos dessa mudana no mundo, na natureza e nas pessoas de uma forma geral. Justifique com frases do texto.

2.2. Identifique as repercusses dessa mudana no sujeito potico e nos seus sentimentos.

3. Relacione mudana e permanncia, na segunda quadra.

4. Releia o primeiro terceto.

4.1. Distinga o(s) verso(s) que dizem respeito ao tempo da natureza do(s) que se referem ao tempo humano.

4.2. De que forma se opera a mudana em cada um dos casos?

5. O que constata o eu potico no ltimo terceto?

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