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AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO CAUTELAR INOMINADA. CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIOS DE SADE. LABORATRIO DE ANLISES CLNICAS. ARTIGO 17 DA LEI N. 9.656/1998.

INTERLOCUTRIO QUE DEFERIU MEDIDA LIMINAR PARA IMPOR COOPERATIVA REQUERIDA A MANUTENO DO CREDENCIAMENTO DA AGRAVADA COMO PRESTADORA DE SERVIOS. PRESENA DOS REQUISITOS DO FUMUS BONI JURIS E DO PERICULUM IN MORA. DECISO MANTIDA. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO. A incidncia das exigncias timbradas no art. 17 da Lei n. 9.656/1998, alm de tambm alcanarem os laboratrios credenciados, podem por estes ser denunciadas, caso descumpridas, j que esto na iminncia de perder o credenciamento, e no apenas pela Agncia Nacional de Sade - ANS ou por algum consumidor contrariado com as omisses das operadoras do plano no tocante ao cumprimento daquelas imposies. "O descredenciamento efetuado pela recorrida sem a observncia dos requisitos previstos pelo art. 17, 1, da Lei 9.656/98, portanto, configura prtica abusiva, combatida pelos arts. 6, IV, 30, 48 e 51, XIII e 1, II, do CDC. Destaco, ainda, que a conduta da UNIMED atenta contra o princpio da boa-f objetiva que deve guiar a elaborao e a execuo de todos os contratos, pois frustra a legtima expectativa do consumidor" (STJ, REsp n. 1.119.044/SP, Rela. Mina. Nancy Andrighi, DJe 04.03.2011). Uma vez demonstrado o provvel prejuzo ao laboratrio de anlises clnicas oriundo da resciso unilateral do contrato de prestao de servios, bem assim a ausncia do preenchimento dos requisitos estampados no artigo 17, 1, da Lei n. 9.656/1998, para fins de descredenciamento, de ser reconhecido, em favor da agravada, a presena dos pressupostos atinentes s cautelares, traduzidos pelo juzo de probabilidade da pretenso de fundo, tambm intitulado de fumaa de bom direito, e o perigo de dano, tudo a conspirar favoravelmente ao deferimento do pleito liminar. (TJSC, Agravo de Instrumento n. 2012.032932-3, de Caador, rel. Des. Jorge Luis Costa Beber, j. 26-09-2013).

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