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Msica de Vincius de Moraes Arca de Noe

Sete em cores, de repente O arco-ris se desata Na gua lmpida e contente Do ribeirinho da mata. O sol, ao vu transparente Da chuva de ouro e de prata Resplandece resplendente No cu, no cho, na cascata. E abre-se a porta da Arca Lentamente surgem francas A alegria e as barbas brancas Do prudente patriarca Vendo de longe aquela serra E as plancies to verdinhas Diz No: que boa terra Pra plantar as minhas vinhas Ora vai, na porta aberta De repente, vacilante Surge lenta, longa e incerta Uma tromba de elefante. E de dentro de um buraco De uma janela, aparece Uma cara de macaco Que espia e desaparece. Os bosques so todos meus Ruge soberbo o leo Tambm sou filho de Deus Um protesta e o tigre- no A Arca desconjuntada Parece que vai ruir Entre os pulos da bicharada Toda querendo sair. Afinal com muito custo Indo em fila os casais Uns com raiva outros com susto Vo saindo os animais. Os maiores vm frente Trazendo a cabea erguida E os fracos, humildemente Vm atrs, como na vida. Longe o arco-ris se esvai

E desde que houve essa histria Quando o vu da noite cai Erguem-se os astros em glria Enchem o cu de caprichos Em meio noite calada Ouve-se a fala dos bichos Na terra repovoada. Mais em: http://www.qdivertido.com.br/vercantiga.php?codigo=69#ixzz2YZ7wqvCR

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