Ode de Ricardo Ruireis

F Pait 25 junho 2012

No a Ti, Boca, odeio ou menosprezo Que aos outros ttulos que precederam Na memria corintiana. Nem mais nem menos , mas outra taa. Que ao Timo faltava. Pois chegamos deciso na Bombonera, Mas cuida no procures Usurpar o que aos outros devido. A Boca com suas casas de vrias cores - Tricolores, alviverdes, rubronegras E tuas conquistas conhecemos E as sete copas de seu grande rival. A Boca ca ao p do River Plate Pelo Rio da Prata se chega de Gnova No Rio da Prata se veem navios com bandeiras azuis e amarelas Colecionas ttulos e campeonatos, E jogam contigo ainda Para aqueles que em tudo veem o que no mais h As glrias de Maradona. Pelo rio que passa pela minha fazendinha Ia-se ao Paran Na sua vrzea se jogava futebol Hoje ningum mais sonha em navegar No rio que passa pela minha fazendinha Quem est ao p dele est parado no congestionamento. Melhores equipes se recolheram Ao torneio de consolao Onde os torcedores no vo. A Libertadores no mais que uma copa Que todo ano vem, e todo ano vai Numa seo do jornal - A gazeta esportiva Que a cada dia se repete E a cada ano se no muda (Mudam s os obiturios.) Mas que torcedores paulistas no ergam sobre Teu time esperanas que Seus prprios dolos no lhes podem dar

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Pois na origem do torneio foram eliminados Por el eterno Timn. Nem a esses, no, que trazem mago cheio de dio Nesse momento consigo desprezar, Que venham tambm esses orgulhosos, leigos Do estado de esprito corintiano, Torcer contra, como s sabem fazer Juntos contigo na arquibancada. Ou vem sentar-te comigo, no estdio do Pacaembu. Sossegadamente temos a peleja e aprendamos Que a corrida no do veloz, nem a lide do forte, Que os torneios passam, e no estamos de voz rouca. Gritemos juntos, Poderoso Timo! Toramos tranquilamente, pensando que podamos, Se quisssemos, trocar pancadas e insultos e garrafadas, Mas que mais vale estarmos assistindo o jogo Ouvindo rolar a bola e vendo-o. Depois pensemos, crianas adultas, que a bola Rola e nunca faz video tape, Vai para um estdio distante, para fora do gramado, Mais longe que Itaquera. Ao menos, se formos campees, lembrar-te-s de mim depois Sem que a minha lembrana te arda ou te ra ou te mova, Porque nunca baixamos o sarrafo, nem nos xingamos Nem fomos mais do que crianas. E se antes de mim levares a pelota ao arqueiro tristonho, Eu nada terei que sofrer ao lembrar da partida. Ser-me-s suave memria lembrando-te assim - na segundona, Campeonato humilde dos jogos ao sbado.