CHEIRO DE TERRA MOLHADA SENTADO NAQUELE BANCO GELADO, MIDO PELA CHUVA QUE ACABAR DE PASSAR, O SOL J ROMPIA

POR ENTRE AS NVENS QUERENDO DOMINAR O CU, O CALOR QUE COMEAVA A SE MANIFESTAR AOS POUCOS ME TRANSPORTAVA PARA MINHA INFNCIA. NAQUELE TEMPO EM QUE EU TINHA QUE SAIR CORRENDO PARA DENTRO DE CASA POR QUE A CHUVA INSISTIA EM ATRAPALHAR TODA BRINCADEIRA DE CORRE CORRE PEGA PEGA, ESCONDE ESCONDE. RESMUNGANDO, EU ENTRAVA EMBALADO PELA TRILHA SONORA ESTRIDENTE DA MINHA ME GRITANDO DIZENDO QUE EU DEVERIA ENTRAR PORQUE SE FICASSE DOENTE EU IRIA LEVAR UMA SURRA PARA ME CURAR. DEBRUADO NA ANTIGA JANELA DE MADEIRA QUE RESISTIA BRAVAMENTE A FOME DOS CUPINS EU VIA AQUELAS GOTAS DE CHUVA BATENDO NO VIDRO E ESCORRENDO AT TOCAR O CHO DE TERRA. PELAS FRESTAS, SUBIA AQUELE CHEIRO SUAVE DE BARRO MOLHADO, QUE MAIS ME FAZIA QUERER QUE A CHUVA PARASSE DO QUE ME ALEGRAR COM A SUA PRESENA. PERCEBENDO QUE A CHUVA DEMORARIA A SADA ERA TENTAR ALGUMA COISA DENTRO DE CASA MESMO. DEIXANDO O CANTO DA JANELA EU SUBIA CORRENDO DESCALO POR AQUELAS ESCADAS DE CIMENTO GROSSO QUE MEU PAI NO TIVERA TEMPO DE ARRUMAR OU QUEM SABE NO TIVERA NIMO. NO BELICHE QUE DORMIA EU E MEU IRMO MAIS NOVO E MAIS CHATO OS LENOIS BRANCOS QUE MINHA ME TINHA COLOCADO NAQUELA SEMANA SERVIA DE COBERTURA PARA A BARRACA QUE EU MONTAVA A TODO VAPOR, JUNTANDO TRAVESSEIROS PARA FAZER BARRICADA CASO MINHA ME APARECESSE E ASSIM IA EU COM CABOS DE VASSOURAS GUERREANDO CONTRA O TDIO DAQUELE DIA AT QUE A CHUVA CESSASSE E EU FINALMENTE PUDESSE VOLTAR A CORRER PELO QUINTAL DE TERRA, AGORA MOLHADA....