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Entre lambidas e filetes cortantes O co lambe suas feridas O homem em seu devir-animal no. A animalidade em devir no homem no.

Ao lamber suas feridas o co contempla-as Ao sarar aps a contemplao de sua lngua o co preserva-se de contaminaes Ao preservar-se de contaminaes a ferida preserva a estrutura ferida imune. Ao homem no cabe esta lambida. !alve" aos animais tamb#m no mas nossa $uesto # com o homem. As feridas curadas nos curam da possibilidade de abalar a estrutura epid#rmica %os preserva de criarmos modularmos confeccionarmos outras peles outras roupagens Ao homem isto no cabe. Ainda $ue por ve"es isto se torne necess&rio temporariamente. Ao homem cabe a animalidade desumana no o animal demasiado humano a$uele $ue preserva sua estrutura com a lambida. Ao homem cabe um filete cortante. 'abe um ato cir(rgico. %o para suturar mas para abrir espao para $ue o corpo crie novas estruturas novos rgos novas funes novas modulaes. %ossos rgos so dotados de historicidade. )or*ados numa historicidade coprea so tamb#m aprisionados nela. +& momentos $ue nossas peles fissuram despedaam abalam $ueimam anestesiam. 'onvidemos nosso devir-m#dico-animal ,ancemos mo de nosso filete com medo com desespero com pot-ncia. .ue rgo # este/

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