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Cientistas americanos conseguiram curar, pela primeira vez, camundongos com epilepsia ao fazer um transplante de clulas cerebrais.

Os resultados do estudo foram publicados na edio online da revista "Nature Neuroscience", no domingo (5). Os pesquisadores da Universidade da Califrnia em So Francisco (UCSF) utilizaram terapia celular para controlar as convulses das cobaias. Metade dos roedores tratados foi totalmente curada, e os demais tiveram o nmero de crises espontneas reduzido drasticamente, alm de terem se tornado menos agitados e conseguirem um melhor desempenho em testes de labirinto na gua. Para isso, os animais passaram por uma cirurgia em que clulas embrionrias chamadas MGE substituram as estruturas que falhavam na epilepsia. Quando migram e amadurecem, essas clulas desempenham um papel importante no estabelecimento do equilbrio entre a excitao e a inibio. No caso da doena, as MGE inibiram a sinalizao de circuitos nervosos hiperativos no hipocampo, regio do crebro associada s convulses, alm de ser a sede da memria e do aprendizado. Alm disso, elas foram capazes de se integrar normalmente aos circuitos neurais j existentes. Anteriormente, outros cientistas haviam usado diferentes tipos de clulas em transplantes de roedores, mas no obtiveram sucesso na interrupo das crises de epilepsia. A prpria equipe da UCSF chegou a realizar cirurgias na amgdala regio do crebro envolvida na memria e nas emoes dos roedores, mas no teve resultado positivo.

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