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Casamento

O violo entrou pela balalaica adentro


eta palavra difcil !
e saiu uma ninhada de sons povoando a floresta da noite,
pulando mexendo nos corpos brancos e morenos.
As cores se misturam
a foice e o martel o furam a Ordem e Progresso,
Lampio e Lenine calados de bota!s vermel has
tiram o sangue do mundo e voam no cami nho dos astros.
O povo deixa a revoluo no meio
e toca a danar o maxi xe,
carnes morenas se esfregando pra darem poetas e oper"ri os,
dana minha gente, no crioul#u, na plancie, na usina e no danci ngue,
!ue a m$sica # gostosa, todas as mulheres saem pra rua
e os homens vo bancar o esti vador pras pe!uenas terem vestidos de seda.
%ingu#m tem a cabea no lugar.
&ala'arte pegou numa tesoura e cortou o passado em mil pedaos,
o ndio, o portug(s, o africano deram o fora
mas os t"rtaros ainda pertubam o sono das crianas mineiras
e o poeta tem a metade do corpo enfiada na noite do )rasil e da *$ssia
por!ue as cabeas dos poetas e dos brasilei ros pertecem ao casamento de +eus

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