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Hospital Mira y Lopez condenado a pagar R$ 15 mil de

indenização
Por unanimidade, a 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará reformou sentença
de 1º Grau para condenar o Hospital Mira y Lopes a pagar, por danos morais, R$
15.360,00 aos pais de um paciente que foi morto em virtude de acidente de trânsito.
A decisão colegiada foi proferida nesta quarta-feira (10/06) e teve como relatora do
processo a desembargadora Maria Iracema do Vale Holanda. “O hospital psiquiátrico é
responsável pelos pacientes entregues aos seus cuidados, devendo seus funcionários
empreender todas as medidas necessárias para impedir que estes não se coloquem em
situações de risco”, disse a relatora em seu voto.
Consta nos autos que, após fugir do referido hospital psiquiátrico em que se encontrava
internado, o paciente foi
atropelado por ônibus da Empresa Nossa Senhora de Fátima Ltda. ao tentar atravessar a
avenida José Bastos. Os pais
da vítima ingressaram com ação de indenização por danos materiais e morais no Fórum Clóvis
Beviláqua em razão do
acidente que ocasionou a morte do filho.
O Juízo da 30ª Vara Cível de Fortaleza julgou a ação improcedente, pois não reconheceu a
responsabilidade
indenizatória da empresa de ônibus e do Hospital Mira y Lopez. Na sentença, o magistrado
entendeu “ausentes qualquer
relação de causalidade que determine o pagamento das verbas” pleiteadas.
Inconformados com a sentença, os pais da vítima ingressaram com recurso apelatório
(2002.0003.4793-8/0) no Tribunal
de Justiça do Ceará requerendo a reforma da sentença e solicitando o ressarcimento dos
danos sofridos.
Ao julgarem o recurso, os desembargadores da 4ª Câmara Cível constataram que não ficou
configurado ato ilícito por
parte da Empresa de ônibus. De acordo com eles, as provas existentes nos autos são
categóricas em reconhecer que a
vítima foi responsável pelo acidente, pois avançou a pista em momento que não permitia mais
ao motorista do veículo
proceder desvio.
No que tange ao dever de indenizar do hospital, no entanto, os desembargadores
reconheceram que a vítima era pessoa
que não respondia pelos seus atos e estava sob os cuidados do hospital. Com esse
posicionamento, a Câmara reformou
parcialmente a sentença para reconhecer a culpa do Hospital, fixando os danos morais em R$
15.360,00, dando assim
parcial provimento ao recurso apelatório.
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